SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  14
AFETIVIDADE
& COGNIÇÃO
Prof. Dr. João Alberto da Silva - joaosilva@furg.br - @joaopiaget
http://joaopiaget.wordpress.com
•“O coração tem
razões que a própria
razão desconhece”.
(PASCAL)
• As emoções seriam exclusivamente prejudiciais ao
funcionamento da racionalidade?
• Pode-se compreender as emoções com a mesma
‘lógica’ com que se compreende a razão?
• As ‘paixões’ do ser humano fazem parte de sua
natureza e constituem um tipo particular de emoção
desenfreada?
• E por isto, são primitivas?
• Pode-se falar em caráter emocional da inteligência?
AS TRÊS GRANDES FERIDAS DA
HUMANIDADE
• Galileu nos tirou do centro do universo
• Darwin nos tirou a filiação de Deus
• E Freud nos tirou a própria casa
O QUE VALE MAIS?
• Para Freud os afetos?
• Para Piaget a inteligência?
WALLON
• Para este autor, a emoção organiza a vida psíquica
inicial e antecede as primeiras construções cognitivas.
• No início de sua vida a criança possui emoções que são
independentes da representação
• “a emoção se nutre do efeito que causa no outro”
• as emoções podem inicialmente criar operações
cognitivas que permitirão a construção do
conhecimento, por um lado, e, por outro, podem
estruturar a ‘pessoa’ no início da vida, sem a
participação da cognição (nem mesmo a sensório-
motora).
VYGOTSKY
• a razão teria a capacidade de controlar as emoções mais
primitivas, graças ao domínio dos instrumentos culturais, em
especial a linguagem.
• portanto, o que é central para toda a estrutura da consciência e
para todo o sistema da atividade das funções psíquicas é o
desenvolvimento do pensamento.
• Vygotsky apresenta uma solução monista para o problema das
relações entre afetividade e cognição, apoiado, principalmente
em Espinosa (1632-1677). Assim, diferencia emoções primitivas
originais, tais como alegria, medo e raiva, das emoções ditas
‘superiores’ complexas, como, por exemplo, a melancolia e o
respeito, apontando também que a qualidade das emoções
sofreria mudanças à medida que o conhecimento conceitual e os
pro-cessos cognitivos da criança se desenvolvem.
VYGOTSKY
• O significado está, assim, para Vygotsky,
mais relacionado ao desenvolvimento dos
processos cognitivos superiores. O sentido,
por sua vez, se refere ao significado para
cada indivíduo
• A palavra reúne, então, de acordo com a
teoria vygotskyana, subjetividade e
intersubjetividade, razão e emoção,
afetividade e cognição,
FREUD
• Toda pulsão se exprime nos dois registros: o do
afeto e o da representação.
• O afeto é a expressão qualitativa da quantidade
de energia pulsional e de suas variações.
• A inteligência como uma das funções do ego
articulada ao funcionamento, pelos processos
secundários, à capacidade de síntese e aos
mecanismos de defesa contra a angústia.
PIAGET
“É indiscutível que o afeto tem um papel essencial
no funcionamento da inteligência. Sem o afeto não
haveria nem interesses, nem necessidades, nem
motivação; em conseqüência, as interrogações ou
problemas não poderiam ser formulados e não
haveria inteligência. O afeto é uma condição
necessária para a constituição da inteligência. No
entanto, em minha opinião, não é uma condição
suficiente.”
• E. Claparède. Para este último, toda conduta
possui dois elementos:
1) a meta ou finalidade (ou ainda intenção) mais ou
menos consciente e que é definida pela
afetividade; e
2) a técnica, que é o conjunto de meios
empregados para atingir a meta e é
determinada pelas fun- ções cognitivas.
A IDEIA DE VALOR
Algumas definições de valor apontadas por Piaget:
1) valor é a expansão da atividade do eu na
conquista do universo;
2) valor é o intercâmbio afetivo com o exterior (objeto
ou pessoa); e
3 ) valor é o aspecto qualitativo do interesse.
E mais: os valores atribuídos às pessoas são o ponto de
partida para os sentimentos. Piaget concorda com
Claparède e sintetiza sua tese; toda conduta é ditada
por um interesse, que se relaciona a uma meta para a
ação.
POR QUE SE FAZ ALGO?
Estes interesses se revelam sob a forma de valores e são
constituídos em essência pela afetividade. Os meios que
permitirão atingir a meta serão constituídos pela inteligência.
Em síntese, A vida afetiva como a vida intelectual é
adaptação contínua e as duas adaptações não são
somente paralelas, mas interdependentes, visto que os
sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações,
das quais a inteligência constitui a estrutura. (Piaget, 1945)
A tese: a de que toda conduta possui um elemento
energético (afetivo) e um elemento estrutural (intelectual)
que se relacionam mutuamente e que possuem naturezas
diferentes
EXEMPLO
O apogeu postulado para o pensamento, ou seja,
quando as operações formais são construídas,
permitindo o desligamento do real, por um lado, e,
simultaneamente, sua submissão ao universo do
possível, a afetividade se desloca das pessoas e das
normas enquanto objetos, para as teorias e ideais
que o pensamento pode agora constituir. São os
denominados sentimentos ideológicos que
concluem a evolução concebida por Piaget para a
afetividade, em correspondência ao
desenvolvimento da inteligência.

Contenu connexe

Tendances

Henri Wallon - Do ato motor ao ato mental
Henri Wallon - Do ato motor ao ato mentalHenri Wallon - Do ato motor ao ato mental
Henri Wallon - Do ato motor ao ato mentalHannah Dantas
 
Henri paul hyacinthe wallon 2 psicologia
Henri paul hyacinthe   wallon 2 psicologiaHenri paul hyacinthe   wallon 2 psicologia
Henri paul hyacinthe wallon 2 psicologiaAna Rita Rochynski
 
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagem
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagemWallon oficial - Psicologia da aprendizagem
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagemPaula Naranjo
 
Afetividade e desempenho acadêmico
Afetividade e desempenho acadêmicoAfetividade e desempenho acadêmico
Afetividade e desempenho acadêmicoUNICEP
 
Afetividade no desenvolvimento infantil final
Afetividade no desenvolvimento infantil finalAfetividade no desenvolvimento infantil final
Afetividade no desenvolvimento infantil finalIsa Silveira
 
Vygotsky e a teoria sociohistórica
Vygotsky e a teoria sociohistóricaVygotsky e a teoria sociohistórica
Vygotsky e a teoria sociohistóricaThiago de Almeida
 
Teoria de desenvolvimento de henri wallon
Teoria de desenvolvimento de henri wallonTeoria de desenvolvimento de henri wallon
Teoria de desenvolvimento de henri wallonmaelyramos
 

Tendances (19)

Apostila EaD.doc
Apostila EaD.docApostila EaD.doc
Apostila EaD.doc
 
Henri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoriaHenri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoria
 
Henri Wallon - Do ato motor ao ato mental
Henri Wallon - Do ato motor ao ato mentalHenri Wallon - Do ato motor ao ato mental
Henri Wallon - Do ato motor ao ato mental
 
Henry wallon
Henry wallonHenry wallon
Henry wallon
 
Wallon (1)
Wallon (1)Wallon (1)
Wallon (1)
 
Aula sobre wallon
Aula sobre wallonAula sobre wallon
Aula sobre wallon
 
Henri paul hyacinthe wallon
Henri paul hyacinthe   wallonHenri paul hyacinthe   wallon
Henri paul hyacinthe wallon
 
Henri paul hyacinthe wallon 2 psicologia
Henri paul hyacinthe   wallon 2 psicologiaHenri paul hyacinthe   wallon 2 psicologia
Henri paul hyacinthe wallon 2 psicologia
 
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagem
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagemWallon oficial - Psicologia da aprendizagem
Wallon oficial - Psicologia da aprendizagem
 
Slide wallon março
Slide wallon marçoSlide wallon março
Slide wallon março
 
Wallon
WallonWallon
Wallon
 
Afetividade e desempenho acadêmico
Afetividade e desempenho acadêmicoAfetividade e desempenho acadêmico
Afetividade e desempenho acadêmico
 
Afetividade no desenvolvimento infantil final
Afetividade no desenvolvimento infantil finalAfetividade no desenvolvimento infantil final
Afetividade no desenvolvimento infantil final
 
Movimento wallon
Movimento wallonMovimento wallon
Movimento wallon
 
Resumo piaget vygotsky e wallon
Resumo piaget vygotsky e wallonResumo piaget vygotsky e wallon
Resumo piaget vygotsky e wallon
 
Vygotsky e a teoria sociohistórica
Vygotsky e a teoria sociohistóricaVygotsky e a teoria sociohistórica
Vygotsky e a teoria sociohistórica
 
Slaide afetividade
Slaide   afetividadeSlaide   afetividade
Slaide afetividade
 
A teoria do desenvolvimento humano de henri wallon
A teoria do desenvolvimento humano de henri wallonA teoria do desenvolvimento humano de henri wallon
A teoria do desenvolvimento humano de henri wallon
 
Teoria de desenvolvimento de henri wallon
Teoria de desenvolvimento de henri wallonTeoria de desenvolvimento de henri wallon
Teoria de desenvolvimento de henri wallon
 

Similaire à Afetividade e cognição: Wallon, Vygotsky, Freud, Piaget e Claparède

O que são emoções- António Damásio.pdf
O que são emoções- António Damásio.pdfO que são emoções- António Damásio.pdf
O que são emoções- António Damásio.pdfRuiNabais6
 
Emoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e AfectosEmoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e Afectosguested634f
 
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade  AULA 2.pdfPsicologia da personalidade  AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade AULA 2.pdfElionayFigueiredo1
 
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptx
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptxA consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptx
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptxLuziane Santos
 
Educação temática digital
Educação temática digitalEducação temática digital
Educação temática digitalMario Lima
 
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITO
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITOCARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITO
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITOsilbartilotti
 
Técnicas de investigação da personalidade tip
Técnicas de investigação da personalidade tipTécnicas de investigação da personalidade tip
Técnicas de investigação da personalidade tipPatricia Ruiz
 
1 psicologia
1 psicologia1 psicologia
1 psicologiabrelua
 
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoAnna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoHerbert Nogueira
 
Pré projeto doutorado filosofia robson
Pré projeto doutorado filosofia robsonPré projeto doutorado filosofia robson
Pré projeto doutorado filosofia robsonRobson Barcelos
 
Processos emocionais
Processos emocionaisProcessos emocionais
Processos emocionaisSilvia Revez
 
Ministério Educacional na Lógica do Espírito
Ministério Educacional na Lógica do EspíritoMinistério Educacional na Lógica do Espírito
Ministério Educacional na Lógica do Espíritomlrehbein
 
Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)Kwawa
 
Espiritualidade para céticos - Robert Solomon
Espiritualidade para céticos - Robert SolomonEspiritualidade para céticos - Robert Solomon
Espiritualidade para céticos - Robert SolomonHelen Günther
 
O conhecimento slides
O conhecimento   slidesO conhecimento   slides
O conhecimento slidesUFMS
 

Similaire à Afetividade e cognição: Wallon, Vygotsky, Freud, Piaget e Claparède (20)

Tecendo o amanhã
Tecendo o amanhãTecendo o amanhã
Tecendo o amanhã
 
O que são emoções- António Damásio.pdf
O que são emoções- António Damásio.pdfO que são emoções- António Damásio.pdf
O que são emoções- António Damásio.pdf
 
Emoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e AfectosEmoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e Afectos
 
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade  AULA 2.pdfPsicologia da personalidade  AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
 
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptx
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptxA consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptx
A consciência filo 1 ano avaliação semanal..pptx
 
Educação temática digital
Educação temática digitalEducação temática digital
Educação temática digital
 
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITO
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITOCARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITO
CARTA DE UM ADOLESCENTE: A QUESTÃO DO SUJEITO
 
Carl Jung
Carl JungCarl Jung
Carl Jung
 
Técnicas de investigação da personalidade tip
Técnicas de investigação da personalidade tipTécnicas de investigação da personalidade tip
Técnicas de investigação da personalidade tip
 
1 psicologia
1 psicologia1 psicologia
1 psicologia
 
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoAnna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
 
EMOÇOES
EMOÇOES EMOÇOES
EMOÇOES
 
Pré projeto doutorado filosofia robson
Pré projeto doutorado filosofia robsonPré projeto doutorado filosofia robson
Pré projeto doutorado filosofia robson
 
Processos emocionais
Processos emocionaisProcessos emocionais
Processos emocionais
 
Ministério Educacional na Lógica do Espírito
Ministério Educacional na Lógica do EspíritoMinistério Educacional na Lógica do Espírito
Ministério Educacional na Lógica do Espírito
 
Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)Nietzsche 1 (livro filosofando)
Nietzsche 1 (livro filosofando)
 
Palestra Terceira inteligência
Palestra Terceira inteligênciaPalestra Terceira inteligência
Palestra Terceira inteligência
 
Espiritualidade para céticos - Robert Solomon
Espiritualidade para céticos - Robert SolomonEspiritualidade para céticos - Robert Solomon
Espiritualidade para céticos - Robert Solomon
 
O conhecimento slides
O conhecimento   slidesO conhecimento   slides
O conhecimento slides
 
3 vida afetiva
3 vida afetiva3 vida afetiva
3 vida afetiva
 

Plus de João Alberto

Práticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoPráticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoJoão Alberto
 
Investigação-ação educacional
Investigação-ação educacionalInvestigação-ação educacional
Investigação-ação educacionalJoão Alberto
 
Pesquisa em Consórcio
Pesquisa em ConsórcioPesquisa em Consórcio
Pesquisa em ConsórcioJoão Alberto
 
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAIC
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAICANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAIC
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAICJoão Alberto
 
Novas competências para ensinar e Avaliação Externa
Novas competências para ensinar e Avaliação ExternaNovas competências para ensinar e Avaliação Externa
Novas competências para ensinar e Avaliação ExternaJoão Alberto
 
Avaliação na Educação Matemática
Avaliação na Educação MatemáticaAvaliação na Educação Matemática
Avaliação na Educação MatemáticaJoão Alberto
 
Pacto Nacional - Matemática
Pacto Nacional - MatemáticaPacto Nacional - Matemática
Pacto Nacional - MatemáticaJoão Alberto
 
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da Alfabetização
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da AlfabetizaçãoPalestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da Alfabetização
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da AlfabetizaçãoJoão Alberto
 
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de Alfabetização
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de AlfabetizaçãoElementos conceituais e metodológicos do Ciclo de Alfabetização
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de AlfabetizaçãoJoão Alberto
 
Neurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagemNeurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagemJoão Alberto
 
Metodologia de Pesquisa em Consórcio
Metodologia de Pesquisa em ConsórcioMetodologia de Pesquisa em Consórcio
Metodologia de Pesquisa em ConsórcioJoão Alberto
 
Tratamento da informacao
Tratamento da informacaoTratamento da informacao
Tratamento da informacaoJoão Alberto
 
Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02João Alberto
 

Plus de João Alberto (20)

Analise de conteudo
Analise de conteudoAnalise de conteudo
Analise de conteudo
 
Práticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de ConteúdoPráticas de Análise de Conteúdo
Práticas de Análise de Conteúdo
 
Investigação-ação educacional
Investigação-ação educacionalInvestigação-ação educacional
Investigação-ação educacional
 
Pesquisa em Consórcio
Pesquisa em ConsórcioPesquisa em Consórcio
Pesquisa em Consórcio
 
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAIC
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAICANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAIC
ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização no âmbito do PNAIC
 
Novas competências para ensinar e Avaliação Externa
Novas competências para ensinar e Avaliação ExternaNovas competências para ensinar e Avaliação Externa
Novas competências para ensinar e Avaliação Externa
 
Avaliação na Educação Matemática
Avaliação na Educação MatemáticaAvaliação na Educação Matemática
Avaliação na Educação Matemática
 
Pacto Nacional - Matemática
Pacto Nacional - MatemáticaPacto Nacional - Matemática
Pacto Nacional - Matemática
 
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da Alfabetização
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da AlfabetizaçãoPalestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da Alfabetização
Palestra em 7 e 8 de julho no Pacto Nacional da Alfabetização
 
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de Alfabetização
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de AlfabetizaçãoElementos conceituais e metodológicos do Ciclo de Alfabetização
Elementos conceituais e metodológicos do Ciclo de Alfabetização
 
Entrevista Clínica
Entrevista ClínicaEntrevista Clínica
Entrevista Clínica
 
Neurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagemNeurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagem
 
Metodologia de Pesquisa em Consórcio
Metodologia de Pesquisa em ConsórcioMetodologia de Pesquisa em Consórcio
Metodologia de Pesquisa em Consórcio
 
Sjn
SjnSjn
Sjn
 
Sjn
SjnSjn
Sjn
 
Tratamento da informacao
Tratamento da informacaoTratamento da informacao
Tratamento da informacao
 
Numeros
NumerosNumeros
Numeros
 
Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02
 
Espaço e forma
Espaço e formaEspaço e forma
Espaço e forma
 
Prova brasil 4
Prova brasil 4Prova brasil 4
Prova brasil 4
 

Dernier

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Dernier (20)

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

Afetividade e cognição: Wallon, Vygotsky, Freud, Piaget e Claparède

  • 1. AFETIVIDADE & COGNIÇÃO Prof. Dr. João Alberto da Silva - joaosilva@furg.br - @joaopiaget http://joaopiaget.wordpress.com
  • 2. •“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. (PASCAL)
  • 3. • As emoções seriam exclusivamente prejudiciais ao funcionamento da racionalidade? • Pode-se compreender as emoções com a mesma ‘lógica’ com que se compreende a razão? • As ‘paixões’ do ser humano fazem parte de sua natureza e constituem um tipo particular de emoção desenfreada? • E por isto, são primitivas? • Pode-se falar em caráter emocional da inteligência?
  • 4. AS TRÊS GRANDES FERIDAS DA HUMANIDADE • Galileu nos tirou do centro do universo • Darwin nos tirou a filiação de Deus • E Freud nos tirou a própria casa
  • 5. O QUE VALE MAIS? • Para Freud os afetos? • Para Piaget a inteligência?
  • 6. WALLON • Para este autor, a emoção organiza a vida psíquica inicial e antecede as primeiras construções cognitivas. • No início de sua vida a criança possui emoções que são independentes da representação • “a emoção se nutre do efeito que causa no outro” • as emoções podem inicialmente criar operações cognitivas que permitirão a construção do conhecimento, por um lado, e, por outro, podem estruturar a ‘pessoa’ no início da vida, sem a participação da cognição (nem mesmo a sensório- motora).
  • 7. VYGOTSKY • a razão teria a capacidade de controlar as emoções mais primitivas, graças ao domínio dos instrumentos culturais, em especial a linguagem. • portanto, o que é central para toda a estrutura da consciência e para todo o sistema da atividade das funções psíquicas é o desenvolvimento do pensamento. • Vygotsky apresenta uma solução monista para o problema das relações entre afetividade e cognição, apoiado, principalmente em Espinosa (1632-1677). Assim, diferencia emoções primitivas originais, tais como alegria, medo e raiva, das emoções ditas ‘superiores’ complexas, como, por exemplo, a melancolia e o respeito, apontando também que a qualidade das emoções sofreria mudanças à medida que o conhecimento conceitual e os pro-cessos cognitivos da criança se desenvolvem.
  • 8. VYGOTSKY • O significado está, assim, para Vygotsky, mais relacionado ao desenvolvimento dos processos cognitivos superiores. O sentido, por sua vez, se refere ao significado para cada indivíduo • A palavra reúne, então, de acordo com a teoria vygotskyana, subjetividade e intersubjetividade, razão e emoção, afetividade e cognição,
  • 9. FREUD • Toda pulsão se exprime nos dois registros: o do afeto e o da representação. • O afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional e de suas variações. • A inteligência como uma das funções do ego articulada ao funcionamento, pelos processos secundários, à capacidade de síntese e aos mecanismos de defesa contra a angústia.
  • 10. PIAGET “É indiscutível que o afeto tem um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem o afeto não haveria nem interesses, nem necessidades, nem motivação; em conseqüência, as interrogações ou problemas não poderiam ser formulados e não haveria inteligência. O afeto é uma condição necessária para a constituição da inteligência. No entanto, em minha opinião, não é uma condição suficiente.”
  • 11. • E. Claparède. Para este último, toda conduta possui dois elementos: 1) a meta ou finalidade (ou ainda intenção) mais ou menos consciente e que é definida pela afetividade; e 2) a técnica, que é o conjunto de meios empregados para atingir a meta e é determinada pelas fun- ções cognitivas.
  • 12. A IDEIA DE VALOR Algumas definições de valor apontadas por Piaget: 1) valor é a expansão da atividade do eu na conquista do universo; 2) valor é o intercâmbio afetivo com o exterior (objeto ou pessoa); e 3 ) valor é o aspecto qualitativo do interesse. E mais: os valores atribuídos às pessoas são o ponto de partida para os sentimentos. Piaget concorda com Claparède e sintetiza sua tese; toda conduta é ditada por um interesse, que se relaciona a uma meta para a ação.
  • 13. POR QUE SE FAZ ALGO? Estes interesses se revelam sob a forma de valores e são constituídos em essência pela afetividade. Os meios que permitirão atingir a meta serão constituídos pela inteligência. Em síntese, A vida afetiva como a vida intelectual é adaptação contínua e as duas adaptações não são somente paralelas, mas interdependentes, visto que os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura. (Piaget, 1945) A tese: a de que toda conduta possui um elemento energético (afetivo) e um elemento estrutural (intelectual) que se relacionam mutuamente e que possuem naturezas diferentes
  • 14. EXEMPLO O apogeu postulado para o pensamento, ou seja, quando as operações formais são construídas, permitindo o desligamento do real, por um lado, e, simultaneamente, sua submissão ao universo do possível, a afetividade se desloca das pessoas e das normas enquanto objetos, para as teorias e ideais que o pensamento pode agora constituir. São os denominados sentimentos ideológicos que concluem a evolução concebida por Piaget para a afetividade, em correspondência ao desenvolvimento da inteligência.