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DAIANY ALVES DE OLIVEIRA <br />PROJETO DE BIOQUÍMICA <br />Período: 3º<br />2º Bimestre/2010<br />FACULDADE TECSOMA<br />FACULDADE TECSOMA<br />ALBUMINA SÉRICA COMO MARCADOR NUTRICONAL DE PACIENTES EM HEMODIALISE NO CENTRO DE HEMODIALISE DE PARACATU-MG<br />31045155249545Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de Bioquímica, do curso de Biomedicina da faculdade Tecsoma.00Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de Bioquímica, do curso de Biomedicina da faculdade Tecsoma.<br /> <br />PARACATU- MG<br />SUMÁRIO<br />Resumo........................................................................................................04<br />Summary.....................................................................................................05<br />Introdução...................................................................................................06<br />Justificativa ................................................................................................07<br />A albumina .................................................................................................07<br />A hemodiálise ............................................................................................08<br />A medida da albumina sérica ....................................................................08<br />Albumina em pacientes submetidos á hemodiálise ................................ 09<br />Metodologia ..............................................................................................11<br />Resultados e Discussão .............................................................................14<br />Conclusão ..................................................................................................17<br />Referências bibliográficas .........................................................................18<br />Resumo <br />Objetivou-se através deste estudo traçar o perfil nutricional de uma população em terapia hemodialitica no Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG e associar a albumina sérica como marcador nutricional. Avaliaram-se 82 pacientes, foram coletadas as amostras biológicas e comparados os seus resultados com os níveis normais de albumina para o ser humano em uma boa nutrição. Conforme os dados obtidos no projeto foi possível identificar que a adequação da hemodiálise e as concentrações séricas de albumina estão possivelmente relacionadas ao estado nutricional de pacientes em hemodiálise. <br />Summary<br />The objective of this study is to trace through the nutritional profile of a population of hemodialysis in the hemodialysis center of Paracatu and associate with serum albumin as a nutritional marker. We evaluated 82 patients, the biological samples were collected and compared their results with normal levels of albumin in humans in good nutrition. According to data obtained in the project were able to identify the adequacy of hemodialysis and serum concentrations of albumin are possibly related to the nutritional status of hemodialysis patients.<br />Introdução <br />Segundo dados epidemiológicos, a morbi-mortalidade da população em diálise é muito elevada. Entre os fatores determinantes estão à adequação de diálise e o estado nutricional. Vários estudos demonstraram que a baixa adequação de peso e a reduzida concentração sérica de albumina e colesterol aumentam o risco de mortalidade nessa população (FERNANDES; RIBEIRO; LOBO; MATA, 2006). Um dos fatores responsáveis pela desnutrição energética- proteico é a ingestão alimentar insuficiente. Como esta condição leva a uma redução, tanto das reservas de gordura quanto da massa magra corporal, a procura de métodos capazes de efetivamente quantificar esta depleção é uma constante (KAYSEN, 2000). Concentrações séricas de albumina, pré-albumina, transferrina e fator de crescimento (DRAIBE, 2004), também foram usadas para avaliar o estado nutricional de pacientes em hemodiálise; no entanto, a albumina é o marcador mais comumente utilizado para este fim, devido a facilidade com que a albumina pode ser medida e o poder que esta proteína como determinante de eventos clínicos nesta população  (YEUN, 1998). <br />Durante a sessão de hemodiálise há uma perda de aminoácidos (os constituintes das proteínas) e de algumas proteínas que se não forem compensadas pela alimentação vão provocar a degradação do estado nutricional do paciente. Em dialise a morbidade e a mortalidade aumentam quando os níveis de albumina sérica estão abaixo de 4,0mg/dl (JOKI et al 2006). Outros estudos em dialise crônica, mesmo não utilizando a albumina como marcador nutricional confirma a relação entre a desnutrição e a maior taxa de mortalidade ( KALANTAR-ZADEH et al, 2005). <br />Portanto aspectos da albumina como alterações na sua distribuição corporal, resposta lenta ás intervenções nutricionais, e o seu potencial como uma proteína negativa de fase aguda da resposta inflamatória, podem limitar o seu uso como único marcador do estado nutricional (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004).  <br />Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica, abordar os aspectos gerais da albumina e discutir a sua utilização na avaliação do estado nutricional de pacientes com insuficiência renal crônica submetido à hemodiálise em Paracatu-MG.<br />Justificativa <br />Devido ao crescente numero de morbi-mortalidade da população de hemodiálise referente a adequação de dialise e o estado nutricional, viu-se necessário a pesquisa da albumina sérica como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. <br /> <br />A albumina <br />Propriedades fisiológicas reconhecidas pela primeira vez em 1837 por Ancell e a partir daí vem sendo relatada e pesquisada, pois o seu papel biológico ainda não é totalmente conhecido (ANCELL, 1840;  KAYSEN, 2002). É a mais abundante proteína plasmática, perfazendo um total de 50% das proteínas totais do soro humano. É formada por 584 aminoácidos constituindo-se em um polipeptídio simples com um peso molecular em torno de 69000 Daltons, arranjada predominantemente em α-hélices sustentadas e unidas por 17 pontes dissulfeto, e a vida média desta proteína varia entre 17 e 19 dias  (DOWEIKO, 1991). Desempenha inúmeras funções das quais a mais importante é a manutenção do volume plasmático circulante. É Responsável também pela pressão coloidosmótica, manutenção do equilíbrio acido- básico, função de tamponamento e por estar envolvida no transporte de inúmeras substâncias, função de ligação principalmente a fármacos, além de ser também reservatório de aminoácidos.    <br />A albumina é sintetizada no fígado pelos hepatócitos e a síntese diária média da albumina é de 120 a 200mg/Kg de peso e o tempo médio de síntese é de 20 minutos. Dois terços da albumina corporal estão no compartimento extra-vascular e apenas um terço no setor intravascular (BORGES, ALMEIDA e FERRACINI, 2007).  Reduções na quantidade da albumina no sangue (hipoalbuminemia), no entanto, podem não ser causadas por doenças do fígado, mas também por falta de quot;
matéria primaquot;
 para a sua síntese (como nas desnutrições proteicas) ou aumento na sua destruição (estados catabólicos intensos) ou perda (intestinal ou renal) (JORGE, 2006).  A  síntese dessa proteína depende de uma interação complexa  entre a pressão coloidosmótica no fluido extracelular hepático, níveis séricos de hormônios que sabidamente estimulam esta síntese (corticosteróides, esteróides anabólicos e tiroxina), presença de citocinas pró-inflamatórias que inibem esta síntese, e estado nutricional, incluindo aí, a disponibilidade de energia, proteínas e micronutrientes. Após o processo de síntese a albumina deixa o fígado e dirige-se ao plasma (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004). <br />A hemodiálise <br />É uma terapia de substituição da função renal para pacientes portadores de Insuficiência Renal Aguda ou Crônica. A hemodiálise é um processo de filtração do sangue onde ocorre a retirada de toxinas e água acumuladas no organismo. É realizada com ajuda de uma maquina e um dialisador.  Durante a diálise, parte do sangue é retirada, passando através da linha arterial do dialisador onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa.   <br />A medida da albumina sérica<br />As concentrações séricas normais de albumina encontram-se entre 3,5g/dL e 5,0g/dL (DOWEIKO e  NOMPLEGGI, 1991). Para a dosagem dessa proteína o método mais amplamente utilizado é o colorimétrico pelo fato de o mesmo poder ser aplicado a todos os principais sistemas analíticos. Dentro deste método, destacam-se duas técnicas:<br />o vermelho de bromocresol e o verde de bromocresol.(HILL, 1985). Métodos imunoquímicos são, potencialmente, os métodos mais acurados para a mensuração da albumina sérica. Tem sido mostrado que a técnica da imunoturbidimetria aplicada para a dosagem da albumina é muito precisa e sensível e que, portanto, deve ser o método de escolha para a medida da albumina sérica (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004). <br />Fatores que influenciam as concentrações séricas de albumina são: alterações na distribuição dos fluidos corporais, condição de hidratação, perdas corporais e taxas de síntese e catabolismo. Em situações clinicas caracterizada por distúrbios no volume plasmático corporal, tais como desidratação aguda, gestação, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática e insuficiência renal, as concentrações de albumina apresentam-se alteradas, portanto, para interpretação adequada desses valores, essas condições devem ser consideradas (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004).<br />Albumina em pacientes submetidos á hemodiálise <br />Pacientes submetidos à hemodiálise crônica apresentam redução da massa muscular e as concentrações séricas de albumina se correlacionam diretamente com a creatinina nesta população, estes pacientes encontram-se também com hipoalbuminemia (WOLFSON, 1992). As sobrecargas hídricas, incluindo edemas periféricos e pulmonares, são manifestações frequentes na população de hemodiálise, e a hemodiluição pode refletir em uma concentração reduzida de albumina (JONES, AKBANI CROFT e WORTH, 2002). <br />Entretanto quando os níveis séricos de albumina estão reduzidos, sua taxa absoluta de catabolismo também se reduz devido à redução na taxa catabólica fracional, o que prolonga a sua vida média. Por isso, um aumento na taxa catabólica fracional<br />pode contribuir para a hipoalbuminemia, sendo que uma das causas de hipoalbuminemia nessa população é devido a redução na síntese dessa proteína. <br />Três processos independentes têm sido implicados na supressão da síntese de albumina em pacientes em hemodiálise: a acidose metabólica, a ingestão proteica insuficiente e a inflamação( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004).<br />A acidose metabólica tem sido associada à redução da síntese de albumina em humanos ( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004).<br />Uma ingestão energética insuficiente leva a um balanço nitrogenado negativo, ainda que na vigência de uma oferta proteica adequada, enquanto que uma oferta elevada de energia aumenta a utilização proteica, proporcionando um balanço nitrogenado neutro a positivo (SLOMOWITZ et al  1989). <br />Além disso, não raro, processos inflamatórios e/ou infecciosos acometem os pacientes em terapia hemodialítica crônica. Em inflamações são liberadas as citocinas pró-inflamatórias que desenvolvem uma cascata de reações, podendo estimular ou inibir a síntese de proteínas de fase aguda que, quando dosadas no soro, são utilizadas como marcadores inflamatórios ( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e  CUPPARI, 2004).<br />Uma elevada ingestão de proteínas pode atenuar os efeitos da inflamação sobre os níveis de albumina; portanto a resposta inflamatória e a ingestão proteica exercem efeitos competidores sobre as concentrações de albumina nesta população.(KAYSEN et al 2001).<br />A desnutrição é um problema comum aos pacientes em programas de diálise crônica. As causas da desnutrição são múltiplas, como:<br />Perdas de aminoácidos (em hemodiálise), de proteínas (em diálise<br />peritoneal) e de vitaminas hidrossolúveis;<br />Alteração do metabolismo de nutrientes, em virtude da uremia e devido<br />às alterações hidroeletrolíticas, ácido-básicas e hormonais. A intolerância<br />à glicose e a resistência periférica à insulina, por exemplo, alteram o<br />metabolismo normal de carboidratos e de proteínas;<br />Manifestações gastrintestinais, como gastroparesia, conduzindo às<br />náuseas e aos vômitos; paladar metalizado e hálito urêmico; alteração da<br />motilidade intestinal (obstipação ou diarréia), entre outros;<br />Interações e competição entre fármacos e nutrientes;<br />Depressão e outros distúrbios psicológicos. Estes são problemas constantes<br />nos pacientes em diálise, e interferem diretamente na quantidade e tipo<br />de nutrientes ingeridos;<br />Anorexia, que pode ocorrer em virtude de alterações físicas (uremia,<br />inflamação, infecções, sensação de fadiga/cansaço) e psicológicas;<br />Doenças intercorrentes e freqüentes, como as infecções, já que a condição<br />imune está deprimida pela uremia e pela desnutrição;<br />Hospitalizações freqüentes, alterando a rotina de vida e alimentar<br />do indivíduo;<br />Idade avançada, associada à menor ingestão alimentar;<br />Problemas de dentição e alterações no paladar.<br />Metodologia <br />Os pacientes foram selecionados na hemodiálise de Paracatu-MG, durante o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009, o perfil dos pacientes de hemodiálise será avaliado após o levantamento bibliográfico sobre o assunto, os pacientes/participantes assinarão o termo de consentimento informado e a investigação será aprovada pela comissão de Ética da Instituição, depois será coletado o material biológico destes pacientes, será realizada a dosagem de albumina sérica e a tabulação dos resultados.  Assim será analisado os dados obtidos, as possíveis causas e soluções.  <br />A trajetória metodológica, combinada a técnicas variadas de coleta e análise das informações, permitirá uma ideia mais ampla do complexo fenômeno estudado, não somente descrevendo-o, mas também o explicando e compreendendo-o.<br />Os dados serão relatados diariamente através de planilhas, compilados mensalmente e oferecidos aos gestores da hemodiálise através de relatórios a fim de auxilia-los em eventuais prognóstico-diagnósticos e complicações referentes a cada paciente.<br />A albumina por ser uma proteína estável com problemas mínimos de heterogeneidade,  é facilmente estudada por vários métodos químicos e imunológicos. A capacidade que a albumina tem para fixar e transportar pequenas moléculas são explorados nas provas de fixação de corantes, atualmente de ampla utilização. Dado que os pacientes podem ter a albumina já parcialmente saturada por medicamentos correntes como a aspirina ou por metabólitos como a bilirrubina, os métodos de fixação de corantes podem fornecer valores falsamente baixos. Os métodos imunoquímicos para estudo da albumina parecem não ser afetados pelas frações moleculares transportadas e estão recebendo crescente atenção no laboratório clínico. Praticamente todos os métodos imunoquímicos, para análise de proteínas solúveis, têm sido aplicados à análise da albumina (MARZZOCO e TORRES, 2007).<br />Será utilizado neste trabalho a dosagem de proteína pelo Método por Fixação de Corantes : A albumina tem a propriedade de se fixar a uma variedade de ânions orgânicos, incluindo moléculas complexas de corantes. Será realizada a coleta do material (soro) de cada paciente do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG e a dosagem e resultados serão feitos no laboratório de bioquímica da Faculdade Tecsoma.  <br />Descrição da técnica de fixação por corantes: Verde de Bromocresol (CIENCIAS DA SAÚDE, 2009):<br />Dosagem : Albumina<br />Método : Verde de Bromocresol<br />Amostra : Soro<br />Comprimento de Onda : 629 nm<br />Linearidade : 60 g / L<br />Tipo de Análise: Quantitativo.<br />- Princípio: A albumina é detectada graças ao fenômeno denominado “erro proteico dos indicadores ” que ocasiona uma mudança na cor de determinados indicadores, na presença de albumina, meio tamponado. O verde de bromocresol reage com a albumina, formando um complexo corado de cor verde, que é medido, fotometricamente.<br />- Reativos :<br />a – Solução estoque de verde de bromocresol (VBC) .<br />A uma quantidade de aproximadamente 50 mL de água destilada , adicionar 50 mg de verde de bromocresol, 6,5 mL de hidróxido de sódio 1 N, 3 mL de ácido láctico a 90 % e 1 mL de “Tween 80”. Misturar, ajustar o pH da solução a 4, com ácido láctico e completar a 100 mL, com água destilada.<br />b – Reativo de uso :<br />Diluir a solução estoque anterior a 1/5, com água destilada. Preparar na hora do uso.<br />c – Padrão de albumina com 3 g/dL .<br />Dissolver 3 g de albumina bovina fração V, em água destilada, até completar 100 mL.<br />- Técnica :<br />a – Marcar três tubos, B (Branco), P (Padrão) e A (Amostra), adicionando 10mL do reativo do uso em todos eles.<br />b – A seguir, pipetar, respectivamente :<br />Tubo P : 0,02 mL do padrão de albumina .<br />Tubo A : 0,02 mL da amostra .<br />c – Misturar e deixar, em repouso, por 10 minutos, à temperatura ambiente.<br />d – Ler as absorbâncias, em 630 nm ou filtro vermelho, acertando o zero com o branco .<br />e – Cálculo<br />Absorbância da Amostra x 3 = g de albumina/dL<br />Resultados e Discussão<br />Foram avaliados 82 pacientes do Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, dos quais 57,31% destes pacientes eram do sexo masculino. A idade variou entre 18 e 86 anos e o tempo de hemodiálise de 5 a 143 meses. Não foram observadas diferenças significativas entre a idade e o tempo de tratamento. <br />Tabela 1- Demografia e características clinicas dos pacientes em terapia hemodialitica de acordo com o Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, entre janeiro de 2008 a dezembro de 2009. <br />Variáveis% nMédia ± DP (n=82)SexoFeminino42,69 (35)Masculino57,31 (47)Idade (anos)20 ± 49,17Tempo de tratamento clinico(meses) 40 ± 30,47<br />No gráfico a seguir é possível visualizar a classificação nutricional conforme o IMC (Índice de Massa Corpórea) dos pacientes  do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG, de acordo com o sexo. <br />Gráfico 1- Estado nutricional conforme índice de massa corporal estratificado por sexo dos pacientes em terapia hemolítica no Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, Jan/2008 a dez/2009. <br />Verificou-se  no total dos avaliados, um percentual de desnutridos menor do que de eutrofia e sobrepeso,  um elevado índice de sobrepeso. <br />Tabela 2- Concentrações séricas de albumina dos pacientes do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG, jan/2008 a dez/2009. <br />Parâmetro bioquímicoTotalAlbumina 4,91Albumina I< 2,1 a 3,0 g/dL %(n)643,0 a 3,4 g/dL %(n)8≥ 3,5 g/dL %(n)10Albumina II≥ 4,0 g/dL %(n)33<br />As médias das concentrações séricas de albumina apresentaram-se dentro dos limites da normalidade, no entanto, em 64 dos pacientes os valores encontraram-se reduzidos. Concentrações séricas de albumina acima de 4,0 g/dL foram observadas em 33pacientes  da população estudada. Não se observou correlação significativa entre as concentrações séricas de albumina e os demais parâmetros antropométricos e bioquímicos.<br />As baixas concentrações de albumina têm sido relatadas como o indicador mais significativo e útil de um estado nutricional debilitado (CARDOZO, VIEIRA e  CAMPANELLA, 2006). E confirmado no presente estudo ao avaliarem 82 pacientes em hemodiálise, observaram que a concentração média de albumina sérica foi de 3,4mg/dl. <br />Estudos tem demonstrado que um bom estado nutricional está relacionado<br />a uma adequada diálise, devido à melhora do apetite, com subsequente aumento da ingestão proteica e calórica (CARDOZO, VIEIRA e  CAMPANELLA, 2006).<br />Conclusão<br />É de fundamental importância o envolvimento e discussão pelas autoridades e profissionais de saúde sobre temas como este proposto neste trabalho  propiciando assim resultados eficazes em terapias como a hemodiálise e em publicações cada vez mais condizentes com a realidade brasileira. <br />A adequação e o sucesso do projeto propiciaram-se referente ao levantamento bibliográfico. É necessário correlacionar sempre as estatísticas de outros artigos com o artigo descrito no intuito de estabelecer parâmetros para as doenças e demais enfermidades que acometem a sociedade. <br />Pela albumina ser uma proteína abundante no soro e as técnicas bioquímicas estarem cada vez mais inovadoras é que foi possível conseguir dosar essa proteína  e  chegar aos resultados aqui descritos.   <br />A atuação dos futuros biomédicos frente a dosagem de albumina sérica, representou impacto positivo em relação a adequação dos níveis de albumina no organismo e sobre a nutrição do paciente, proporcionando aos pacientes segurança. <br />Referências bibliográficas:<br />SANTOS, N.S.J.; DRAIBE, S.A.; KAMIMURA, M.A.; CUPPARI, L. Albumina sérica como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. Rev. Nutr., Campinas, 2004.<br />BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. <br />CARDOZO, M.T.; VIEIRA, I.O.; CAMPANELLA, L.C.A.  Alterações nutricionais em pacientes renais crônicos em programa de hemodiálise. Rev Bras Nutr Clin 2006. <br />MARZZOCO, Anita. Bioquimica Básica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.<br />FERNANDES,GB;RIBEIRO,NA;LOBO,C;MATA,PL. Avaliação nutricional de pacientes em hemodiálise antes e após orientação dietoterápica .Acessado em : <http://www.hportugues.com.br/medicos/artigos/docartigosmedicos.2006-07-13.9120175769><br />ARAUJO, Alex Sander; FUNCHAL , Cláudia. Bioquimica Clinica Segunda Prova. Acessado em: http://www.ebah.com.br/bioquimica-clinica-pdf-a12371.html<br />Instituto do rim do Paraná. Acessado em: http://www.rim-online.com.br/trata/hemo.htm<br />JORGE, Stefano Gonçalves. Acessado em :  http://www.hepcentro.com.br/exames.htm<br />Ciências da Saúde. Acessado em:  http://cienciasdasaude.org/<br />
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Resumo blog

  • 1. DAIANY ALVES DE OLIVEIRA <br />PROJETO DE BIOQUÍMICA <br />Período: 3º<br />2º Bimestre/2010<br />FACULDADE TECSOMA<br />FACULDADE TECSOMA<br />ALBUMINA SÉRICA COMO MARCADOR NUTRICONAL DE PACIENTES EM HEMODIALISE NO CENTRO DE HEMODIALISE DE PARACATU-MG<br />31045155249545Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de Bioquímica, do curso de Biomedicina da faculdade Tecsoma.00Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de Bioquímica, do curso de Biomedicina da faculdade Tecsoma.<br /> <br />PARACATU- MG<br />SUMÁRIO<br />Resumo........................................................................................................04<br />Summary.....................................................................................................05<br />Introdução...................................................................................................06<br />Justificativa ................................................................................................07<br />A albumina .................................................................................................07<br />A hemodiálise ............................................................................................08<br />A medida da albumina sérica ....................................................................08<br />Albumina em pacientes submetidos á hemodiálise ................................ 09<br />Metodologia ..............................................................................................11<br />Resultados e Discussão .............................................................................14<br />Conclusão ..................................................................................................17<br />Referências bibliográficas .........................................................................18<br />Resumo <br />Objetivou-se através deste estudo traçar o perfil nutricional de uma população em terapia hemodialitica no Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG e associar a albumina sérica como marcador nutricional. Avaliaram-se 82 pacientes, foram coletadas as amostras biológicas e comparados os seus resultados com os níveis normais de albumina para o ser humano em uma boa nutrição. Conforme os dados obtidos no projeto foi possível identificar que a adequação da hemodiálise e as concentrações séricas de albumina estão possivelmente relacionadas ao estado nutricional de pacientes em hemodiálise. <br />Summary<br />The objective of this study is to trace through the nutritional profile of a population of hemodialysis in the hemodialysis center of Paracatu and associate with serum albumin as a nutritional marker. We evaluated 82 patients, the biological samples were collected and compared their results with normal levels of albumin in humans in good nutrition. According to data obtained in the project were able to identify the adequacy of hemodialysis and serum concentrations of albumin are possibly related to the nutritional status of hemodialysis patients.<br />Introdução <br />Segundo dados epidemiológicos, a morbi-mortalidade da população em diálise é muito elevada. Entre os fatores determinantes estão à adequação de diálise e o estado nutricional. Vários estudos demonstraram que a baixa adequação de peso e a reduzida concentração sérica de albumina e colesterol aumentam o risco de mortalidade nessa população (FERNANDES; RIBEIRO; LOBO; MATA, 2006). Um dos fatores responsáveis pela desnutrição energética- proteico é a ingestão alimentar insuficiente. Como esta condição leva a uma redução, tanto das reservas de gordura quanto da massa magra corporal, a procura de métodos capazes de efetivamente quantificar esta depleção é uma constante (KAYSEN, 2000). Concentrações séricas de albumina, pré-albumina, transferrina e fator de crescimento (DRAIBE, 2004), também foram usadas para avaliar o estado nutricional de pacientes em hemodiálise; no entanto, a albumina é o marcador mais comumente utilizado para este fim, devido a facilidade com que a albumina pode ser medida e o poder que esta proteína como determinante de eventos clínicos nesta população (YEUN, 1998). <br />Durante a sessão de hemodiálise há uma perda de aminoácidos (os constituintes das proteínas) e de algumas proteínas que se não forem compensadas pela alimentação vão provocar a degradação do estado nutricional do paciente. Em dialise a morbidade e a mortalidade aumentam quando os níveis de albumina sérica estão abaixo de 4,0mg/dl (JOKI et al 2006). Outros estudos em dialise crônica, mesmo não utilizando a albumina como marcador nutricional confirma a relação entre a desnutrição e a maior taxa de mortalidade ( KALANTAR-ZADEH et al, 2005). <br />Portanto aspectos da albumina como alterações na sua distribuição corporal, resposta lenta ás intervenções nutricionais, e o seu potencial como uma proteína negativa de fase aguda da resposta inflamatória, podem limitar o seu uso como único marcador do estado nutricional (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004). <br />Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica, abordar os aspectos gerais da albumina e discutir a sua utilização na avaliação do estado nutricional de pacientes com insuficiência renal crônica submetido à hemodiálise em Paracatu-MG.<br />Justificativa <br />Devido ao crescente numero de morbi-mortalidade da população de hemodiálise referente a adequação de dialise e o estado nutricional, viu-se necessário a pesquisa da albumina sérica como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. <br /> <br />A albumina <br />Propriedades fisiológicas reconhecidas pela primeira vez em 1837 por Ancell e a partir daí vem sendo relatada e pesquisada, pois o seu papel biológico ainda não é totalmente conhecido (ANCELL, 1840; KAYSEN, 2002). É a mais abundante proteína plasmática, perfazendo um total de 50% das proteínas totais do soro humano. É formada por 584 aminoácidos constituindo-se em um polipeptídio simples com um peso molecular em torno de 69000 Daltons, arranjada predominantemente em α-hélices sustentadas e unidas por 17 pontes dissulfeto, e a vida média desta proteína varia entre 17 e 19 dias (DOWEIKO, 1991). Desempenha inúmeras funções das quais a mais importante é a manutenção do volume plasmático circulante. É Responsável também pela pressão coloidosmótica, manutenção do equilíbrio acido- básico, função de tamponamento e por estar envolvida no transporte de inúmeras substâncias, função de ligação principalmente a fármacos, além de ser também reservatório de aminoácidos. <br />A albumina é sintetizada no fígado pelos hepatócitos e a síntese diária média da albumina é de 120 a 200mg/Kg de peso e o tempo médio de síntese é de 20 minutos. Dois terços da albumina corporal estão no compartimento extra-vascular e apenas um terço no setor intravascular (BORGES, ALMEIDA e FERRACINI, 2007). Reduções na quantidade da albumina no sangue (hipoalbuminemia), no entanto, podem não ser causadas por doenças do fígado, mas também por falta de quot; matéria primaquot; para a sua síntese (como nas desnutrições proteicas) ou aumento na sua destruição (estados catabólicos intensos) ou perda (intestinal ou renal) (JORGE, 2006). A síntese dessa proteína depende de uma interação complexa entre a pressão coloidosmótica no fluido extracelular hepático, níveis séricos de hormônios que sabidamente estimulam esta síntese (corticosteróides, esteróides anabólicos e tiroxina), presença de citocinas pró-inflamatórias que inibem esta síntese, e estado nutricional, incluindo aí, a disponibilidade de energia, proteínas e micronutrientes. Após o processo de síntese a albumina deixa o fígado e dirige-se ao plasma (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004). <br />A hemodiálise <br />É uma terapia de substituição da função renal para pacientes portadores de Insuficiência Renal Aguda ou Crônica. A hemodiálise é um processo de filtração do sangue onde ocorre a retirada de toxinas e água acumuladas no organismo. É realizada com ajuda de uma maquina e um dialisador. Durante a diálise, parte do sangue é retirada, passando através da linha arterial do dialisador onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa. <br />A medida da albumina sérica<br />As concentrações séricas normais de albumina encontram-se entre 3,5g/dL e 5,0g/dL (DOWEIKO e NOMPLEGGI, 1991). Para a dosagem dessa proteína o método mais amplamente utilizado é o colorimétrico pelo fato de o mesmo poder ser aplicado a todos os principais sistemas analíticos. Dentro deste método, destacam-se duas técnicas:<br />o vermelho de bromocresol e o verde de bromocresol.(HILL, 1985). Métodos imunoquímicos são, potencialmente, os métodos mais acurados para a mensuração da albumina sérica. Tem sido mostrado que a técnica da imunoturbidimetria aplicada para a dosagem da albumina é muito precisa e sensível e que, portanto, deve ser o método de escolha para a medida da albumina sérica (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004). <br />Fatores que influenciam as concentrações séricas de albumina são: alterações na distribuição dos fluidos corporais, condição de hidratação, perdas corporais e taxas de síntese e catabolismo. Em situações clinicas caracterizada por distúrbios no volume plasmático corporal, tais como desidratação aguda, gestação, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática e insuficiência renal, as concentrações de albumina apresentam-se alteradas, portanto, para interpretação adequada desses valores, essas condições devem ser consideradas (SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004).<br />Albumina em pacientes submetidos á hemodiálise <br />Pacientes submetidos à hemodiálise crônica apresentam redução da massa muscular e as concentrações séricas de albumina se correlacionam diretamente com a creatinina nesta população, estes pacientes encontram-se também com hipoalbuminemia (WOLFSON, 1992). As sobrecargas hídricas, incluindo edemas periféricos e pulmonares, são manifestações frequentes na população de hemodiálise, e a hemodiluição pode refletir em uma concentração reduzida de albumina (JONES, AKBANI CROFT e WORTH, 2002). <br />Entretanto quando os níveis séricos de albumina estão reduzidos, sua taxa absoluta de catabolismo também se reduz devido à redução na taxa catabólica fracional, o que prolonga a sua vida média. Por isso, um aumento na taxa catabólica fracional<br />pode contribuir para a hipoalbuminemia, sendo que uma das causas de hipoalbuminemia nessa população é devido a redução na síntese dessa proteína. <br />Três processos independentes têm sido implicados na supressão da síntese de albumina em pacientes em hemodiálise: a acidose metabólica, a ingestão proteica insuficiente e a inflamação( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004).<br />A acidose metabólica tem sido associada à redução da síntese de albumina em humanos ( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004).<br />Uma ingestão energética insuficiente leva a um balanço nitrogenado negativo, ainda que na vigência de uma oferta proteica adequada, enquanto que uma oferta elevada de energia aumenta a utilização proteica, proporcionando um balanço nitrogenado neutro a positivo (SLOMOWITZ et al 1989). <br />Além disso, não raro, processos inflamatórios e/ou infecciosos acometem os pacientes em terapia hemodialítica crônica. Em inflamações são liberadas as citocinas pró-inflamatórias que desenvolvem uma cascata de reações, podendo estimular ou inibir a síntese de proteínas de fase aguda que, quando dosadas no soro, são utilizadas como marcadores inflamatórios ( SANTOS, DRAIBE, KAMIMURA e CUPPARI, 2004).<br />Uma elevada ingestão de proteínas pode atenuar os efeitos da inflamação sobre os níveis de albumina; portanto a resposta inflamatória e a ingestão proteica exercem efeitos competidores sobre as concentrações de albumina nesta população.(KAYSEN et al 2001).<br />A desnutrição é um problema comum aos pacientes em programas de diálise crônica. As causas da desnutrição são múltiplas, como:<br />Perdas de aminoácidos (em hemodiálise), de proteínas (em diálise<br />peritoneal) e de vitaminas hidrossolúveis;<br />Alteração do metabolismo de nutrientes, em virtude da uremia e devido<br />às alterações hidroeletrolíticas, ácido-básicas e hormonais. A intolerância<br />à glicose e a resistência periférica à insulina, por exemplo, alteram o<br />metabolismo normal de carboidratos e de proteínas;<br />Manifestações gastrintestinais, como gastroparesia, conduzindo às<br />náuseas e aos vômitos; paladar metalizado e hálito urêmico; alteração da<br />motilidade intestinal (obstipação ou diarréia), entre outros;<br />Interações e competição entre fármacos e nutrientes;<br />Depressão e outros distúrbios psicológicos. Estes são problemas constantes<br />nos pacientes em diálise, e interferem diretamente na quantidade e tipo<br />de nutrientes ingeridos;<br />Anorexia, que pode ocorrer em virtude de alterações físicas (uremia,<br />inflamação, infecções, sensação de fadiga/cansaço) e psicológicas;<br />Doenças intercorrentes e freqüentes, como as infecções, já que a condição<br />imune está deprimida pela uremia e pela desnutrição;<br />Hospitalizações freqüentes, alterando a rotina de vida e alimentar<br />do indivíduo;<br />Idade avançada, associada à menor ingestão alimentar;<br />Problemas de dentição e alterações no paladar.<br />Metodologia <br />Os pacientes foram selecionados na hemodiálise de Paracatu-MG, durante o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009, o perfil dos pacientes de hemodiálise será avaliado após o levantamento bibliográfico sobre o assunto, os pacientes/participantes assinarão o termo de consentimento informado e a investigação será aprovada pela comissão de Ética da Instituição, depois será coletado o material biológico destes pacientes, será realizada a dosagem de albumina sérica e a tabulação dos resultados. Assim será analisado os dados obtidos, as possíveis causas e soluções. <br />A trajetória metodológica, combinada a técnicas variadas de coleta e análise das informações, permitirá uma ideia mais ampla do complexo fenômeno estudado, não somente descrevendo-o, mas também o explicando e compreendendo-o.<br />Os dados serão relatados diariamente através de planilhas, compilados mensalmente e oferecidos aos gestores da hemodiálise através de relatórios a fim de auxilia-los em eventuais prognóstico-diagnósticos e complicações referentes a cada paciente.<br />A albumina por ser uma proteína estável com problemas mínimos de heterogeneidade, é facilmente estudada por vários métodos químicos e imunológicos. A capacidade que a albumina tem para fixar e transportar pequenas moléculas são explorados nas provas de fixação de corantes, atualmente de ampla utilização. Dado que os pacientes podem ter a albumina já parcialmente saturada por medicamentos correntes como a aspirina ou por metabólitos como a bilirrubina, os métodos de fixação de corantes podem fornecer valores falsamente baixos. Os métodos imunoquímicos para estudo da albumina parecem não ser afetados pelas frações moleculares transportadas e estão recebendo crescente atenção no laboratório clínico. Praticamente todos os métodos imunoquímicos, para análise de proteínas solúveis, têm sido aplicados à análise da albumina (MARZZOCO e TORRES, 2007).<br />Será utilizado neste trabalho a dosagem de proteína pelo Método por Fixação de Corantes : A albumina tem a propriedade de se fixar a uma variedade de ânions orgânicos, incluindo moléculas complexas de corantes. Será realizada a coleta do material (soro) de cada paciente do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG e a dosagem e resultados serão feitos no laboratório de bioquímica da Faculdade Tecsoma. <br />Descrição da técnica de fixação por corantes: Verde de Bromocresol (CIENCIAS DA SAÚDE, 2009):<br />Dosagem : Albumina<br />Método : Verde de Bromocresol<br />Amostra : Soro<br />Comprimento de Onda : 629 nm<br />Linearidade : 60 g / L<br />Tipo de Análise: Quantitativo.<br />- Princípio: A albumina é detectada graças ao fenômeno denominado “erro proteico dos indicadores ” que ocasiona uma mudança na cor de determinados indicadores, na presença de albumina, meio tamponado. O verde de bromocresol reage com a albumina, formando um complexo corado de cor verde, que é medido, fotometricamente.<br />- Reativos :<br />a – Solução estoque de verde de bromocresol (VBC) .<br />A uma quantidade de aproximadamente 50 mL de água destilada , adicionar 50 mg de verde de bromocresol, 6,5 mL de hidróxido de sódio 1 N, 3 mL de ácido láctico a 90 % e 1 mL de “Tween 80”. Misturar, ajustar o pH da solução a 4, com ácido láctico e completar a 100 mL, com água destilada.<br />b – Reativo de uso :<br />Diluir a solução estoque anterior a 1/5, com água destilada. Preparar na hora do uso.<br />c – Padrão de albumina com 3 g/dL .<br />Dissolver 3 g de albumina bovina fração V, em água destilada, até completar 100 mL.<br />- Técnica :<br />a – Marcar três tubos, B (Branco), P (Padrão) e A (Amostra), adicionando 10mL do reativo do uso em todos eles.<br />b – A seguir, pipetar, respectivamente :<br />Tubo P : 0,02 mL do padrão de albumina .<br />Tubo A : 0,02 mL da amostra .<br />c – Misturar e deixar, em repouso, por 10 minutos, à temperatura ambiente.<br />d – Ler as absorbâncias, em 630 nm ou filtro vermelho, acertando o zero com o branco .<br />e – Cálculo<br />Absorbância da Amostra x 3 = g de albumina/dL<br />Resultados e Discussão<br />Foram avaliados 82 pacientes do Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, dos quais 57,31% destes pacientes eram do sexo masculino. A idade variou entre 18 e 86 anos e o tempo de hemodiálise de 5 a 143 meses. Não foram observadas diferenças significativas entre a idade e o tempo de tratamento. <br />Tabela 1- Demografia e características clinicas dos pacientes em terapia hemodialitica de acordo com o Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, entre janeiro de 2008 a dezembro de 2009. <br />Variáveis% nMédia ± DP (n=82)SexoFeminino42,69 (35)Masculino57,31 (47)Idade (anos)20 ± 49,17Tempo de tratamento clinico(meses) 40 ± 30,47<br />No gráfico a seguir é possível visualizar a classificação nutricional conforme o IMC (Índice de Massa Corpórea) dos pacientes do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG, de acordo com o sexo. <br />Gráfico 1- Estado nutricional conforme índice de massa corporal estratificado por sexo dos pacientes em terapia hemolítica no Centro de Hemodialise de Paracatu-MG, Jan/2008 a dez/2009. <br />Verificou-se no total dos avaliados, um percentual de desnutridos menor do que de eutrofia e sobrepeso, um elevado índice de sobrepeso. <br />Tabela 2- Concentrações séricas de albumina dos pacientes do Centro de Hemodiálise de Paracatu-MG, jan/2008 a dez/2009. <br />Parâmetro bioquímicoTotalAlbumina 4,91Albumina I< 2,1 a 3,0 g/dL %(n)643,0 a 3,4 g/dL %(n)8≥ 3,5 g/dL %(n)10Albumina II≥ 4,0 g/dL %(n)33<br />As médias das concentrações séricas de albumina apresentaram-se dentro dos limites da normalidade, no entanto, em 64 dos pacientes os valores encontraram-se reduzidos. Concentrações séricas de albumina acima de 4,0 g/dL foram observadas em 33pacientes da população estudada. Não se observou correlação significativa entre as concentrações séricas de albumina e os demais parâmetros antropométricos e bioquímicos.<br />As baixas concentrações de albumina têm sido relatadas como o indicador mais significativo e útil de um estado nutricional debilitado (CARDOZO, VIEIRA e CAMPANELLA, 2006). E confirmado no presente estudo ao avaliarem 82 pacientes em hemodiálise, observaram que a concentração média de albumina sérica foi de 3,4mg/dl. <br />Estudos tem demonstrado que um bom estado nutricional está relacionado<br />a uma adequada diálise, devido à melhora do apetite, com subsequente aumento da ingestão proteica e calórica (CARDOZO, VIEIRA e CAMPANELLA, 2006).<br />Conclusão<br />É de fundamental importância o envolvimento e discussão pelas autoridades e profissionais de saúde sobre temas como este proposto neste trabalho propiciando assim resultados eficazes em terapias como a hemodiálise e em publicações cada vez mais condizentes com a realidade brasileira. <br />A adequação e o sucesso do projeto propiciaram-se referente ao levantamento bibliográfico. É necessário correlacionar sempre as estatísticas de outros artigos com o artigo descrito no intuito de estabelecer parâmetros para as doenças e demais enfermidades que acometem a sociedade. <br />Pela albumina ser uma proteína abundante no soro e as técnicas bioquímicas estarem cada vez mais inovadoras é que foi possível conseguir dosar essa proteína e chegar aos resultados aqui descritos. <br />A atuação dos futuros biomédicos frente a dosagem de albumina sérica, representou impacto positivo em relação a adequação dos níveis de albumina no organismo e sobre a nutrição do paciente, proporcionando aos pacientes segurança. <br />Referências bibliográficas:<br />SANTOS, N.S.J.; DRAIBE, S.A.; KAMIMURA, M.A.; CUPPARI, L. Albumina sérica como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. Rev. Nutr., Campinas, 2004.<br />BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. <br />CARDOZO, M.T.; VIEIRA, I.O.; CAMPANELLA, L.C.A. Alterações nutricionais em pacientes renais crônicos em programa de hemodiálise. Rev Bras Nutr Clin 2006. <br />MARZZOCO, Anita. Bioquimica Básica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.<br />FERNANDES,GB;RIBEIRO,NA;LOBO,C;MATA,PL. Avaliação nutricional de pacientes em hemodiálise antes e após orientação dietoterápica .Acessado em : <http://www.hportugues.com.br/medicos/artigos/docartigosmedicos.2006-07-13.9120175769><br />ARAUJO, Alex Sander; FUNCHAL , Cláudia. Bioquimica Clinica Segunda Prova. Acessado em: http://www.ebah.com.br/bioquimica-clinica-pdf-a12371.html<br />Instituto do rim do Paraná. Acessado em: http://www.rim-online.com.br/trata/hemo.htm<br />JORGE, Stefano Gonçalves. Acessado em : http://www.hepcentro.com.br/exames.htm<br />Ciências da Saúde. Acessado em: http://cienciasdasaude.org/<br />