Economista Karl Schumacher descarta crise imobiliária no Brasil como nos EUA
1. O economista Karl Schumacher não vê acontecer o mesmo problema dos
EUA no Brasil “Nossa política imobiliária é muito diferente, o Sistema
Financeiro Imobiliários tem outra visão das coisas”
Por: JESUS RIOS
Depois de 79 anos da Quebra da Bolsa de 1929, os EUA sofreu mais uma crise
econômica em 2008. Os fatores que resultaram a isso foram gastos com as Guerras do
Iraque e Afeganistão e principalmente a quebra do plano imobiliário americano que
atingiu a vários países da Europa e do Mundo. O Brasil foi um dos poucos não
“atingidos”, mas está investindo mutualmente em programas imobiliários como o
Minha Casa, Minha Vida, que facilita para a população o financiamento da casa própria
em até 30 anos, deixando ao mesmo tempo, dúvidas a uma porção dos brasileiros se
poderá sofrer a uma Crise Mundial, caso a população deixa de paga-los.
Foi no Governo do ex-presidente americano George W. Bush (Republicano) que
os EUA gastaram mais do que pensara ao investi um grande capital nas guerras, que a
princípio acabariam em curto prazo. Mas, como tempo foi estourado e a economia
enfraquecida, resolveu aquecê-la fazendo empréstimos pessoais para a compra de
imóveis, com prazo de cinco anos de quitação, contribuindo assim ao desenvolvimento
do setor da construção civil.
Esses empréstimos eram feitos da seguinte forma: através das empresas
securitizadoras, o banco emprestava dinheiro para o cidadão comprar a sua casa, este
financiamento tinha um título que representava um crédito, que era vendido ao mercado
2. para que investidores adquirissem títulos e recebessem as prestações. Para o banco era
vantajoso porque quando o investidor comprava esse título com juros de 15 a 20 anos,
(dependendo do prazo) ele recebia a vista e tinha o imóvel como garantia.
O imóvel que era comprado por 100 mil dólares, ao passar dos anos valorizavam
positivamente. De olho nesta política de mercado, a securitizadora oferecia ao
financiador mais um bônus equivalente à porcentagem que aumentara (por exemplo, de
100 passou a valer 150 mil). O mesmo aceitava aos abonos (50 mil) e investia em
terrenos, imóveis mais baratos, iates, automóveis. Como os EUA continuaram gastando,
a recessão (colapso entre os três setores que mantem a instabilidade econômica:
dinheiro, consumo e trabalhador. Deve-se haver o autoconsumo, para que gere novos
empregos, que gerará mais renda, que gerará mais consumo e mais empregos e mais
renda. Caso diminua o consumo, haverá desemprego e diminuição de renda, que
resultará em crise) se desenvolvia junto. A população começou a se endividar e
deixaram de pagar aos empréstimos, resultando assim, na “Bolha Imobiliária”, por
exemplo, o preço do imóvel caiu de 150 para 90 mil (10% a menos do valor financiado)
e como a cultura dos americanos é politizada, a nível geral, deixaram de pagar as
prestações por estarem em desvantagens.
Como os preços dos imóveis haviam declinado, com aqueles 50 mil
emprestados pelas securitizadoras em dinheiro vivo, investiram em terrenos,
construíram ou compraram apartamentos e deixaram de pagar as prestações para o
banco, que mesmo tomando a casa financia a qual tinha como garantia, tinha que pagar
aquele crédito vendido para o investidor. Esse tipo de negociação era de nível
Internacional principalmente no Continente Europeu, onde investidores também ficaram
no prejuízo a ponto de obrigar o Governo Americano a investir dinheiros nos bancos,
para ter liquides e continuar trabalhando.
O Brasil estava no auge do crescimento econômico depois 14 anos do Plano
Real consolidado (1994), o Presidente Lula (PT) não quis modificar a política
econômica, foi atingido com a queda das bolsas, que não provocou grandes problemas,
enquanto que União Européia (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda) quase quebrou “Lá
fora está havendo um furacão, no Brasil temos apenas uma mariolazinha” afirmou Lula,
sabendo que o País não tinha esse tipo de negociação imobiliário com EUA e o resto do
Mundo. Aqueceu o mercado investindo também na Construção Civil, criou o programa
3. Minha Casa, Minha Vida, que gerou empregos e evitou a recessão. O Programa
brasileiro não funciona como a política americana, o débito histórico inflacionário e a
alta inflação do País impede esse tipo de negócio. Por Lei, apesar de haver empresas
securitizadoras, não podem revender títulos ao mercado, apenas para grandes
empreendimentos, como hotéis e imóveis luxuosos, shoppings, grandes supermercados.
Para a Caixa Econômica Federal foi uma racional iniciativa de o Governo poder
ajuda-la a investir seu dinheiro. Diferente ao modo de financiamento americano, o
brasileiro é apenas o intermediário, pega o empréstimo (Caixa Econômica), o Governo
passa o dinheiro para a construtora e divide-o em até 30 anos. Para Jonas Marangoni,
Mestre e Professor de História da Universidade de Franca-SP, UNIFRAN, este molde
de financiamento brasileiro tem o seu lado ruim “Como os créditos foram facilitados, as
pessoas passaram a fazer muitos empréstimos. Então se todo mundo tem condição de
comprar a casa própria, ela ficará mais cara e automaticamente os preços dos imóveis
subirão. Com os preços subindo, quem está pagando começa a ter dificuldades por ser
uma dívida ha longo prazo, já, que hoje se tem dinheiro e amanhã não se sabe”.
Marangoni disse ainda que os preços dos imóveis estão cada vez mais caros
“Um apartamento que custava 60 mil, passou a custar 140, o subsídio do Governo é de
17 mil, mas o imóvel está 80 vezes mais caro, com isso o comprador acaba pagando
mais ao que pagaria antes. Agora sim, o Brasil corre o risco de sofrer-lhe uma crise
parecida ao dos EUA. Para a Classe Média Alta, Média e principalmente a Baixa estão
no momento em que não enxergam isso pelo o sonho da casa própria. O Governo deve
fazer financiamento que não haja subsídio, acabou ganhando contas que são das grandes
construtoras, que estão aproveitando e ganhando dinheiro com isso. Então, tem-se que
diminuir os créditos e os períodos de pagamentos porque ao diminuí-los a construtora
devera diminuir o preço do imóvel ou não conseguirá vende-lo. Na medida em que a
construtora está aumentando o preço e o Governo está facilitando o empréstimo, isso
está girando uma “Bola de Neve” os preços estão cada vez mais altos. Já chegou a
dobrar os preços dos imóveis”.
O economista Karl Wiens Schumacher não vê acontecer o mesmo problema dos
EUA no Brasil “Nossa política imobiliária é muito diferente, o Sistema Financeiro
Imobiliários tem outra visão das coisas, as garantias continuam valendo, os
financiamentos que acontecem com as cédulas hipotecárias são hiper bancos, não
4. acontecem lançados ao mercado investidor. Então no Brasil, do jeito que está
estruturado aquele tipo de acontecimento drástico por falta de pagamento, felizmente
não vejo acontecer pelo menos durante 15 e 20 anos”.
Na visão de Schumacher, de modo geral o programa Minha Casa, Minha Vida é
excelente para a Nação e melhorará ainda mais ao passar dos tempos, pois esta havendo
empréstimos, construções, engrandecimento do PIB e o aumento da renda Nacional.
Somando que as normas exigidas durante a construção do imóvel em que não pode ser
construído de qualquer jeito, são supervisionadas e dada a garantia ao proprietário, darse sensação de dignidade a família. Outro fator é prestação subsidiada que contribui
para a Classe Média Baixa “Enquanto os Ricos e a Classe Média alta dão muitos
calotes, o pobre (modo pejorativo) estatisticamente falando, paga a prestação para
manter a sua casinha e a sua dignidade. Portanto a inadimplência para esse tipo de
programa é muito é pequena, comparado com outros programas mais nobres em área
habitacional. Sempre teremos pessoas menos favorecidas e este é um tipo de programa
que os ajudam a comprar um terreninho e fazer a sua casinha mais humilde dentro das
ordens de um arquiteto. É um programa muito interessante que o Brasil adotou e
independente de quem esteja no poder, qualquer programa social e bem aceito pela
população, ainda mais quando batem nas classes baixas”.