O documento discute a importância da mobilização social para alcançar objetivos comuns e construir uma sociedade justa e solidária. A mobilização envolve pessoas agindo juntas com um propósito definido, não apenas manifestações públicas. A Constituição Brasileira também estabelece objetivos como erradicar a pobreza e promover equidade, que dependem da mobilização da sociedade civil.
2. O que é
Mobilização
Social
José Bernardo Toro A. e
Nisia Maria Duarte Werneck
3. REFLEXÕES
O que você entende por mobilização?
Em nossa profissão, qual é a
importância dessa ação?
4. A mobilização social é muitas vezes
confundida com manifestações públicas,
com a presença das pessoas em uma
praça, passeata, concentração. Mas isso
não caracteriza uma mobilização. A
mobilização ocorre quando um grupo de
pessoas, uma comunidade ou uma
sociedade decide e age com um
objetivo comum, buscando,
quotidianamente, resultados decididos
e desejados por todos.
5. Participar ou não de um processo de
mobilização social é um ato de escolha.
Por isso se diz convocar, porque a
participação é um ato de liberdade.
6. Toda mobilização é mobilização para
alguma coisa, para alcançar um objetivo
pré-definido, um propósito comum, por
isso é um ato de razão.
Pressupõe uma convicção coletiva da
relevância, um sentido de
público, daquilo que convém a todos.
Para que ela seja útil a uma sociedade
ela tem que estar orientada para a
construção de um projeto de futuro.
8. Constituição da
República Federativa
do Brasil
Art. 3o. Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. garantir o desenvolvimento nacional;
III. erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais;
IV. promover o bem de todos, sem preconceito de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
9. Quando as pessoas assumem que têm nas mãos
o seu destino e descobrem que a construção
da sociedade depende de sua vontade e de
suas escolhas, aí a democracia pode tornar-se
uma realidade.
Não aceitar a responsabilidade pela realidade
em que vivemos é, ao mesmo tempo, nos
desobrigarmos da tarefa de transformá-
la, colocando na mão do outro a possibilidade
de agir. É não assumirmos o nosso destino, não
nos sentimos responsáveis por ele, porque não
nos sentimos capazes de alterá-lo.
10. A formação de uma nova mentalidade na
sociedade civil, que se perceba a si
mesma como fonte criadora da ordem
social, pressupõe compreender que os
“males” da sociedade são o resultado da
ordem social que nós mesmos criamos e
que, por isso mesmo, podemos modificar.
11. Ao definirmos estes objetivos estamos nos
comprometendo com dois desafios:
Como nos converter em um país produtivo
internacionalmente com equidade interna, ou
seja, como tornarmo-nos um país
competitivo, em uma economia
globalizada, sem pobreza interna?
Como construir uma ordem democrática, a
“sociedade livre, justa e solidária”, que
expresse o nosso modelo de
Democracia, criado e construído por nós?
12. As 7 aprendizagens básicas para
convivência social
As 7 aprendizagens básicas para a convivência social,
segundo J. B. Toro (1993), são:
1. Aprender a não agredir o semelhante: fundamento de todo
modelo de convivência social.
2. Aprender a comunicar-se: base da auto-afirmação pessoal ou
do grupo.
3. Aprender a interagir: base dos modelos de relação social.
4. Aprender a decidir em grupo: base da política e da economia.
13. 5. Aprender a cuidar de si: base
dos modelos de saúde e seguridade
social.
6. Aprender a cuidar do entorno:
fundamento da sobrevivência.
7. Aprender a valorizar o saber
social: base da evolução social e
cultural.