O documento discute a missão integral da igreja segundo o exemplo de Jesus. Ele ensinava, pregava e curava, demonstrando compaixão pelas multidões. A igreja deve seguir este modelo atendendo às necessidades espirituais, sociais e físicas das pessoas de forma completa. A Grande Comissão de Cristo incumbe a todos os cristãos de propagar o evangelho e fazer discípulos em todas as nações.
2. • 35- e percorria Jesus todas as cidades e
povoados, ensinando nas sinagogas pregando
o evangelho do reino e curando toda sorte de
doenças e enfermidades.
• 36- Vendo Ele as multidões, compadeceu-se
delas, porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor.
• 37- E, então, se dirigiu a seus discípulos: A
seara, na verdade, é grande mas os
trabalhadores são poucos.
• 38- Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara.
3. 3.1. DEFINIÇÃO
• Olhando para o texto Bíblico, podemos definir
missões integral como a ação completa da
igreja em favor do carente, observando seu
estado Espiritual, social e físico. Era assim que
Jesus olhava para as pessoas de seu tempo. Por
esta razão Ele “ensinava, anunciava a
mensagem salvadora e curava as
enfermidades”. (Mt.9:35).
4. Cestas básicas
Encontros e palestras
Igreja animada e firme Congressos
5. Isto é o suficiente?
Estamos cumprindo nossa
missão de forma integral?
9. Mt. 9:35-38
• 35- e percorria Jesus todas as cidades e
povoados, ensinando nas sinagogas pregando o
evangelho do reino e curando toda sorte de
doenças e enfermidades.
• 36- Vendo Ele as multidões, compadeceu-se
delas, porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor.
• 37- E, então, se dirigiu a seus discípulos: A
seara, na verdade, é grande mas os
trabalhadores são poucos.
• 38- Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara.
10. 3.1. Jesus vai ao encontro dos carentes.
• Segundo o texto, no ministério de Cristo três
coisas estão presentes. O ensino, a pregação e o
serviço (Mt.9:35). Assim, como discípulos de
Cristo devemos seguir seus passos e obedecer
aos seus ensinos. Precisamos desenvolver
no seio de nossa comunidade uma
missão que de fato seja integral. “O
desafio deixado por Cristo e pelos seus apóstolos
continua muito atual (Tg. 1:27)”. (CALVINO.
2003, P89). Em toda história da
humanidade, Deus sempre tratou com o ser
humano de forma integral. Não podemos ser
diferentes.
11. Vejamos alguns exemplos
26/01/2012
a) No Antigo Testamento.
• Deus deseja beneficiar o povo que
herdou a terra de Canaã, porém, “Deus toca
a vida daqueles que de alguma forma
encontram-se quebrados, feridos e
empobrecidos”. (CALVINO. 2003, p90).
12. O ANO SABÁTICO
• Esta comemoração ocorria a cada sete anos.
O sétimo ano era designado para o descanso da
terra (Lv. 25:1-4) “Ninguém semeava os campos
nem podavam as videiras. Tudo que era colhido
era dividido igualitariamente pelo
proprietário, os servos, o estrangeiro e até os
animais” (CALVINO. 2003 p.91). Os débitos
eram perdoados e os escravos deveriam receber
alforria (Dt. 15: 1-11; Ex.21:1-11).
13. O ANO DO JUBILEU (Lv. 25).
• A cada 50 anos comemora-se o ano do
jubileu (ou seja, a cada sete anos sabáticos
um ano de jubileu). Neste deveria ocorrer o
mesmo que no ano sabático. Porém algumas
regras eram acrescentadas. Por exemplo:
mesmo que o escravo não tivesse servido seis
anos deveria ser alforriado. As propriedades
familiares deveriam ser restituídas aos
antigos donos e o mesmo deveria voltar para
suas terras com toda sua família (Lv. 25:39-
43; JR. 34:8-14).
14. b) No Novo Testamento.
• John stot disse certa vez: “Nosso estilo de vida
como cristãos, depende da imagem que temos de
cristo, do Cristo no qual depositamos nossa fé”
(STOTT apud CALVINO. 2003 P. 95).
• Cristo sempre se compadeceu do sofrimento do
ser humano (Mc. 1:40, 41; Lc. 7:11-14; Mt. 14:14;
15:32; etc.). Porém sua compaixão não era apenas
no campo dos sentimentos (Mt. 4:24, 25).
15. • “Os evangelhos levam a constatar que a
encarnação, devoção, serviços e ressurreição
foram os pilares da vida de Jesus Cristo e
da mensagem das boas novas do reino”
(CALVINO. 2003 p.95).
16. Vejamos Lc. 4:16-19.
16- indo para Nazaré, onde fora
criado, entrou, numsábado, na sinagoga, segundo o
seu costume, e levantou-se para ler.
17- Então, lhe deram o livro do profeta Isaias, e, abrindo
o livro, achou o lugar onde estava escrito:
18- O Espírito do Senhor esta sobre mim, pelo que me
ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos.
19- e apregoar o ano aceitável do Senhor.
17. • A respeito deste texto, Jorge Barro diz
ser ele a agenda programática da missão de
Jesus.
Pregar o evangelho (as boas novas)
Proclamar libertação aos cativos.
Restaurar a vista dos cegos.
Libertar os oprimidos.
Proclamar o ano aceitável do Senhor.
18. • infelizmente, muitas igrejas hoje vivem fechadas
em seu próprio mundo esperando que os carentes
venham a ela. Isto, não condiz com o modelo que ela
deve seguir (Mt. 9:35-38). Jesus
ensinava, proclamava e curava, e nós como
seus discípulos que temos realizado? Ele fazia valer o
que ensinava (Mt. 10:31), o seu olhar para a
humanidade lhe permitia ver que o homem esta
distante de Deus e precisa reatar seu compromisso
com Ele. Este ser segundo sua ótica é carente de uma
ação total, precisa ser visto no seu todo. (conf. Tg.
2:14-17; ver v. 18-23).
19. na década de 80 muito se falou em “ir”, e
em se “enviar missionários”, desta
feita, muitos foram. Dezenas e até centenas de
pessoas se dispuseram a “ir”. Dessa
forma, naquela época, se construiu a idéia de
que o missionário era apenas aquele que
rompia barreiras transculturais e passava a
viver em uma outra cultura como um nativo.
Além disso, fazer missões para muitos
pensadores em missões daquela década
significava IR, CONTRIBUIR ou ORAR. E só!
20. A partir dessa visão, a responsabilidade
missionária da igreja tornou-se limitada e
comodista, resumindo-se apenas aqueles que
vão. Então, se eu recebo um chamado
especifico e sobrenatural, EU VOU! Caso
contrário, fico e transfiro a minha
responsabilidade a outro, que foi “eleito”
para ser missionário. Mas deste contexto
ideológico que moveu e move muitas igrejas
ainda hoje. Surge então um questionamento:
E aquele que não recebeu este chamado
“sobrenatural especifico”, o que ele deve
fazer? Só orar? Só contribuir? Só?
21. Fico e transfiro a minha responsabilidade a
outro, que foi “eleito” para ser missionário?
Diante deste questionamento que têm inquietado
muitos pensadores na área da Teologia da Missão
da Igreja, entendemos que a Missão da Igreja se
manifesta em
“cada ato de serviço
para o qual Deus
envia o seu povo
redimido ao mundo”.
22. Antes de ser assunto aos céus, Jesus entrega
aos seus discípulos o que os missiólogos
chamam de GRANDE COMISSÃO (Mt.
28.16-20). Passaremos a destacar alguns
pontos da mesma a fim de compreendermos
qual a visão de Cristo quanto à missão da
igreja e assim apresentar as barreiras que
devemos transpor.
23. 1º) A BARREIRA DA INCAPACIDADE.
Diversos sentimentos impedem a obra
missionária da igreja. entre estes destaco aqui
o sentimento de incapacidade. o que é
necessário pra que possamos realizar
missões? Vejamos a luz da Sagrada Escritura
a resposta a esta indagação. Devemos
transpor a barreira da incapacidade certos de
que Deus nos comissiona para missões desde o
momento que nos elege para a salvação.
24.
25. a) A MISSÃO FOI ENTREGUE A PESSOAS
COMUNS NÃO A GIGANTES ESPIRITUAIS.
Mt. 28.16, 17,
16 E os onze discípulos partiram para a
Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha
designado.
17 E, quando o viram, o adoraram; mas
alguns duvidaram.
• É clara a oposição existente entre Adoração
e Dúvida que ocorreu quando Jesus aparece
aos discípulos depois de sua ressurreição.
26. Enquanto a reação de alguns foi de adoração a de
outros foi de dúvida, isto significa que mesmo
seguindo Jesus de perto estes homens não eram
supercrentes.
Mc. 16:14; Jesus censura-lhes a incredulidade e
dureza de coração, porque não creram.
Lc. 24:33-43 (v37, 38) a surpresa dos discípulos
expressa falta de fé naquilo que Jesus havia
anunciado (no caso, sua ressurreição). O temor
demonstra a fragilidade natural do ser humano
diante de situações adversas (conf. V40a).
27. Observe que os discípulos eram homens iguais a
nós e passiveis de emoções e sentimentos positivos e
negativos. Haward Peskett no diz: “A grande comissão
não foi dada a gigantes espirituais, mas a um grupo
normal de aprendizes devotados, mas falhos”. (p.159).
Do verso 18-20 Jesus passa a falar da Grande
Comissão propriamente dita. A ela nos referimos a
fim de apresentar a segunda barreira que devemos
transpor.
_________________________
• PESKETT Op. Cit. por Patrick Cesar
28. 2º) Compreensão do chamado
O chamado diz respeito a todos.
Mt.18-20:
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-
me dado todo o poder no céu e na terra.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo;
20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos. Amém.
29. b) A COMISSÃO DA IGREJA
• sua autoridade esta em o nome de Jesus
Ao apresentar a Grande Comissão Jesus passa
a refletir sobre a sua própria autoridade - “Toda
a autoridade me foi dada nos céus e na terra” (v.
18b), ou seja, ele faz UMA AFIRMAÇÃO DE
SUA AUTORIDADE. A construção frasal deste
verso propõe uma idéia de passivo divino, ou
seja, “Foi-me dada toda a autoridade”, que
significa “Deus me deu toda a autoridade”.
Obs. Isto não significa
que Jesus não era Divino ou não tinha toda
autoridade. Significa que a autoridade perdida
pelo homem com o pecado foi reconquistada por
Ele.
30. Provavelmente esta frase foi construída
assim por conta do objetivo e público alvo
para o qual Mateus estava escrevendo (seu
alvo era principalmente os judeus, e seu
objetivo era mostrar que Jesus era o messias
da profecia hebraica). Os judeus têem
profundo respeito pelo nome divino. Esta
autoridade de Cristo é pode sesr observada
na Sagrada Escritura:
1) Ele ensinava com autoridade – “porque ele
as ensinava como quem tem autoridade e não
como os escribas”. (Mt. 7: 28,29).
31. 2) O centurião romano trata Jesus de forma que
reconhece a sua autoridade (Mt. 8.8,9).
3) Jesus tinha autoridade para perdoar pecados
(Mt. 9.6).
4) Delegou autoridade aos discípulos (Mt.10.1).
5) Sua autoridade foi reconhecida pelo Pai (Mt.
11.27). E ainda mais, ele é Senhor cheio de
autoridade que reina e governa sobre toda a
Criação e sobre os seus servos, então Ele
manda e os verdadeiros discípulos obedecem.
32. C) UM MANDAMENTO SOBRE A SUA
MISSÃO.
• v.19, 20a que diz: “Portanto ide, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a observar todas as coisas que eu vos tenho
mandado”.
• A conjunção “portanto” que inicia este verso
liga as duas sentenças, a anterior e a posterior.
Assim, este mandamento só ganha sentido por
causa da sentença anterior que Jesus profere:
“Toda a autoridade...”. Dessa forma, Jesus envia
os seus discípulos, pois tem a autoridade para
isso.
33. • Nesta sentença o verbo principal recai na expressão
“fazer discípulos”, é aqui onde fica o imperativo.
Numa tradução literal do texto teríamos: “Por toda à
parte façam discípulos de todas as nações: batizem e
ensinem; aonde o Senhor lhe plantou faça discípulos:
na escola, no trabalho, na universidade, na família de
vocês, em sua vizinhança, façam discípulos!”.
Comentando este texto Peskett diz o seguinte: “Fazer
discípulos significa trazer pessoas à escola de
Jesus, incluí-las entre os seus seguidores; implica em
compromisso radical e de longo prazo”.
___________________
• PESKETT. Op. Cit. por Patrick Cesar
34. Assim, notamos que o verdadeiro discípulo de
Cristo deve ter impregnado em seu ser o sentimento
de que ele pertence ao Senhor e que os princípios e
valores do Reino devem fazer parte do seu dia-a-
dia, na
escola, faculdade, trabalho, família, igreja, etc.