SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOCAGE

                                Ficha Formativa de FILOSOFIA


                                                   I

      «A filosofia poderá ser perspectivada como uma reflexão radical sobre a realidade, sobre o
 homem e sobre o mundo.
      Como reflexão radical a filosofia situa-se no plano de uma racionalidade interpretativa e
 explicativa. Esta racionalidade interpretativa e explicativa implica que as posições assumidas não
 se alicercem em crenças ou meras opiniões mas se enraízem numa fundamentação que [...] lhes
 confira uma justificação consistente.
      Por consequência, no âmbito da filosofia não terão sentido atitudes dogmáticas, visto que a
 dogmatização [...] envolverá necessariamente a ausência de uma fundamentação aberta.»

                          Sousa, M. C. H. de, As Ilusões da Razão, Porto, Brasília Editora, pp. 17-18


1. Qual a especificidade da Filosofia presente no texto? Justifica a tua resposta.

2. No quadro abaixo, identifica as afirmações verdadeiras e falsas, assinalando respectivamente V
ou F

        Afirmações                   V F                         Justificação
A Filosofia procura a raiz ou o
fundamento de todas as
coisas.
É próprio da filosofia procurar
compreender o real na sua
totalidade e unidade
A filosofia é acima de tudo o
reino da subjectividade e da
arbitrariedade,      onde      se
admitem, sem critério ou
crítica, todas as ideias
A filosofia é um modo crítico
de reflectir sobre as nossas
convicções e ultrapassar as
limitações do senso comum.
A filosofia é a análise lógica da
linguagem e a clarificação do
significado das palavras e dos
conceitos.
Cada aprendiz de filósofo tem
pela frente uma árdua tarefa,
dado que tem que partir do
zero      na   sua     actividade
reflexiva.
A actividade filosófica é
inseparável da liberdade da
razão face a todas as
coerções e a todos os
constrangimentos exteriores,
sejam eles a religião, a
política, as ideologias, a
autoridade ou a tradição.
A filosofia é sempre uma
reflexão pessoal dirigida a
todos os homens



                                                                                                    1
II

1.Lê atentamente o texto de J.L. Aranguren onde se faz uma breve análise da noção de felicidade,
pondo-se em confronto duas visões distintas e acabando o próprio autor por propor também ele
uma tese.


Antigamente a felicidade era entendida                  todas as fortunas (?) espirituais, desde que
como um ideal só alcançável pelos filósofos             cresçam os aumentos materiais.
contemplativos (Aristóteles), pelos que                     Claro está que depressa as coisas se
sobre-humanamente renunciavam a tudo                    mostram mais complicadas porque, quando
(estóicos), pelos que, perante o carácter               já    se    alcançou    aquilo     em   que,
enganador do prazer, acabavam por fazer                 ilusoriamente, púnhamos a felicidade, esta
o mesmo (epicuristas) e por todos os que a              vai para mais longe; agora já não basta o
reservavam para os “eleitos” e, para                    carrito, porque faz falta um automóvel
cúmulo, não neste mundo mas noutro                      sumptuoso, a nossa vivenda precisa de ser
(Escolástica).                                          uma luxuosa vila e a felicidade parece não
      Agora as coisas mudaram. A actual                 ser já uma questão só de dinheiro, mas
trivialização da palavra “feliz” (“faz-me feliz”        também de status: se pudéssemos chegar
diz qualquer um após a consecução da                    a ser directores da empresa onde
coisa mais acessível) corresponde à                     trabalhamos, se pudéssemos chegar a ser
democratização,       á    aproximação,        à        ministros! (Este último exemplo não é bom:
vulgarização      das     expectativas       da         qualquer um pode chegar a ser ministro,
felicidade. A felicidade parece estar aí, no            como mostra a experiência.)
voltar do ano, quando, enfim, podemos                      A agridoce verdade é que, à medida que
adquirir o carrito, a casa própria ou o                 nos aproximamos da felicidade, ela se
aumento do salário; a felicidade parece                 afasta mais e mais.”
assim ter-se colocado já ao alcance de                           J.L. Aranguren, Propostas Morales.


2 . Após a leitura, proponho que identifiques as teses e a estrutura argumentativa do
texto

Tema:_____________________________________________________________
__________

Problema:__________________________________________________________
_________

__________________________________________________________________
__________

Respostas ao problema:

a) Tese
antiga_____________________________________________________________
___

__________________________________________________________________
__________

__________________________________________________________________
__________


b)Visão
actual_____________________________________________________________
_

__________________________________________________________________
__________

__________________________________________________________________
__________



                                                                                                       2
c)Tese do
           autor______________________________________________________________

           __________________________________________________________________
           __________

           __________________________________________________________________
           __________


           Argumentos a favor da tese:

           __________________________________________________________________
           __________

           __________________________________________________________________
           __________

           __________________________________________________________________
           __________

           __________________________________________________________________
           __________


                                                        III

                  1. Assinala como correcta (C) ou errada (E) as afirmações, abaixo indicadas, que
           completam a afirmação:

           A acção Humana é….

                                          Afirmações                                       C         E
           Uma forma de conduta autónoma, consciente e voluntária
           O que individualiza cada homem, definindo-o pela maneira como a exercita e
           a dirige. O homem faz-se e constrói-se na acção.
           Um acto inconsciente ou uma resposta instintiva a certos estímulos.
             A acção que é específica dos seres humanos e que só estes são capazes
             de realizar
           A acção que realizamos conscientemente, dando-nos conta de que a
           fazermos
           Um qualquer acto praticado por ser um humano
           Um acto realizado após decisão deliberada

                                                        IV

            Todos os termos da rede (conceptual) convergem aqui: acção, intenção, motivação e,
            por fim, agente (…), Importa (…) compreender a palavra agente em função de toda a
            rede.
                                                    P.Ricouer, O Discurso da Acção, edições 70


             1.Quais os termos da rede conceptual da acção humana presentes no texto? Explicita-os.
             2.Distingue fazer, agir e acontecimento.
             3.Constipar-se e manter-se quieto e sem respirar enquanto se tira uma radiografia são
           acções? Porquê?
             4. “ Uma acção não é um acontecimento como um tremor de terra ou a queda de uma folha
morta». Concordas com a afirmação? Fundamenta a tua resposta.



                                                                                                         3
V



      Estamos perante um enigma filosófico característico. Por um lado, um conjunto de
argumentos muito poderosos força-nos à conclusão de que a nossa vontade livre não existe
no Universo. Por outro lado, uma série de argumentos poderosos baseados em factos da
nossa própria experiência inclina-nos para a conclusão de que deve haver alguma liberdade
da vontade, porque aí todos a experimentamos em todo o tempo.
                                                           J. Searl, Mente, cérebro e Ciência




2- O determinismo radical e o determinismo moderado são duas das teorias que
respondem ao problema do livre-arbítrio. Em que é que se distinguem?




                                                                                                4

Contenu connexe

Tendances

Tendances (20)

O dualismo cartesiano
O dualismo cartesianoO dualismo cartesiano
O dualismo cartesiano
 
O empirismo
O empirismoO empirismo
O empirismo
 
Filosofia david hume hugoseverino
Filosofia david hume hugoseverino Filosofia david hume hugoseverino
Filosofia david hume hugoseverino
 
Revolução kantiana
Revolução kantianaRevolução kantiana
Revolução kantiana
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VI
 
Kant criticismo e deontologia
Kant criticismo e deontologiaKant criticismo e deontologia
Kant criticismo e deontologia
 
Kant
KantKant
Kant
 
Cap 13 - O Grande Racionalismo
Cap 13 - O Grande RacionalismoCap 13 - O Grande Racionalismo
Cap 13 - O Grande Racionalismo
 
Aula de filosofia antiga, tema: Platão de Atenas (aula 2)
Aula de filosofia antiga, tema: Platão de Atenas (aula 2)Aula de filosofia antiga, tema: Platão de Atenas (aula 2)
Aula de filosofia antiga, tema: Platão de Atenas (aula 2)
 
A CAUSALIDADE NATURAL EM DAVID HUME
A CAUSALIDADE NATURAL EM DAVID HUMEA CAUSALIDADE NATURAL EM DAVID HUME
A CAUSALIDADE NATURAL EM DAVID HUME
 
Immanuel Kant - Roteiro de aula
Immanuel Kant - Roteiro de aulaImmanuel Kant - Roteiro de aula
Immanuel Kant - Roteiro de aula
 
Resumos filosofia 2
Resumos filosofia 2Resumos filosofia 2
Resumos filosofia 2
 
Exegese logosofica
Exegese logosofica   Exegese logosofica
Exegese logosofica
 
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidadeO empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
O empirismo de David Hume (Doc, 3) Problema da causalidade
 
David Hume
David Hume David Hume
David Hume
 
O empirismo de John Locke
O empirismo de John LockeO empirismo de John Locke
O empirismo de John Locke
 
O ideal grego de amor
O ideal grego de amorO ideal grego de amor
O ideal grego de amor
 
Racionalismo - Filosofia
Racionalismo - FilosofiaRacionalismo - Filosofia
Racionalismo - Filosofia
 
Aula de filosofia antiga platão de atenas
Aula de filosofia antiga   platão de atenasAula de filosofia antiga   platão de atenas
Aula de filosofia antiga platão de atenas
 
Hume descartes e_locke
Hume descartes e_lockeHume descartes e_locke
Hume descartes e_locke
 

En vedette

En vedette (8)

Exame filosofia 2ª fase
Exame filosofia 2ª faseExame filosofia 2ª fase
Exame filosofia 2ª fase
 
Exame de filosofia critérios
Exame de filosofia   critériosExame de filosofia   critérios
Exame de filosofia critérios
 
O Agulheiro
O AgulheiroO Agulheiro
O Agulheiro
 
Aristoteles e locke respostas
Aristoteles e locke respostasAristoteles e locke respostas
Aristoteles e locke respostas
 
Os valores
Os valoresOs valores
Os valores
 
éTica e moral
éTica e moral éTica e moral
éTica e moral
 
A natureza dos valores
A natureza dos valoresA natureza dos valores
A natureza dos valores
 
1° ano E.M. - Antigo Egito
1° ano E.M. -  Antigo Egito1° ano E.M. -  Antigo Egito
1° ano E.M. - Antigo Egito
 

Similaire à A filosofia como reflexão radical sobre a realidade, o homem e o mundo

Filósofos modernos e seus pensamentos 2º va
Filósofos modernos e seus pensamentos   2º vaFilósofos modernos e seus pensamentos   2º va
Filósofos modernos e seus pensamentos 2º vaProfMario De Mori
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofiaNuno Pereira
 
Ficha de trab + correção descartes
Ficha de trab + correção   descartesFicha de trab + correção   descartes
Ficha de trab + correção descartesmluisavalente
 
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano   3º e 4º bimestreApostila do 1º ano   3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestreDuzg
 
A nocao de sujeito edgar morin
A nocao de sujeito   edgar morinA nocao de sujeito   edgar morin
A nocao de sujeito edgar morinThiago Almeida
 
Empirismo de David Hume (Doc2)
Empirismo de David Hume (Doc2)Empirismo de David Hume (Doc2)
Empirismo de David Hume (Doc2)guest9578d1
 
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfresumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfTamraSilva
 
Importancia da cultura
Importancia da culturaImportancia da cultura
Importancia da culturaRicardo Lima
 
Objetivos de filosofia 2ºteste 1º período tomás
Objetivos de filosofia 2ºteste   1º período tomásObjetivos de filosofia 2ºteste   1º período tomás
Objetivos de filosofia 2ºteste 1º período tomásFátima Teixeira Kika
 
Ae ci11 prep_exame_nacional
Ae ci11 prep_exame_nacionalAe ci11 prep_exame_nacional
Ae ci11 prep_exame_nacionalj_sdias
 
Ego ciência e serciência versus proposta do sagrado
Ego ciência e serciência versus proposta do sagradoEgo ciência e serciência versus proposta do sagrado
Ego ciência e serciência versus proposta do sagradoCarlos Azeitona
 
Fichas de trabalho 10º ano
Fichas de trabalho 10º anoFichas de trabalho 10º ano
Fichas de trabalho 10º anomluisavalente
 
Teoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoTeoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoLinda Lopes
 

Similaire à A filosofia como reflexão radical sobre a realidade, o homem e o mundo (20)

Aula 08 - O Empirismo
Aula 08 - O EmpirismoAula 08 - O Empirismo
Aula 08 - O Empirismo
 
Consciência e verdade
Consciência e verdadeConsciência e verdade
Consciência e verdade
 
Filósofos modernos e seus pensamentos 2º va
Filósofos modernos e seus pensamentos   2º vaFilósofos modernos e seus pensamentos   2º va
Filósofos modernos e seus pensamentos 2º va
 
Filosofia 11ºano
Filosofia 11ºanoFilosofia 11ºano
Filosofia 11ºano
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Ficha de trab + correção descartes
Ficha de trab + correção   descartesFicha de trab + correção   descartes
Ficha de trab + correção descartes
 
1 ano razao empirismo
1 ano razao empirismo1 ano razao empirismo
1 ano razao empirismo
 
Introdução à Filosofia
Introdução à FilosofiaIntrodução à Filosofia
Introdução à Filosofia
 
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano   3º e 4º bimestreApostila do 1º ano   3º e 4º bimestre
Apostila do 1º ano 3º e 4º bimestre
 
A nocao de sujeito edgar morin
A nocao de sujeito   edgar morinA nocao de sujeito   edgar morin
A nocao de sujeito edgar morin
 
Empirismo de David Hume (Doc2)
Empirismo de David Hume (Doc2)Empirismo de David Hume (Doc2)
Empirismo de David Hume (Doc2)
 
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfresumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
 
Apostila 1 filosofia cpia
Apostila 1 filosofia   cpiaApostila 1 filosofia   cpia
Apostila 1 filosofia cpia
 
O que é conhecimento
O que é conhecimentoO que é conhecimento
O que é conhecimento
 
Importancia da cultura
Importancia da culturaImportancia da cultura
Importancia da cultura
 
Objetivos de filosofia 2ºteste 1º período tomás
Objetivos de filosofia 2ºteste   1º período tomásObjetivos de filosofia 2ºteste   1º período tomás
Objetivos de filosofia 2ºteste 1º período tomás
 
Ae ci11 prep_exame_nacional
Ae ci11 prep_exame_nacionalAe ci11 prep_exame_nacional
Ae ci11 prep_exame_nacional
 
Ego ciência e serciência versus proposta do sagrado
Ego ciência e serciência versus proposta do sagradoEgo ciência e serciência versus proposta do sagrado
Ego ciência e serciência versus proposta do sagrado
 
Fichas de trabalho 10º ano
Fichas de trabalho 10º anoFichas de trabalho 10º ano
Fichas de trabalho 10º ano
 
Teoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoTeoria do conhecimento
Teoria do conhecimento
 

Plus de Julia Martins

A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacional
A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacionalA importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacional
A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacionalJulia Martins
 
P.point anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferencia
P.point   anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferenciaP.point   anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferencia
P.point anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferenciaJulia Martins
 
Washing away of wrongs song ci
Washing away of wrongs song ciWashing away of wrongs song ci
Washing away of wrongs song ciJulia Martins
 
Mafalda pedro caferra
Mafalda pedro caferraMafalda pedro caferra
Mafalda pedro caferraJulia Martins
 
Newton gostava de ler!
Newton gostava de ler!Newton gostava de ler!
Newton gostava de ler!Julia Martins
 
Redescidadaniafernandafinaljulia
RedescidadaniafernandafinaljuliaRedescidadaniafernandafinaljulia
RedescidadaniafernandafinaljuliaJulia Martins
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteJulia Martins
 
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]Julia Martins
 
(Microsoft power point
(Microsoft power point  (Microsoft power point
(Microsoft power point Julia Martins
 
Microsoft word carta internacional dos direitos humanos
Microsoft word   carta internacional dos direitos humanosMicrosoft word   carta internacional dos direitos humanos
Microsoft word carta internacional dos direitos humanosJulia Martins
 
Trab grupo orientações
Trab grupo orientaçõesTrab grupo orientações
Trab grupo orientaçõesJulia Martins
 
(Microsoft word texto de apoio dilemas
(Microsoft word   texto de apoio dilemas(Microsoft word   texto de apoio dilemas
(Microsoft word texto de apoio dilemasJulia Martins
 
Microsoft power point valores e cultura[1]
Microsoft power point   valores e cultura[1]Microsoft power point   valores e cultura[1]
Microsoft power point valores e cultura[1]Julia Martins
 
(Microsoft power point os valores- an
(Microsoft power point   os valores- an(Microsoft power point   os valores- an
(Microsoft power point os valores- anJulia Martins
 
Microsoft word texto de apoio os valores
Microsoft word   texto de apoio os valoresMicrosoft word   texto de apoio os valores
Microsoft word texto de apoio os valoresJulia Martins
 

Plus de Julia Martins (20)

A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacional
A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacionalA importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacional
A importância do papel da família no processo de desenvolvimento vocacional
 
9º ano, e agora
9º ano, e agora9º ano, e agora
9º ano, e agora
 
Pp dir. humanos
Pp dir. humanosPp dir. humanos
Pp dir. humanos
 
Pp dir. humanos
Pp dir. humanosPp dir. humanos
Pp dir. humanos
 
P.point anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferencia
P.point   anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferenciaP.point   anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferencia
P.point anos 60 – inconformismo, rebeldia e mudança conferencia
 
Et 7 a
Et 7 aEt 7 a
Et 7 a
 
Washing away of wrongs song ci
Washing away of wrongs song ciWashing away of wrongs song ci
Washing away of wrongs song ci
 
Cf eb 2012_aq
Cf eb 2012_aqCf eb 2012_aq
Cf eb 2012_aq
 
Mafalda pedro caferra
Mafalda pedro caferraMafalda pedro caferra
Mafalda pedro caferra
 
Newton gostava de ler!
Newton gostava de ler!Newton gostava de ler!
Newton gostava de ler!
 
Redescidadaniafernandafinaljulia
RedescidadaniafernandafinaljuliaRedescidadaniafernandafinaljulia
Redescidadaniafernandafinaljulia
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arte
 
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]
Experi%c3%a ancia%20est%c3%a9tica[1]
 
(Microsoft power point
(Microsoft power point  (Microsoft power point
(Microsoft power point
 
Microsoft word carta internacional dos direitos humanos
Microsoft word   carta internacional dos direitos humanosMicrosoft word   carta internacional dos direitos humanos
Microsoft word carta internacional dos direitos humanos
 
Trab grupo orientações
Trab grupo orientaçõesTrab grupo orientações
Trab grupo orientações
 
(Microsoft word texto de apoio dilemas
(Microsoft word   texto de apoio dilemas(Microsoft word   texto de apoio dilemas
(Microsoft word texto de apoio dilemas
 
Microsoft power point valores e cultura[1]
Microsoft power point   valores e cultura[1]Microsoft power point   valores e cultura[1]
Microsoft power point valores e cultura[1]
 
(Microsoft power point os valores- an
(Microsoft power point   os valores- an(Microsoft power point   os valores- an
(Microsoft power point os valores- an
 
Microsoft word texto de apoio os valores
Microsoft word   texto de apoio os valoresMicrosoft word   texto de apoio os valores
Microsoft word texto de apoio os valores
 

A filosofia como reflexão radical sobre a realidade, o homem e o mundo

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOCAGE Ficha Formativa de FILOSOFIA I «A filosofia poderá ser perspectivada como uma reflexão radical sobre a realidade, sobre o homem e sobre o mundo. Como reflexão radical a filosofia situa-se no plano de uma racionalidade interpretativa e explicativa. Esta racionalidade interpretativa e explicativa implica que as posições assumidas não se alicercem em crenças ou meras opiniões mas se enraízem numa fundamentação que [...] lhes confira uma justificação consistente. Por consequência, no âmbito da filosofia não terão sentido atitudes dogmáticas, visto que a dogmatização [...] envolverá necessariamente a ausência de uma fundamentação aberta.» Sousa, M. C. H. de, As Ilusões da Razão, Porto, Brasília Editora, pp. 17-18 1. Qual a especificidade da Filosofia presente no texto? Justifica a tua resposta. 2. No quadro abaixo, identifica as afirmações verdadeiras e falsas, assinalando respectivamente V ou F Afirmações V F Justificação A Filosofia procura a raiz ou o fundamento de todas as coisas. É próprio da filosofia procurar compreender o real na sua totalidade e unidade A filosofia é acima de tudo o reino da subjectividade e da arbitrariedade, onde se admitem, sem critério ou crítica, todas as ideias A filosofia é um modo crítico de reflectir sobre as nossas convicções e ultrapassar as limitações do senso comum. A filosofia é a análise lógica da linguagem e a clarificação do significado das palavras e dos conceitos. Cada aprendiz de filósofo tem pela frente uma árdua tarefa, dado que tem que partir do zero na sua actividade reflexiva. A actividade filosófica é inseparável da liberdade da razão face a todas as coerções e a todos os constrangimentos exteriores, sejam eles a religião, a política, as ideologias, a autoridade ou a tradição. A filosofia é sempre uma reflexão pessoal dirigida a todos os homens 1
  • 2. II 1.Lê atentamente o texto de J.L. Aranguren onde se faz uma breve análise da noção de felicidade, pondo-se em confronto duas visões distintas e acabando o próprio autor por propor também ele uma tese. Antigamente a felicidade era entendida todas as fortunas (?) espirituais, desde que como um ideal só alcançável pelos filósofos cresçam os aumentos materiais. contemplativos (Aristóteles), pelos que Claro está que depressa as coisas se sobre-humanamente renunciavam a tudo mostram mais complicadas porque, quando (estóicos), pelos que, perante o carácter já se alcançou aquilo em que, enganador do prazer, acabavam por fazer ilusoriamente, púnhamos a felicidade, esta o mesmo (epicuristas) e por todos os que a vai para mais longe; agora já não basta o reservavam para os “eleitos” e, para carrito, porque faz falta um automóvel cúmulo, não neste mundo mas noutro sumptuoso, a nossa vivenda precisa de ser (Escolástica). uma luxuosa vila e a felicidade parece não Agora as coisas mudaram. A actual ser já uma questão só de dinheiro, mas trivialização da palavra “feliz” (“faz-me feliz” também de status: se pudéssemos chegar diz qualquer um após a consecução da a ser directores da empresa onde coisa mais acessível) corresponde à trabalhamos, se pudéssemos chegar a ser democratização, á aproximação, à ministros! (Este último exemplo não é bom: vulgarização das expectativas da qualquer um pode chegar a ser ministro, felicidade. A felicidade parece estar aí, no como mostra a experiência.) voltar do ano, quando, enfim, podemos A agridoce verdade é que, à medida que adquirir o carrito, a casa própria ou o nos aproximamos da felicidade, ela se aumento do salário; a felicidade parece afasta mais e mais.” assim ter-se colocado já ao alcance de J.L. Aranguren, Propostas Morales. 2 . Após a leitura, proponho que identifiques as teses e a estrutura argumentativa do texto Tema:_____________________________________________________________ __________ Problema:__________________________________________________________ _________ __________________________________________________________________ __________ Respostas ao problema: a) Tese antiga_____________________________________________________________ ___ __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ b)Visão actual_____________________________________________________________ _ __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ 2
  • 3. c)Tese do autor______________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ Argumentos a favor da tese: __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ __________________________________________________________________ __________ III 1. Assinala como correcta (C) ou errada (E) as afirmações, abaixo indicadas, que completam a afirmação: A acção Humana é…. Afirmações C E Uma forma de conduta autónoma, consciente e voluntária O que individualiza cada homem, definindo-o pela maneira como a exercita e a dirige. O homem faz-se e constrói-se na acção. Um acto inconsciente ou uma resposta instintiva a certos estímulos. A acção que é específica dos seres humanos e que só estes são capazes de realizar A acção que realizamos conscientemente, dando-nos conta de que a fazermos Um qualquer acto praticado por ser um humano Um acto realizado após decisão deliberada IV Todos os termos da rede (conceptual) convergem aqui: acção, intenção, motivação e, por fim, agente (…), Importa (…) compreender a palavra agente em função de toda a rede. P.Ricouer, O Discurso da Acção, edições 70 1.Quais os termos da rede conceptual da acção humana presentes no texto? Explicita-os. 2.Distingue fazer, agir e acontecimento. 3.Constipar-se e manter-se quieto e sem respirar enquanto se tira uma radiografia são acções? Porquê? 4. “ Uma acção não é um acontecimento como um tremor de terra ou a queda de uma folha morta». Concordas com a afirmação? Fundamenta a tua resposta. 3
  • 4. V Estamos perante um enigma filosófico característico. Por um lado, um conjunto de argumentos muito poderosos força-nos à conclusão de que a nossa vontade livre não existe no Universo. Por outro lado, uma série de argumentos poderosos baseados em factos da nossa própria experiência inclina-nos para a conclusão de que deve haver alguma liberdade da vontade, porque aí todos a experimentamos em todo o tempo. J. Searl, Mente, cérebro e Ciência 2- O determinismo radical e o determinismo moderado são duas das teorias que respondem ao problema do livre-arbítrio. Em que é que se distinguem? 4