1. T O D O S N Ó S , S E R E S H U M A N O S , S O M O S
M O V I D O S P O R N O S S A S E M O Ç Õ E S . A L E G R I A ,
M E D O , T R I S T E Z A , A N G Ú S T I A , A P R E E N S Ã O
S Ã O F O R Ç A S Q U E S E E S C O N D E M P O R T R Á S
D E N O S S A S A Ç Õ E S M A I S S I N C E R A S O U
M E N O S C O M P R E E N S Í V E I S . D E S D E A
A N T I G U I D A D E , O G Ê N E R O D R A M Á T I C O
P R I V I L E G I A O E S T U D O D A S E M O Ç Õ E S
H U M A N A S
Gênero Dramático
2. De fato, cultuado desde a Antiguidade, sua origem
deve-se aos gregos, haja vista que em suas festas
religiosas homenageavam ao deus Dionísio (Baco). E
entre os principais dramaturgos figuram-se:
Ésquilo (Prometeu acorrentado)
* Sófocles (Édipo - rei, Electra)
* Eurípedes (Medeia, As bacantes)
* Aristófanes (A paz, Assembleia de mulheres)
* Antífanes (Menandro)
3. Características
Dentre as características que perfazem tal
modalidade estão: atores, que em consonância com
outros elementos, como, figurino, maquiagem,
cenário, gestos, reproduzem a história em forma de
diálogos, divididos em atos e cenas; e a ação
propriamente dita, retratada numa sequência
linear,constituída pela exposição, conflito,
complicação, clímax e desfecho final.
4. ORIGENS
Em diversas sociedades primitivas era comum a
realização de danças ritualísticas. Como os
participantes representavam diferentes papéis, há
quem reconheça nessa atividade o germe da
encenação teatral que define o gênero dramático.
Outra explicação para a origem do drama seriam os
festivais anuais realizados na Grécia Antiga, em
honra ao deus Dionísio ( ou Baco, para os romanos).
Nesses festivais, bebia-se e cantava-se para louvar
esse deus.
5. DANÇAS
No início, havia apenas um coro que entoava os hinos,
chamados ditirambos, narrando trechos da vida de
Dionísio. Depois, esse coro foi dividido em perguntas e
respostas coordenadas por um corifeu (o regente do
coro). Mais tarde, surgiu o hyokrités, o ator protagonista,
simbolizado por Téspis, um poeta grego. Nascia, assim, a
tragédia.
A representação do ator protagonista provocava
sentimento no coro, que, nesse momento, transformava-
se em plateia, porque avaliava o comportamento do
protagonista. Cantando, o coro respondia a ele, para
concordar ou discordar de suas ações.
6. ORIGENS
Essa explicação para a origem do gênero dramático
destaca dois elementos que até hoje, são essenciais
para esse tipo de texto: a importância do público e a
possibilidade de desencadear emoções por meio da
representação.
O GÊNERO DRAMÁTICO NA GRÉCIA ANTIGA
O gênero dramático, na Grécia Antiga, desenvolveu-
se por meio de duas modalidades: a tragédia e a
comédia.
7. A TRAGÉDIA
No início, drama e tragédia eram praticamente
sinônimos. Trata-se da representação de ações que significam
uma transgressão grave na ordem familiar ou social. A
tragédia envolve a paixão ou pathos, provocando esse
desacordo com relação à ordem familiar e social por
ignorarem as leis humanas ou divinas que organizavam a vida.
Os temas das tragédias são os conflitos derivados das paixões
humanas. Apresenta personagens nobres e heroicas. O
objetivo da encenação de uma tragédia tinha em vista
desencadear, no público, terror ou piedade. A purificação de
sentimentos da plateia por essa experiência estética, recebeu o
nome de catarse.
8. A Tragédia
A tragédia pode ser definida como uma peça teatral na
qual figuram personagens nobres e que procura, por
meio da ação dramática, levar a plateia um estado de
grande tensão emocional. Geralmente, as peças trágicas
terminam com um acontecimento funesto.
Os conflitos encenados nas tragédias quase sempre
tratavam de questões acerca da honra e do poder. Leia,
como exemplo, um trecho de Medeia, de Eurípedes.
Escrita em 431 a.C, Medeia apresenta o drama vivido por
uma mulher que comete as maiores loucuras por amor. A
cena que você vai ler nos mostra o momento em que,
depois de abandonada, Medeia se dá conta do quanto
errou ao depositar sua confiança no coração traiçoeiro de
Jasão.
9. A COMÉDIA
A origem da comédia é a mesma da tragédia: os festivais realizados
em hora a Dionísio. Alguns dos festivais ocorriam durante a
primavera e costumavam apresentar um cotejo de mascarados.
Esses cortejos recebiam o nome de Komos e deles deriva o nome
comédia ( komoidea: Komos, “procissão jocosa +oidé,
“canto”). A pé ou em carros, eles percorriam os campos dançando,
cantando e recitando poemas jocosos em que satirizavam
personalidades e acontecimentos da vida pública.
Quando Esparta derrotou Atenas na Guerra do Peloponeso, a
democracia chegou ao fim, comprometendo a liberdade de
expressão dos autores de textos cômicos. As comédias, então,
abandonaram a crítica política e passaram a satirizar
comportamentos e costumes das pessoas comuns.Assim, enquanto
a tragédia desenvolve temas sérios, apoiados na ação mitológica, e
as personagens são deuses e semideuses, a comédia se caracteriza
por sua leveza e alegria, aborda episódios cotidianos e as
personagens são seres humanos.
10. Gênero Dramático
Eram várias as espécies que representavam o gênero em questão, entre elas
destacam-se:
A comédia, que para Aristóteles era a “imitação de homens inferiores, não
quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o
ridículo”. De caráter cômico, tinha o cotidiano como temática, satirizando os
defeitos humanos e a sociedade como um todo, representada por personagens
estereótipos das debilidades humanas, como o rabugento, o avaro, o
apaixonado e o mesquinho. Sua estrutura consiste em uma situação complicada
inicial, mas no final tudo acaba bem.
A tragédia, que para o filósofo, era “a imitação de uma ação de caráter
elevado, suscitando o terror e a piedade. Tendo como efeito a purificação
dessas emoções”. Retratada por um caráter mais sério e solene, com
personagens humanos pertencentes às classes nobres, como reis, príncipes, que
sofriam nas mãos dos deuses e do Destino. Sua estrutura consistia em uma
ação inicial feliz, todavia com um final trágico, na qual a temática era baseada
no sofrimento e na desgraça do protagonista.
11. Gênero Dramático
A Tragicomédia, na qual o drama mesclava elementos
trágicos e cômicos.
O Auto, uma peça curta, geralmente de conteúdo religioso ou
profano, e, sobretudo, simbólico, uma vez que seus
personagens não eram humanos, e sim, entidades abstratas,
caracterizadas pela hipocrisia, bondade, luxúria, virtude,
dentre outras. Eram representadas por ocasião das grandes
festas religiosas, nos pátios ou no interior das igrejas, e muitas
vezes nas praças.
A farsa, representada por uma pequena peça teatral, surgida
por volta do século XIV, cujo objetivo era despertar o riso por
meio da representação de situações ridículas, grotescas ou
engraçadas e satirizar os costumes.
12. ARISTÓTELES
Aristóteles observa, na Poética, que o termo drama ( do
grego drân: agir) faz referência ao fato, de , nesses textos,
as pessoas serem representadas “em ação”.
Ao identificar o drama como um dos gêneros literários,
Aristóteles considerou uma característica importante
desses textos: eram feitos para ser representados,
dramatizados.
Textos dramáticos são aqueles em que a “voz narrativa”
está entregue às personagens, que contam a história por
meio de diálogos e monólogos.
13. Gênero dramático
Em uma representação teatral cada cena é uma
unidade de ação.
Conceito de encenação: consiste na montagem de
uma cena e os elementos que fazem parte dela.
Montagem
Toda montagem de apóia em um texto. Nesse caso, o
autor indica ao leitor ( e a que desejar encenar a
peça) como a montagem foi concebida, ou seja, como
imaginou o trabalho com cada um dos elementos da
linguagem teatral.
14. Gênero Dramático
O teatro apresenta uma linguagem própria:
iluminação, música, figurinos, cenários são
elementos da linguagem cênica, que contribuem
com o texto e a interpretação dos atores, para criar a
ilusão dos lugares, tempos e personagens nos
espectadores.
No momento de criar o texto teatral e combinar
esses recursos, o autor pensa na plateia e no tipo de
reação que deseja provocar. Percebe-se, assim, nesse
gênero literário, a participação mais direta do
público como um dos agentes do discurso.