SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  70
FARMACOLOGIA DAS DROGAS
   QUE ATUAM NO SNC
SINAPSE

Neurotransmissores
Mecanismos de ação
SINAPSE NERVOSA
MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA




                                                           1.   Chegada do impulso nervoso ao
                                                                terminal

                                                           2.   Abertura de Canais de Ca
                                                                Voltagem dependentes

                                                           3.   Influxo de Ca (2o mensageiro)

                                                           4.   Exocitose dos NT

                                                           5.   Interação NT- receptor pós-
                                                                sinaptico causando abertura de
                                                                canais iônicos NT dependentes

                                                           6.   Os NT são degradados por
                                                                enzimas (6)




 http://www.blackwellpublishing.com/matthews/nmj.html
 http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html
Chegada do
                   Impulso nervoso no
                   terminal do neurônio 1




                                   Geração de impulso
Neurotransmissâo                   nervoso no neurônio 2
NEUROTRANSMISSORES
Aminoácidos
-Acido-gama-amino-butirico (GABA)
-Glutamato (Glu)
-Glicina (Gly)
-Aspartato (Asp)                    Excitatórios:
                                    disparam o potencial
Aminas
- Acetilcolina (Ach)                de ação da célula
- Adrenalina                        seguinte
- Noradrenalina
- Dopamina (DA)
- Serotonina (5-HT)                  Inibitórios: inibem a
- Histamina                         possibilidade        de
                                    descarga
Purinas
- Adenosina
- Trifosfato de adenosina (ATP)
Onde as drogas                           Acetil CoA          Colina
  podem agir?

                                                         ACh
                                         Transportador
                                            de ACh
Etapas da biossíntese e degradação
enzimática do NT
                                                                              Transportador
                                                                                 de colina
Liberação do NT


Sítios receptores pré e pós-sinápticos




                                                                        Colina + Acetato
                                                        AChE

                                    Receptor
                                  pós-sinaptico
Princípios de Neurofarmacologia




Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissâo:

Modos de ação
AGONISTAS: mimetizam o efeito do NT
ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT
Neurotransmissor   Receptores       Agonistas          Antagonistas
  Acetilcolina     Muscarínico     Muscarina              Atropina
                    Nicotínico      Nicotina               Curare




                                 Receptor Nicotínico
                                  Fibras musculares esqueléticas
                                  Abertura de canais de Na (despolarização)

                                 Receptor Muscarínico
                                  Fibras musculares cardíacas
                                  - abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo)
                                  Fibras musculares lisas
Dopamina

                Bomba de
                Recaptaçâo




             Receptor
           dopaminérgico
O que a cocaína faz?
Impede a recaptaçâo da dopamina e
prolonga a sua ação pós-sináptica
DROGAS SEDATIVO-HIPNÓTICAS
• Um dos grupos mais prescritos em todo o
  mundo.
• Principal uso:
- Produzir sedação (com alívio da ansiedade);
- Incentivar o sono.
Atravessam a barreira placentária durante a
  gravidez e são detectáveis no leite materno.
FARMACOLOGIA
• Ligam-se ao receptor GABAA presente nas membranas
neuronais do SNC. Esse receptor é ativado pelo
neurotransmissor inibitório GABA (principal neurotr. inib. do
SNC).
• Potencializam a inibição GABAérgica.
FARMACOLOGIA
• Depressão gradativa da função do SNC dose-dependente.




Droga A:inclinação linear típica dos agentes mais antigos – barbitúricos e álcoois.
Droga B: maiores doses para obter uma depressão do SNC mais profunda do que a
hipnose – maior margem de segurança: benzodiazepínicos.
BENZODIAZEPÍNICOS
APRESENTAÇÕES
Fármaco              Apresentação
 Diazepam            Uso oral: comp. 5 e 10mg
                     Uso injetável: 10mg/ 2ml
Bromazepam           Uso oral: comp. 3 e 6 mg
                          gotas:2,5mg/ml
Clonazepam          Uso oral: comp. 0,5 e 2mg
                         gotas: 2,5mg/ml
Midazolam           Uso oral: comp. 7,5 e 15mg
                     Uso injetável: 5mg/ 5ml
                             15mg/3ml
                            50mg/10ml

Alprazolam       Uso oral: comp. 0,25; 0,5; 1 e 2mg
BARBITÚRICOS
APRESENTAÇÕES

Fármaco              Apresentação
                    Uso oral: comp. 50 e 100mg
                            solução 4%
Fenobarbital

                    Uso injetável (pó): 500mg
 Tiopental                     1g
USOS CLÍNICOS
• Alívio da ansiedade;
• Insônia;
• Sedação e amnésia antes de procedimentos médicos e
  cirúrgicos (endoscopia e broncoscopia);
• Tratamento de epilepsia e estados convulsivos;
• Componente de anestesia balanceada;
• Controle de estados de abstinência de etanol e outros
  sedativo-hipnóticos (diazepam, fenobarbital);
• Relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares
  específicos;
• Como auxiliares diagnósticos ou para tratamento em
  psiquiatria     (mania,   controle    de      estados de
  hiperexcitabilidade induzidos por drogas, distúrbios
  depressivos maiores).
• Tolerância:
  diminuição da capacidade de resposta a determinada droga
  após exposição repetida.

• Dependência fisiológica:
  Estado fisiológico alterado que exige administração
  contínua da droga para impedir o aparecimento de uma
  síndrome     de    abstinência    (estado    de      maior
  ansiedade, inquietação, fraqueza, insônia e excitabilidade
  do SNC, que podem progredir para convulsões).

• Dependência Psicológica :
  É a necessidade de determinado comportamento para viver
  normalmente e sentir-se confortável. Ex.: fumar cigarros.
REAÇÕES ADVERSAS
• Sonolência;
• Diminuição da capacidade motora;
• Comprometimento do discernimento;
• Amnésia (compromete a capacidade de
  aprender novas informações);
• Desinibição comportamental.
 Gestante: Só usar se o benefício potencial
  justificar o risco potencial.
INTERAÇÕES
•   Bebidas alcoólicas;
•   Analgésicos opioides;
•   Anticonvulsivantes;
•   Anti-histamínicos;
•   Anti-hipertensivos;
•   Anti-depressivos tricíclicos.
ANTIEPILÉPTICOS
• 1% da população mundial tem epilepsia;
• 2° distúrbio neurológico mais comum, depois do
  AVC;
 Distúrbio crônico caracterizado por crises
  convulsivas recorrentes.
• Terapia padrão controla a crise convulsiva em
  80% dos pacientes.
 Convulsão: episódios limitados de disfunção
  cerebral, decorrentes de descarga anormal dos
  neurônios cerebrais.
CRISE CONVULSIVA

• Caracteriza-se pela perda repentina da
  consciência, acompanhada de contrações
  musculares violentas.
• A vítima cai e seu corpo fica tenso e retraído.
  Em seguida ela começa a se debater
  violentamente e pode apresentar os olhos
  virados para cima e os lábios e dedos
  arroxeados. Em certos casos, a vítima
  apresenta sialorréia e perda de esfincteres.
• As contrações fortes duram de dois a quatro
  minutos. Depois disto, os movimentos vão
  enfraquecendo e a vítima recupera-se
  lentamente.
• Pode ficar inconsciente ou com movimentos
  lentos e/ou confusão mental por vários
  minutos após a crise, o que representa o
  estado pós-convulsivo (pós-ictal).
Causas de convulsões:
• A crise convulsiva pode acontecer em
  conseqüência de:
      • febre muito alta,
      • intoxicações,
      • overdose de drogas,
      • abstinência alcóolica,
      • hipertensão na gravidez (eclâmpsia)
      • epilepsia ou lesões cerebrais.
DROGAS ANTIEPILÉPTICAS
• Fenitoína (mais antiga droga antiepiléptica não-
  sedativa);
• Carbamazepina;
• Barbitúricos
  (fenobarbital, mefobarbital,metarbital e
  primidona);
• Topiramato;
• Benzodiazépínicos
  (diazepam, lorazepam, clonazepam);
• Valproato de Sódio ou Ác. Valproico.
APRESENTAÇÕES
 Fármaco                      Apresentação
  Fenitoína                  Uso oral: comp. 100mg
                              Suspensão: 100mg/5ml
                            Uso injetável: 250mg/ 5ml
Carbamazepina              Uso oral: comp. 200 e 400mg
                               Suspensão: 20mg/1ml
 Topiramato               Uso oral: comp. 25; 50 e 100mg
 Valproato de                 Uso oral: cápsula 250mg
                           Comp. revestido: 300 e 500mg
    Sódio                        Xarope 250mg/5ml
                 Comp. de liberação entérica (Depakote) 250 e 500mg
Mecanismo de Ação dos
           Antiepilépticos

1) Prolongamento do estado inativo dos canais
   de Na₊ dependentes de voltagem.

2) Potencialização da inibição mediada pelo
  GABA.
Efeitos Adversos dos Antiepilépticos

 Fármaco                       Efeitos Adversos
Fenitoína           Hiperplasia gengival, hirsutismo, sonolência, náuseas,
                     vômitos, hipocalcemia, osteomalácia, agranulocitose,
                       dermatites, lupus eritematoso sistêmico, hepatite
Fenobarbital      Sedação, irritabilidade, nistagmo, ataxia, erupção cutânea,
                   anemia megaloblástica e agitação em crianças e idosos.
Carbamazepina       Sedação, desconforto gastrointestinal, reação cutânea,
                    anemia aplásica(rara), leucopenia, vertigem, nistagmo,
                                             ataxia.
Ácido              Náuseas e vômitos, sedação, hepatotoxicidade, alopécia,
                 tendência hemorrágica, pancreatite aguda, aumento de peso.
Valpróico
Benzodiazepíni       Sedação, incoordenação, ataxia, tontura, salivação,
                               alterações de comportamento
cos
Hiperplasia
 Gengival
               Ataxia




              Diplopia
Interações Farmacológicas Entre
                    Antiepilépticos
 Fármaco em uso     Fármaco Associado         Efeito
Fenitoína         Carbamazepina         Aumento
                  Diazepam              Aumento
                  Fenobarbital          Aumento/diminuição
                  Ác. Valpróico         Diminuição
Fenobarbital      Fenitoína             Aumento
                  Ác. Valpróico         Aumento (40%)
Carbamazepina     Fenitoína             Diminuição
                  Fenobarbital          Diminuição
Ác. Valpróico     Carbamazepina         Diminuição
                  Fenobarbital          Diminuição
                  Fenitoína             Diminuição
Clonazepam        Fenobarbital          Diminuição
                  Fenitoína             Diminuição
Interações entre Antiepilépticos e
        outros Fármacos
Antiepiléptico       Fármaco Associado             Efeito
Fenitoína         Cloranfenicol, cimetidina,
                  isoniazida, cumarínicos,       Aumento
                  dissulfiram
                  Salicilatos, fenilbutazona e   Diminuição
                  teofilina
Fenobarbital      Anticoncepcionais orais        Diminuição
                  Cumarínicos e Cloranfenicol    Diminuição
Carbamazepina     Cumarínicos, tetraciclina,     Diminuição
                  estrógenos
                                                 Aumento
                  Verapamil e diltiazem
Ácido Valpróico   Salicilatos                    Aumento
ANTIPARKINSONIANOS
• Doença de Parkinson:
    é caracterizada por uma desordem
    progressiva do movimento devido
    à disfunção dos neurônios
    secretores de dopamina nos
    gânglios da base, que controlam e
    ajustam a transmissão dos
    comandos conscientes vindos do
    córtex cerebral para os músculos
    do corpo humano.
•   Prevalência:
    Primeiro mundo 1:1000.
    No BR desconhecida.
•   Faixa Etária:
    Quinta e sexta décadas.
    Infrequente antes dos 30 anos.
•   Sintomas clássicos:
     – BRADICINESIA
     – TREMOR DE REPOUSO
     – RIGIDEZ
     – INSTABILIDADE POSTURAL
 PARKINSONISMO:
  – PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON.
  – SECUNDÁRIO:
     • Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, AIDS)
     • Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio)
     • Medicamentos: antagonistas dos receptores dopamínicos
       ou que levam à destruição dos neurônios
       dopaminérgicos. Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína,
       captopril, metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos
       (fenotiazinas).
     • Tumores cerebrais
     • Trauma físico
     • Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo)
Classificação dos fármacos Antiparkinsonianos

     Grupos               Representantes

   ANTICOLINÉRGICOS        Triexifenidil, biperideno

    LIBERADORES DE
                                Amantadina
       DOPAMINA
      PRECURSOR
                                  Levodopa
    DOPAMINÉRGICO
 INIBIDORES PERIFÉRICOS   Carbidopa, benserazida
DA DOPA-DESCARBOXILASE
       AGONISTAS          Bromocriptina, pergolida.
    DOPAMINÉRGICOS

  INIBIDORES DA MAO-B      Selegilina, cabergolida
APRESENTAÇÕES
Fármaco              Apresentação
                      Uso oral: comp. 100mg
 Amantadina
 Levodopa +         Uso oral: comp. 200 + 50mg
  Carbidopa             comp. 250 + 25mg
Bromocriptina         Uso oral: comp. 2,5mg
                       Uso oral: comp. 2mg
 Biperideno            Injetável: 5mg/1ml

 Selegelina            Uso oral: comp. 5mg
Fármacos                       Efeitos Adversos
                          Boca seca, confusão mental, delírio,
  Anticolinérgicos        sonolência, alucinações, constipação e
                                    retenção urinária.

                       Alucinações, confusão, pesadelos, insônia,
                           tontura, letargia, boca seca, náuseas,
    Amantadina                 vômitos, anorexia, constipação,
                         irritabilidade, depressão, exacerbação da
                                    insuficiência cardíaca.

                       Hipotensão postual, arritmias, taquicardia,
                          anorexia, náuseas, vômitos, movimentos
Levodopa + carbidopa          involuntários, flutuações clínicas,
    ou benserazida        distúrbios psiquiátricos, exacerbação de
                           úlcera péptica, coloração avermelhada
                                     ou escura da urina.
Interações Antiparkinsonianos
• LEVODOPA:
  – Administração feita com pequenas refeições para prevenir
    náuseas e vômitos, embora alimentos reduzam sua absorção.
  – Consumo alto de proteínas diminui a eficácia do fármaco.
  – Evitar    medicamento/alimentos        ricos    em      vit B6
    (fígado,        leveduras          ou         levedo         de
    cerveja, carnes, vegetais, peixes, grãos integrais) – aumentam
    o metabolismo extra-cerebral.
• ANTICOLINÉRGICOS:
  – Antagonistas do sistema dopaminérgico – bloqueio
    colinérgico leva a aumento do efeito dopaminérgico:
    boca seca, constipação e retenção urinária.
ANTIDEPRESSIVOS
• A depressão é após a hipertensão, a
  condição médica crônica mais comum na
  população.
• Pelo menos 1 em cada 10 pacientes
  apresentam depressão maior, mas a maioria
  não é diagnosticada ou é inapropriadamente
  tratada.
DEPRESSÃO MAIOR
• Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de
  interesse em praticamente todas as atividades por pelo
  menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três
  ou quatro dos seguintes sintomas (cerca de 25% das
  depressões):
  –   Insônia ou hipersonia
  –   Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa;
  –   Fadiga ou falta de energia;
  –   Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se;
  –   Alteração significativa no apetite ou peso;
  –   Retardo ou agitação psicomotora;
  –   Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
OUTRAS INDICAÇÕES
•   Distúrbio do pânico
•   Distúrbio obsessivo-compulsivo
•   Bulimia
•   Déficit de atenção
MECANISMO DE AÇÃO
 Bloqueiam as bombas de recaptação da noradrenalina e serotonina.
 Inibição do metabolismo da noradrenalina ou serotonina
FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS
                DEPRESSÕES:
ESPECÍFICOS
1. Antidepressivos tricíclicos: imipramina (Tofranil),
   clomipramina (Anafranil), amitriptilina (Tryptanol),
   nortriptilina (Pamelor).
2. Antidepressivos heterocíclicos: trazodona
(Donaren), bupropriona.
3. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS):
fluoxetina (Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox),
citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax).
• 4. Inibidores da MAO:
  fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida, mo
  clobemida (Aurorix).
APRESENTAÇÕES
Fármaco                  Apresentação
                       Uso oral: drágea 10 e 25mg
Imipramina                Cápsula 75 e 150mg
Amitriptilina         Uso oral: comp. 200 e 400mg
 Trazodona             Uso oral: comp. 50 e 100mg
Bupropriona              Uso oral: comp. 150mg
                          Uso oral: comp. 20mg
 Fluoxetina                Cápsula 10 e 20mg
 Citalopram             Uso oral: comp. 20 e 40mg
 Sertralina         Uso oral: comp. 25; 50; 75 e 100mg
Moclobemida           Uso oral: comp. 150 e 300mg
Efeitos Adversos dos Antidepressivos
 Fármaco                        Efeitos Adversos
Antidepressivos    Sonolência, tremor, insônia, constipação, arritmias, sínd.
                    de abstinência, convulsões, ganho de peso, distúrbios
  tricíclicos:                             sexuais.

                  Sonolência, tonteira, náusea, agitação, boca seca, sudorese,
Antidepressivos   tremor, potencial de crise convulsivas com doses elevadas
 heterocíclicos   (Bupropriona).
                    Insônia, tremor, sintomas gastrintestinais, diminuição da
     ISRS                      libido, disfunção sexual, ansiedade.

 Inibidores da
                     Distúrbio do sono, ganho de peso, distúrbios sexuais.
     MAO
ANALGÉSICOS E ANTAGONISTAS
               OPIOIDES
•   Codeína (associações analgésicas e antitussígenos)
•   Fentanil
•   Metadona
•   Tramadol
•   Dextrometorfano (antitussígeno)
 Mecanismo de ação:
 Ligação a receptores específicos, que se localizam
 princ. no cérebro e em regiões da medula espinhal
 envolvidas na transmissão e modulação da dor.
FARMACOLOGIA

 Fármaco                         Indicação
   Codeína          Dor (leve a moderada); tosse (não produtiva)
   Fentanil                         Dor crônica
   Metadona         Dor grave; síndrome de abstinência de opioide
   Tramadol                    Dor moderada a grave
Dextrometorfano            Tosse não produtiva; tosse seca
APRESENTAÇÕES

 Fármaco                       Apresentação
                             Uso oral: comp. 30 e 60mg
   Codeína                       Solução oral 3mg/ml
                   Uso tópico: adesivo transdérmico 12; 25; 50; 75 e
   Fentanil                            100mcg
   Metadona                  Uso oral: Cápsula 5 e 10mg
                               Uso oral: comp. 100mg
   Tramadol                         Cápsula 50mg
                                   Gotas 100mg/ml
Dextrometorfano                      Associações
EFEITOS ADVERSOS
•   Comportamento agitado;
•   Tremor;
•   Depressão respiratória;
•   Náusea e vômitos;
•   Constipação;
•   Retenção urinária.
ANESTÉSICOS
 Agem inibindo o impulso nervoso. Mecanismo
  ainda não é bem conhecido.
 Anestésicos gerais:
  Efeitos:    analgesia,  amnésia,    perda    da
  consciência, inibição dos reflexos sensoriais e
  autônomos, relaxamento da musculatura
  esquelética.
• Tiopental (Thiopentax®)
• Propofol (Diprivan®)
• Cetamina (Ketamin®)
REAÇÕES ADVERSAS
•   Hipertensão/ Hipotensão;
•   Depressão miocárdica;
•   Delírio, Alucinações;
•   Depressão respiratória.
 Anestésicos locais:
  Analgesia temporária, porém completa, de
  partes bem definidas do corpo.
• Lidocaína (Xylocaína®)
Espasmos musculares locais agudos
 Causados por traumatismo ou distensão
  locais.
 Em associações:
• Carisoprodol (Mioflex
  A®, Tandrilax®, Torsilax®, Tandene®, Beserol®)
• Ciclobenzaprina (Dolamin Flex®)
  - Isolado: Miosan®, Mirtax®
ABUSO DE DROGAS
ÁLCOOL:
• Depressor SNC - ↑
  concentrações sanguíneas
  provoca coma, depressão
  respiratória e morte.
• Sedação, alívio da
  ansiedade; fala
  arrastada, ataxia, compro
  metimento do
  discernimento e
  comportamento
  desinibido (embriaguez).
 O consumo crônico afeta
                                 profundamente a função de
                                 vários órgãos vitais, sobretudo o
                                 fígado     e      os     sistemas
                                 nervoso,     gastrintestinal    e
                                 cardiovascular.
                                  O etanol possui toxicidade
                                 direta!



 O uso crônico aumenta o
risco de câncer da boca,
faringe, laringe, esôfago e
fígado.
 Tolerância,      dependência
física e psicológica.
Farmacologia das drogas do snc

Contenu connexe

Tendances

Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosJaqueline Almeida
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesAula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosJaqueline Almeida
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosJaqueline Almeida
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISpauloalambert
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Farmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinéticaFarmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinéticaanafreato
 

Tendances (20)

Drogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso centralDrogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso central
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesAula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
 
Antipsicóticos
AntipsicóticosAntipsicóticos
Antipsicóticos
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
 
Ansioliticos
AnsioliticosAnsioliticos
Ansioliticos
 
Introdução à farmacologia
Introdução à farmacologiaIntrodução à farmacologia
Introdução à farmacologia
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
 
Agonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgicoAgonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgico
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 
Aula 7 farmacologia adrenérgica
Aula 7   farmacologia adrenérgicaAula 7   farmacologia adrenérgica
Aula 7 farmacologia adrenérgica
 
Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides   Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
 
Farmacodinâmica
FarmacodinâmicaFarmacodinâmica
Farmacodinâmica
 
Farmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinéticaFarmacodinâmica e farmacocinética
Farmacodinâmica e farmacocinética
 
Anticonvulsivantes
AnticonvulsivantesAnticonvulsivantes
Anticonvulsivantes
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2
 
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
Aula -  SNC - AnticonvulsivantesAula -  SNC - Anticonvulsivantes
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
 

Similaire à Farmacologia das drogas do snc

aula-4-sinapse-bio2022.pdf
aula-4-sinapse-bio2022.pdfaula-4-sinapse-bio2022.pdf
aula-4-sinapse-bio2022.pdfYuriSambeni
 
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central Introdução
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central IntroduçãoFarmacodinâmica das Drogas de Ação Central Introdução
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central IntroduçãoFarmacêutico Digital
 
Fi aula-5-farmacologia-sna-completo
Fi aula-5-farmacologia-sna-completoFi aula-5-farmacologia-sna-completo
Fi aula-5-farmacologia-sna-completoClaudia Auditore
 
Doença de parkinson
Doença de parkinsonDoença de parkinson
Doença de parkinsonCaioUrsine
 
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosAula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsia
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsiaFármacos eficazes no tratamento da epilepsia
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsiaCleonice Silva
 
Farmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfFarmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfProfYasminBlanco
 
Simpatomimeticos E Simpaticoliticos
Simpatomimeticos E SimpaticoliticosSimpatomimeticos E Simpaticoliticos
Simpatomimeticos E Simpaticoliticoslidypvh
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatóriadapab
 
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdf
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdffarmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdf
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdfMarisaPerdigo
 
Sistema nervoso II
Sistema nervoso IISistema nervoso II
Sistema nervoso IIspondias
 
Analgésicos Opióides e Anticonvulsionantes
Analgésicos Opióides e AnticonvulsionantesAnalgésicos Opióides e Anticonvulsionantes
Analgésicos Opióides e AnticonvulsionantesSafia Naser
 

Similaire à Farmacologia das drogas do snc (20)

aula-4-sinapse-bio2022.pdf
aula-4-sinapse-bio2022.pdfaula-4-sinapse-bio2022.pdf
aula-4-sinapse-bio2022.pdf
 
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central Introdução
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central IntroduçãoFarmacodinâmica das Drogas de Ação Central Introdução
Farmacodinâmica das Drogas de Ação Central Introdução
 
Fi aula-5-farmacologia-sna-completo
Fi aula-5-farmacologia-sna-completoFi aula-5-farmacologia-sna-completo
Fi aula-5-farmacologia-sna-completo
 
Farmacologia snc
Farmacologia sncFarmacologia snc
Farmacologia snc
 
Doença de parkinson
Doença de parkinsonDoença de parkinson
Doença de parkinson
 
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosAula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e Simpatolíticos
 
Neurofisiologia 2
Neurofisiologia 2Neurofisiologia 2
Neurofisiologia 2
 
Psicofarmacologia
PsicofarmacologiaPsicofarmacologia
Psicofarmacologia
 
Psicofarmacologia
PsicofarmacologiaPsicofarmacologia
Psicofarmacologia
 
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsia
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsiaFármacos eficazes no tratamento da epilepsia
Fármacos eficazes no tratamento da epilepsia
 
Farmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfFarmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdf
 
Simpatomimeticos E Simpaticoliticos
Simpatomimeticos E SimpaticoliticosSimpatomimeticos E Simpaticoliticos
Simpatomimeticos E Simpaticoliticos
 
Aula - SNA.ppt
Aula - SNA.pptAula - SNA.ppt
Aula - SNA.ppt
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
 
Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatória
 
Antidepressivos
AntidepressivosAntidepressivos
Antidepressivos
 
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdf
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdffarmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdf
farmacologia-colinc3a9rgica-e-adrenc3a9rgica.pdf
 
Sistema nervoso II
Sistema nervoso IISistema nervoso II
Sistema nervoso II
 
Analgésicos Opióides e Anticonvulsionantes
Analgésicos Opióides e AnticonvulsionantesAnalgésicos Opióides e Anticonvulsionantes
Analgésicos Opióides e Anticonvulsionantes
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 

Plus de Julia Martins Ulhoa (10)

Sistemas
SistemasSistemas
Sistemas
 
Gerenciamento de resíduos
Gerenciamento de resíduosGerenciamento de resíduos
Gerenciamento de resíduos
 
Farmacotécnica
FarmacotécnicaFarmacotécnica
Farmacotécnica
 
Layout
LayoutLayout
Layout
 
Compras
ComprasCompras
Compras
 
Dispensação de medicamentos cepss
Dispensação de medicamentos cepssDispensação de medicamentos cepss
Dispensação de medicamentos cepss
 
Farmacobotânica parte1
Farmacobotânica parte1Farmacobotânica parte1
Farmacobotânica parte1
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Bactérias
BactériasBactérias
Bactérias
 
Aula 1 noções de anatomia
Aula 1   noções de anatomiaAula 1   noções de anatomia
Aula 1 noções de anatomia
 

Farmacologia das drogas do snc

  • 1. FARMACOLOGIA DAS DROGAS QUE ATUAM NO SNC
  • 4.
  • 5. MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 1. Chegada do impulso nervoso ao terminal 2. Abertura de Canais de Ca Voltagem dependentes 3. Influxo de Ca (2o mensageiro) 4. Exocitose dos NT 5. Interação NT- receptor pós- sinaptico causando abertura de canais iônicos NT dependentes 6. Os NT são degradados por enzimas (6) http://www.blackwellpublishing.com/matthews/nmj.html http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html
  • 6. Chegada do Impulso nervoso no terminal do neurônio 1 Geração de impulso Neurotransmissâo nervoso no neurônio 2
  • 7. NEUROTRANSMISSORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Excitatórios: disparam o potencial Aminas - Acetilcolina (Ach) de ação da célula - Adrenalina seguinte - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT)  Inibitórios: inibem a - Histamina possibilidade de descarga Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP)
  • 8. Onde as drogas Acetil CoA Colina podem agir? ACh Transportador de ACh Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT Transportador de colina Liberação do NT Sítios receptores pré e pós-sinápticos Colina + Acetato AChE Receptor pós-sinaptico
  • 9. Princípios de Neurofarmacologia Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissâo: Modos de ação AGONISTAS: mimetizam o efeito do NT ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT
  • 10. Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Acetilcolina Muscarínico Muscarina Atropina Nicotínico Nicotina Curare Receptor Nicotínico Fibras musculares esqueléticas Abertura de canais de Na (despolarização) Receptor Muscarínico Fibras musculares cardíacas - abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo) Fibras musculares lisas
  • 11.
  • 12. Dopamina Bomba de Recaptaçâo Receptor dopaminérgico
  • 13. O que a cocaína faz? Impede a recaptaçâo da dopamina e prolonga a sua ação pós-sináptica
  • 14. DROGAS SEDATIVO-HIPNÓTICAS • Um dos grupos mais prescritos em todo o mundo. • Principal uso: - Produzir sedação (com alívio da ansiedade); - Incentivar o sono. Atravessam a barreira placentária durante a gravidez e são detectáveis no leite materno.
  • 15. FARMACOLOGIA • Ligam-se ao receptor GABAA presente nas membranas neuronais do SNC. Esse receptor é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA (principal neurotr. inib. do SNC). • Potencializam a inibição GABAérgica.
  • 16. FARMACOLOGIA • Depressão gradativa da função do SNC dose-dependente. Droga A:inclinação linear típica dos agentes mais antigos – barbitúricos e álcoois. Droga B: maiores doses para obter uma depressão do SNC mais profunda do que a hipnose – maior margem de segurança: benzodiazepínicos.
  • 18.
  • 19. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Diazepam Uso oral: comp. 5 e 10mg Uso injetável: 10mg/ 2ml Bromazepam Uso oral: comp. 3 e 6 mg gotas:2,5mg/ml Clonazepam Uso oral: comp. 0,5 e 2mg gotas: 2,5mg/ml Midazolam Uso oral: comp. 7,5 e 15mg Uso injetável: 5mg/ 5ml 15mg/3ml 50mg/10ml Alprazolam Uso oral: comp. 0,25; 0,5; 1 e 2mg
  • 20.
  • 22. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Uso oral: comp. 50 e 100mg solução 4% Fenobarbital Uso injetável (pó): 500mg Tiopental 1g
  • 23. USOS CLÍNICOS • Alívio da ansiedade; • Insônia; • Sedação e amnésia antes de procedimentos médicos e cirúrgicos (endoscopia e broncoscopia); • Tratamento de epilepsia e estados convulsivos; • Componente de anestesia balanceada; • Controle de estados de abstinência de etanol e outros sedativo-hipnóticos (diazepam, fenobarbital); • Relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares específicos; • Como auxiliares diagnósticos ou para tratamento em psiquiatria (mania, controle de estados de hiperexcitabilidade induzidos por drogas, distúrbios depressivos maiores).
  • 24. • Tolerância: diminuição da capacidade de resposta a determinada droga após exposição repetida. • Dependência fisiológica: Estado fisiológico alterado que exige administração contínua da droga para impedir o aparecimento de uma síndrome de abstinência (estado de maior ansiedade, inquietação, fraqueza, insônia e excitabilidade do SNC, que podem progredir para convulsões). • Dependência Psicológica : É a necessidade de determinado comportamento para viver normalmente e sentir-se confortável. Ex.: fumar cigarros.
  • 25. REAÇÕES ADVERSAS • Sonolência; • Diminuição da capacidade motora; • Comprometimento do discernimento; • Amnésia (compromete a capacidade de aprender novas informações); • Desinibição comportamental.  Gestante: Só usar se o benefício potencial justificar o risco potencial.
  • 26. INTERAÇÕES • Bebidas alcoólicas; • Analgésicos opioides; • Anticonvulsivantes; • Anti-histamínicos; • Anti-hipertensivos; • Anti-depressivos tricíclicos.
  • 27. ANTIEPILÉPTICOS • 1% da população mundial tem epilepsia; • 2° distúrbio neurológico mais comum, depois do AVC;  Distúrbio crônico caracterizado por crises convulsivas recorrentes. • Terapia padrão controla a crise convulsiva em 80% dos pacientes.  Convulsão: episódios limitados de disfunção cerebral, decorrentes de descarga anormal dos neurônios cerebrais.
  • 28. CRISE CONVULSIVA • Caracteriza-se pela perda repentina da consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. • A vítima cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima apresenta sialorréia e perda de esfincteres.
  • 29. • As contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. • Pode ficar inconsciente ou com movimentos lentos e/ou confusão mental por vários minutos após a crise, o que representa o estado pós-convulsivo (pós-ictal).
  • 30. Causas de convulsões: • A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de: • febre muito alta, • intoxicações, • overdose de drogas, • abstinência alcóolica, • hipertensão na gravidez (eclâmpsia) • epilepsia ou lesões cerebrais.
  • 31. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS • Fenitoína (mais antiga droga antiepiléptica não- sedativa); • Carbamazepina; • Barbitúricos (fenobarbital, mefobarbital,metarbital e primidona); • Topiramato; • Benzodiazépínicos (diazepam, lorazepam, clonazepam); • Valproato de Sódio ou Ác. Valproico.
  • 32.
  • 33.
  • 34. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Fenitoína Uso oral: comp. 100mg Suspensão: 100mg/5ml Uso injetável: 250mg/ 5ml Carbamazepina Uso oral: comp. 200 e 400mg Suspensão: 20mg/1ml Topiramato Uso oral: comp. 25; 50 e 100mg Valproato de Uso oral: cápsula 250mg Comp. revestido: 300 e 500mg Sódio Xarope 250mg/5ml Comp. de liberação entérica (Depakote) 250 e 500mg
  • 35. Mecanismo de Ação dos Antiepilépticos 1) Prolongamento do estado inativo dos canais de Na₊ dependentes de voltagem. 2) Potencialização da inibição mediada pelo GABA.
  • 36. Efeitos Adversos dos Antiepilépticos Fármaco Efeitos Adversos Fenitoína Hiperplasia gengival, hirsutismo, sonolência, náuseas, vômitos, hipocalcemia, osteomalácia, agranulocitose, dermatites, lupus eritematoso sistêmico, hepatite Fenobarbital Sedação, irritabilidade, nistagmo, ataxia, erupção cutânea, anemia megaloblástica e agitação em crianças e idosos. Carbamazepina Sedação, desconforto gastrointestinal, reação cutânea, anemia aplásica(rara), leucopenia, vertigem, nistagmo, ataxia. Ácido Náuseas e vômitos, sedação, hepatotoxicidade, alopécia, tendência hemorrágica, pancreatite aguda, aumento de peso. Valpróico Benzodiazepíni Sedação, incoordenação, ataxia, tontura, salivação, alterações de comportamento cos
  • 37. Hiperplasia Gengival Ataxia Diplopia
  • 38. Interações Farmacológicas Entre Antiepilépticos Fármaco em uso Fármaco Associado Efeito Fenitoína Carbamazepina Aumento Diazepam Aumento Fenobarbital Aumento/diminuição Ác. Valpróico Diminuição Fenobarbital Fenitoína Aumento Ác. Valpróico Aumento (40%) Carbamazepina Fenitoína Diminuição Fenobarbital Diminuição Ác. Valpróico Carbamazepina Diminuição Fenobarbital Diminuição Fenitoína Diminuição Clonazepam Fenobarbital Diminuição Fenitoína Diminuição
  • 39. Interações entre Antiepilépticos e outros Fármacos Antiepiléptico Fármaco Associado Efeito Fenitoína Cloranfenicol, cimetidina, isoniazida, cumarínicos, Aumento dissulfiram Salicilatos, fenilbutazona e Diminuição teofilina Fenobarbital Anticoncepcionais orais Diminuição Cumarínicos e Cloranfenicol Diminuição Carbamazepina Cumarínicos, tetraciclina, Diminuição estrógenos Aumento Verapamil e diltiazem Ácido Valpróico Salicilatos Aumento
  • 40. ANTIPARKINSONIANOS • Doença de Parkinson: é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. • Prevalência: Primeiro mundo 1:1000. No BR desconhecida. • Faixa Etária: Quinta e sexta décadas. Infrequente antes dos 30 anos. • Sintomas clássicos: – BRADICINESIA – TREMOR DE REPOUSO – RIGIDEZ – INSTABILIDADE POSTURAL
  • 41.  PARKINSONISMO: – PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON. – SECUNDÁRIO: • Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, AIDS) • Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio) • Medicamentos: antagonistas dos receptores dopamínicos ou que levam à destruição dos neurônios dopaminérgicos. Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína, captopril, metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos (fenotiazinas). • Tumores cerebrais • Trauma físico • Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo)
  • 42. Classificação dos fármacos Antiparkinsonianos Grupos Representantes ANTICOLINÉRGICOS Triexifenidil, biperideno LIBERADORES DE Amantadina DOPAMINA PRECURSOR Levodopa DOPAMINÉRGICO INIBIDORES PERIFÉRICOS Carbidopa, benserazida DA DOPA-DESCARBOXILASE AGONISTAS Bromocriptina, pergolida. DOPAMINÉRGICOS INIBIDORES DA MAO-B Selegilina, cabergolida
  • 43.
  • 44. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Uso oral: comp. 100mg Amantadina Levodopa + Uso oral: comp. 200 + 50mg Carbidopa comp. 250 + 25mg Bromocriptina Uso oral: comp. 2,5mg Uso oral: comp. 2mg Biperideno Injetável: 5mg/1ml Selegelina Uso oral: comp. 5mg
  • 45. Fármacos Efeitos Adversos Boca seca, confusão mental, delírio, Anticolinérgicos sonolência, alucinações, constipação e retenção urinária. Alucinações, confusão, pesadelos, insônia, tontura, letargia, boca seca, náuseas, Amantadina vômitos, anorexia, constipação, irritabilidade, depressão, exacerbação da insuficiência cardíaca. Hipotensão postual, arritmias, taquicardia, anorexia, náuseas, vômitos, movimentos Levodopa + carbidopa involuntários, flutuações clínicas, ou benserazida distúrbios psiquiátricos, exacerbação de úlcera péptica, coloração avermelhada ou escura da urina.
  • 46. Interações Antiparkinsonianos • LEVODOPA: – Administração feita com pequenas refeições para prevenir náuseas e vômitos, embora alimentos reduzam sua absorção. – Consumo alto de proteínas diminui a eficácia do fármaco. – Evitar medicamento/alimentos ricos em vit B6 (fígado, leveduras ou levedo de cerveja, carnes, vegetais, peixes, grãos integrais) – aumentam o metabolismo extra-cerebral. • ANTICOLINÉRGICOS: – Antagonistas do sistema dopaminérgico – bloqueio colinérgico leva a aumento do efeito dopaminérgico: boca seca, constipação e retenção urinária.
  • 47. ANTIDEPRESSIVOS • A depressão é após a hipertensão, a condição médica crônica mais comum na população. • Pelo menos 1 em cada 10 pacientes apresentam depressão maior, mas a maioria não é diagnosticada ou é inapropriadamente tratada.
  • 48. DEPRESSÃO MAIOR • Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas as atividades por pelo menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três ou quatro dos seguintes sintomas (cerca de 25% das depressões): – Insônia ou hipersonia – Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa; – Fadiga ou falta de energia; – Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se; – Alteração significativa no apetite ou peso; – Retardo ou agitação psicomotora; – Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
  • 49. OUTRAS INDICAÇÕES • Distúrbio do pânico • Distúrbio obsessivo-compulsivo • Bulimia • Déficit de atenção
  • 50. MECANISMO DE AÇÃO  Bloqueiam as bombas de recaptação da noradrenalina e serotonina.
  • 51.  Inibição do metabolismo da noradrenalina ou serotonina
  • 52. FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES: ESPECÍFICOS 1. Antidepressivos tricíclicos: imipramina (Tofranil), clomipramina (Anafranil), amitriptilina (Tryptanol), nortriptilina (Pamelor).
  • 53. 2. Antidepressivos heterocíclicos: trazodona (Donaren), bupropriona.
  • 54. 3. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS): fluoxetina (Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox), citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax).
  • 55. • 4. Inibidores da MAO: fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida, mo clobemida (Aurorix).
  • 56. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Uso oral: drágea 10 e 25mg Imipramina Cápsula 75 e 150mg Amitriptilina Uso oral: comp. 200 e 400mg Trazodona Uso oral: comp. 50 e 100mg Bupropriona Uso oral: comp. 150mg Uso oral: comp. 20mg Fluoxetina Cápsula 10 e 20mg Citalopram Uso oral: comp. 20 e 40mg Sertralina Uso oral: comp. 25; 50; 75 e 100mg Moclobemida Uso oral: comp. 150 e 300mg
  • 57. Efeitos Adversos dos Antidepressivos Fármaco Efeitos Adversos Antidepressivos Sonolência, tremor, insônia, constipação, arritmias, sínd. de abstinência, convulsões, ganho de peso, distúrbios tricíclicos: sexuais. Sonolência, tonteira, náusea, agitação, boca seca, sudorese, Antidepressivos tremor, potencial de crise convulsivas com doses elevadas heterocíclicos (Bupropriona). Insônia, tremor, sintomas gastrintestinais, diminuição da ISRS libido, disfunção sexual, ansiedade. Inibidores da Distúrbio do sono, ganho de peso, distúrbios sexuais. MAO
  • 58. ANALGÉSICOS E ANTAGONISTAS OPIOIDES • Codeína (associações analgésicas e antitussígenos) • Fentanil • Metadona • Tramadol • Dextrometorfano (antitussígeno)  Mecanismo de ação: Ligação a receptores específicos, que se localizam princ. no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e modulação da dor.
  • 59.
  • 60. FARMACOLOGIA Fármaco Indicação Codeína Dor (leve a moderada); tosse (não produtiva) Fentanil Dor crônica Metadona Dor grave; síndrome de abstinência de opioide Tramadol Dor moderada a grave Dextrometorfano Tosse não produtiva; tosse seca
  • 61. APRESENTAÇÕES Fármaco Apresentação Uso oral: comp. 30 e 60mg Codeína Solução oral 3mg/ml Uso tópico: adesivo transdérmico 12; 25; 50; 75 e Fentanil 100mcg Metadona Uso oral: Cápsula 5 e 10mg Uso oral: comp. 100mg Tramadol Cápsula 50mg Gotas 100mg/ml Dextrometorfano Associações
  • 62. EFEITOS ADVERSOS • Comportamento agitado; • Tremor; • Depressão respiratória; • Náusea e vômitos; • Constipação; • Retenção urinária.
  • 63. ANESTÉSICOS  Agem inibindo o impulso nervoso. Mecanismo ainda não é bem conhecido.  Anestésicos gerais: Efeitos: analgesia, amnésia, perda da consciência, inibição dos reflexos sensoriais e autônomos, relaxamento da musculatura esquelética. • Tiopental (Thiopentax®) • Propofol (Diprivan®) • Cetamina (Ketamin®)
  • 64. REAÇÕES ADVERSAS • Hipertensão/ Hipotensão; • Depressão miocárdica; • Delírio, Alucinações; • Depressão respiratória.
  • 65.  Anestésicos locais: Analgesia temporária, porém completa, de partes bem definidas do corpo. • Lidocaína (Xylocaína®)
  • 66. Espasmos musculares locais agudos  Causados por traumatismo ou distensão locais.  Em associações: • Carisoprodol (Mioflex A®, Tandrilax®, Torsilax®, Tandene®, Beserol®) • Ciclobenzaprina (Dolamin Flex®) - Isolado: Miosan®, Mirtax®
  • 67.
  • 68. ABUSO DE DROGAS ÁLCOOL: • Depressor SNC - ↑ concentrações sanguíneas provoca coma, depressão respiratória e morte. • Sedação, alívio da ansiedade; fala arrastada, ataxia, compro metimento do discernimento e comportamento desinibido (embriaguez).
  • 69.  O consumo crônico afeta profundamente a função de vários órgãos vitais, sobretudo o fígado e os sistemas nervoso, gastrintestinal e cardiovascular.  O etanol possui toxicidade direta!  O uso crônico aumenta o risco de câncer da boca, faringe, laringe, esôfago e fígado.  Tolerância, dependência física e psicológica.