SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  21
Universidade Federal da Bahia  Faculdade de Direito História do Direito Prof. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha DireitoRomano - II
Revolta dos plebeus Os plebeus contrários a situação de pobreza e exclusão, em 494 a.C., abandonaram Roma e foram ao Monte Sagrado (Crustumerium) para fundarem aí uma cidade de Plebeus (urbe plebéia). A classe patrícia assustada enviou MenenioAgrippa para negociar a volta dos plebeus, Roma não poderia dispensar a força deles no exército. Através de uma longa luta, os plebeus foram conseguindo, gradativamente, modificações nas leis romanas, que resultaram na conquista de direitos:
MenenioAgrippa “Comparou as instituições classes sociais da república. Neste ele disse, recorrendo a uma hipotética rebelião dos órgãos do corpo contra o estômago, disse aos plebeus que o senado tinha na sociedade a mesma função do estômago. Aparentemente o estômago (o Senado) nada faz, parecendo a todos ser um parasita, visto que nada faz, a não ser ocupar uma buraco vazio em meio ao corpo humano...Em verdade, o senado bem pouco daquilo absorvia porque, em seguida, ele tratava de irrigar, tal como o estômago, as outras partes do corpo, procurando distribuir o mais harmoniosamente possível tudo aquilo que antes ele havia arrecadado”
[object Object]
Tribunos da Plebe: representantes dos plebeus, defendiam as suas reivindicações e lutavam pelos seus direitos, procurando impedir que fossem aprovadas leis contrárias aos interesses da Plebe (veto). O tribuno era considerado maldito e intocável* ConciliumPlebis: Assembléia de Plebeus. Tomavam decisões chamadas de Plebiscitus. Os plebiscitos traziam a posição da plebe diante dos problemas de Roma. Mais tarde a Lei Hortência estabeleceu que as decisões do ConciliumPlebis teriam força de lei.
* Lei das Doze Tábuas (451 a.C.): existia em Roma o direito consuetudinário e as leis, baseadas nas tradições e costumes, facilmente manipuladas pelos patrícios.  Os plebeus exigiram a elaboração de leis escritas. Constitui um dos fundamentos do Direito Romano Comissão de patrícios visita na Magna Grécia Direito consuetudinário romano foi codificado pelos Decênviros (magistrados especialmente designados para essa missão) * Lei Canuleia (445 a.C.): permite o casamento entre patrícios e plebeus
* Leis Licinias-Sextias (367 a.C.): dava aos plebeus o direito de se candidatarem ao Consulado. Após esta lei o consulado foi repartido: passaram a ser eleito dois cônsules, patrício e plebeu. Determina limite a juros e proíbe a escravidão por dívida. Limita a posse de particulares em territórios públicos (agerpublicus). * Lei Olgúnia (300 a.C.):  permitiu o acesso dos plebeus aos colégios sacerdotais e ao cargo de Pontífice Máximo. Era privilégio dos patrícios. Havendo forte vinculação entre religião e estado, tal lei teve grande importância para os plebeus. * Lei Hortência (286 a.C.): derradeira conquista - decisões da Assembléia Popular teriam força de lei, sem passar pela aprovação do senado.
336 a.C. – primeiro cônsul plebeu Apesar de equilibrar politicamente os grupos sociais romanos, a distinção cultural entre um patrício e um plebeu não se transformou radicalmente Os resultados das lutas sociais em Roma foram benéficos sobretudo para a camada rica da plebe – os grande comerciantes (NOBILITAS)– que, através de casamentos, uniu-se às famílias patrícias. Poder passa a ser baseado na riqueza, e não mais no nascimento, passaram a ocupar os mais altos cargos da República.
A parte pobre da população, em sua maioria camponesa e artesãos, embora tivesse alargado o espaço de manobra política, permaneceu espoliada. A igualdade, para os plebeus pobres era quase que uma ficção: na verdade, nunca ocupariam os altos postos da administração
Roma e o imperialismo Durante o período republicano, Roma deu início ao imperialismo. Inicialmente, os romanos dominaram toda a península itálica Nos séculos III e II a.C., após três guerras contra os cartaginenses  (Guerras Púnicas) Roma conquistou a Sicília e o Norte da África, a Península Ibérica e os reinos helenísticos. Ao final das Guerras Púnicas, Cartago encontrava-se destruída e o Mar Mediterrâneo ocupado
Repercussões econômicas:  Enormes espólios de guerra  Grandes contingentes de escravos vendidos posteriormente nos mercados  Divisão das terras férteis entre os ricos proprietários que participavam das campanhas militares acompanhada pela expulsão em massa dos pequenos proprietários (latifúndios explorada com mão de obra escrava).  Os produtos das províncias convergem para Roma deixando os proprietários romanos sem condições de concorrer com os importados  A economia romana de agropastoril, transformou-se numa economia do comércio
Repercussões sociais  Aumento das grandes possessões de terra e ruína da camada dos pequenos agricultores.  Migração de grandes massas de camponeses para as cidades, não podendo concorrer com a economia escravista.  Formação nas cidades de um grande contingente de desempregados e ex-camponeses, onde o Estado fornecia espetáculos no circo romano com a finalidade de alienar a multidão  A elite patrícia teve enormes lucros, através do monopólio dos cargos públicos, do comando do exército e dos governos provinciais, além da apropriação de porções de terras.  Surgimento de uma nova classe social: os Cavaleiros, grandes comerciantes que se dedicavam a atividades rendosas como a cobrança de impostos na qualidade de publicanos, arrendamento da exploração de minas e construções de obras públicas.
Em Roma havia escravos públicos, particulares e libertos:  Públicos: pertenciam ao estado e eram utilizados nos trabalhos das grandes construções (edifícios, aquedutos), em obras de urbanização, nos serviços domésticos dos templos, nas minas e pedreiras  particulares: dividiam-se em urbanos e rurais. Os escravos urbanos desempenhavam as mais variadas formas de funções domésticas – cozinheiros, tecelões, pedagogos dos filhos das famílias aristocráticas. Outros eram utilizados nas oficinas artesanais. Os rurais trabalhavam no campo, desvinculados da cidade.   libertos: escravos emancipados. A concessão da liberdade a um escravo era, geralmente, a recompensa por seus serviços. Muitas vezes, tornavam-se empregados dos seus antigos donos, sem receberem qualquer remuneração, em troca apenas de roupa e alimentação.
No final da década de 70 a.C., milhares de escravos rebelaram-se, liderados por Espartacus, e durante longo tempo, resistiram aos ataques dos exércitos de Roma, derrotando-os repetidas vezes, mas sendo, finalmente, dizimados. Ao contrário das outras insurreições, a revolta de Espartacuscolocou em xeque a ordem romana
A crise agrária Séc. II a.C. A Reforma de Tibério Graco: Eleito tribuno da plebe, apresentou seu projeto de Reforma Agrária: nenhum cidadão poderia ter mais de 500 jeiras de terras públicas (correspondem a 123 hectares); se o concessionário de terra tivesse dois filhos, esse total teria que ser duplicado. A Reforma de Caio Graco: Como Tibério, seu irmão Caio, elegeu-se Tribuno da Plebe. Fundou várias colônias agrícolas na Itália e nas províncias e mandou aprovar a Lei Frumentária, mediante a qual o Estado era obrigado a vender trigo à população urbana por preço inferior ao de mercado.
Após a morte dos Graco, houve em Roma a polarização política seguida da radicalização nas lutas governamentais, e a República Romana entrou em crise Em 60 a.C., o senado acabou elegendo três fortes políticos ao Consulado: Júlio César, Pompeu e Crasso que governaram juntos no chamado Primeiro Triunvirato dividindo entre si os domínios romanos Crassomorreu combatendo na Pérsia e Pompeu eleito cônsul único destituindo César do comando militar da Gália (França). César ganhou a briga, mas em 44 a.C. foi assassinado a punhaladas no senado. Marco Antônio, Otávio e Lépido formaram o Segundo Triunvirato. A vitória de Otávio sobre Marco Antônio representou a passagem da República para o Império Romano.
Império Romano: principado Otávio Augusto, o fundador do Império Romano, estabeleceu em Roma a forma de Governo chamado de Principado Possuía as prerrogativas de cônsul, de comandante do exército, de tribuno e de prefeito dos costumes Dividiu as províncias em senatoriais e imperiais; reorganizou a economia do império, incentivando a produção e protegendo as rotas comerciais, estabeleceu o serviço imperial de correios, embelezou a capital, construindo termas, aquedutos, mercados teatros e pontes, incentivou o desenvolvimento cultural; tentou revigorar as crenças religiosas tradicionais
O império romano no século III foi afetado pela crise geral do escravismo. A causa desta crise foi a diminuição da produção nos latifúndios. Isso aconteceu porque havia menos escravos para trabalhar Diante da crise econômica foram necessárias algumas reformas políticas e administrativas. Diocleciano, elevado ao poder pelo exército, para conter a pressão das invasões bárbaras sobre as fronteiras do império, realizou uma reforma político-administrativa conhecida como tetrarquia (governo de quatro).
Teodósio (286) dividiu o império romano entre os seus dois filhos: nascia o Império Romano do Ocidente com capital Roma e o Império Romano do Oriente com capital Constantinopla. Constantinorestabeleceu a unidade política do império. Em 313, promulgou o Edito de Milão, concedendo liberdade religiosa ao Cristianismo e, em 330, transferiu a capital do império para o Oriente – Constantinopla.

Contenu connexe

Tendances

Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Julio Rocha
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Julio Rocha
 

Tendances (20)

Apresentaçãohistdir4
Apresentaçãohistdir4Apresentaçãohistdir4
Apresentaçãohistdir4
 
Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7
 
Tribunalderelac
TribunalderelacTribunalderelac
Tribunalderelac
 
Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7
 
Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3
 
Apresentaçãohistdir5
Apresentaçãohistdir5Apresentaçãohistdir5
Apresentaçãohistdir5
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2
 
Apresentaçãohistdir6
Apresentaçãohistdir6Apresentaçãohistdir6
Apresentaçãohistdir6
 
Apresentaçãohistdir16fib
Apresentaçãohistdir16fibApresentaçãohistdir16fib
Apresentaçãohistdir16fib
 
Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3
 
Apresentaçãohistdir16
Apresentaçãohistdir16Apresentaçãohistdir16
Apresentaçãohistdir16
 
Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17
 
Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18
 
Apresentaçãohistdir13
Apresentaçãohistdir13Apresentaçãohistdir13
Apresentaçãohistdir13
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2
 
História do direito português
História do direito portuguêsHistória do direito português
História do direito português
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
Historia do Direito
Historia do DireitoHistoria do Direito
Historia do Direito
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
102 grecia antiga atenas e esparta
102 grecia antiga atenas e esparta102 grecia antiga atenas e esparta
102 grecia antiga atenas e esparta
 

Similaire à Revolta dos plebeus em Roma e conquista de direitos (20)

Aula 02 roma
Aula 02   romaAula 02   roma
Aula 02 roma
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
Roma: Monarquia/ República/ Império
Roma: Monarquia/ República/ ImpérioRoma: Monarquia/ República/ Império
Roma: Monarquia/ República/ Império
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
ImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano BlogImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano Blog
 
ImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano BlogImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano Blog
 
ImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano BlogImpéRio Romano Blog
ImpéRio Romano Blog
 
ROMA ANTIGA.pdf
ROMA ANTIGA.pdfROMA ANTIGA.pdf
ROMA ANTIGA.pdf
 
C:\fakepath\aula i imperio_romano
C:\fakepath\aula i imperio_romanoC:\fakepath\aula i imperio_romano
C:\fakepath\aula i imperio_romano
 
Aula i imperio_romano
Aula i imperio_romanoAula i imperio_romano
Aula i imperio_romano
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
R O M A
R O M AR O M A
R O M A
 
Aula I Imperio Romano
Aula I Imperio RomanoAula I Imperio Romano
Aula I Imperio Romano
 
Roma - República e início do Império
Roma - República e início do ImpérioRoma - República e início do Império
Roma - República e início do Império
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
Roma 2020
Roma 2020Roma 2020
Roma 2020
 
Roma 2020
Roma 2020Roma 2020
Roma 2020
 
Império Romano - Resumo.
Império Romano - Resumo.Império Romano - Resumo.
Império Romano - Resumo.
 

Plus de UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Direito

Plus de UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Direito (20)

Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17
 
Ciência política6
Ciência política6Ciência política6
Ciência política6
 
Apresentaçãosocdir14
Apresentaçãosocdir14Apresentaçãosocdir14
Apresentaçãosocdir14
 
Apresentaçãosocdir13
Apresentaçãosocdir13Apresentaçãosocdir13
Apresentaçãosocdir13
 
Ciência política5
Ciência política5Ciência política5
Ciência política5
 
Ciência política4
Ciência política4Ciência política4
Ciência política4
 
Cronograhistdir
CronograhistdirCronograhistdir
Cronograhistdir
 
Ciência política3
Ciência política3Ciência política3
Ciência política3
 
ética5
ética5ética5
ética5
 
Apresentaçãosocdir12
Apresentaçãosocdir12Apresentaçãosocdir12
Apresentaçãosocdir12
 
Apresentaçãosocdir11
Apresentaçãosocdir11Apresentaçãosocdir11
Apresentaçãosocdir11
 
Ciência política2
Ciência política2Ciência política2
Ciência política2
 
Ciência política1
Ciência política1Ciência política1
Ciência política1
 
ética 4
ética 4ética 4
ética 4
 
ètica3
ètica3ètica3
ètica3
 
ètica2
ètica2ètica2
ètica2
 
Introdução ética
Introdução éticaIntrodução ética
Introdução ética
 
Apresentaçãosocdir10
Apresentaçãosocdir10Apresentaçãosocdir10
Apresentaçãosocdir10
 
Direitoafricanoantigo
DireitoafricanoantigoDireitoafricanoantigo
Direitoafricanoantigo
 
Convençãodabiodiversidadeepovosindigenas
ConvençãodabiodiversidadeepovosindigenasConvençãodabiodiversidadeepovosindigenas
Convençãodabiodiversidadeepovosindigenas
 

Dernier

BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 

Dernier (20)

BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

Revolta dos plebeus em Roma e conquista de direitos

  • 1. Universidade Federal da Bahia Faculdade de Direito História do Direito Prof. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha DireitoRomano - II
  • 2.
  • 3. Revolta dos plebeus Os plebeus contrários a situação de pobreza e exclusão, em 494 a.C., abandonaram Roma e foram ao Monte Sagrado (Crustumerium) para fundarem aí uma cidade de Plebeus (urbe plebéia). A classe patrícia assustada enviou MenenioAgrippa para negociar a volta dos plebeus, Roma não poderia dispensar a força deles no exército. Através de uma longa luta, os plebeus foram conseguindo, gradativamente, modificações nas leis romanas, que resultaram na conquista de direitos:
  • 4. MenenioAgrippa “Comparou as instituições classes sociais da república. Neste ele disse, recorrendo a uma hipotética rebelião dos órgãos do corpo contra o estômago, disse aos plebeus que o senado tinha na sociedade a mesma função do estômago. Aparentemente o estômago (o Senado) nada faz, parecendo a todos ser um parasita, visto que nada faz, a não ser ocupar uma buraco vazio em meio ao corpo humano...Em verdade, o senado bem pouco daquilo absorvia porque, em seguida, ele tratava de irrigar, tal como o estômago, as outras partes do corpo, procurando distribuir o mais harmoniosamente possível tudo aquilo que antes ele havia arrecadado”
  • 5.
  • 6. Tribunos da Plebe: representantes dos plebeus, defendiam as suas reivindicações e lutavam pelos seus direitos, procurando impedir que fossem aprovadas leis contrárias aos interesses da Plebe (veto). O tribuno era considerado maldito e intocável* ConciliumPlebis: Assembléia de Plebeus. Tomavam decisões chamadas de Plebiscitus. Os plebiscitos traziam a posição da plebe diante dos problemas de Roma. Mais tarde a Lei Hortência estabeleceu que as decisões do ConciliumPlebis teriam força de lei.
  • 7. * Lei das Doze Tábuas (451 a.C.): existia em Roma o direito consuetudinário e as leis, baseadas nas tradições e costumes, facilmente manipuladas pelos patrícios. Os plebeus exigiram a elaboração de leis escritas. Constitui um dos fundamentos do Direito Romano Comissão de patrícios visita na Magna Grécia Direito consuetudinário romano foi codificado pelos Decênviros (magistrados especialmente designados para essa missão) * Lei Canuleia (445 a.C.): permite o casamento entre patrícios e plebeus
  • 8.
  • 9. * Leis Licinias-Sextias (367 a.C.): dava aos plebeus o direito de se candidatarem ao Consulado. Após esta lei o consulado foi repartido: passaram a ser eleito dois cônsules, patrício e plebeu. Determina limite a juros e proíbe a escravidão por dívida. Limita a posse de particulares em territórios públicos (agerpublicus). * Lei Olgúnia (300 a.C.): permitiu o acesso dos plebeus aos colégios sacerdotais e ao cargo de Pontífice Máximo. Era privilégio dos patrícios. Havendo forte vinculação entre religião e estado, tal lei teve grande importância para os plebeus. * Lei Hortência (286 a.C.): derradeira conquista - decisões da Assembléia Popular teriam força de lei, sem passar pela aprovação do senado.
  • 10. 336 a.C. – primeiro cônsul plebeu Apesar de equilibrar politicamente os grupos sociais romanos, a distinção cultural entre um patrício e um plebeu não se transformou radicalmente Os resultados das lutas sociais em Roma foram benéficos sobretudo para a camada rica da plebe – os grande comerciantes (NOBILITAS)– que, através de casamentos, uniu-se às famílias patrícias. Poder passa a ser baseado na riqueza, e não mais no nascimento, passaram a ocupar os mais altos cargos da República.
  • 11. A parte pobre da população, em sua maioria camponesa e artesãos, embora tivesse alargado o espaço de manobra política, permaneceu espoliada. A igualdade, para os plebeus pobres era quase que uma ficção: na verdade, nunca ocupariam os altos postos da administração
  • 12. Roma e o imperialismo Durante o período republicano, Roma deu início ao imperialismo. Inicialmente, os romanos dominaram toda a península itálica Nos séculos III e II a.C., após três guerras contra os cartaginenses (Guerras Púnicas) Roma conquistou a Sicília e o Norte da África, a Península Ibérica e os reinos helenísticos. Ao final das Guerras Púnicas, Cartago encontrava-se destruída e o Mar Mediterrâneo ocupado
  • 13. Repercussões econômicas:  Enormes espólios de guerra  Grandes contingentes de escravos vendidos posteriormente nos mercados  Divisão das terras férteis entre os ricos proprietários que participavam das campanhas militares acompanhada pela expulsão em massa dos pequenos proprietários (latifúndios explorada com mão de obra escrava).  Os produtos das províncias convergem para Roma deixando os proprietários romanos sem condições de concorrer com os importados  A economia romana de agropastoril, transformou-se numa economia do comércio
  • 14. Repercussões sociais  Aumento das grandes possessões de terra e ruína da camada dos pequenos agricultores.  Migração de grandes massas de camponeses para as cidades, não podendo concorrer com a economia escravista.  Formação nas cidades de um grande contingente de desempregados e ex-camponeses, onde o Estado fornecia espetáculos no circo romano com a finalidade de alienar a multidão  A elite patrícia teve enormes lucros, através do monopólio dos cargos públicos, do comando do exército e dos governos provinciais, além da apropriação de porções de terras.  Surgimento de uma nova classe social: os Cavaleiros, grandes comerciantes que se dedicavam a atividades rendosas como a cobrança de impostos na qualidade de publicanos, arrendamento da exploração de minas e construções de obras públicas.
  • 15. Em Roma havia escravos públicos, particulares e libertos:  Públicos: pertenciam ao estado e eram utilizados nos trabalhos das grandes construções (edifícios, aquedutos), em obras de urbanização, nos serviços domésticos dos templos, nas minas e pedreiras  particulares: dividiam-se em urbanos e rurais. Os escravos urbanos desempenhavam as mais variadas formas de funções domésticas – cozinheiros, tecelões, pedagogos dos filhos das famílias aristocráticas. Outros eram utilizados nas oficinas artesanais. Os rurais trabalhavam no campo, desvinculados da cidade.  libertos: escravos emancipados. A concessão da liberdade a um escravo era, geralmente, a recompensa por seus serviços. Muitas vezes, tornavam-se empregados dos seus antigos donos, sem receberem qualquer remuneração, em troca apenas de roupa e alimentação.
  • 16. No final da década de 70 a.C., milhares de escravos rebelaram-se, liderados por Espartacus, e durante longo tempo, resistiram aos ataques dos exércitos de Roma, derrotando-os repetidas vezes, mas sendo, finalmente, dizimados. Ao contrário das outras insurreições, a revolta de Espartacuscolocou em xeque a ordem romana
  • 17. A crise agrária Séc. II a.C. A Reforma de Tibério Graco: Eleito tribuno da plebe, apresentou seu projeto de Reforma Agrária: nenhum cidadão poderia ter mais de 500 jeiras de terras públicas (correspondem a 123 hectares); se o concessionário de terra tivesse dois filhos, esse total teria que ser duplicado. A Reforma de Caio Graco: Como Tibério, seu irmão Caio, elegeu-se Tribuno da Plebe. Fundou várias colônias agrícolas na Itália e nas províncias e mandou aprovar a Lei Frumentária, mediante a qual o Estado era obrigado a vender trigo à população urbana por preço inferior ao de mercado.
  • 18. Após a morte dos Graco, houve em Roma a polarização política seguida da radicalização nas lutas governamentais, e a República Romana entrou em crise Em 60 a.C., o senado acabou elegendo três fortes políticos ao Consulado: Júlio César, Pompeu e Crasso que governaram juntos no chamado Primeiro Triunvirato dividindo entre si os domínios romanos Crassomorreu combatendo na Pérsia e Pompeu eleito cônsul único destituindo César do comando militar da Gália (França). César ganhou a briga, mas em 44 a.C. foi assassinado a punhaladas no senado. Marco Antônio, Otávio e Lépido formaram o Segundo Triunvirato. A vitória de Otávio sobre Marco Antônio representou a passagem da República para o Império Romano.
  • 19. Império Romano: principado Otávio Augusto, o fundador do Império Romano, estabeleceu em Roma a forma de Governo chamado de Principado Possuía as prerrogativas de cônsul, de comandante do exército, de tribuno e de prefeito dos costumes Dividiu as províncias em senatoriais e imperiais; reorganizou a economia do império, incentivando a produção e protegendo as rotas comerciais, estabeleceu o serviço imperial de correios, embelezou a capital, construindo termas, aquedutos, mercados teatros e pontes, incentivou o desenvolvimento cultural; tentou revigorar as crenças religiosas tradicionais
  • 20. O império romano no século III foi afetado pela crise geral do escravismo. A causa desta crise foi a diminuição da produção nos latifúndios. Isso aconteceu porque havia menos escravos para trabalhar Diante da crise econômica foram necessárias algumas reformas políticas e administrativas. Diocleciano, elevado ao poder pelo exército, para conter a pressão das invasões bárbaras sobre as fronteiras do império, realizou uma reforma político-administrativa conhecida como tetrarquia (governo de quatro).
  • 21. Teodósio (286) dividiu o império romano entre os seus dois filhos: nascia o Império Romano do Ocidente com capital Roma e o Império Romano do Oriente com capital Constantinopla. Constantinorestabeleceu a unidade política do império. Em 313, promulgou o Edito de Milão, concedendo liberdade religiosa ao Cristianismo e, em 330, transferiu a capital do império para o Oriente – Constantinopla.
  • 22. Roma viveu de tributos que impunha aos povos vencidos; a partir do século III vive das suas reservas, no século IV esgotou-as. A decadência de Roma, iniciada no século III, atingiu o seu apogeu no século V. Em 476, Odacro, o “bárbaro”, invadiu a cidade de Roma e depôs Rômulo Augusto. Segundo Engels: “Quanto mais o império ia decaindo, mais subiam os impostos e taxas e maior era a falta de vergonha com que funcionários saqueavam e ameaçavam. O empobrecimento era geral: declínio do comércio, decadência dos ofícios manuais e da arte, diminuição da população, decadência das cidades. Retorno da agricultura a um estágio mais atrasado.”