SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  17
Universidade Federal da Bahia  Faculdade de Direito História do Direito Prof. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha DireitoGrego - II
Introdução Os gregos não ultrapassaram a concepção de cidades-estados: as polis gregas permaneceram isoladas, constituindo estados autônomos.  Nenhuma das cidades- estado chegou a atingir o equilíbrio interno dos diferentes fatores econômicos e sociais que permitisse lançar-se a empreendimentos exteriores capazes de impulsionar a unificação da Grécia.
1. Esparta (Lacedemônia) – Oligarquiamilitar Esparta (Lacedônia):  Península do Peloponeso, na planície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C. e invadida pelos Dórios. Sociedade militarizada, educação DIARQUIA: uma monarquia composta por dois reis (para evitar a autocracia).  Os reis escolhidos entre os membros das famílias mais importantes tinham cargo hereditário e possuíam o comando supremo do exército - um deles comandava as tropas em guerra e o outro permanecia em Esparta. GERÚSIA: representa o senado espartano, composto por 28 membros da aristocracia, com idade superior a 60 anos. Cabia à Gerúsia tomar as decisões importantes e legislar, além de controlar os diarcas  EFORADO: composto por 5 membros eleitos pela assembléia do povo. Possuíam as funções executivas, administrativas e fiscalizavam a vida pública  APELA: assembléia do povo, formada por todos os cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Vota as leis e escolhe os gerontes.
Havia em Esparta três camadas sociais diferenciadas Espartanos ou espartíataseram a classe dominante: formada pelas famílias dos conquistadores dórios. Atividade política e a guerra: eram verdadeiros soldados profissionais.  Periecos - camponeses, comerciantes e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de uma certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos e obrigados a pagar tributos. O casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exército em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório. Hilotas: representam as populações dominadas e reduzidas à escravidão pública. Trabalhavam na agricultura nos kleros (lotes de terra) para sustentar o proprietário e sua família (propriedade do Estado, escravos públicos). Para prevenir revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças (críptias)
O governo estimula o laconismo (pouca fala), a xenofobia (aversão aos  estrangeiros) e a xenelasia (não estadia de estrangeiro). Educaçãoespartana Assim que nascia, a criança era examinada pelos velhos, que decidiam sobre sua vida ou sua morte. Se fosse robusta, sem defeitos físicos, a criança devia viver; se não, era lançada do alto do Monte Taigeto. A criança ficava sob os cuidados da mãe até os sete anos de idade. Em seguida era entregue ao Estado que lhe dava educação cívica até os doze anos. Aos 12 anos, os meninos eram mandados para o campo onde deviam sustentar-se por conta própria. Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova de habilidade(criptia) Até os 30 anos os espartíatas não podiam se casar, apenas coabitar. Dos 30 anos em diante podiam participar da Assembléia, casar e deixar o cabelo crescer. Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam tomar parte no Conselho dos Anciãos (Gerúsia).
A legislação espartana baseava-se num código de leis atribuído a um legislador Licurgo. Essa legislação preservava a sociedade assegurando aos espartíatasprivilégios. Toda sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. Nesse tipo de organização social o exército tinha importância fundamental; sobre ele que se assentava a ordem interna e a defesa externa. Artistóteles (Política) – trata da constituição da Lacedemônia “Dizem que Licurgo tentara sujeitar as mulheres as suas leis, mas a resistência delas fez com que abandonasse a tentativa” (Apêndice IV).
2.Atenas: democraciaateniense Monarquia Basileus(o rei), portanto uma monarquia hereditária. O rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por um Conselho de aristocratas (Areópago, Corte de Justiça). A população dividia-se em cinco classes: Eupátridas: os bem nascidos. representam a aristocracia agrária, dona das melhores terras Georgoi: formada pelos pequenos proprietários de terras. Demiurgos: comerciantes e artesãos Metecos: classe social constituída de estrangeiros. Eram comerciantes, pessoalmente livres, mas sem direitos civis ou políticos Escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos, eram inicialmente inexpressivos, mas logo se transformaram na base da produção agrária. Em Atenas atuavam em todos os ofícios, exceto na atividade política. Podiam chegar à liberdade, mas nunca à cidadania.
No século VIII a.C., a realeza já se encontrava em dissolução; a obediência ao rei era apenas nominal, por parte dos chefes das famílias aristocratas.  A monarquia cedeu lugar a um regime aristocrático: o Arcontadocomposto por nove magistrados. Areópago – Conselho Político e Corte de Justiça (criminal) e Tribunal de Heliastes(Heliaia, Corte popular, 6.000 cidadãos), Tribunal Marítimo (nautodikai) e Tribunal para Estrangeiros Assembléia (Ekklesia) – composto pelos cidadãos acima de 20 anos, funções legislativa, executiva e judiciária. Drácon (621 a.C.) - encarregado de preparar uma lei escrita, até então só era oral. As leis elaboradas por ele eram extremamente severas e previam a pena de morte para a maioria dos crimes. A lei, a justiça, deixaram de ser privilégios dos eupátridas.
Sólon (594 a.C.) aristocrata de nascimento e comerciante: estimulou a vinda de estrangeiros (metecos); introduziu a reforma monetária criando a dracma (moeda grega); foi autor da Lei Seisachtéia que proibia a escravidão por dívida, eliminando as hipotecas, devolvendo assim as terras aos antigos proprietários; determinou a abolição do poder pela aristocracia (critério de nascimento) e introduziu o critério de renda (timocracia).
No século VI a.C. os diversos interesses em jogo cristalizaram-se em Atenas três agrupamentos sociais, geograficamente bem delimitados: Os pedianos, grandes proprietários da planície; os diacrianos, formado por camponeses que desejavam mudanças mais radicais na estrutura sócio-política da Ática; Os paralianos partido constituído pelos ricos comerciantes e armadores e proprietários de oficinas artesanais, beneficiados com a nova ordem estabelecida por Sólon. O partido diacriano foi encabeçado por Psistrato (período da tirania),
Período da democracia (Clistenes 508-502 a.C.) Os atenienses foram divididos em cem circunscrições territoriais – demos – distribuídas por três regiões: a cidade, a costa e o interior. Os cem demos foram agrupados em dez tribos,  Os cidadãos independentemente de sua condição, passaram a pertencer a um demos. Existia a justiça civil dos demos, papel de investigação preliminar.
Todos passaram a ter o mesmo direito de participação, independentemente de sua origem social ou riqueza.  Os órgãos mais importantes desse sistema eram: a) a Eclésia, ou Assembléia popular, da qual participavam todos os cidadãos; b) a Bouleou Conselho dos 500 que possuía funções legislativas (acima de 30 anos), presidência (pritânia); c) O poder judiciário era exercido pela Heliéia; d) o poder executivo confiado inicialmente aos arcontes, passou a ser exercido por generais denominados estrategos (501 a.C. dez estrategos eleitos pela Assembléia)
O Governo de Péricles (495-430 a.C.) que realizou inúmeras reformas, fortalecendo a democracia:  Instituiu a mistoforia, ou seja, a remuneração pelo desempenho de cargos públicos  Soldados e marinheiros passaram a receber salários  Os funcionários (magistrados e outros) eram escolhidos por sorteio  Com o objetivo de reduzir as pressões sociais empreendeu-se uma política de grandes construções públicas  Os espetáculos artísticos e as diversões públicas foram incrementadas  A fim de reduzir as despesas do Estado, o governo restringiu o direito de cidadania: somente os filhos de pai e mãe ateniense seriam considerados cidadãos  Fundação de muitas colônias - as Klerúquias - para dar terras aos que não tinham
O pensamento influenciando a sociedade e o direito A retórica é explicitada com os logógrafos, atuando na arte da eloquência e da persuasão, redatores de discursos forenses Dez oradores áticos: Antífonas (440-380 a.C.), Lísias (450-380 a.C,), Isaeus (420-353 a.C.), Isócrates (436-338 a.C.), Demóstenes (384-323 a.C.), Ésquino (390-330 a.C.), Licurgo, Hipérides (389-322 a.C.) e Dinarco (360 a.C.)
Sofistas: sustentam os sofistas que não existe verdade absoluta. A ciência, a moral e os credos religiosos eram criações humanas válidas para determinados grupos sociais em um determinado período. Existe, portanto, uma verdade de acordo com os interesse de cada um. (Prótagoras, 480-411 a.C.) Sócrates (470-399 a.C.) - Criou a maiêutica, método de reflexão que consistia em multiplicar as perguntas para obter, a partir da indução de casos particulares, um conceito geral do objeto. Para Sócrates, a virtude era uma ciência que se podia aprender.
Platão (428-347 a.C.) Principal discípulo de Sócrates, fundou a Academia de Atenas. Segundo sua teoria, baseada nas idéias(formas essenciais), o mundo real transcende o mundo das aparências.. Aristóteles (394-322 a.C.) - Abarcou todos os conhecimentos de seu tempo — Partindo de Sócrates e Platão, Aristóteles sistematizou os princípios da Lógica, formando uma ciência que ele chamou de Analítica. Sua Metafísica estuda o ―ser enquanto ser e investiga os ―primeiros princípios e as ―causas primeiras do ser. Heródoto – as primeiras histórias (história, investigação em grego) – 480 a.C. Tucídides e seus relatos.

Contenu connexe

Tendances

Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Julio Rocha
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Julio Rocha
 
Filosofia Do Direito Gregos Ao Medievo
Filosofia Do Direito Gregos Ao MedievoFilosofia Do Direito Gregos Ao Medievo
Filosofia Do Direito Gregos Ao MedievoLuci Bonini
 
Direito grego.apresentacao
Direito grego.apresentacaoDireito grego.apresentacao
Direito grego.apresentacaoTânia Araújo
 

Tendances (20)

Apresentaçãohistdir11415
Apresentaçãohistdir11415Apresentaçãohistdir11415
Apresentaçãohistdir11415
 
Apresentaçãohistdir6
Apresentaçãohistdir6Apresentaçãohistdir6
Apresentaçãohistdir6
 
Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3Apresentaçãohistdir3
Apresentaçãohistdir3
 
Apresentaçãohistdir13
Apresentaçãohistdir13Apresentaçãohistdir13
Apresentaçãohistdir13
 
Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7
 
Apresentaçãohistdir12
Apresentaçãohistdir12Apresentaçãohistdir12
Apresentaçãohistdir12
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2
 
Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7Apresentaçãohistdir7
Apresentaçãohistdir7
 
Apresentaçãohistdir16fib
Apresentaçãohistdir16fibApresentaçãohistdir16fib
Apresentaçãohistdir16fib
 
Apresentaçãohistdir5
Apresentaçãohistdir5Apresentaçãohistdir5
Apresentaçãohistdir5
 
Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17
 
Apresentaçãohistdir16
Apresentaçãohistdir16Apresentaçãohistdir16
Apresentaçãohistdir16
 
Tribunalderelac
TribunalderelacTribunalderelac
Tribunalderelac
 
Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18
 
Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2Apresentaçãohistdir2
Apresentaçãohistdir2
 
Grécia ANTIGA - História do Direito
Grécia ANTIGA - História do DireitoGrécia ANTIGA - História do Direito
Grécia ANTIGA - História do Direito
 
Filosofia Do Direito Gregos Ao Medievo
Filosofia Do Direito Gregos Ao MedievoFilosofia Do Direito Gregos Ao Medievo
Filosofia Do Direito Gregos Ao Medievo
 
Direito grego.apresentacao
Direito grego.apresentacaoDireito grego.apresentacao
Direito grego.apresentacao
 
historia da mesopotamia
historia da mesopotamiahistoria da mesopotamia
historia da mesopotamia
 
Direito romano
Direito romanoDireito romano
Direito romano
 

En vedette (10)

Apresentaçãohistdir9ampliada
Apresentaçãohistdir9ampliadaApresentaçãohistdir9ampliada
Apresentaçãohistdir9ampliada
 
Apresentaçãohistdirseminario cópia
Apresentaçãohistdirseminario   cópiaApresentaçãohistdirseminario   cópia
Apresentaçãohistdirseminario cópia
 
Mentor coach
Mentor coachMentor coach
Mentor coach
 
A presença europeia no brasil parte 2
A presença europeia no brasil parte 2A presença europeia no brasil parte 2
A presença europeia no brasil parte 2
 
A presença europeia no brasil parte 1
A presença europeia no brasil parte 1A presença europeia no brasil parte 1
A presença europeia no brasil parte 1
 
Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18Apresentaçãohistdir18
Apresentaçãohistdir18
 
Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17Apresentaçãohistdir17
Apresentaçãohistdir17
 
Mecanismos econômicos da colonização portuguesa no Brasil - séculos XVI e XVII
Mecanismos econômicos da colonização portuguesa no Brasil - séculos XVI e XVIIMecanismos econômicos da colonização portuguesa no Brasil - séculos XVI e XVII
Mecanismos econômicos da colonização portuguesa no Brasil - séculos XVI e XVII
 
Os caminhos do Ensino Politecnico
Os caminhos do Ensino PolitecnicoOs caminhos do Ensino Politecnico
Os caminhos do Ensino Politecnico
 
As origens da presença europeia no Brasil
As origens da presença europeia no BrasilAs origens da presença europeia no Brasil
As origens da presença europeia no Brasil
 

Similaire à Apresentaçãohistdir9 (20)

A civilização grega pdf
A civilização grega pdfA civilização grega pdf
A civilização grega pdf
 
Grecia
GreciaGrecia
Grecia
 
Grecia Antiga
Grecia AntigaGrecia Antiga
Grecia Antiga
 
Trabalho de historia periodo arcaico
Trabalho de historia   periodo arcaicoTrabalho de historia   periodo arcaico
Trabalho de historia periodo arcaico
 
Período Arcaico
Período ArcaicoPeríodo Arcaico
Período Arcaico
 
Grecia
GreciaGrecia
Grecia
 
Grecia antiga período arcaico
Grecia antiga   período arcaicoGrecia antiga   período arcaico
Grecia antiga período arcaico
 
Ahistoriatemposeespacos
AhistoriatemposeespacosAhistoriatemposeespacos
Ahistoriatemposeespacos
 
Resumo
ResumoResumo
Resumo
 
Grécia 2020
Grécia 2020Grécia 2020
Grécia 2020
 
Antiguidade Clássica
Antiguidade ClássicaAntiguidade Clássica
Antiguidade Clássica
 
A civilização grega
A civilização gregaA civilização grega
A civilização grega
 
Cap 07 grecia
Cap 07 greciaCap 07 grecia
Cap 07 grecia
 
GRÉCIA ANTIGA - CIVILIZAÇÃO CLASSICA.pptx
GRÉCIA ANTIGA - CIVILIZAÇÃO CLASSICA.pptxGRÉCIA ANTIGA - CIVILIZAÇÃO CLASSICA.pptx
GRÉCIA ANTIGA - CIVILIZAÇÃO CLASSICA.pptx
 
PPT - Civilização Grega
PPT - Civilização GregaPPT - Civilização Grega
PPT - Civilização Grega
 
A civilização grega
A civilização gregaA civilização grega
A civilização grega
 
Slide sobre direito grego
Slide sobre direito gregoSlide sobre direito grego
Slide sobre direito grego
 
Esparta
EspartaEsparta
Esparta
 
Grecia antiga
Grecia antigaGrecia antiga
Grecia antiga
 
Grécia continuação
Grécia   continuaçãoGrécia   continuação
Grécia continuação
 

Plus de UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Direito

Plus de UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Direito (20)

Ciência política6
Ciência política6Ciência política6
Ciência política6
 
Apresentaçãosocdir14
Apresentaçãosocdir14Apresentaçãosocdir14
Apresentaçãosocdir14
 
Apresentaçãosocdir13
Apresentaçãosocdir13Apresentaçãosocdir13
Apresentaçãosocdir13
 
Ciência política5
Ciência política5Ciência política5
Ciência política5
 
Ciência política4
Ciência política4Ciência política4
Ciência política4
 
Cronograhistdir
CronograhistdirCronograhistdir
Cronograhistdir
 
Ciência política3
Ciência política3Ciência política3
Ciência política3
 
ética5
ética5ética5
ética5
 
Apresentaçãosocdir12
Apresentaçãosocdir12Apresentaçãosocdir12
Apresentaçãosocdir12
 
Apresentaçãosocdir11
Apresentaçãosocdir11Apresentaçãosocdir11
Apresentaçãosocdir11
 
Ciência política2
Ciência política2Ciência política2
Ciência política2
 
Ciência política1
Ciência política1Ciência política1
Ciência política1
 
ética 4
ética 4ética 4
ética 4
 
ètica3
ètica3ètica3
ètica3
 
ètica2
ètica2ètica2
ètica2
 
Introdução ética
Introdução éticaIntrodução ética
Introdução ética
 
Apresentaçãosocdir10
Apresentaçãosocdir10Apresentaçãosocdir10
Apresentaçãosocdir10
 
Direitoafricanoantigo
DireitoafricanoantigoDireitoafricanoantigo
Direitoafricanoantigo
 
Convençãodabiodiversidadeepovosindigenas
ConvençãodabiodiversidadeepovosindigenasConvençãodabiodiversidadeepovosindigenas
Convençãodabiodiversidadeepovosindigenas
 
Ensinojurídico
EnsinojurídicoEnsinojurídico
Ensinojurídico
 

Dernier

Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 

Dernier (20)

Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 

Apresentaçãohistdir9

  • 1. Universidade Federal da Bahia Faculdade de Direito História do Direito Prof. Dr. Julio Cesar de Sá da Rocha DireitoGrego - II
  • 2. Introdução Os gregos não ultrapassaram a concepção de cidades-estados: as polis gregas permaneceram isoladas, constituindo estados autônomos. Nenhuma das cidades- estado chegou a atingir o equilíbrio interno dos diferentes fatores econômicos e sociais que permitisse lançar-se a empreendimentos exteriores capazes de impulsionar a unificação da Grécia.
  • 3. 1. Esparta (Lacedemônia) – Oligarquiamilitar Esparta (Lacedônia): Península do Peloponeso, na planície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C. e invadida pelos Dórios. Sociedade militarizada, educação DIARQUIA: uma monarquia composta por dois reis (para evitar a autocracia). Os reis escolhidos entre os membros das famílias mais importantes tinham cargo hereditário e possuíam o comando supremo do exército - um deles comandava as tropas em guerra e o outro permanecia em Esparta. GERÚSIA: representa o senado espartano, composto por 28 membros da aristocracia, com idade superior a 60 anos. Cabia à Gerúsia tomar as decisões importantes e legislar, além de controlar os diarcas EFORADO: composto por 5 membros eleitos pela assembléia do povo. Possuíam as funções executivas, administrativas e fiscalizavam a vida pública APELA: assembléia do povo, formada por todos os cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Vota as leis e escolhe os gerontes.
  • 4. Havia em Esparta três camadas sociais diferenciadas Espartanos ou espartíataseram a classe dominante: formada pelas famílias dos conquistadores dórios. Atividade política e a guerra: eram verdadeiros soldados profissionais. Periecos - camponeses, comerciantes e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de uma certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos e obrigados a pagar tributos. O casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exército em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório. Hilotas: representam as populações dominadas e reduzidas à escravidão pública. Trabalhavam na agricultura nos kleros (lotes de terra) para sustentar o proprietário e sua família (propriedade do Estado, escravos públicos). Para prevenir revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças (críptias)
  • 5. O governo estimula o laconismo (pouca fala), a xenofobia (aversão aos estrangeiros) e a xenelasia (não estadia de estrangeiro). Educaçãoespartana Assim que nascia, a criança era examinada pelos velhos, que decidiam sobre sua vida ou sua morte. Se fosse robusta, sem defeitos físicos, a criança devia viver; se não, era lançada do alto do Monte Taigeto. A criança ficava sob os cuidados da mãe até os sete anos de idade. Em seguida era entregue ao Estado que lhe dava educação cívica até os doze anos. Aos 12 anos, os meninos eram mandados para o campo onde deviam sustentar-se por conta própria. Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova de habilidade(criptia) Até os 30 anos os espartíatas não podiam se casar, apenas coabitar. Dos 30 anos em diante podiam participar da Assembléia, casar e deixar o cabelo crescer. Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam tomar parte no Conselho dos Anciãos (Gerúsia).
  • 6. A legislação espartana baseava-se num código de leis atribuído a um legislador Licurgo. Essa legislação preservava a sociedade assegurando aos espartíatasprivilégios. Toda sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. Nesse tipo de organização social o exército tinha importância fundamental; sobre ele que se assentava a ordem interna e a defesa externa. Artistóteles (Política) – trata da constituição da Lacedemônia “Dizem que Licurgo tentara sujeitar as mulheres as suas leis, mas a resistência delas fez com que abandonasse a tentativa” (Apêndice IV).
  • 7.
  • 8. 2.Atenas: democraciaateniense Monarquia Basileus(o rei), portanto uma monarquia hereditária. O rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por um Conselho de aristocratas (Areópago, Corte de Justiça). A população dividia-se em cinco classes: Eupátridas: os bem nascidos. representam a aristocracia agrária, dona das melhores terras Georgoi: formada pelos pequenos proprietários de terras. Demiurgos: comerciantes e artesãos Metecos: classe social constituída de estrangeiros. Eram comerciantes, pessoalmente livres, mas sem direitos civis ou políticos Escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos, eram inicialmente inexpressivos, mas logo se transformaram na base da produção agrária. Em Atenas atuavam em todos os ofícios, exceto na atividade política. Podiam chegar à liberdade, mas nunca à cidadania.
  • 9. No século VIII a.C., a realeza já se encontrava em dissolução; a obediência ao rei era apenas nominal, por parte dos chefes das famílias aristocratas. A monarquia cedeu lugar a um regime aristocrático: o Arcontadocomposto por nove magistrados. Areópago – Conselho Político e Corte de Justiça (criminal) e Tribunal de Heliastes(Heliaia, Corte popular, 6.000 cidadãos), Tribunal Marítimo (nautodikai) e Tribunal para Estrangeiros Assembléia (Ekklesia) – composto pelos cidadãos acima de 20 anos, funções legislativa, executiva e judiciária. Drácon (621 a.C.) - encarregado de preparar uma lei escrita, até então só era oral. As leis elaboradas por ele eram extremamente severas e previam a pena de morte para a maioria dos crimes. A lei, a justiça, deixaram de ser privilégios dos eupátridas.
  • 10. Sólon (594 a.C.) aristocrata de nascimento e comerciante: estimulou a vinda de estrangeiros (metecos); introduziu a reforma monetária criando a dracma (moeda grega); foi autor da Lei Seisachtéia que proibia a escravidão por dívida, eliminando as hipotecas, devolvendo assim as terras aos antigos proprietários; determinou a abolição do poder pela aristocracia (critério de nascimento) e introduziu o critério de renda (timocracia).
  • 11. No século VI a.C. os diversos interesses em jogo cristalizaram-se em Atenas três agrupamentos sociais, geograficamente bem delimitados: Os pedianos, grandes proprietários da planície; os diacrianos, formado por camponeses que desejavam mudanças mais radicais na estrutura sócio-política da Ática; Os paralianos partido constituído pelos ricos comerciantes e armadores e proprietários de oficinas artesanais, beneficiados com a nova ordem estabelecida por Sólon. O partido diacriano foi encabeçado por Psistrato (período da tirania),
  • 12. Período da democracia (Clistenes 508-502 a.C.) Os atenienses foram divididos em cem circunscrições territoriais – demos – distribuídas por três regiões: a cidade, a costa e o interior. Os cem demos foram agrupados em dez tribos, Os cidadãos independentemente de sua condição, passaram a pertencer a um demos. Existia a justiça civil dos demos, papel de investigação preliminar.
  • 13. Todos passaram a ter o mesmo direito de participação, independentemente de sua origem social ou riqueza. Os órgãos mais importantes desse sistema eram: a) a Eclésia, ou Assembléia popular, da qual participavam todos os cidadãos; b) a Bouleou Conselho dos 500 que possuía funções legislativas (acima de 30 anos), presidência (pritânia); c) O poder judiciário era exercido pela Heliéia; d) o poder executivo confiado inicialmente aos arcontes, passou a ser exercido por generais denominados estrategos (501 a.C. dez estrategos eleitos pela Assembléia)
  • 14. O Governo de Péricles (495-430 a.C.) que realizou inúmeras reformas, fortalecendo a democracia:  Instituiu a mistoforia, ou seja, a remuneração pelo desempenho de cargos públicos  Soldados e marinheiros passaram a receber salários  Os funcionários (magistrados e outros) eram escolhidos por sorteio  Com o objetivo de reduzir as pressões sociais empreendeu-se uma política de grandes construções públicas  Os espetáculos artísticos e as diversões públicas foram incrementadas  A fim de reduzir as despesas do Estado, o governo restringiu o direito de cidadania: somente os filhos de pai e mãe ateniense seriam considerados cidadãos  Fundação de muitas colônias - as Klerúquias - para dar terras aos que não tinham
  • 15. O pensamento influenciando a sociedade e o direito A retórica é explicitada com os logógrafos, atuando na arte da eloquência e da persuasão, redatores de discursos forenses Dez oradores áticos: Antífonas (440-380 a.C.), Lísias (450-380 a.C,), Isaeus (420-353 a.C.), Isócrates (436-338 a.C.), Demóstenes (384-323 a.C.), Ésquino (390-330 a.C.), Licurgo, Hipérides (389-322 a.C.) e Dinarco (360 a.C.)
  • 16. Sofistas: sustentam os sofistas que não existe verdade absoluta. A ciência, a moral e os credos religiosos eram criações humanas válidas para determinados grupos sociais em um determinado período. Existe, portanto, uma verdade de acordo com os interesse de cada um. (Prótagoras, 480-411 a.C.) Sócrates (470-399 a.C.) - Criou a maiêutica, método de reflexão que consistia em multiplicar as perguntas para obter, a partir da indução de casos particulares, um conceito geral do objeto. Para Sócrates, a virtude era uma ciência que se podia aprender.
  • 17. Platão (428-347 a.C.) Principal discípulo de Sócrates, fundou a Academia de Atenas. Segundo sua teoria, baseada nas idéias(formas essenciais), o mundo real transcende o mundo das aparências.. Aristóteles (394-322 a.C.) - Abarcou todos os conhecimentos de seu tempo — Partindo de Sócrates e Platão, Aristóteles sistematizou os princípios da Lógica, formando uma ciência que ele chamou de Analítica. Sua Metafísica estuda o ―ser enquanto ser e investiga os ―primeiros princípios e as ―causas primeiras do ser. Heródoto – as primeiras histórias (história, investigação em grego) – 480 a.C. Tucídides e seus relatos.