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A QUEDA DO MURO DE BERLIM.
II GUERRA MUNDIAL
Com o fim da II Guerra Mundial a vitória das três grandes potencias: Estados
Unidos, URSS, e Reino Unido sobre a Alemanha os acordos de Lalta estabeleceram
a divisão do pais em quatro zonas de ocupação (Norte Americana, Francesa, Inglesa
e Soviética) e da capital Berlim em quatro sectores administrados juntamente pelos
comandantes militares das quatro potencias ocupantes. A soberania Alemã foi assim
transferida para os aliados
Após a capitulação da Alemanha realizou se a conferencia de Potsdam
(Berlim), em Julho - Agosto 1945 numa altura em que já havia ocorrido a rendição
Alemã. Aqui foram ratificadas as decisões de Lalta e tomadas outras medidas
relativas á Alemanha vencida: desnazificação, desmilitarização e desarmamento,
julgamento dos criminosos de guerra por um tribunal das quatro potências,
pagamento de indemnizações. Foi ainda o estatuto político da Alemanha durante o
período de controlo militar aliado: demarcação das zonas de ocupação pelas forças
armadas Americanas, Soviéticas Britânicas e Francesas e definição de um estatuto
especial para a cidade de Berlim.
Com o fim da II Guerra Mundial a divisão da Alemanha e a divisão do mundo
em dois blocos: os países capitalistas e os países Socialistas entram numa fase de
guerra-fria.
GUERRA FRIA
A II Guerra Mundial não faz apenas emergir duas potências face a uma
Europa arruinada e remetida a um papel secundário ao novo sistema internacional,
faz nascer duas zonas ou áreas de influência: Anglo-saxónicas e Soviéticas. A
primeira compreende as democracias liberais do oeste (Europa Ocidental, Grécia,
Turquia, Médio Oriente, Pacifico e Japão); a segunda integra as democracias
populares do leste (Europa Central e Oriental). As primeiras têm os EUA como
parceiro, as segundas estão associadas á URSS.
Este clima de tensão entre os aliados e vencedores da Guerra é já bem
perceptível nas negociações dos diversos tratados de paz.
A ruptura declara se abertamente quando o presidente Truman apresentou no
congresso dos EUA a chamada “ Doutrina Truman”.
Na sua comunicação, Truman assume claramente o fim do tradicional
isolacionismo estado – unidense proclama que a prioridade da política externa norte-
americana é conter o comunismo soviético dentro dos limites acordados nos tratados
da pós-guerra. A estratégia de Truman concretizou-se no plano Marshall e na
organização de um sistema de alianças militares liderado pelos EUA.
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O plano de reconstrução Europeia mais conhecido por Plano Marshall
constituiu basicamente uma forma de concretização do objectivo de contenção do
comunismo.
URSS vê esta manobra dos Estados Unidos para imporem a sua hegemonia
e rejeita. A reacção do leste expressa se no relatório de Jdanov, conhecido por
doutrina Jdanov.
A assunção da ruptura politica e ideologia pelos dois dos campos constitui o
ponto de partida de que veio dominar-se guerra fria. Em Março de 1946 Winston
Churchill denunciou a situação ao afirmar num celebre discurso que uma cortina de
ferro se abatia sobre a Europa, dividindo em duas: Europa Ocidental, que se
reerguia sob a assistência Americana, opunha-se uma outra Europa a de Leste,
submetida á orientação Soviética Estalinista.
Lançada a guerra-fria entre os dois blocos o aparecimento do muro de Berlim.
CRIAÇÃO DO MURO DE BERLIM
Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam passar livremente de um
lado para o outro da cidade. Porém, em Agosto de 1961, com o acirramento da
Guerra-fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o
ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os
dois sectores. Decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o
sector ocidental da cidade.
O muro, que começou a ser construído em 13 de Agosto de 1961, não
respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental
impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias
foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro
vezes. Possuía cercas eléctricas com alarme, 255 pistas de corrida para ferozes
cães de guarda e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de
vigilância com soldados preparados para atirar.
Assim foi construído um dos maiores símbolos da Guerra Fria.
COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO
A segunda potência mundial, a URSS enfrentou, nos anos 80 um conjunto de
problemas de difícil solução. O estado encontra-se fortemente centralizado e o
partido comunista transformara-se numa instituição mais preocupada em garantir os
seus privilégios do que promover o bem-estar da população. A governação de
Brejnev provocara uma estagnação económica e deixara por explorar grande parte
dos recursos da União Soviética. Os bens eram escassos e não satisfaziam a
procura.
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O investimento do estado soviético incidia no campo militar, sector essencial
no contexto da Guerra Fria e deixava ao abandono uma indústria cada vez mais
obsoleta.
Nos anos 80 perante o desmoronamento iminente da URSS, Mikhail
Gorbatchev tentou evitar o colapso do regime comunista, procurando um
entendimento com os Estados Unidos, diminuindo as perseguições politicas e
modernizando o arcaico sector económico.
No campo político e social, Gorbatchev aplicou a Glasnost com o intuito de
criar uma sociedade mais aberta e participativa o que permitiu a oposição expressar
os seus pontos de vista e criticar o regime. Foi criado um parlamento eleito, no qual
competia nomear o Presidente da Republica, apesar de o poder continuar
centralizado no partido comunista. Na área económica implementou-se a perestroika
para solucionar os graves problemas da economia. No plano diplomático, nomeação
de Gorbatchev pôs termo a bipolarização do sistema político internacional.
As medidas adoptadas por Gorbatchev não evitaram o declínio da União
Soviética, acabando por levá-la à implosão, em 1991. Três factores estiveram na
base deste colapso: a falência económica e desmoronamento dos fundamentos
ideológicos do sistema comunista e a proclamação de independência das republicas
que integravam a URSS.
Em 1991 Gorbatchev declara a dissolução da URSS e demite-se das suas
funções de Presidente. O desmoronamento da União Soviética da origem a CEI.
Estas alterações na Rússia deram origem à queda do Muro de Berlim.
A QUEDA DO MURO DE BERLIM
Com o colapso do bloco soviético é o fim do muro de
Berlim.
O regime da RDA (Alemanha de Leste) entrou em
colapso após a demissão de Eric Honecker em 1989. As
manifestações que se sucederam culminaram com a
queda do Muro de Berlim.
Os enormes fluxos migratórios da Alemanha de leste para a Alemanha de
oeste, durante o Verão de 1989, tornaram-se impossíveis de controlar por isso a 9
de Novembro de 1989, teve que ser autorizada a livre circulação entre as duas
partes de Berlim, e como consequência a destruição do Muro. Nessa noite os
alemães de um e de outro lado da cidade subiram e dançaram em cima dele.
Reinava a alegria, todos festejavam enquanto várias faixas do muro iam sendo
cortadas e deitadas abaixo.
Nesse momento histórico não se estava apenas a deitar abaixo uma parede:
a queda do Muro de Berlim significava a queda dos regimes comunistas, o fim da
Guerra Fria e de toda a tensão mundial e a abertura ao mundo.
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Em 1990, foi assinado, em Berlim um tratado de unificação entre os dois
estados Alemães. A queda do Muro de Berlim provocou uma onda de choque que
levou a derrocada dos regimes comunistas nos outros países de leste europeu.
Na euforia, muita gente não previu as futuras dificuldades por que a
Alemanha iria atravessar.
A CRISE APÓS A QUEDA DO MURO
Desde o momento em que se
abriram as fronteiras em Novembro de
1989 uma avalanche de modificações
internas e externas ocorreram na
Alemanha e mudanças radicais
trouxeram uma nova situação para a
relação de equilíbrio de poder no
mundo. O desnível estrutural e social
entre leste e oeste se fez cada vez mais
visível. Também consta o surgimento de
racismo e neonazismo nas relações em
que se encontram na Alemanha reunificada, na qual os Alemães cultivam um
sentimento de barreira virtual, mesmo após a queda do muro para com entre os
Alemães de ambos os lados da Alemanha.
A Alemanha enfrentava graves problemas económicos: infra-estruturas
inexistentes ou obsoletas, uma industria antiquada, habitações degradadas um
sistema de distribuição e de comércio inoperante. O desfasamento entre o crescente
número de consumidores privados de bens de consumo e a escassez de produtores
provocou uma inflação galopante, aumentou a pobreza, o desemprego e permitiu o
enriquecimento rápido e fácil das máfias através de tráficos ilícitos.
A anexação monetária (adopção do marco alemão ocidental) e o desejo de
alcançar rapidamente o padrão de vida dos alemães-ocidentais eram a grande
expectativa e o sonho da maioria da população oriental.
Estas foram as dificuldades que a Alemanha atravessou após a queda do
Muro de Berlim.
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CONCLUSÃO
Após a leitura do trabalho ficamos com o conhecimento que devido a uma ruptura
politica e ideológica entre dois blocos: capitalistas, e os países socialistas
(marxistas-leninistas) dá-se a Guerra-fria que vai dividir a Alemanha em dois estados
por um muro que provocou a morte a pelo menos 80 pessoas, 112 ficaram feridas e
milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
Este muro símbolo da esquizofrenia geopolítica e da rivalidade entre o leste e
oeste foi também o verdadeiro atestado do fracasso do socialismo em manter-se
como um modelo de sistema atraente para as populações.
Um muro que mesmo após a sua queda ainda trouxe muita dificuldade para o
país e o seu povo. Com o fim do Muro de Berlim veio o fim do comunismo de leste.
FONTE:
<notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/murodeberl
im.htm> Acesso em 28 de nov. de 2012.
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