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INTRODUÇÃO À FARMACOTÉCNICA

DEFINIÇÃO

      Farmacotécnica é a parte da ciência farmacêutica que trata da preparação de
medicamentos, ou seja, da transformação de drogas (matérias-primas) em medicamentos; estuda
o preparo, a purificação, as incompatibilidades físicas e químicas, e a escolha da forma
farmacêutica (xarope, solução, suspensão, cápsula, etc) mais adequada à finalidade pretendida.


INTRODUÇÃO

        Farmácia Galênica: estuda a transformação em medicamentos dos produtos naturais
(animais, vegetais e minerais), ou de síntese, tornando-os susceptíveis de serem administrados aos
seres vivos com fins profiláticos, curativos ou de diagnóstico das várias doenças.

        Medicamentos apresentam-se sob diversas formas = “formas farmacêuticas”

       Objetivo: Preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos, doseados com a
maior precisão e apresentados sob uma forma que facilite a sua administração.


⇒ Evolução da Farmácia Galênica

        Farmácia Galênica → homenagem a Claudius Galenus (médico-farmacêutico que viveu
        em Roma durante o segundo século da nossa era.)

        Farmácia Galênica → termo introduzido no século XVI. Foi criado para significar a
        Farmácia dos Medicamentos Complexos.

        Atualmente à Farmácia Galênica compete a transformação de todas as substâncias
        medicamentosas em medicamentos, quer sejam de natureza complexa, quer constituídas
        por produtos químicos naturais ou sintéticos perfeitamente definidos.


⇒ Medicamentos Alopáticos e Homeopáticos

        Hipócrates, pai da medicina, enunciou dois axiomas

        1.)          “Natura medicatrix medicus interpres et minister”
              (o organismo cura a doença, o médico não é mais do que seu intérprete, auxiliando-o).




Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009   Página 1
2.)        expresso por duas leis:
        “contraria contrariis curantur”
        (curar provocando uma ação diferente no corpo)

        “similia similibus curantur”
        (curar provocando uma ação semelhante no corpo)

        * Das duas leis citadas nasceram 2 sistemas terapêuticos: Alopatia e Homeopatia.


DEFINIÇÃO DE TERMOS

    Farmácia de manipulação: estabelcimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais
    de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo
    dispensação e atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente
    de assistência médica.

    Manipulação: conjunto de operações com finalidade de elaborar formulações magistrais e
    oficinais, aditivar e fracionar produtos industrializados para uso humano ou veterinário.

    Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medimentos, insumos
    farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não.

    Produto magistral: é aquele preparado na Farmácia, atendendo uma prescrição, que estabelece
    a composição, a forma farmacêutica e a posologia.

    Produto oficinal: é aquele inscrito na Farmacopéia Brasileira.

    Matéria-prima: substância ativa ou inativa que se emprega na fabricação dos medicamentos e
    demais produtos abrangidos pelo regulamento técnico de boas práticas de manipulação da
    ANVS (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tanto a que permanece inalterada, quanto
    a passível de modificações.

    Droga: substância ou matéria-prima de natureza animal, vegetal ou mineral empregado na
    preparação de medicamentos.
    Exemplos: mel, cera, banha, fenol, anilina, etc.

    Fármaco (do grego Pharmakon): toda a droga utilizada em Farmácia e dotada de ação
    farmacológica ou, pelo menos, de interesse médico.

    Medicamento: toda a preparação farmacêutica contendo um ou mais fármacos, destinada ao
    diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e seus sintomas ou à correção ou
    modificação das funções orgânicas, quer no homem, quer nos outros seres vivos.




Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009   Página 2
Remédio: todo meio usado com o fim de previnir ou de curar as doenças.
       * Agentes físicos:
              - Aeroterapia ou climatoterapia
              - Helioterapia (tratamento pelos raios solares)
              - Radioterapia
              - Termoterapia
              - Hidroterapia
              - Ventiloterapia
      * Agentes Psíquicos


    Especialidade farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro no
    Ministério da Saúde e disponível no mercado.

    B.P.M. (Boas Práticas de Manipulação): as BPM estabelecem requisitos gerais para a
    aquisição de drogas, insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, o armazenamento, a
    manipulação, a conservação, o transporte, a dispensação de fórmulas magistrais e oficinais, a
    aditivação e/ou fracionamento de produtos industrializados.

    POP (Procedimento operacional padrão): descrição pormenorizada de técnicas e operações a
    serem utilizadas na farmácia com manipulação, visando a proteção, a garantia de preservação
    da qualidade da fórmula manipulada e segurança dos manipuladores.

    Termos gerais:
              qsp = quantidade suficiente para
              qs = quantidade suficiente
              FSA = faça segundo a arte
              aã = do grego, significa “partes iguais”
              PO = per-os / VO via oral
              IV = intra-venoso
              IM = intramuscular



                         COMPOSIÇÃO DE UMA FÓRMULA

    Princípio (s) ativo (s) = responsável pela ação farmacológica.
    Coadjuvantes técnicos ou adjuvantes farmacotécnicos: substâncias, em geral inertes, cuja
    função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico.
    Veículo (líquido) ou excipiente (sólido ou semi-sólido): parte da fórmula na qual são
    misturados os princípios ativos.

Coadjuvantes técnicos:

    Agentes acidificantes: Usados em preparações líquidas para acidificar o meio com o objetivo
    de fornecer estabilidade ao produto.

Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009   Página 3
Ex: ácido acético, ácido cítrico, ácido fumárico, ácido clorídrico, etc.

    Agentes alcalinizantes: Usados em preparações líquidas para alcalinizar o meio com o
    objetivo de fornecer estabilidade ao produto.
    Ex: hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, solução de amônia, dietanolamina,
    monoetanolamina, borato de sódio (bórax), trietanolamina, carbonato de amônio, etc.

    Adsorvente:        Agente capaz de adsorver outras moléculas em sua superficie por ação
    química ou física.
    Ex: carvão ativado, celulose pó.

    Propelente (aerosol): Agente responsável pelo desenvolvimento de pressão em um frasco
    aerosol, permitido a expelição do produto quando a válvula é acionada.
    Ex: dióxido    de     carbono    (CO2),    diclorodifluorometano,    diclorotetrafluoroetano,
    tricloromonofluorometano.

    Desincorporante de ar: Agente empregado para desincorporar ar em um recipiente fechado
    ou formulação com o objetivo de aumentar a estabilidade do produto.
    Ex: Nitrogênio (N2).

    Conservantes anti-fúngicos: São usados em preparações líquidas e semi-sólidas (cremes,
    pomadas, etc) para prevenir o crescimento fúngico. A efetividade dos parabenos é
    normalmente aumentada quando eles são utilizados em combinação.
    Ex: ácido benzóico, butilparabeno, etilparabeno, metilparabeno (Nipagin®), propilparabeno
    (Nipazol®), propionato de sódio.

    Conservante antimicrobiano: São usados em preparações líquidas e semi-sólidas para a
    prevenção de microorganismos (bactérias).
    Ex: cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio, álcool benzílico, clorobutanol, fenol,
    nitrato fenilmercúrico, timerosal, ete.

    Antioxidante:      Agente que inibe a oxidação, sendo utilizados para prevenir a deterioração
    de preparações por processos oxidativos.
    Ex: ácido ascórbico, ascorbil palmitato, BHA (butilhidroxianisol), BHT (butilhidroxitolueno),
    propilgalato, ascorbato de sódio, bissulfito de sódio, metabissulfito de sódio.

    Agente tampão: Usado para fornecer para a formulação resistência contra mudanças de pH
    em casos de diluição ou adição de substância de caráter ácido ou básico.
    Ex: citrato de sódio anidro e dihidratado, metafosfato, de potássio, fosfato de potássio, acetato
    de sódio monobásico, tampão citrato, tampão borato, tampão fosfato.

    Agente quelante (sequestrante): Substância que forma complexo estável (quelato) com
    metais. Os agentes quelantes são utilizados em algumas preparações líquidas como
    estabilizantes para complexar metais pesados, os quais podem promover instabilidade em
    formulações.
    Ex: EDTA dissódico, EDTA tetrassódico, ácido edético.

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Corantes: Usados para dar cor às preparações farmacêuticas líquidas e sólidas. Deve-se
    consultar a lista de corantes permitidos bem como a adequação de corantes alimentícios ou
    não. Sabe-se que alguns corantes alimentícios permitidos tais como o amarelo de tartrazina e
    vermelho pode causar manifestações alérgicas e sintomas de intolerância gastrointestinal em
    pacientes sensíveis; isto acontece principalmente com a ingestão de cápsulas coloridas com
    algum destes corantes, neste caso usar cápsulas incolores ou brancas.

    Agente clarificante: Usado como auxiliar na filtragem devido suas propriedades adsorventes.
    Ex: bentonita.

    Agente emulsifícante: Usado para promover ou manter a dispersão finamente subdividida
    em partículas de um líquido em um veículo no qual ele é imiscível. O produto final pode ser
    uma emulsão líquida ou emulsão semi-sólida (ex: creme).
    Ex: acácia, álcool cetílico, monoestearato de glicerila, monooleato de sorbitan, etc.

    Agente de revestimento: Usado com o propósito de formar uma fina camada com propósito
    de revestir a substância ou a formulação para adequar sua administração.
    Ex: gelatina, acetoftalato de celulose.

    Flavorizantes: Usados para fornecer sabor agradável e também odor para preparações
    farmacêuticas.
    Ex:vanilina, mentol, óleo de laranja, óleo de canela, óleo de anis, óleo de menta, cacau

    Umectantes: Usados para prevenir o ressecamento de preparações, principalmente pomadas e
    cremes, através de sua propriedade de reter água.
    Ex: glicerina, propilenoglicol, sorbitol.

    Agente levigante: Um líquido usado como agente facilitador na redução de partículas de uma
    droga em pó com trituração concomitante com pistilo em um gral.
    Ex: glicerina, óleo mineral.

    Base para pomada: Excipiente semi-sólido no qual princípios ativos podem ser incorporados
    no preparo de pomadas farmacêuticas.
    Ex: lanolina, pomada hidrofílica, pomada de polietinoglicol (PEG), vaselina, unigel.

    Solvente: Agente usado para dissolver outra substância farmacêutica ou droga na preparação
    de uma solução. O solvente pode ser aquoso ou não-aquoso como óleos. Cosolventes, tal
    como água e álcool (hidroalcoólico) e água e glicerina, podem ser utilizados quando
    necessário. Os solventes precisam ser estéreis quando utilizados em preparações estéreis (ex:
    colírios).

    Agente de consistência: Usados para aumentar a consistência e dureza de preparações
    farmacêuticas como cremes e pomadas.
    Ex: álcool cetílico, parafina, álcool estearílico, cera branca e amarela, ésteres cetílicos.




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Base para supositórios: Usado como um excipiente para incorporação de substâncias
    medicamentosas na preparação de supositórios.
    Ex: manteiga de cacau, polietilenoglicol (mistura).

    Agentes tensioativos: Substâncias que reduzem a tensão superficial. Pode ser usado como
    agente molhante, detergente, emulsificante.
    Ex: cloreto de benzalcônio, polisorbato 80 (Tween 80), lauril sulfato de sódio, etc.

    Agentes suspensores: Agente doador de viscosidade utilizado para reduzir a velocidade de
    sedimentação de partículas (drogas) dispersadas em um veículo no qual elas não são solúveis.
    As suspensões podem ser formuladas para uso oral, oftálmico, tópico, parenteral ou outras
    vias de administração.
    Ex: ágar, bentonita, carbômero (Carbopol®), carboximeticelulose sódica (CMC-Na),
    hidroxietilcelulose (Natrosol®), hidroxipropil celulose, hidroxipropil metilcelulose, caolim,
    metilcelulose, goma adraganta, Veegum, etc.

    Agente edulcorante: Usado para adoçar (edulcorar) uma preparação farmacêutica.
    Ex: aspartame, acesulfame, dextrose (glicose), glicerina, manitol, sorbitol, sacarina sódica,
    ciclamato sódico, açúcar.

    Agente antiaderente (lubrificante): Agente os quais previnem a aderência do produto nas
    punções da máquina de comprimir durante a produção. Promove um deslizamento fácil da
    fórmula, otimizando o processo.
    Ex: estearato de magnésio, lauril sulfato de sódio.

    Agente aglutinante: Substâncias utilizadas para produzir adesão de partículas de pó no
    processo de granulação.
    Ex: acácia, ácido algínico, carboximetilcelulose, etilcelulose, gelatina, solução de glicose,
    metilcelulose, povidona.

    Agentes de tonicidade (isotonizantes): Usados para formar uma solução com características
    osmóticas semelhantes aos fluidos fisiológicos. Formulações de uso oftálmico, parenteral
    (injetável) e fluidos de irrigação são exemplos de preparações farmacêuticas nas quais a
    tonicidade deve ser considerada.
    Ex: cloreto de sódio (NaCl) e dextrose.

    Veículo: É um agente transportador para uma substância farmacêutica. É utilizado em uma
    variedade de formulações líquidas para uso oral, parenteral ou tópico.
    Ex: Veículos flavorizantes/edulcorantes: xarope de cereja, xarope de cacau, xarope simples,
    xarope de laranja; Veículos oleaginosos: óleo de milho, óleo mineral, óleo de amendoim, óleo
    de gergelim; Veículos estéreis: solução fisiológica estéril (NaCl 0,9%), água bidestilada para
    injeções.

    Agente de viscosidade: Usado para mudar a consistência de uma preparação, fornecendo
    maior resistência ao escoamento. Utilizados em suspensões para deter a sedimentação, em
    soluções oftálmicas para aumentar o tempo de contato da droga com o local de ação (ex:
    metilcelulose), para tornar mais consistente cremes, xampús, etc.
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Ex: ácido algínico, bentonita, carbômero (Carbopol®), CMC-NA, metilcelulose, povidona,
    alginato de sódio, goma adraganta.

    Diluentes de cápsulas e comprimidos (excipiente): Substâncias "inertes" utilizadas como
    agente de enchimento para criar um volume desejado, apresentando propriedades de fluxo e
    compressão características necessárias no processo de preparação de comprimidos e cápsulas.
    Ex: fosfato de cálcio dibásico, caolim, lactose, manitol, celulose microcristalina, celulose
    pulverizada, carbonato de cálcio, sorbitol, amido.

    Agente "coating": Usado para revestir o comprimido com o propósito de protegê-lo contra a
    decomposição pelo oxigênio atmosférico ou umidade, para liberação controlada da droga,
    para mascarar sabor ou odor desagradável da droga ou finalidades estéticas (aparência do
    comprimido). O revestimento pode ser de vários tipos, incluindo o revestimento com açúcar,
    film coating, revestimento entérico.
    Ex: Revestimento com açúcar: glicose líquida; Film coating.- hidroxietilcelulose,
    hidroxipropilcelulose, hidroxipropil metilcelulose, metílcelulose (Metocel®), etilcelulose
    (Etocel®); Revestimento entérico: acetoftalato de celulose, shellac, copolímero de ácido
    metacrílico/metacrüato de metila (Eudragit® L 1 00).

    Excipiente para compressão direta de comprimidos: Utilizados para compressão direta em
    formulações de comprimidos. Ex: Fosfato de cálcio dibásico (Ditab®).

    Desintegrante de comprimidos: Utilizado em forma sólida para promover a ruptura da
    massa sólida que contém no seu interior partículas menores as quais são rapidamente
    dispersadas ou dissolvidas.
    Ex: ácido algínico, celulose microcristalina (Avicel®), alginato sódico, amido, glicolato
    sódico de amido, carboximetilcelulose cálcica.

    Agente opacificante: Usado para tomar o revestimento de comprimidos opacos. Pode ser
    utilizado sozinho ou em combinação com um corante.
    Ex: dióxido de titânio.

    Agente de polimento: Usado para tomar atrativo (dar brilho) os comprimidos revestidos.
    Ex: cera de carnaúba, cera branca.




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SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE FARMACOTÉCNICA

        ACIDENTES E INTOXICAÇÕES NO LABORATÓRIO

        Riscos:

        - Exposição a agentes agressivos ou tóxicos
        - Lesões com produtos cáusticos e corrosivos
        - Queimaduras com produtos inflamáveis
        - Acidentes com vidrarias e materiais cortantes
        - Acidentes com equipamentos elétricos

        Sintomas de intoxicação aguda provocada por solventes:

        - tontura
       - descoordenação dos movimentos
        - dores de cabeça
        - cansaço
        - náuseas
        - anorexia
        - diarréia
        - perda de consciência
        - morte

        Sintomas de intoxicação crônica provocada por solventes:

        - perda de memória e capacidade de concentração
        - cansaço
        - tontura
        - dores de cabeça apatia
        - impotência e redução da libido
        - ansiedade
        - depressão
        - intolerância ao álcool




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ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA

        • Quando for trabalhar em algum laboratório pela primeira vez, verifique o local onde se
        encontram os equipamentos de segurança (extintores, chuveiros de emergência e lava-
        olhos);

        • Utilizar equipamento de proteção individual (EPI) adequado;
        • Somente realizar experimentos aprovados pelos professores;
        • Não trabalhar com material imperfeito;
        • Quando fechar as torneiras, verificar se não existe vazamento;
        • Nunca deixar material quente em local de fácil acesso e sem sinalização;
        • Jamais trabalhar com substâncias inflamáveis (éter, álcool, acetona, etc.) ao fogo;
        • Nunca aquecer substâncias em sistemas fechados;
        • Dedicar especial atenção a operações que necessitem aquecimento prolongado ou que
        desenvolva grande quantidade de energia;
        • Evitar o contato de qualquer substância com a pele;
        • Nunca provar ou inalar substâncias desconhecidas;
        • Nunca trabalhar com substâncias voláteis fora da capela;
        • Quando utilizar, fazê-lo sempre com o exaustor ligado;
        • Nunca adicionar água sobre ácidos ávidos;
        • Nunca banque o herói!!!



                                         PRIMEIROS SOCORROS

        Ferimentos

        * Superficiais – Limpar o ferimento com água e utilizar anti-séptico adequado, protegendo
        o ferimento com material limpo (gaze ou pano). Se necessário, encaminhar o acidentado a
        um hospital.

        * Ferimentos profundos/hemorrágicos:

            - Nunca lave com água.
            - Nunca retire objetos empalados.
            - Controlar a hemorragia utilizando pano limpo, compressão local ou torniquete.
            - Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido.
            - Proteger o local e encaminhar o acidentado para um hospital.




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Queimaduras por material quente

        * Primeiro grau (epiderme – vermelhidão e dor local) – pode-se lavar o local com        água
        visando aliviar a dor.

        * Segundo grau (epiderme e derme – dor local, vermelhidão e formação de bolhas)
        e terceiro grau (todo o tecido de revestimento, alcançando o tecido gorduroso, músculo e,
        às vezes, os ossos) – recomenda-se que não se aplique qualquer tipo de produto sobre o
        local, encaminhando-se o acidentado a um hospital para tratamento adequado. No caso de
        queimaduras de terceiro grau, algumas vezes a roupa pode aderir à lesão. Neste caso,
        recomenda-se cortá-la ao redor da área queimada.

        Queimaduras por substâncias cáusticas

        * Ácidos e álcalis: secar o local e, em seguida, lavá-lo com água abundante, tomando
        cuidado com respingos nos olhos
        * Fenóis: NÃO lavar o local com água. Secar o local e, em seguida, lavar a região com
        álcool em abundância.


        Ingestão de ácidos ou álcalis


        * Proceder a diluição com água, administrando volumes adequados e previnindo a emese.
        Encaminhar o acidentado a um hospital.
        * Não utilizar água em caso de ingestão de derivados fenólicos.


        Inalação de gases ou vapores

        * Transferir o acidentado para um local ventilado e, se necessário, encaminhá-lo a um
        hospital.



        Acidentes oftálmicos

        * Ferimento com material perfurante – não retirar o material do local. Protegê-lo, evitando
        que o acidente se agrave e encaminhar o acidentado a um hospital.
        * Substância cáustica – lavar com água corrente abundante por 15 minutos. Se dor ou
        outro tipo de desconforto persistirem, procurar um oftalmologista.




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Introdução a farmacotécnica

  • 1. INTRODUÇÃO À FARMACOTÉCNICA DEFINIÇÃO Farmacotécnica é a parte da ciência farmacêutica que trata da preparação de medicamentos, ou seja, da transformação de drogas (matérias-primas) em medicamentos; estuda o preparo, a purificação, as incompatibilidades físicas e químicas, e a escolha da forma farmacêutica (xarope, solução, suspensão, cápsula, etc) mais adequada à finalidade pretendida. INTRODUÇÃO Farmácia Galênica: estuda a transformação em medicamentos dos produtos naturais (animais, vegetais e minerais), ou de síntese, tornando-os susceptíveis de serem administrados aos seres vivos com fins profiláticos, curativos ou de diagnóstico das várias doenças. Medicamentos apresentam-se sob diversas formas = “formas farmacêuticas” Objetivo: Preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos, doseados com a maior precisão e apresentados sob uma forma que facilite a sua administração. ⇒ Evolução da Farmácia Galênica Farmácia Galênica → homenagem a Claudius Galenus (médico-farmacêutico que viveu em Roma durante o segundo século da nossa era.) Farmácia Galênica → termo introduzido no século XVI. Foi criado para significar a Farmácia dos Medicamentos Complexos. Atualmente à Farmácia Galênica compete a transformação de todas as substâncias medicamentosas em medicamentos, quer sejam de natureza complexa, quer constituídas por produtos químicos naturais ou sintéticos perfeitamente definidos. ⇒ Medicamentos Alopáticos e Homeopáticos Hipócrates, pai da medicina, enunciou dois axiomas 1.) “Natura medicatrix medicus interpres et minister” (o organismo cura a doença, o médico não é mais do que seu intérprete, auxiliando-o). Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 1
  • 2. 2.) expresso por duas leis: “contraria contrariis curantur” (curar provocando uma ação diferente no corpo) “similia similibus curantur” (curar provocando uma ação semelhante no corpo) * Das duas leis citadas nasceram 2 sistemas terapêuticos: Alopatia e Homeopatia. DEFINIÇÃO DE TERMOS Farmácia de manipulação: estabelcimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo dispensação e atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Manipulação: conjunto de operações com finalidade de elaborar formulações magistrais e oficinais, aditivar e fracionar produtos industrializados para uso humano ou veterinário. Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medimentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não. Produto magistral: é aquele preparado na Farmácia, atendendo uma prescrição, que estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia. Produto oficinal: é aquele inscrito na Farmacopéia Brasileira. Matéria-prima: substância ativa ou inativa que se emprega na fabricação dos medicamentos e demais produtos abrangidos pelo regulamento técnico de boas práticas de manipulação da ANVS (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tanto a que permanece inalterada, quanto a passível de modificações. Droga: substância ou matéria-prima de natureza animal, vegetal ou mineral empregado na preparação de medicamentos. Exemplos: mel, cera, banha, fenol, anilina, etc. Fármaco (do grego Pharmakon): toda a droga utilizada em Farmácia e dotada de ação farmacológica ou, pelo menos, de interesse médico. Medicamento: toda a preparação farmacêutica contendo um ou mais fármacos, destinada ao diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e seus sintomas ou à correção ou modificação das funções orgânicas, quer no homem, quer nos outros seres vivos. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 2
  • 3. Remédio: todo meio usado com o fim de previnir ou de curar as doenças. * Agentes físicos: - Aeroterapia ou climatoterapia - Helioterapia (tratamento pelos raios solares) - Radioterapia - Termoterapia - Hidroterapia - Ventiloterapia * Agentes Psíquicos Especialidade farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro no Ministério da Saúde e disponível no mercado. B.P.M. (Boas Práticas de Manipulação): as BPM estabelecem requisitos gerais para a aquisição de drogas, insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, o armazenamento, a manipulação, a conservação, o transporte, a dispensação de fórmulas magistrais e oficinais, a aditivação e/ou fracionamento de produtos industrializados. POP (Procedimento operacional padrão): descrição pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia com manipulação, visando a proteção, a garantia de preservação da qualidade da fórmula manipulada e segurança dos manipuladores. Termos gerais: qsp = quantidade suficiente para qs = quantidade suficiente FSA = faça segundo a arte aã = do grego, significa “partes iguais” PO = per-os / VO via oral IV = intra-venoso IM = intramuscular COMPOSIÇÃO DE UMA FÓRMULA Princípio (s) ativo (s) = responsável pela ação farmacológica. Coadjuvantes técnicos ou adjuvantes farmacotécnicos: substâncias, em geral inertes, cuja função é estabilizar a fórmula em nível químico, físico ou microbiológico. Veículo (líquido) ou excipiente (sólido ou semi-sólido): parte da fórmula na qual são misturados os princípios ativos. Coadjuvantes técnicos: Agentes acidificantes: Usados em preparações líquidas para acidificar o meio com o objetivo de fornecer estabilidade ao produto. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 3
  • 4. Ex: ácido acético, ácido cítrico, ácido fumárico, ácido clorídrico, etc. Agentes alcalinizantes: Usados em preparações líquidas para alcalinizar o meio com o objetivo de fornecer estabilidade ao produto. Ex: hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, solução de amônia, dietanolamina, monoetanolamina, borato de sódio (bórax), trietanolamina, carbonato de amônio, etc. Adsorvente: Agente capaz de adsorver outras moléculas em sua superficie por ação química ou física. Ex: carvão ativado, celulose pó. Propelente (aerosol): Agente responsável pelo desenvolvimento de pressão em um frasco aerosol, permitido a expelição do produto quando a válvula é acionada. Ex: dióxido de carbono (CO2), diclorodifluorometano, diclorotetrafluoroetano, tricloromonofluorometano. Desincorporante de ar: Agente empregado para desincorporar ar em um recipiente fechado ou formulação com o objetivo de aumentar a estabilidade do produto. Ex: Nitrogênio (N2). Conservantes anti-fúngicos: São usados em preparações líquidas e semi-sólidas (cremes, pomadas, etc) para prevenir o crescimento fúngico. A efetividade dos parabenos é normalmente aumentada quando eles são utilizados em combinação. Ex: ácido benzóico, butilparabeno, etilparabeno, metilparabeno (Nipagin®), propilparabeno (Nipazol®), propionato de sódio. Conservante antimicrobiano: São usados em preparações líquidas e semi-sólidas para a prevenção de microorganismos (bactérias). Ex: cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio, álcool benzílico, clorobutanol, fenol, nitrato fenilmercúrico, timerosal, ete. Antioxidante: Agente que inibe a oxidação, sendo utilizados para prevenir a deterioração de preparações por processos oxidativos. Ex: ácido ascórbico, ascorbil palmitato, BHA (butilhidroxianisol), BHT (butilhidroxitolueno), propilgalato, ascorbato de sódio, bissulfito de sódio, metabissulfito de sódio. Agente tampão: Usado para fornecer para a formulação resistência contra mudanças de pH em casos de diluição ou adição de substância de caráter ácido ou básico. Ex: citrato de sódio anidro e dihidratado, metafosfato, de potássio, fosfato de potássio, acetato de sódio monobásico, tampão citrato, tampão borato, tampão fosfato. Agente quelante (sequestrante): Substância que forma complexo estável (quelato) com metais. Os agentes quelantes são utilizados em algumas preparações líquidas como estabilizantes para complexar metais pesados, os quais podem promover instabilidade em formulações. Ex: EDTA dissódico, EDTA tetrassódico, ácido edético. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 4
  • 5. Corantes: Usados para dar cor às preparações farmacêuticas líquidas e sólidas. Deve-se consultar a lista de corantes permitidos bem como a adequação de corantes alimentícios ou não. Sabe-se que alguns corantes alimentícios permitidos tais como o amarelo de tartrazina e vermelho pode causar manifestações alérgicas e sintomas de intolerância gastrointestinal em pacientes sensíveis; isto acontece principalmente com a ingestão de cápsulas coloridas com algum destes corantes, neste caso usar cápsulas incolores ou brancas. Agente clarificante: Usado como auxiliar na filtragem devido suas propriedades adsorventes. Ex: bentonita. Agente emulsifícante: Usado para promover ou manter a dispersão finamente subdividida em partículas de um líquido em um veículo no qual ele é imiscível. O produto final pode ser uma emulsão líquida ou emulsão semi-sólida (ex: creme). Ex: acácia, álcool cetílico, monoestearato de glicerila, monooleato de sorbitan, etc. Agente de revestimento: Usado com o propósito de formar uma fina camada com propósito de revestir a substância ou a formulação para adequar sua administração. Ex: gelatina, acetoftalato de celulose. Flavorizantes: Usados para fornecer sabor agradável e também odor para preparações farmacêuticas. Ex:vanilina, mentol, óleo de laranja, óleo de canela, óleo de anis, óleo de menta, cacau Umectantes: Usados para prevenir o ressecamento de preparações, principalmente pomadas e cremes, através de sua propriedade de reter água. Ex: glicerina, propilenoglicol, sorbitol. Agente levigante: Um líquido usado como agente facilitador na redução de partículas de uma droga em pó com trituração concomitante com pistilo em um gral. Ex: glicerina, óleo mineral. Base para pomada: Excipiente semi-sólido no qual princípios ativos podem ser incorporados no preparo de pomadas farmacêuticas. Ex: lanolina, pomada hidrofílica, pomada de polietinoglicol (PEG), vaselina, unigel. Solvente: Agente usado para dissolver outra substância farmacêutica ou droga na preparação de uma solução. O solvente pode ser aquoso ou não-aquoso como óleos. Cosolventes, tal como água e álcool (hidroalcoólico) e água e glicerina, podem ser utilizados quando necessário. Os solventes precisam ser estéreis quando utilizados em preparações estéreis (ex: colírios). Agente de consistência: Usados para aumentar a consistência e dureza de preparações farmacêuticas como cremes e pomadas. Ex: álcool cetílico, parafina, álcool estearílico, cera branca e amarela, ésteres cetílicos. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 5
  • 6. Base para supositórios: Usado como um excipiente para incorporação de substâncias medicamentosas na preparação de supositórios. Ex: manteiga de cacau, polietilenoglicol (mistura). Agentes tensioativos: Substâncias que reduzem a tensão superficial. Pode ser usado como agente molhante, detergente, emulsificante. Ex: cloreto de benzalcônio, polisorbato 80 (Tween 80), lauril sulfato de sódio, etc. Agentes suspensores: Agente doador de viscosidade utilizado para reduzir a velocidade de sedimentação de partículas (drogas) dispersadas em um veículo no qual elas não são solúveis. As suspensões podem ser formuladas para uso oral, oftálmico, tópico, parenteral ou outras vias de administração. Ex: ágar, bentonita, carbômero (Carbopol®), carboximeticelulose sódica (CMC-Na), hidroxietilcelulose (Natrosol®), hidroxipropil celulose, hidroxipropil metilcelulose, caolim, metilcelulose, goma adraganta, Veegum, etc. Agente edulcorante: Usado para adoçar (edulcorar) uma preparação farmacêutica. Ex: aspartame, acesulfame, dextrose (glicose), glicerina, manitol, sorbitol, sacarina sódica, ciclamato sódico, açúcar. Agente antiaderente (lubrificante): Agente os quais previnem a aderência do produto nas punções da máquina de comprimir durante a produção. Promove um deslizamento fácil da fórmula, otimizando o processo. Ex: estearato de magnésio, lauril sulfato de sódio. Agente aglutinante: Substâncias utilizadas para produzir adesão de partículas de pó no processo de granulação. Ex: acácia, ácido algínico, carboximetilcelulose, etilcelulose, gelatina, solução de glicose, metilcelulose, povidona. Agentes de tonicidade (isotonizantes): Usados para formar uma solução com características osmóticas semelhantes aos fluidos fisiológicos. Formulações de uso oftálmico, parenteral (injetável) e fluidos de irrigação são exemplos de preparações farmacêuticas nas quais a tonicidade deve ser considerada. Ex: cloreto de sódio (NaCl) e dextrose. Veículo: É um agente transportador para uma substância farmacêutica. É utilizado em uma variedade de formulações líquidas para uso oral, parenteral ou tópico. Ex: Veículos flavorizantes/edulcorantes: xarope de cereja, xarope de cacau, xarope simples, xarope de laranja; Veículos oleaginosos: óleo de milho, óleo mineral, óleo de amendoim, óleo de gergelim; Veículos estéreis: solução fisiológica estéril (NaCl 0,9%), água bidestilada para injeções. Agente de viscosidade: Usado para mudar a consistência de uma preparação, fornecendo maior resistência ao escoamento. Utilizados em suspensões para deter a sedimentação, em soluções oftálmicas para aumentar o tempo de contato da droga com o local de ação (ex: metilcelulose), para tornar mais consistente cremes, xampús, etc. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 6
  • 7. Ex: ácido algínico, bentonita, carbômero (Carbopol®), CMC-NA, metilcelulose, povidona, alginato de sódio, goma adraganta. Diluentes de cápsulas e comprimidos (excipiente): Substâncias "inertes" utilizadas como agente de enchimento para criar um volume desejado, apresentando propriedades de fluxo e compressão características necessárias no processo de preparação de comprimidos e cápsulas. Ex: fosfato de cálcio dibásico, caolim, lactose, manitol, celulose microcristalina, celulose pulverizada, carbonato de cálcio, sorbitol, amido. Agente "coating": Usado para revestir o comprimido com o propósito de protegê-lo contra a decomposição pelo oxigênio atmosférico ou umidade, para liberação controlada da droga, para mascarar sabor ou odor desagradável da droga ou finalidades estéticas (aparência do comprimido). O revestimento pode ser de vários tipos, incluindo o revestimento com açúcar, film coating, revestimento entérico. Ex: Revestimento com açúcar: glicose líquida; Film coating.- hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose, hidroxipropil metilcelulose, metílcelulose (Metocel®), etilcelulose (Etocel®); Revestimento entérico: acetoftalato de celulose, shellac, copolímero de ácido metacrílico/metacrüato de metila (Eudragit® L 1 00). Excipiente para compressão direta de comprimidos: Utilizados para compressão direta em formulações de comprimidos. Ex: Fosfato de cálcio dibásico (Ditab®). Desintegrante de comprimidos: Utilizado em forma sólida para promover a ruptura da massa sólida que contém no seu interior partículas menores as quais são rapidamente dispersadas ou dissolvidas. Ex: ácido algínico, celulose microcristalina (Avicel®), alginato sódico, amido, glicolato sódico de amido, carboximetilcelulose cálcica. Agente opacificante: Usado para tomar o revestimento de comprimidos opacos. Pode ser utilizado sozinho ou em combinação com um corante. Ex: dióxido de titânio. Agente de polimento: Usado para tomar atrativo (dar brilho) os comprimidos revestidos. Ex: cera de carnaúba, cera branca. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 7
  • 8. SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE FARMACOTÉCNICA ACIDENTES E INTOXICAÇÕES NO LABORATÓRIO Riscos: - Exposição a agentes agressivos ou tóxicos - Lesões com produtos cáusticos e corrosivos - Queimaduras com produtos inflamáveis - Acidentes com vidrarias e materiais cortantes - Acidentes com equipamentos elétricos Sintomas de intoxicação aguda provocada por solventes: - tontura - descoordenação dos movimentos - dores de cabeça - cansaço - náuseas - anorexia - diarréia - perda de consciência - morte Sintomas de intoxicação crônica provocada por solventes: - perda de memória e capacidade de concentração - cansaço - tontura - dores de cabeça apatia - impotência e redução da libido - ansiedade - depressão - intolerância ao álcool Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 8
  • 9. ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA • Quando for trabalhar em algum laboratório pela primeira vez, verifique o local onde se encontram os equipamentos de segurança (extintores, chuveiros de emergência e lava- olhos); • Utilizar equipamento de proteção individual (EPI) adequado; • Somente realizar experimentos aprovados pelos professores; • Não trabalhar com material imperfeito; • Quando fechar as torneiras, verificar se não existe vazamento; • Nunca deixar material quente em local de fácil acesso e sem sinalização; • Jamais trabalhar com substâncias inflamáveis (éter, álcool, acetona, etc.) ao fogo; • Nunca aquecer substâncias em sistemas fechados; • Dedicar especial atenção a operações que necessitem aquecimento prolongado ou que desenvolva grande quantidade de energia; • Evitar o contato de qualquer substância com a pele; • Nunca provar ou inalar substâncias desconhecidas; • Nunca trabalhar com substâncias voláteis fora da capela; • Quando utilizar, fazê-lo sempre com o exaustor ligado; • Nunca adicionar água sobre ácidos ávidos; • Nunca banque o herói!!! PRIMEIROS SOCORROS Ferimentos * Superficiais – Limpar o ferimento com água e utilizar anti-séptico adequado, protegendo o ferimento com material limpo (gaze ou pano). Se necessário, encaminhar o acidentado a um hospital. * Ferimentos profundos/hemorrágicos: - Nunca lave com água. - Nunca retire objetos empalados. - Controlar a hemorragia utilizando pano limpo, compressão local ou torniquete. - Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido. - Proteger o local e encaminhar o acidentado para um hospital. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 9
  • 10. Queimaduras por material quente * Primeiro grau (epiderme – vermelhidão e dor local) – pode-se lavar o local com água visando aliviar a dor. * Segundo grau (epiderme e derme – dor local, vermelhidão e formação de bolhas) e terceiro grau (todo o tecido de revestimento, alcançando o tecido gorduroso, músculo e, às vezes, os ossos) – recomenda-se que não se aplique qualquer tipo de produto sobre o local, encaminhando-se o acidentado a um hospital para tratamento adequado. No caso de queimaduras de terceiro grau, algumas vezes a roupa pode aderir à lesão. Neste caso, recomenda-se cortá-la ao redor da área queimada. Queimaduras por substâncias cáusticas * Ácidos e álcalis: secar o local e, em seguida, lavá-lo com água abundante, tomando cuidado com respingos nos olhos * Fenóis: NÃO lavar o local com água. Secar o local e, em seguida, lavar a região com álcool em abundância. Ingestão de ácidos ou álcalis * Proceder a diluição com água, administrando volumes adequados e previnindo a emese. Encaminhar o acidentado a um hospital. * Não utilizar água em caso de ingestão de derivados fenólicos. Inalação de gases ou vapores * Transferir o acidentado para um local ventilado e, se necessário, encaminhá-lo a um hospital. Acidentes oftálmicos * Ferimento com material perfurante – não retirar o material do local. Protegê-lo, evitando que o acidente se agrave e encaminhar o acidentado a um hospital. * Substância cáustica – lavar com água corrente abundante por 15 minutos. Se dor ou outro tipo de desconforto persistirem, procurar um oftalmologista. Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita – Tópicos de Farmacotécnica – UNIP Sorocaba/2009 Página 10