Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Colagenoses e a dermatologia
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO CURSO DE MEDICINA MÓDULO: Interação com o Meio Ambiente II 2º semestre de 2011 Colagenoses e a dermatologiaDra. Karen Von Kossel
2. Colagenoses e a Dermatologia Colagenoses e a Dermatologia Introdução às Colagenoses Lúpus eritematosos (LE) Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC) Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECSA) Lúpus eritematoso cutâneo agudo (LECA) Dermatomiosite Forma adulta Forma juvenil Esclerodermia
3. Colagenoses e a Dermatologia – Aspectos Gerais Introdução às Colagenoses Colagenoses ou Doenças do tecido conjuntivo É um termo aceito embora o colágeno não seja o sítio primário da doença. Doenças cutâneas auto-imunes 1932- Klinge – degeneraçõesfibrinóides do tecido conjuntivo na Artrite ReumatóideEsclerodermia LE Reações de hipersensibilidade a proteínas estranhas, com manifestação primeira no tecido conjuntivo. “Sintomas e sinais obscuros, VHS aumentado, respondem à corticoterapia e epidemiologicamente se comportam de maneira semelhante”.
4. Colagenoses e a Dermatologia – Aspectos Gerais Introdução às Colagenoses Doenças relativamente comuns. Quebra da auto tolerância imunológia Auto anticorpos e hiper reatividade das celT Orgão específico: Graves, Diabetes Melitos tipo 1 Doença sistêmica: auto anticorpos antinucleares
5. Colagenoses e a Dermatologia – Aspectos Gerais - Introdução às Colagenoses Doença espectral ou sindrômica “síndrome das colagenases”
6. Colagenoses e a Dermatologia – Aspectos Gerais - Colagenoses Fisiopatologia
8. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Lúpus Eritematoso Doença auto-imune do tecido conjuntivo Caracteriza pela presença de lesões cutâneo-vasculares localizadas ou disseminadas. Pele, rim e articulações são seus órgãos de choque principais Inicia pela pele em + de 85% Mulheres, independente do grupo racial, + grave em negros (lesões inestéticas, precocidade da doença renal) Acomete qq faixa etária, RN, adulto, idoso; mas é mais freq 18 a 40 anos
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10. Fatores intrínsecosHerança genética: casos familiares, assoc com def de C2 Antígenos de histocompatibilidade: HLA-B8 ( HLA-Dr2 e DQ3) Envolvimento hormonal: alta incidência em , agravamento da doença na gestação, “testosterona efeito protetor” Interagem elementos externos, como: radiação ultravioleta A (UVA), stress, traumas físicos, drogas, infecções virais, ambientais, desencadeando, ou não, a doença, de acordo com a predisposição de cada um.
11. Fisiopatogenia Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - A radiação UVA é a mais envolvida. Incide nos queratinócitos ocorrendo um dano no DNA. Aumento a apoptose e aumento da permeabilidade da membrana celular e exposição de elementos nucleares e citoplasmáticos as células apresentadoras de antígenos circulantes.
12. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Lesões Cutâneas Lesões cutâneas podem ser específicas ou inespecíficas Lesões cutâneas inespecíficas: Fotossensibilidade, úlceras orais, alopécia, urticária e urticária vasculite, lesões vésico-bolhosas, alterações acrais Lesões cutâneas específicas permitem 3 quadros clínicos cutâneos, que podem evoluir com ou sem comprometimento sistêmico. Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC) Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECSA) Lúpus eritematoso cutâneo agudo (LECA)
13. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Fisiopatologia
14. Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC) Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Características das lesões: Lesões discóides: eritema, infiltração, escamas aderidas, espículas córneas que penetram no folículo pilo-sebáceo evoluem com área atrófica cicatricial e telangiectasias. Localização mais freqüentes: Áreas fotoexpostas: Pavilhão auricular Na face, região malar bilateral – asa de borboleta Couro cabeludo Semimucosas labiais e tarsais. 5- 20 % evoluem para a forma sistêmica
21. Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECSA) Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Principal característica é a fotosensibilidade Características das lesões: Placas infiltradas ausência de atrofia, envolvem sem cicatriz Papulo-escamoso ou psoriasiforme Anulares policíclica 50% evoluem para a forma sistêmica Anti RO-ssa / anti-LA-ssB – passa a barreira placentária( bloqueio átrio ventricular)
24. Lúpus eritematoso cutâneo agudo (LECA) Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Representa sempre a doença sistêmica, que pode não estar instalada mas invariavelmente evolui para a sistematização. Desencadeadas por exposição solar, mas tb ingestão de drogas como procainamida, hidralazida ou isoniazida. Eritema vivo pouco infiltrativo em áreas de fotoexposição, regiao malar bilateral – asa de borboleta.
25. Lúpus eritematoso cutâneo agudo (LECA) Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Rash malar
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31. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Critérios propostos pela AmericanCollegeofRheumathology.Pelo menos 4 positivos para o diagnóstico de sistematização da doença.
32. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Diagnóstico Historia Clinica e lesões dermatológicas. Pesquisa de FAN Exame anatomopatológico da lesão
33. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Terapêutica FOTOPROTEÇÃO. Corticóide tópico nas formas localizadas. Antimaláricos nas formas localizadas/ FAN + Corticóides orais nas formas disseminadas. Medidas alternativas: Clofazimina, Talidomida, metotrexato, retinódes, dapsona(DDS), azatioprina, ciclofosfamida AINH - indometacina, nipedipina ou pentoxifilina
34. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Lúpus induzido por droga Simula um Lúpus propriamente dito. Quadro clinico polimorfo. Alto risco: hidralazida, procainamida, psoralênicos Moderado: quinidina, clorpromazina, isoniazida, metildopa, propiltiuracil, captopril, carbamazepinamdifenilhidantoina, penicilamina. Baixo: sulfasalazina, tetraciclinasmhidroclorotiazida, clortalidona,prazosin, minoxidil. Controversos: ACO Proibitivos: toxina botulínica, preenchedoresintradérmicos.
35. Colagenoses e a Dermatologia – Lúpus Eritematoso - Diagnostico LE droga-induzido
39. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite Steiner 1903 – “Doença crônica, subaguda ou aguda, de origem desconhecida, caracterizada por início gradual com vagos e indefinidos pródomos, seguido de edema dos membros superiores e ou inferiores, dermatite e inflamação muscular”. Pele e Músculo estriado 2 mulheres: 1 homem ( + freq entre 40 e 60 anos) Antes 10 anos sem predomínio de sexo Todas as raças O acometimento cutâneo pode preceder em meses 20% dos casos.
40. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite Criança: doença vascular, com participação de fatores imunológicos. Não há associação com neoplasias. No adulto em 30% dos casos assoc com neoplasia (tumor maligno de mama, pulmão, ovário, estômago, reto, testículo ou útero.) Antigenos tumorais. Aventada a participação de antígenos virais. Drogas – Sulfonamidas, penicilina, isoniazida e penicilamina.
41. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite
42. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite Laboratorialmente a dermatomiosite é caracterizada pela presença elevada de enzimas da degradação muscular CPK, DHL, aldolase, TGO, TGP, FA. Vasculite necrotizante com proliferação da intima 25 a 30% - anti-Jo. Anti- Mi – específicos para a DM + 15 a 20% dos pacientes.
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44. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite - Pele Eritema heliotrópico – eritema róseo-violáceo de face, palpebras, bochechas, fronte e temporas com edema palpebral e periorbitário. Sinal de Gottron – placas eritemato-cianóticas na base da unha e no dorso das articulações dos dedos. Edema de mãos e menbros superiores Nas fases avançadas – caráter poiquilodermico
45. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite - Pele Mulher de 30 anos, com DM há 15 anos. Sinal de Gottron e aumento da rede vascular- tengiectasias -periungueal Eritema violáceo macular confluente periorbital bilateral - Heliotropo
46. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite - Pele Eritema violáceo na região V do decote- poiquilodermia. Heliotropo
48. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite–papulas de Gottron-
49. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite- alargamento dos capilares cutilulares
50. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite–fenomeno de Raynaud
51. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite - Músculo Há flacidez muscular e fraqueza do grupo de músculos atingidos. Músculos mais atingidos são: porção proximal dos membros, cintura escapular e pélvica, faringe e língua. Queixas: dificuldade de subir escadas, pentear, liguagem, disfagia e dispnéia.
52. Colagenoses e a Dermatologia – Dermatomiosite - Dermatomiosite - Músculo Polimiosite. – poupa pele. DermatomiositeAmiopática – poupa músculo – nao há relação com neoplasias, de bom prognóstico. Forma juvenil – vasculopatias, contraturas, atrofias e calcificação Doença pode ter evolução aguda, subaguda ou crônica. Pode ter remissão completa da doença. 20% morrem no 1º ano por infecções, ICC ou neo.
54. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia - Esclerodermia Doença crônica, caracterizada pela esclerose e fibrose progressiva do tecido conjuntivo, com obliteração da microvasculatura da pele, pulmão, TGI, rim e coração. Hoje, relaciona-se com a alterações vasculares e do metabolismo do colágeno associadas à disfunção imune, fatores genéticos e eventualmente exógenos ( inalação de sílica e cloreto de polivinil) Fisiopatologia é a produção exagerada de colágeno do tipo I e VI na pele e vasos pelo fibroblasto Coexistir com AR, LES ou dermatomiosite
55. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia - Esclerodermia - fisiopatologia
56. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – Variante clínica Esclerodermia Cutânea Esclerodermia em Gotas ou Gotada Esclerodermia em Placas ou Morfea Esclerodermia Linear ou em Golpe de Sabre Esclerodermia Segmentar Esclerodermia Disseminada Esclerodermia Profunda ou Morfea profunda MorfeaPanesclerótica da Infância
57. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – Variante clínica Esclerodermia Cutânea Esclerodermia em Placas ou Morfea Esclerodermia Linear Esclerodermia Segmentar Esclerodermia Linear ou em Golpe de Sabre
58. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – Variante clínica
59. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – Morfea Profunda
60. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – Variante clínica MorfeaPanesclerótica
61. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – variante clínica Esclerodermia Sistêmica Na forma sistêmica ocorrem transtornos vasculares importantes como fenômeno de Raynaud e envolvimento visceral que podem tornar a prognose desfavorável. São caracterizados conforme a sua extensão. Esclerodermia Sistêmica Tipo I ou Esclerodactilia. Esclerodermia Sistêmica Tipo II , acomete extremidadas proximais e/ou face. Esclerodermia Sistêmica Tipo III, forma difusa CREST ( calcinose, Raynaud,hipomotilidadeesofâgica, esclerodastilia e telangiectasias)
62. Colagenoses e a Dermatologia – Esclerodermia – variante clínica Esclerodermia Esclerodermia sistemica cutânea Localizada Incapacidade de abertura da boca, esclerodactilia. Graus variados do comprometimento vascular pela Síndrome de Raynaud
Colagenoses é um nome consagrado por razões históricas, o termo colagenosesconsegra-se em detrimento a outras denominações melhores com doenças cutâneas auto-imunes. ( e ai ficamos em a ver as vasculites)A denominação colagenoses iniciou em 1932- Klinge – degenerações fibrinoides do tecido conjuntivo na Artrite Reumatóide
Colagenoses é um nome consagrado por razões históricas, o termo colagenosesconsegra-se em detrimento a outras denominações melhores com doenças cutâneas auto-imunes. ( e ai ficamos em a ver as vasculites)A denominação colagenoses iniciou em 1932- Klinge – degenerações fibrinoides do tecido conjuntivo na Artrite Reumatóide
Caracterizada pelo comprometimento de Pele e Musculo estriadoPele 2º orgão mais afetado, logo após o acometimento muscular, seguido pulmao e TGI