2. GRUPO:
Eliza Lombardi Carneiro
Karina Cançado Valério
Katiana Souza Reis
Maria Fernanda Teixeira Herig
PROFESSORA:
Mônica Machado Guimarães de Magalhães
3. As entrevistas foram feitas com uma professora
do Maternal e outra do Pré-II em uma escola
particular situada no bairro Recreio dos
Bandeirantes.
4. Preencham o quadro a seguir de modo que ele apresente como
os conhecimentos lingüísticos devem ser trabalhados:
Visão do(s) Professor(es)
da Educação Infantil:
A linguagem oral: Segundo a professora, é a base da comunicação humana. É a via de
expressão que dá acesso a comunicação com outros seres humanos. A educação infantil é a porta de
entrada para o momento de expressão oral, que está ligada a liberdade, a oportunidade e a experiência
que se fazem necessário a nessa etapa da vida.
Grafismo e linguagem escrita: De acordo com a professora, as duas
caminham juntas e precisam ser trabalhadas, desenvolvidas e respeitadas para que o sujeito se
aproprie deste código humano de comunicação.
Expressão plástica: Segundo a professora, a educação infantil precisa ter um olhar
atento para a expressão plástica, como um braço pertencente ao todo, que traz um olhar diferenciado e
ao mesmo tempo único, necessário para o desenvolvimento humano.
Expressão sonora e corporal: De acordo com a professora, a expressão sonora
e corporal fazem parte desse todo que precisa ser visto pela educação infantil para que o sujeito esteja
inteiro e único na subjetividade.
5. Visão do(s) Professor(es) da Classe de
Alfabetização:
A linguagem oral: Segundo a professora, os alunos de hoje estão mais evoluídos na
linguagem oral, o universo é maior do que o de antigamente. Ela acha isso está “prejudicando” um
pouco a linguagem oral culta das crianças, principalmente com o uso da internet e a televisão. Hoje
elas falam mais palavras.
Grafismo e linguagem escrita: O desenho da turma da professora no início do
ano são garatujas, em seguida eles começaram com círculos, foram para a figura humana mas no
último a figura humana já era completa com olhos, dedos nas mãos, nariz,etc. Alcançaram a
maturidade da escrita em 1 ano. O grafismo é mais próximo da letra escrita, é mais bem elaborado.
Expressão plástica: De acordo com a professora deveria ser mais trabalhado na
educação infantil, ela acha que a expressão plástica não anda junto com a oral como deveria ser.
Tem evolução mas não é muito trabalhado na escola.
Expressão sonora e corporal: Segundo a professora é apenas trabalhado na
escola a expressão sonora, a corporal apenas é feita em épocas de festividades da escola, ou seja
algumas vezes por ano. A expressão sonora faz parte da grade curricular, ela acha que a
corporal não é tão bem desenvolvida pela escola pelo simples fato do teatro ,por exemplo , não
fazer parte das aulas da instituição. Apenas uma vez por semana elas tem aula de
psicomotricidade.
6. Considerações do grupo:
O que foi percebido pelo grupo é que a professora da Educação Infantil tem
consciência da importância dessa etapa para a construção da criança enquanto
aprendiz e cidadão. Tanto a linguagem oral como a escrita é apresentada com
cuidado e com a grandeza que essa etapa representa no processo de
vida/aprendizagem da criança. A expressão plástica trabalha a criação e a
flexibilização dos pensamentos e ampliação dos questionamentos, assim como as
respostas decorrentes dos estímulos sonoros e corporais também acrescentam ao
processo.
A professora da Classe de Alfabetização percebe a diferença dos alunos de hoje e os
de algum tempo atrás e associa essa alteração da linguagem oral a perda que a
internet e a televisão produzem no vocabulário das crianças. O grafismo teve um
caminho fluente em que , desde garatujas até desenhos de figura humana, tiveram
suas etapas construídas naturalmente. A professora percebe a importância da
expressão plástica e faz uma ressalva que deveria ser mais presente na Educação
Infantil, assim como os trabalhos de expressão sonora e corporais que deveriam ter
uma frequência maior. Percebemos que embora esta professora tenha noção das
necessidades de recursos a serem estimulados nesse momento, ela vê recursos como
internet e televisão como obstáculos o que faz com que ela não os utilize como
desafios ou ganhos.
7. Aproveitem a entrevista para descobrir como o tema “O Papel da Escola na
Sociedade da Informação” está sendo trabalhado nessas séries iniciais. Procurem
descobrir:
• A ESCOLA POSSUI ALGUM PROJETO QUE DISCUTA ESTE TEMA?
Segundo a professora é trabalhado em sala de aula alguns temas, mas que não fazem parte
de nenhum projeto desenvolvido pela escola. Apenas ela faz uma conversa informal com os alunos
quando, por exemplo, tem alguma enchente na cidade, e ela os conscientiza sobre não jogar lixo no
chão.
• JÁ HOUVE A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS? E AS ANALÓGICAS? (É
IMPORTANTE DISTINGUIR UMA DA OUTRA).
Uma característica importante para compreender a diferença entre os meios analógicos e os meios
digitais é o formato de armazenamento dos dados gerados pelas duas tecnologias. No meio analógico as
informações são armazenadas em um suporte físico e registradas em correspondência com o real. Um exemplo
mais popular desse processo são as câmeras fotográficas analógicas, nas quais necessitam de um filme para o
registro da informação em exposição – a cena fotografada. Nesse processo, é possível visualizar, ao direcionarmos
o negativo do filme à luz, a imagem registrada, armazenada. São exemplos de tecnologias analógicas o
mimeógrafo, a máquina de datilografia, o vídeo cassete, o vinil, a fita cassete, o cinema, o telefone fixo, o
livro, etc. Já na tecnologia digital os dados são transformados em sinais binários (bits), ou seja, a informação é
gravada em seqüências de 0 ou 1, os quais representam os pulsos elétricos armazenados e não a imagem
correspondente no real. Digitalizar um dado consiste, pois, transformá-lo em números. O digital, portanto, não
encontra nenhuma correspondência análoga com o conteúdo da informação armazenada e, por isso, necessita
sempre de um suporte eletroeletrônico para ser visualizado. As memórias dos computadores são um exemplo de
memórias digitais e, para acessá-las e visualizarmos as informações registradas precisamos de um processador –
o computador. O CD, DVD, o pen-drive, entre outras são exemplos de memórias digitais. (veja Fonte: Bibliografia)
8. Segundo a professora é utilizado na escola tela interativa, data show e
computadores como tecnologia digital. A tecnologia analógica foi apenas apresentado os
alunos o telefone fixo para que eles pudesses saber a diferenciação das tecnologias
juntamente com os discos de vinil, para informar a eles que hoje existe o cd e o dvd. E
claro o uso de livros. Isso foi feito uma aula expositiva com eles materiais para as
crianças distinguirem a tecnologia “nova” da “velha”.
• COMO É A PRÁTICA COTIDIANA DE DISCUSSÃO E COMO É A REAL
UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA?
Segundo a professora, na escola há pouca prática dessa discussão do uso de
tecnologia, apenas tiveram essa aula expositiva de diferenciação e de novos conhecimentos
sobre a tecnologia digital e a analógica. De acordo com a professora há aulas esporádicas
de informática, se contar não dá 5 aulas ao ano. Ela acha que deveria ser mais incentivado
esse tipo de aula para as crianças.
9. AS CRIANÇAS PARTICIPAM ATIVAMENTE DO PROCESSO OU SÃO
ESPECTADORAS?
De acordo com a professora quando há aulas de informática as crianças são sempre
ativas. Apenas no momento em que a professora de informática explica a atividade
elas são espectadoras. E segundo ela, hoje as crianças são mais ativas pelo simples
fato de terem acesso em casa computadores, pela vivência da tecnologia do mundo
atual.
10. ABORDAGEM SOBRE AS LINGUAGENS E SOCIEDADE
DA INFORMAÇÃO:
Como dito anteriormente, a comunicação oral é um facilitador da interação do
sujeito com o mundo social, mas não só esta como todas as linguagens devem ser
trabalhadas e exploradas no cotidiano de sala de aula, seja na educação infantil ou
na alfabetização, pois contribuem para o pleno desenvolvimento da criança, que no
início de sua vida comunica-se primeiro pelo choro, depois pelo balbuciar de
palavras juntamente com gestos, até que consegue organizar palavras e
frases, dando sentido aos seus pensamentos e desejo de comunicação.
Discordando da professora de Alfabetização, a utilização de tecnologias como
internet e televisão são facilitadores do desenvolvimento oral da criança, uma vez
que enriquece e aprimora o vocabulário infantil. Negar o acesso a tais tecnologias
na escola é tirar oportunidades de enriquecimento cultural, vocabular e certamente
cognitivo.
O objetivo tanto da educação infantil quanto da classe de alfabetização é a
ampliação e desenvolvimento da linguagem , primeiro oral e depois escrita. A
discussão da norma culta visa ensinar a fala correta, e direcionar o erro para o
acerto, através de estratégias como a leitura de diferentes gêneros literários e
músicas,. Assim, a criança se apropria da gramática de forma, prazerosa, lúdica
, internalizando regras gramaticais que deverão ser estudadas e compreendidas
numa fase escolar posterior.
11. E como nós utilizamos as linguagens que desenvolvemos
nas Classes de Alfabetização ?
Pensando no “Papel da Escola na Sociedade de Informação” e no trabalho dos
professores com o “Ensino da Língua Portuguesa” na Cidade do Rio de Janeiro, em
turmas de 1º ano, poderíamos pensar em comunicação, socialização, em fazer parte do
mundo e trocar e contribuir com esse pertencimento. Quando uma criança na Classe
de Alfabetização começa a ler, a descobrir palavras e a ter sua autonomia para
identificar registros escritos, ela está ganhando muito mais do que a leitura. Quando
uma criança reconhece uma palavra e a identifica como sendo "casa" por
exemplo, muito mais do que "casa" se faz presente para ela. Por uma associação
semântica ela lembra de variadas casas e se for estimulada adequadamente esta
palavra a remete a moradias e moradores.
A escola é o segundo grupo social que a criança experiência vindo depois da
família, seu primeiro grupo social. A escola tem um papel enorme para a criança. Ela
amplia sua socialização. As linguagens desenvolvidas na Classe de
Alfabetização, sejam elas orais, escritas ou corporais instrumentalizam a criança nessa
expansão.
A Classe de Alfabetização, como toda e qualquer etapa do processo de
aprender, habilita o discente a transformar informação em conhecimento com prazer.