O documento discute o gênero literário da crônica, definindo-o como um relato curto e informal de eventos do cotidiano. Apresenta os principais tipos de crônica, como narrativa, humorística e jornalística, e exemplos de autores renomados como Paulo Mendes Campos e Luís Fernando Veríssimo.
2. A palavra crônica deriva do Latim chronica, que significava, no início da era cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica.
3. A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar", isto é, uma narração de episódios históricos. No Brasil, a crônica se consolidou por volta de 1930 e atualmente vem adquirindo uma importância maior em nossa Literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela. Crônica
5. Características da Crônica Ligada à vida cotidiana; Narrativa informal; Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial; Sensibilidade no contato com a realidade; Síntese; Leveza; Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada;
6. Uso do humor; Brevidade; É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna. Características da Crônica
7. Crônica É um gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado em revistas ou jornais. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista.
9. TIPOS DE CRÔNICA Crônica Narrativa Tem por eixo uma história, o que a aproxima do conto. Pode ser narrada tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometida com fatos cotidianos (“banais”, comuns).
10. TIPOS DE CRÔNICA Crônica Humorística Apresenta uma visão irônica ou cômica dos fatos.
11. TIPOS DE CRÔNICA Crônica Jornalística Apresentação de aspectos particulares de notícias ou fatos. Pode ser policial, esportiva ou política.
12. Autores Crônicas 2 Fernando Sabino Paulo Mendes Campos Rubem Braga Carlos Drummond de Andrade
14. Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: Você telefona para um escritório qualquer na cidade. - Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? - Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos você liga de novo: - O Valdemar, por obséquio. - Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. - Mas não é do número tal? - É, mas aqui não trabalha nenhum Valdemar. Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: - Por favor, o Valdemar já chegou? - Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui? - Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. - Não chateia. Daí a dez minutos, liga de novo. - Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação: - Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim?