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Intoxicação por drogas de abuso
*Cocaína
*MarijuanaDocente: Dr. Ramon Lhapour
Discente: Carmen Mondlane
ISCTEM
1
Sumário
• Introdução
• Conceitos Básicos
• Fisiopatologia
• Intoxicação/Envenenamento
– Tipos de Envenenamento
– Diagnóstico
– Necrópsia dos Envenenados
• Toxicologia
– Classificação
• Drogas de Abuso
– Marijuana
– Cocaína
• Conclusão
• Referências Bibliográficas 2
Introdução
Em nossa rotina, muitas vezes usamos remédios para as mais
variadas doenças (problemas cardíacos, infecções, diabetes).
Para o senso comum, essas substâncias são chamadas drogas.
Porém, existem outros significados para a palavra droga.
Aqui, usarei a seguinte definição:
Droga é qualquer substância que ao ser usada, altera o
comportamento do indivíduo e induz a auto-admnistração -
ou seja, o indivíduo que usou vai querer usar novamente.
Então, desse modo, o número de drogas em que pensamos
segundo essa definição é bem menor, porque “remédios em
geral” não provocam a vontade no indivíduo de repetir o uso. 3
Introdução
• O uso de drogas é um fenômeno mundial que
precisa ser discutido nacional e
internacionalmente....Nada de tabu.
Vamos falar sobre drogas
4
Conceitos Básicos
Toxicomania ou Toxicofilia
– Estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva
ao indivíduo ou à sociedade, produzido pelo
repetido consumo de uma droga natural ou
sintética.
Tóxico
5
Grupo de substâncias naturais,
sintéticas ou semi-sintéticas que
podem causar tolerância,
dependência e crise de abstinência.
Conceitos Básicos
Tolerância – necessidade de doses cada vez mais elevadas.
6
Dependência – interação entre o metabolismo orgânico do
viciado e o consumo de determinada droga.
Crise de abstinência – sindrome caracterizada por:
Tremores Inquietação
Náuseas Vómitos
Irritabilidade Anorexia
Distúrbios de sono
Conceitos Básicos
• Veneno (venenum)
– Toda substância que, quando introduzida no organismo, é capaz
de mediante ação química ou bioquímica, lesar a saúde ou
destruir a vida.
• Podem constituir veneno / tóxico:
– Alimentos
– Medicamentos
– Substâncias naturais ou sintéticas
• Dependendo da(o):
– Dose
– Resistência individual
– Via de administração
– Veículo utilizado 7
Fisiopatologia
Percurso do veneno através do organismo:
1. Penetração
2. Absorção
3. Distribuição
4. Fixação
5. Transformação
6. Eliminação
8
Vias de penetração do veneno:
Oral Gástrica Retal
Inalatória Cutânea Subcutânea
Intramuscular Intraperitoneal
Intravenosa Intra-arterial e Intratecal
Conjunto de elementos causadores de
dano à saúde ou de morte violenta
produzida por ação de determinadas
substâncias de forma acidental,
criminosa ou voluntária.
9
Artigo 353º do Código Penal:
“É qualificado crime de envenenamento todo atentado
contra a vida de alguma pessoa por efeito de
substâncias, que podem dar a morte mais ou menos
prontamente, de qualquer modo que estas
substâncias sejam empregadas ou administradas, e
quaisquer que sejam as consequências”.
10
Intoxicação: de oriem acidental, não intensional.
Envenenamento: de origem intensional, criminosa.
Tipos de Envenenamento
Pode ser:
– Agudo
– Crônico
Sob ponto de vista pericial:
1. Envenenamento sem identificação do veneno
2. Identificação do veneno sem que se evidenciem
manifestações de envenenamento
11
Dependendo de:
Quantidade
Velocidade de absorção
Sensibilidade individual
ta
12
Clínico
Circunstâncial
Anatomopatologico
Toxicológico
Experimental
Médico-Legal
Análise dos sinais e sintomas apresentados pela
vítima e na marcha progressiva do
envenenamento em relação aos antídotos
ministrados.
13
• Também chamado de critério histórico ou policial.
Conclui a partir de circunstâncias ligadas ao evento.
• Baseia-se na informação de natureza anátomo ou
histopatológica, através de processos degenerativos da
ação de certos venenos, que o exame microscópico pode
patentear.
14
• Tem por princípio isolar, identificar e dosar, no material
examinado, as substancias tóxicas suspeitas por meio de
métodos qualitativos e quantitativos específicos ou de
métodos cujos indicadores apontam um grupo de
substâncias sujeitas a biotransformação.
• Usa o material suspeito em materiais de laboratório e no
acompanhamento da sintomatologia que vem à tona.
15
• É a síntese de todos outros critérios e um
raciocínio lógico, tomando como subsídios de
uma dedução dos demais dados disponíveis e
a ausência de outras lesões que possam
justificar o envenenamento.
16
Em casos de morte, o diagnóstico por envenenamento
deve ter como base a perinecroscopia, a necrópsia e os
exames complementares pertinentes.
Condutas da Necrópsia dos
Envenenados
1. Anotar todos os detalhes e características
1. Tonalidades do livor cadavérico, do sangue e das visceras
2. Fenómenos cadavéricos
3. Tipo de odor
2. Nunca colocar desinfetantes ou aromatizantes com
finalidade de minimizar o mau odor.
3. Não realizar qualquer reação química sobre o cadáver.
4. Não abrir o estômago ou os intestinos na cavidade
abdominal.
5. Retirar sangue, sempre que possível das cavidades
cardiácas.
6. Desrever as lesões degenerativas do fígado e rins,
quando houver.
17
Compreende:
1. Estudo do agente tóxico
2. Sua origem
3. Propriedades
4. Mecanismos de ação
5. Efeitos lesivos no organismo
6. Métodos de exame analítico, quantitativo e
qualitativo
7. Profilaxia ambiental, industrial e no local de trabalho
8. Formas de prevenção das intoxicações
9. Tratamento clínico
É a ciência que estuda os tóxicos ou
venenos e as intoxicações.
18
Toxicologia
Divide-se em:
19
Classificação
Estuda as diferentes formas de prevenir a ação
nociva dos agentes poluidores do meio ambiente.
1. Diagnosticar
* Existência do tóxico
* Origem
* Quantidade existente no meio ambiente
2. Tomar medidas profiláticas
* Tratamento da água potável
* Tratamento do ar respirável
20
Ambiental ou Profilática
Objetivos
Classificação
Dedica-se ao estudo das substâncias químicas utilizadas na
indústria.
dos tóxicos
Atua em 3 níveis:
1. No local de trabalho
2. Na lei do trabalho (acidentes e doenças profissionais)
3. No campo de investigação
21
Industrial
Identificação
Exame analítico
Exame qualitativo
Exame quantitativo
Mecanismo de ação
Prevenção e Tratamento
Classificação
Abrange o estudo das substâncias aditivas que
os alimentos contêm, produzindo
intoxicações.
22
Alimentar
Classificação
Estudo das manifestações e perturbações
causadas no homem pela ação dos venenos.
– Faz o diagnóstico e tratamento as intoxicações
agudas, subagudas e crônicas.
23
Clínica
Classificação
Conjunto de metodologias de estudo que
abarca todas as especialidades referenciadas.
Orientar a Justiça nas questões referentes às
intoxicações/envenenamento e suas
consequências de ordem jurídica.
24
Médico-Legal
Objetivo
Drogas de Abuso
Substâncias capazes de causar
dependência
25
 Lícitas: fumo, bebidas alcoólicas, etc.
 Ilícitas: maconha, cocaína, etc.
Tipos de Tóxicos
As principais substâncias utilizadas como tóxicos são:
27
Marijuana Morfina Heroína Cocaína
Barbitúricos Ópio Anfetaminas Crack
Cogumelo Cola Merla
A cannabis é a droga mais
consumida no mundo.
Também conhecida como
maconha, diamba, liamba,
fumo de angola, erva do diabo,
birra, haxixe e maria-joana.
É extraída das folhas da
Canabis sativa.
28
Usualmente consumida através de xaropes,
pastilhas, infusões, bolos de folhas para
mascar e em forma de cigarros ou em
cachimbos especiais – “maricas”.
Apesar de ser tratada muitas vezes como
uma droga mais leve, o uso da cannabis
pode ser bem mais arriscado do que
parece.
29
Uso Clínico:
Glaucoma
Cancro terminal
Analgésico e Calmante
O princípio ativo da cannabis é o THC, que causa:
Lassidão
Olhar perdido
Comportamento excêntrico
Memória afetada
Desorientação no tempo e no espaço
Fuga à realidade
Indiferença
Ilusões
Alucinações
Seu efeito varia de 2 a 8 horas 30
• É um alcalóide de ação central e
sabor amargo, com propriedades
anestésicas e vasoconstritoras.
 Extraído das folhas da
Erithroxylon coca, nativa da
América do Sul.
 Conhecida como coca, epadu ou
poeira divina.
31
• Do final do séc. XIX ao início do séc. XX, era muito
vendida na forma de pó, vinhos, cigarros e tabletes.
Tônico
Dor de dentes
Depressão
Pacientes terminais de câncer
Cocktail de Brompton = cocaína + heroína + álcool
• Hoje tem muitos adulterantes e está proibida tanto para
uso médico como recreativo, desde 1914 nos EUA
32
Utilidades
Padrões de uso
Folhas de coca: mascadas ou sob forma de chá
Concentração: 0,5 a 1,5 %
Cloridrato de cocaína: pó fino e branco
− Utilizado por via venosa ou aspirado
Concentração: 15 a 75 %
33
Padrões de uso
34
Crack: pedra volátil;
–Fumada em cachimbos rudimentares.
Concentração: 40 a 70%
Merla: pasta de cocaína;
–Fumada.
Concentração: 40 a 71 %
Bazuko: pasta de folhas da cocaína tratada com álcalis,
solventes orgânicos (querosene ou gasolina) e ácido
sulfúrico;
− Fumada em cigarros (basukos)
Concentração: 40 a 90%
Sintomas de Intoxicação
Excitação motora, agitação, ansiedade,
confusão mental e loquacidade.
Taquicárdia, aumento da pressão
arterial e dor precordial.
Afasia, paralisias, tremores e convulsões.
Síncope respiratória,
náuseas, vómitose oligúria. 35
Psíquicos
Circulatórios
Respiratórios
Neurológicos
Conclusão
Os toxicomaniacos devem ser encarados como
pessoas “normais” pois, estes indivíduos
geralmente chegam ao vício ocasionalmente,
por más influências ou companhias.
Por outro lado, podem se tratar de indivíduos
inseguros, débeis e fracos de espírito,
encontrando no tóxico motivação e lenitivo
de suas angústias, fracassos e decepções.
36
Referências Bibliográficas
• FRANÇA, GV; Medicina Legal; 4ª edição, editora
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro; Pg 287-297.
• ZACARIAS, António Eugénio. Temas de Medicina
Legal e Seguros. Imprensa Universitária - 2004. Pg
343-356.
• http://www.antidrogas.com.br
• http://www.cenpre.furg.br
37
Use estas informações de forma
responsável e lembre-se:
“Uma vida saudável depende das
suas escolhas”
38

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Toxicologia

  • 1. Intoxicação por drogas de abuso *Cocaína *MarijuanaDocente: Dr. Ramon Lhapour Discente: Carmen Mondlane ISCTEM 1
  • 2. Sumário • Introdução • Conceitos Básicos • Fisiopatologia • Intoxicação/Envenenamento – Tipos de Envenenamento – Diagnóstico – Necrópsia dos Envenenados • Toxicologia – Classificação • Drogas de Abuso – Marijuana – Cocaína • Conclusão • Referências Bibliográficas 2
  • 3. Introdução Em nossa rotina, muitas vezes usamos remédios para as mais variadas doenças (problemas cardíacos, infecções, diabetes). Para o senso comum, essas substâncias são chamadas drogas. Porém, existem outros significados para a palavra droga. Aqui, usarei a seguinte definição: Droga é qualquer substância que ao ser usada, altera o comportamento do indivíduo e induz a auto-admnistração - ou seja, o indivíduo que usou vai querer usar novamente. Então, desse modo, o número de drogas em que pensamos segundo essa definição é bem menor, porque “remédios em geral” não provocam a vontade no indivíduo de repetir o uso. 3
  • 4. Introdução • O uso de drogas é um fenômeno mundial que precisa ser discutido nacional e internacionalmente....Nada de tabu. Vamos falar sobre drogas 4
  • 5. Conceitos Básicos Toxicomania ou Toxicofilia – Estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva ao indivíduo ou à sociedade, produzido pelo repetido consumo de uma droga natural ou sintética. Tóxico 5 Grupo de substâncias naturais, sintéticas ou semi-sintéticas que podem causar tolerância, dependência e crise de abstinência.
  • 6. Conceitos Básicos Tolerância – necessidade de doses cada vez mais elevadas. 6 Dependência – interação entre o metabolismo orgânico do viciado e o consumo de determinada droga. Crise de abstinência – sindrome caracterizada por: Tremores Inquietação Náuseas Vómitos Irritabilidade Anorexia Distúrbios de sono
  • 7. Conceitos Básicos • Veneno (venenum) – Toda substância que, quando introduzida no organismo, é capaz de mediante ação química ou bioquímica, lesar a saúde ou destruir a vida. • Podem constituir veneno / tóxico: – Alimentos – Medicamentos – Substâncias naturais ou sintéticas • Dependendo da(o): – Dose – Resistência individual – Via de administração – Veículo utilizado 7
  • 8. Fisiopatologia Percurso do veneno através do organismo: 1. Penetração 2. Absorção 3. Distribuição 4. Fixação 5. Transformação 6. Eliminação 8 Vias de penetração do veneno: Oral Gástrica Retal Inalatória Cutânea Subcutânea Intramuscular Intraperitoneal Intravenosa Intra-arterial e Intratecal
  • 9. Conjunto de elementos causadores de dano à saúde ou de morte violenta produzida por ação de determinadas substâncias de forma acidental, criminosa ou voluntária. 9
  • 10. Artigo 353º do Código Penal: “É qualificado crime de envenenamento todo atentado contra a vida de alguma pessoa por efeito de substâncias, que podem dar a morte mais ou menos prontamente, de qualquer modo que estas substâncias sejam empregadas ou administradas, e quaisquer que sejam as consequências”. 10 Intoxicação: de oriem acidental, não intensional. Envenenamento: de origem intensional, criminosa.
  • 11. Tipos de Envenenamento Pode ser: – Agudo – Crônico Sob ponto de vista pericial: 1. Envenenamento sem identificação do veneno 2. Identificação do veneno sem que se evidenciem manifestações de envenenamento 11 Dependendo de: Quantidade Velocidade de absorção Sensibilidade individual ta
  • 13. Análise dos sinais e sintomas apresentados pela vítima e na marcha progressiva do envenenamento em relação aos antídotos ministrados. 13
  • 14. • Também chamado de critério histórico ou policial. Conclui a partir de circunstâncias ligadas ao evento. • Baseia-se na informação de natureza anátomo ou histopatológica, através de processos degenerativos da ação de certos venenos, que o exame microscópico pode patentear. 14
  • 15. • Tem por princípio isolar, identificar e dosar, no material examinado, as substancias tóxicas suspeitas por meio de métodos qualitativos e quantitativos específicos ou de métodos cujos indicadores apontam um grupo de substâncias sujeitas a biotransformação. • Usa o material suspeito em materiais de laboratório e no acompanhamento da sintomatologia que vem à tona. 15
  • 16. • É a síntese de todos outros critérios e um raciocínio lógico, tomando como subsídios de uma dedução dos demais dados disponíveis e a ausência de outras lesões que possam justificar o envenenamento. 16 Em casos de morte, o diagnóstico por envenenamento deve ter como base a perinecroscopia, a necrópsia e os exames complementares pertinentes.
  • 17. Condutas da Necrópsia dos Envenenados 1. Anotar todos os detalhes e características 1. Tonalidades do livor cadavérico, do sangue e das visceras 2. Fenómenos cadavéricos 3. Tipo de odor 2. Nunca colocar desinfetantes ou aromatizantes com finalidade de minimizar o mau odor. 3. Não realizar qualquer reação química sobre o cadáver. 4. Não abrir o estômago ou os intestinos na cavidade abdominal. 5. Retirar sangue, sempre que possível das cavidades cardiácas. 6. Desrever as lesões degenerativas do fígado e rins, quando houver. 17
  • 18. Compreende: 1. Estudo do agente tóxico 2. Sua origem 3. Propriedades 4. Mecanismos de ação 5. Efeitos lesivos no organismo 6. Métodos de exame analítico, quantitativo e qualitativo 7. Profilaxia ambiental, industrial e no local de trabalho 8. Formas de prevenção das intoxicações 9. Tratamento clínico É a ciência que estuda os tóxicos ou venenos e as intoxicações. 18
  • 20. Classificação Estuda as diferentes formas de prevenir a ação nociva dos agentes poluidores do meio ambiente. 1. Diagnosticar * Existência do tóxico * Origem * Quantidade existente no meio ambiente 2. Tomar medidas profiláticas * Tratamento da água potável * Tratamento do ar respirável 20 Ambiental ou Profilática Objetivos
  • 21. Classificação Dedica-se ao estudo das substâncias químicas utilizadas na indústria. dos tóxicos Atua em 3 níveis: 1. No local de trabalho 2. Na lei do trabalho (acidentes e doenças profissionais) 3. No campo de investigação 21 Industrial Identificação Exame analítico Exame qualitativo Exame quantitativo Mecanismo de ação Prevenção e Tratamento
  • 22. Classificação Abrange o estudo das substâncias aditivas que os alimentos contêm, produzindo intoxicações. 22 Alimentar
  • 23. Classificação Estudo das manifestações e perturbações causadas no homem pela ação dos venenos. – Faz o diagnóstico e tratamento as intoxicações agudas, subagudas e crônicas. 23 Clínica
  • 24. Classificação Conjunto de metodologias de estudo que abarca todas as especialidades referenciadas. Orientar a Justiça nas questões referentes às intoxicações/envenenamento e suas consequências de ordem jurídica. 24 Médico-Legal Objetivo
  • 25. Drogas de Abuso Substâncias capazes de causar dependência 25
  • 26.  Lícitas: fumo, bebidas alcoólicas, etc.  Ilícitas: maconha, cocaína, etc.
  • 27. Tipos de Tóxicos As principais substâncias utilizadas como tóxicos são: 27 Marijuana Morfina Heroína Cocaína Barbitúricos Ópio Anfetaminas Crack Cogumelo Cola Merla
  • 28. A cannabis é a droga mais consumida no mundo. Também conhecida como maconha, diamba, liamba, fumo de angola, erva do diabo, birra, haxixe e maria-joana. É extraída das folhas da Canabis sativa. 28
  • 29. Usualmente consumida através de xaropes, pastilhas, infusões, bolos de folhas para mascar e em forma de cigarros ou em cachimbos especiais – “maricas”. Apesar de ser tratada muitas vezes como uma droga mais leve, o uso da cannabis pode ser bem mais arriscado do que parece. 29 Uso Clínico: Glaucoma Cancro terminal Analgésico e Calmante
  • 30. O princípio ativo da cannabis é o THC, que causa: Lassidão Olhar perdido Comportamento excêntrico Memória afetada Desorientação no tempo e no espaço Fuga à realidade Indiferença Ilusões Alucinações Seu efeito varia de 2 a 8 horas 30
  • 31. • É um alcalóide de ação central e sabor amargo, com propriedades anestésicas e vasoconstritoras.  Extraído das folhas da Erithroxylon coca, nativa da América do Sul.  Conhecida como coca, epadu ou poeira divina. 31
  • 32. • Do final do séc. XIX ao início do séc. XX, era muito vendida na forma de pó, vinhos, cigarros e tabletes. Tônico Dor de dentes Depressão Pacientes terminais de câncer Cocktail de Brompton = cocaína + heroína + álcool • Hoje tem muitos adulterantes e está proibida tanto para uso médico como recreativo, desde 1914 nos EUA 32 Utilidades
  • 33. Padrões de uso Folhas de coca: mascadas ou sob forma de chá Concentração: 0,5 a 1,5 % Cloridrato de cocaína: pó fino e branco − Utilizado por via venosa ou aspirado Concentração: 15 a 75 % 33
  • 34. Padrões de uso 34 Crack: pedra volátil; –Fumada em cachimbos rudimentares. Concentração: 40 a 70% Merla: pasta de cocaína; –Fumada. Concentração: 40 a 71 % Bazuko: pasta de folhas da cocaína tratada com álcalis, solventes orgânicos (querosene ou gasolina) e ácido sulfúrico; − Fumada em cigarros (basukos) Concentração: 40 a 90%
  • 35. Sintomas de Intoxicação Excitação motora, agitação, ansiedade, confusão mental e loquacidade. Taquicárdia, aumento da pressão arterial e dor precordial. Afasia, paralisias, tremores e convulsões. Síncope respiratória, náuseas, vómitose oligúria. 35 Psíquicos Circulatórios Respiratórios Neurológicos
  • 36. Conclusão Os toxicomaniacos devem ser encarados como pessoas “normais” pois, estes indivíduos geralmente chegam ao vício ocasionalmente, por más influências ou companhias. Por outro lado, podem se tratar de indivíduos inseguros, débeis e fracos de espírito, encontrando no tóxico motivação e lenitivo de suas angústias, fracassos e decepções. 36
  • 37. Referências Bibliográficas • FRANÇA, GV; Medicina Legal; 4ª edição, editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro; Pg 287-297. • ZACARIAS, António Eugénio. Temas de Medicina Legal e Seguros. Imprensa Universitária - 2004. Pg 343-356. • http://www.antidrogas.com.br • http://www.cenpre.furg.br 37
  • 38. Use estas informações de forma responsável e lembre-se: “Uma vida saudável depende das suas escolhas” 38