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Universidade de Brasília-UnB

Departamento: departamento de Teorias e Fundamentos

Disciplina: Praticas Mediáticas da Educação

Professor: Pedro Ferreira de Andrade




           Visão analítica da
   informática no Brasil: a
   questão da formação do
                          professor




                               Aluno(a): Katielen Livia Moreira de Abreu Inatomi

                                                                      Turma: A

                                                          Matricula: 11/0126351



                    Brasília, 30 de Abril de 2012.
                                                                              1
Fichamento


            Há mais de vinte anos a informática entra na historia da educação no Brasil.
A partir de interesses de educadores de Universidades motivados com os projetos de
outros países, como EUA e França, que sempre foram referência para o país. Apesar das
diferenças, os avanços tecnológicos obtidos são parecidos com os outros.Nos EUA e
França, houve uma grande presença de computadores nas escolas, porém ao que se
refere ao avanço pedagógico é quase não existe. De acordo com os autores, não há
métodos transformadores e suficientes para que mude efetivamente o processo
educacional.

           Nos EUA o uso dos computadores é descentralizado. O desenvolvimento
tecnológico e competição estabelecida pelo mercado ‘obrigam’ as escolas para o avanço
de uso dos computadores. Esses avanços são perceptíveis, porem não são
acompanhados pelos avanços pedagógicos.

           No inicio dos anos 70, a tecnologia existente nas escolas eram o giz e o
quadro negro. Eram poucas escolas que inseriram o uso de máquinas no âmbito
educacional. Somente Universidades tinham experiência com o manuseio de
computadores. Na década de 60, nascia à instrução auxiliada por computador ou
Computer-AidedInstruction (CAI), a partir de softwares inventados para este fim.

            A presença de CAIs foi importante para a desencadear uma discussão sobre
questões pedagógicas. De um lado, os que defendiam a CAI, dizendo que era uma
ferramenta auxiliadorano processo de ensino; e outros que defendiam a utilização de
sistemas de computadores para reformar a educação. As dificuldades da inclusão da
CAI eram de ordem técnica e produção do material instrucional. E as da reforma
educacional, o problema de entender os conceitos sobre o aprendizado, preparação e
falta de conhecimento sobre a importância de tal mudança. Nesta Conferencia, os
participantes não discutiram muito a cerca da educação.

           O aparecimento dos microcomputadores, principalmente o Apple, no início
dos anos 80 permitiu o espalhamento dessas maquinas nas escolas. O que incentivou
para uma grande produção e diversificação de CAIs. De acordo com pesquisas feitas na
Universidade de Columbia em 1983 foram identificados mais de 7.000 pacotes de
software educacionais no mercado, sendo que 125 eram adicionados a cada mês.

           A presença dos microcomputadores permitiu divulgação de nova forma de
manusear os computadores na educação. A partir de então a máquina possuíao papel
importante nesse âmbito.Pois a completava, aperfeiçoava e mudavae isso possibilitou a
criação de ambientes de estudo e, sobretudo qualidade da educação. O Logo foi o
exemplo mais marcante dessa proposta.




                                                                                      2
A metodologia do Logo foi desenvolvida com base na teoria de Piaget.
Inicialmente foi incluída em computadores de médio e grande porte.Até o surgimento
dos microcomputadores, o uso do Logo ficou restrito as universidades e laboratórios de
pesquisa. Por isso crianças e professores iam nesses centros para utilizá-lo, esse era o
único meio para o uso do computador na educação com base didática diferente. O que
provocou resultados interessantes e promissores, pois mostrava sua eficácia na
construção do conhecimento através do uso do computador.

            Com a difusão dos microcomputadores, o Logo passou a ser utilizado em
muitas escolas. Era usado na produção de material de apoio, livros e publicações. Porém
a sua apropriação pelos professores não foi muito cuidadosa, o que provocou
desencantamento dos mesmos. Os escritos de Papert relataram experiências sugerindo
que o Logo fosse usado com o auxilio do aluno. Sem a preparação do professor o
resultado foi abaixo do que se propunha o projeto. O Logo ficou conhecido pelo fato de
ter prometido muito e fornecido pouco como retorno. O papel do docente é fundamental
na inserção do Logo.

            No começo da década de 90, houve o crescimento do uso dos
microcomputadores em todos os níveis da educação americana. O computador é muito
utilizado na maioria das escolas de 1° e 2° graus e universidades. Porém isso não quer
dizer que isso tenha provocado ou introduzido mudanças pedagógicas. A mudança
pedagógica foi motivada pelo avanço tecnológico e não por iniciativa do setor
educacional.

            No 1° e 2° graus, o computador é empregado para ensinar conceitos de
informática ou para "automação da instrução" através de software educacionais. A
mudança pedagógica tem existido com base na Internet, pois essa ferramenta permite
livre acesso dos alunos que buscam se informar, tendo em vista que este possui muitas
informações. Porém alguns críticos acreditam que essa facilidade pode prejudicar o
aluno, pois o deixará sem referências.

             Já nas universidades americanas, o computador está sendo usado como
recurso para o aluno realizar tarefas. Essa ferramenta, hoje, já faz parte da lista de
material, pois seu uso tornou-se rotineiro em sala de aula e em laboratórios, consultas,
comunicações e desenvolvimento de disciplinas.Com essa experiência o universitário
conclui o curso com habilidades em informática. Porém, ainda possui o papel apenas de
transmitir informação.

             A atual preocupação não é mais a produção de software cada vez mais
inteligente e capaz de automatizar a instrução, mas a produção de software que facilita o
desenvolvimento de atividades que auxilie o desenvolvimento de projetos baseados na
exploração.

           O processo de formação de professores na informática, dos EUA não
aconteceu de forma sistemática e centralizada. Eles são treinados sobre as técnicas de
uso do software educativos em sala de aula. Para diminuir o analfabetismo em

                                                                                       3
informática, as escolas introduziram a disciplina de informática, ministradas por
profissionais da área. Os maiores formadores de professores da área para educação são
as universidades.

            Hoje nos Estados Unidos, a maioria das universidades oferecem cursos de
pós-graduação em informática e muitos estão disponíveis na internet. A preparação dos
profissionais da educação ainda é feita com o objetivo de capacitá-los para atuarem em
um sistema educacional que enfatiza a transmissão de informação. Poucas são as
escolas nos Estados Unidos que realmente sabem explorar as potencialidades do
computador e sabem criar ambientes que enfatizam a aprendizagem.

            A França foi o primeiro país ocidental que se organizou para oferecer
informática na educação. Serviu de modelo para o mundo. A perda da hegemonia
cultural para os Estados Unidos e o ingresso da França no Mercado Comum Europeu
levou os políticos franceses a buscarem essa predominância através do domínio da
essência da produção, transporte e manipulação das informações encontradas na
informática.

            É um país que possui forte identidade de cultura, construiu um estado
centralizador e planejador. A escola publica e forte e a particular quase inexistente. E
outros setores como a indústria, comércio, cultura, saúde interagem com o meio
educacional. A introdução da informática na educação foi planejada, no sentido de
quem seria o publico alvo, materiais necessários, software, modos de distribuição,
instalação e manutenção. Neste planejamento os dirigentes franceses julgaram ser
fundamental a preparaçãode sua inteligência-docente. E foi assim que dedicarammuitos
anos e muitos recursos à formação de professores. Implantar a informática na educação
rendeu a França bons resultados, pois é possível notar mudanças de ordem pedagógicas.

            Nos anos 60 e inicio dos 70 os softwares usados na educação são chamados
de EAO (EnseignementAssisté par Ordiateur), é o mesmo que a CAI nos EUA. Este
tipo de software era adequado às características rígidas dos equipamentos disponíveis.
Contribuíram em alguns aspectos no ensino, tais como: atendimento individual no ritmo
do aluno, verificação imediata de respostas certas ou erradas, ensino em pequenas
doses. No inicio dos anos 80, a França começou com uma linguagem metodológica
sobreo Logo com fins educacionais.Os objetivos de espalhar a informática na educação
era a aquisição do domínio técnico do uso do software e a integração de ferramentas
computacionais ao processo pedagógico. Não tinha como objetivo a mudança
pedagógica, mas sim a preparação do aluno para ser capaz de usar a tecnologia da
informática.

            Em 20 anos, a França possuía em todas as instituições de ensino
computadores e 5% dos professores são qualificados para a informática pedagógica e
estágios de formação continuada. Porém, não considerava ainda como evoluído. Hoje o
país é baseado em duas vertentes: a interligação dos equipamentos em redes de dados e

                                                                                      4
o emprego de equipamentos portáteis. A formação de professores em informática se
iniciou a partir do Plano Informática para Todos, em 1985. Fazendo-se depois
atividades como estágios de observação e atuação.

           Uma das preocupações da Educação Nacional da França era de buscar
formas de fazer com que o jovem seja capaz de se adaptar a situações que enfrentarão
no decorrer de suas vidas, que se dá de uma formação básica polivalente, que
responderia a demandas da sociedade. Aos poucos isso foi se transformando em ações
concretas e os usos de tecnologia tornando-se mais frequentes. E outra era que a
informática fosse acessível a todas as pessoas.

            No Brasil a utilização de computadores na educação iniciou-se a partir de
experiências em universidades, no começo da década de 70. Porém o programa que deu
ingresso a essa nova pratica se deu com o primeiro e o segundo Seminário Nacional de
Informática, realizados na UnB em 1981 e na UFBA em 1982. Esses seminários deram
origem ao EDUCOM e uma sistemática de trabalho diferente dos apresentados pelo
MEC. As discussões e propostas eram feitos pela comunidade, o MEC não centralizou
as decisões a respeito.

             A descentralização é uma diferença importante do Brasil com a França. No
Brasil o povo tem voz ativa. Outra diferença é que o Brasil antes de se submeter a
projetos, ele se certifica previamente de que o programa realmente teve bons resultados,
através de pesquisas com base em experiências concretas, usando a Escola Publica
como cobaia. Uma terceira diferença do Brasil com outros países é o conceito do
computador na escola, aqui a função do computador é provocar mudanças pedagógicas
profundas e não de "automatizar o ensino".

           Embora em alguns países tenha havido algum tipo de mudança de ordem
pedagógica, isso não foi suficiente para alterar o sistema educacional.Os trabalhos
realizados no EDUCOM elevaram a informática na educação, o que nos possibilita
entender e discutir questões da área. Só é possível enxergar as mudanças analisando as
experiências realizadas.

           As mudanças pedagógicas não dependem somente da instalação de
computadores nas escolas. É necessário compreende-lo num contexto estrutural e do
tempo da escola. A sala de aula tem que ser um lugar onde professor e aluno realizam
trabalho mutuo diversificado, para que resulte em interesse e assim gerando o
conhecimento. A função do professor é mediar a informação do aluno, entregando o
conteúdo de forma clara e fácil. O aluno não é mais apenas receptor de informações,
deixa de ser passivo para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. A
educação agora não enfatiza mais a memorização e sim a construção de conhecimento

           Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não
é uma realidade. Nessas escolas a informática está sendo implantada para minimizar o


                                                                                      5
analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da
informação. A inserção da informática nas escolas não contempla as mudanças. Isso é
nitidamente observado nos programas de formação de professores para atuarem na área
da informática na educação que ainda hoje são realizados.

           A formação de professores do 1º e 2º graus para usarem a informática na
educação recebeu atenção especial nos centros de pesquisa do EDUCOM. Essa
formação tem sido feita através de cursos que priorizam a presença continuada do
professor em formação. Isso significa que se deve deixar sua prática pedagógica ou
compartilhar essa atividade com as demais.Esses cursos são seadaptaram a realidade do
professor. O conteúdo dos cursos de formação e as atividades desenvolvidas são
propostas independentemente da situação física e pedagógica daquela em que o
professor vive. E também esses cursos não contribuem para a implantação das
mudanças educacionais. O professor, após terminar o curso de formação, volta para a
sua prática pedagógica encontrando obstáculos imprevistos e ambientes hostis a
mudanças.

            A falta de inclusão e as consequênciascausadas nesse tipo de formação
ficaram claras nos cursos FORMAR. O FORMAR teve como objetivo o
desenvolvimento de cursos de especialização na área de informática na educação. Eram
constituídos de aulas teóricas, práticas, seminários e conferências. Os alunos foram
divididos em duas turmas de modo que enquanto uma turma assistia aula teórica a outra
turma realizava aula prática usando o computador de forma individual.

           O FORMAR I e o FORMAR II= pontos positivos:

                      1-    Favoreceram a preparação de profissionais da educação
           que nunca tinham tido contato com o computador. Esses profissionais, na
           maioria das vezes, são os responsáveis pela divulgação e a formação de
           novos profissionais na área de informática na educação.
                      2-    Possibilitou uma visão ampla sobre os diferentes aspectos
           envolvidos na informática na educação, tanto do ponto de vista
           computacional quanto pedagógico.
                      3-    O fato de o curso ter sido ministrado por especialistas da
           área de praticamente todos os centros do Brasil, isso favoreceu o
           conhecimento dos múltiplos e variados tipos de pesquisa e de trabalho que
           estavam sendo realizados em informática na educação no país.

                       Pontos negativos:

                       1-    O curso foi realizado em local distante do local de trabalho
           e de suas casas. Os participantes tiveram que interromper, por dois meses, as
           atividades docentes e em alguns casos deixar a família. Para que o curso



                                                                                       6
acontecesse tiveram que contar com a colaboração de algumas fábricas de
           computadores.
                       2-    Segundo, o curso foi muito denso.Tentou minimizar o
           custo de manutenção do profissional no curso e o tempo, mas deixou de
           oferecer o espaço e o tempo necessários para que os participantes
           assimilassem os diferentes conteúdos. Os participantes não tiveram chance
           de vivenciar o uso dos conhecimentos e técnicas adquiridas e receber
           orientação quanto ao resultado no ambiente de aprendizado baseado na
           informática.
                       3-    Muitos participantes voltaram ao seu trabalho de origem e
           não encontraram as condições necessárias para a implantação da informática
           na educação. Isso aconteceu tanto por falta de estrutura e material e falta de
           interesse na própria instituição.Precisou-se de um tempo para se construir
           um mínimo de estrutura necessária. Não houve prática, apenas foram
           instruídos teoricamente. A aplicação desse conhecimento deve ser de forma
           que se aprenda na utilização em diferentes situações. Os cursos não
           ensinaram os professores a usarem o computador, e isso resultou na
           acomodação e abandono de seu cargo da área.

           Apesar dessas dificuldades, os conteúdos e metodologia do Projeto
FORMAR passaram a ser usados como base para outros cursos de formação na área de
informática na educação. O material gerado pelo curso e as experiências acumuladas
têm sido usadas na implantação de praticamente todos os cursos nessa área. Hoje ainda
forma-se professores de forma descontextualizada.

            As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que
a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente.
A inclusão da informática na escola não se trata apenas de ‘fazer’ um professor com
conhecimentos na área. Os assuntos desenvolvidos durante o curso devem ser
escolhidos pelos docentes de acordo com o currículo e a abordagem pedagógica adotada
pela escola. A escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que
determinam o que vai ser trabalhado pelo professor do curso. O curso é a vivência de
uma experiência que contextualiza o conhecimento que o professor constrói. Esses
cursos devem estar desvinculados da estrutura de cursos de especialização. Essa é uma
estrutura rígida e arcaica para dar conta dos conhecimentos e habilidades necessárias
para preparar os professores para o uso do computador na educação.

            As novas possibilidades que os computadores oferecem como multimídia,
comunicação, via rede e a grande quantidade de software disponíveis hoje no mercado
fazem com que essa formação tenha que ser mais profunda para que o professor possa
entender e ser capaz de discernir entre as inúmeras possibilidades que se apresentam.
Hoje a questão é muito mais complicada do que optar pelo uso ou não do Logo.




                                                                                       7
Nos Estados Unidos a Apple foi o microcomputador espalhado nas escolas.
Era uma máquina simples, de fácil compreensão e domínio, muito flexível e
relativamente poderoso. Essa flexibilidade e fácil domínio fez com que fosse possível o
desenvolvimento de todo tipo de software e de hardware para a Apple. E isso podia ser
feito por qualquer pessoa que se interessasse pela produção do material. Já no Brasil
existia mais de 40 fabricantes de computador do tipo da Apple e muitos softwares e
hardware disponíveis, porem não foi adotado. Isso sucedeu por causa dafalta de
domínio técnico, como por exemplo: o dispositivo impossibilitava os alunos de escrever
corretamente as palavras do seu idioma no aparelho. A Apple não entrou na escola
como uma ferramenta didática.

            O computador adotado pelas escolas brasileiras foi o MSX. Esse
computador foi produzido e lançado no mercado em 1986. Ele tinha inúmeras
facilidades de hardware. Essas facilidades permitiam o desenvolvimento de bons
softwares educativo.Ele não tinha a mesma flexibilidade que a Apple,não facilitava
gravar as informações em disco ou ligar-se a impressoras e outros dispositivos.Também
não possuía um processador de texto ou programas de planilha e banco de dados. Era
mais parecido com um brinquedo do que um computador.

           Com todas as facilidades e dificuldades do MSX, ele foi adotado na
educação. A simplicidade do MSX e o fato de não dispor de muitas alternativas do
ponto de vista de software, reduziu a questão do uso do computador na educação.Tendo
o professor optado por essa ferramenta, a formação e o domínio dessa abordagem
educacional eram gradativos e sem muitos percalços.

            Em 1994 houve ‘uma quebra’, do computador MSX pelo aparecimento do
sistema Windows. O Windows possibilitou o desenvolvimento de inúmeros programas
para praticamente todas as áreas. Surgiram também outras modalidades de uso do
computador na educação como uso de multimídia, de sistemas de autorias para
construção de multimídia e de redes.

            Esse novo software ampliou as possibilidades que o professor dispõe para o
uso do computador na construção do conhecimento, eles também demandam uma
formação mais sólida e mais ampla. Sem esses conhecimentos é muito difícil o
professor saber integrar e tirar proveito do computador no desenvolvimento dos
conteúdos. Assim, as novas possibilidades tecnológicas que se apresentam hoje têm
causado certo desequilíbrio no processo de formação do professor. Sair do MSX e
passar para o sistema Windows significa um salto muito grande.

            Por causa do contato dos professores e pesquisador nos centros de
informática foi possível interação, trocandoideias, respondendo dúvidas, participando de
debates, recebendo e enviando reflexões sobre o andamento do trabalho. Esse contato
poderá contribuir tanto para a formação do professor quanto para auxiliá-lo na resolução



                                                                                      8
das dificuldades que encontra na implantação da informática nas atividades de sala de
aula

           Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de
mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação
bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor
dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento
sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no
desenvolvimento desse conteúdo.




Citações Importantes


           ‘Fácil acesso a internet têm provocado criticas, pois a exploração da rede,
em alguns casos, deixa os alunos sem referência, com sensação de estarem perdidos’.

            ‘A escola pública é fortíssima e a escola particular é quase inexistente’, em
relação a implementação de recursos de informática.

           ‘Indústria, comércio, cultura, saúde, interagem ativamente com a rede
escolar. No Brasil, só o estado é tido como responsável e mostra efetiva interesse
(quando mostra...) pela escola pública’.

           O texto fala que a mudança pedagógica foi motivada pelo avanço
tecnológico e não por iniciativa do setor educacional.

             ‘Embora a mudança pedagógica tenha sido o objetivo de todas as ações dos
projetos de informática na educação, os resultados obtidos não foram suficientes para
sensibilizar ou alterar o sistema educacional como um todo.’

          A preocupação inicial da Educação Nacional [da França] era a de buscar
formas de tornar os jovens capazes de se adaptarem às diferentes situações que
possivelmente enfrentariam no decorrer de suas vidas.

            ‘O processo de repensar a escola e preparar o professor para atuar nessa
escola transformada está acontecendo de maneira mais marcante nos sistemas públicos
de educação, principalmente os sistemas municipais. Nas escolas particulares o
investimento na formação do professor ainda não é uma realidade’.

            ‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de
informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar
de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’.



                                                                                       9
Critica referente ao texto


            A educaçao no Brasil é muito precária. Não há investimento suficiente para
oferecer educaçao de qualidade aos alunos. E com isso não há motivação de professores
para mudar esse cenário. Porem, ainda há muitos que se interessam pela pratica docente
e constantemente veem ferramentas para melhorar o processo de aprendizagem dos
alunos, tornando-o mais fácil e divertido.

            Alguns críticos acreditam que a facilidade de acesso a internet pode
prejudicar o aluno, pois o deixará sem referências.Em minha opinião, o deixará sem
referencias se for somente utilizado com fins torpes e não produtivo. É uma ferramenta
que pode alavancar o interesse do aluno, pois possui uma gama de informações
importantes. Se o manusear de forma a acrescentar nos estudos, não o prejudicará.
Utilizando-o dessa forma, o discente só tende a se favorecer com a mais nova opção de
aprender.

            A inclusão de computadores na educação é um grande passo para a
evolução. Mas ainda não é o suficiente. No entanto, mudando a didática, inserindo a
informática na metodologia demandaria um maior investimento por parte do governo e
qualificação dos professores na área. Mas isso não é muito frequente. Diferentemente da
França, que logo se organizou e prontificou-se a qualificar os docentes,não se
contentava com poucos resultados, queria conquistar o macro; o Brasil não se esforça
para superar seus próprios limites.

            O texto diz que o processo de preparar o professor para atuar na escola está
cada vez mais presente em escolas principalmente publicas. Nas escolas particulares o
investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Quando li este
trecho, pensei em uma pergunta: será que o autor realmente esta falando do Brasil?
Acredito que o método de informatização na escola aconteça mais na categoria
particular. Até porque normalmente, em muitos casos, quem é servidor publico não se
preocupa com isso, tendo em vista que ele é concursado. Agora na escola particular o
importante é o produto, há investimentos para novos equipamentos, logo o discente
permanecerá no cargo se apresentar bons frutos.

           A implantação de projetos dos EUA, por exemplo, dependem apenas das
ações governamentais, diferentemente do Brasil, que acontece de‘forma democrática’,
pois o povo tem voz. O que por um lado é bom, todos podem opinar; mas para outro é
uma situação que pode agravar o quadro social. Será que é por isso que outros países
evoluem rapidamente e o Brasil em progressos lentos?

          O objetivo central da inclusão da informática na educaçao foi de progressos
pedagógicos no âmbito educacional. Porem os resultados não foramsuficientes para
mudar o cenário. Isso se deve a quê? Será que somente a falta de investimento tem
culpa? A qualificação de professores, não é relevante? E a infraestrutura, não é

                                                                                     10
importante? E sem contar na motivação de alunos e professores. O fato de não ter
avanços no cenário se deve a muitos motivos.

           ‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de
informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar
de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’. Esse
resultado perpetua-se não somente entre professor e pesquisador, mas também entre
aluno/professor.




                                                                                   11

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Fichamento de Práticas Midiaticas da Educação

  • 1. Universidade de Brasília-UnB Departamento: departamento de Teorias e Fundamentos Disciplina: Praticas Mediáticas da Educação Professor: Pedro Ferreira de Andrade Visão analítica da informática no Brasil: a questão da formação do professor Aluno(a): Katielen Livia Moreira de Abreu Inatomi Turma: A Matricula: 11/0126351 Brasília, 30 de Abril de 2012. 1
  • 2. Fichamento Há mais de vinte anos a informática entra na historia da educação no Brasil. A partir de interesses de educadores de Universidades motivados com os projetos de outros países, como EUA e França, que sempre foram referência para o país. Apesar das diferenças, os avanços tecnológicos obtidos são parecidos com os outros.Nos EUA e França, houve uma grande presença de computadores nas escolas, porém ao que se refere ao avanço pedagógico é quase não existe. De acordo com os autores, não há métodos transformadores e suficientes para que mude efetivamente o processo educacional. Nos EUA o uso dos computadores é descentralizado. O desenvolvimento tecnológico e competição estabelecida pelo mercado ‘obrigam’ as escolas para o avanço de uso dos computadores. Esses avanços são perceptíveis, porem não são acompanhados pelos avanços pedagógicos. No inicio dos anos 70, a tecnologia existente nas escolas eram o giz e o quadro negro. Eram poucas escolas que inseriram o uso de máquinas no âmbito educacional. Somente Universidades tinham experiência com o manuseio de computadores. Na década de 60, nascia à instrução auxiliada por computador ou Computer-AidedInstruction (CAI), a partir de softwares inventados para este fim. A presença de CAIs foi importante para a desencadear uma discussão sobre questões pedagógicas. De um lado, os que defendiam a CAI, dizendo que era uma ferramenta auxiliadorano processo de ensino; e outros que defendiam a utilização de sistemas de computadores para reformar a educação. As dificuldades da inclusão da CAI eram de ordem técnica e produção do material instrucional. E as da reforma educacional, o problema de entender os conceitos sobre o aprendizado, preparação e falta de conhecimento sobre a importância de tal mudança. Nesta Conferencia, os participantes não discutiram muito a cerca da educação. O aparecimento dos microcomputadores, principalmente o Apple, no início dos anos 80 permitiu o espalhamento dessas maquinas nas escolas. O que incentivou para uma grande produção e diversificação de CAIs. De acordo com pesquisas feitas na Universidade de Columbia em 1983 foram identificados mais de 7.000 pacotes de software educacionais no mercado, sendo que 125 eram adicionados a cada mês. A presença dos microcomputadores permitiu divulgação de nova forma de manusear os computadores na educação. A partir de então a máquina possuíao papel importante nesse âmbito.Pois a completava, aperfeiçoava e mudavae isso possibilitou a criação de ambientes de estudo e, sobretudo qualidade da educação. O Logo foi o exemplo mais marcante dessa proposta. 2
  • 3. A metodologia do Logo foi desenvolvida com base na teoria de Piaget. Inicialmente foi incluída em computadores de médio e grande porte.Até o surgimento dos microcomputadores, o uso do Logo ficou restrito as universidades e laboratórios de pesquisa. Por isso crianças e professores iam nesses centros para utilizá-lo, esse era o único meio para o uso do computador na educação com base didática diferente. O que provocou resultados interessantes e promissores, pois mostrava sua eficácia na construção do conhecimento através do uso do computador. Com a difusão dos microcomputadores, o Logo passou a ser utilizado em muitas escolas. Era usado na produção de material de apoio, livros e publicações. Porém a sua apropriação pelos professores não foi muito cuidadosa, o que provocou desencantamento dos mesmos. Os escritos de Papert relataram experiências sugerindo que o Logo fosse usado com o auxilio do aluno. Sem a preparação do professor o resultado foi abaixo do que se propunha o projeto. O Logo ficou conhecido pelo fato de ter prometido muito e fornecido pouco como retorno. O papel do docente é fundamental na inserção do Logo. No começo da década de 90, houve o crescimento do uso dos microcomputadores em todos os níveis da educação americana. O computador é muito utilizado na maioria das escolas de 1° e 2° graus e universidades. Porém isso não quer dizer que isso tenha provocado ou introduzido mudanças pedagógicas. A mudança pedagógica foi motivada pelo avanço tecnológico e não por iniciativa do setor educacional. No 1° e 2° graus, o computador é empregado para ensinar conceitos de informática ou para "automação da instrução" através de software educacionais. A mudança pedagógica tem existido com base na Internet, pois essa ferramenta permite livre acesso dos alunos que buscam se informar, tendo em vista que este possui muitas informações. Porém alguns críticos acreditam que essa facilidade pode prejudicar o aluno, pois o deixará sem referências. Já nas universidades americanas, o computador está sendo usado como recurso para o aluno realizar tarefas. Essa ferramenta, hoje, já faz parte da lista de material, pois seu uso tornou-se rotineiro em sala de aula e em laboratórios, consultas, comunicações e desenvolvimento de disciplinas.Com essa experiência o universitário conclui o curso com habilidades em informática. Porém, ainda possui o papel apenas de transmitir informação. A atual preocupação não é mais a produção de software cada vez mais inteligente e capaz de automatizar a instrução, mas a produção de software que facilita o desenvolvimento de atividades que auxilie o desenvolvimento de projetos baseados na exploração. O processo de formação de professores na informática, dos EUA não aconteceu de forma sistemática e centralizada. Eles são treinados sobre as técnicas de uso do software educativos em sala de aula. Para diminuir o analfabetismo em 3
  • 4. informática, as escolas introduziram a disciplina de informática, ministradas por profissionais da área. Os maiores formadores de professores da área para educação são as universidades. Hoje nos Estados Unidos, a maioria das universidades oferecem cursos de pós-graduação em informática e muitos estão disponíveis na internet. A preparação dos profissionais da educação ainda é feita com o objetivo de capacitá-los para atuarem em um sistema educacional que enfatiza a transmissão de informação. Poucas são as escolas nos Estados Unidos que realmente sabem explorar as potencialidades do computador e sabem criar ambientes que enfatizam a aprendizagem. A França foi o primeiro país ocidental que se organizou para oferecer informática na educação. Serviu de modelo para o mundo. A perda da hegemonia cultural para os Estados Unidos e o ingresso da França no Mercado Comum Europeu levou os políticos franceses a buscarem essa predominância através do domínio da essência da produção, transporte e manipulação das informações encontradas na informática. É um país que possui forte identidade de cultura, construiu um estado centralizador e planejador. A escola publica e forte e a particular quase inexistente. E outros setores como a indústria, comércio, cultura, saúde interagem com o meio educacional. A introdução da informática na educação foi planejada, no sentido de quem seria o publico alvo, materiais necessários, software, modos de distribuição, instalação e manutenção. Neste planejamento os dirigentes franceses julgaram ser fundamental a preparaçãode sua inteligência-docente. E foi assim que dedicarammuitos anos e muitos recursos à formação de professores. Implantar a informática na educação rendeu a França bons resultados, pois é possível notar mudanças de ordem pedagógicas. Nos anos 60 e inicio dos 70 os softwares usados na educação são chamados de EAO (EnseignementAssisté par Ordiateur), é o mesmo que a CAI nos EUA. Este tipo de software era adequado às características rígidas dos equipamentos disponíveis. Contribuíram em alguns aspectos no ensino, tais como: atendimento individual no ritmo do aluno, verificação imediata de respostas certas ou erradas, ensino em pequenas doses. No inicio dos anos 80, a França começou com uma linguagem metodológica sobreo Logo com fins educacionais.Os objetivos de espalhar a informática na educação era a aquisição do domínio técnico do uso do software e a integração de ferramentas computacionais ao processo pedagógico. Não tinha como objetivo a mudança pedagógica, mas sim a preparação do aluno para ser capaz de usar a tecnologia da informática. Em 20 anos, a França possuía em todas as instituições de ensino computadores e 5% dos professores são qualificados para a informática pedagógica e estágios de formação continuada. Porém, não considerava ainda como evoluído. Hoje o país é baseado em duas vertentes: a interligação dos equipamentos em redes de dados e 4
  • 5. o emprego de equipamentos portáteis. A formação de professores em informática se iniciou a partir do Plano Informática para Todos, em 1985. Fazendo-se depois atividades como estágios de observação e atuação. Uma das preocupações da Educação Nacional da França era de buscar formas de fazer com que o jovem seja capaz de se adaptar a situações que enfrentarão no decorrer de suas vidas, que se dá de uma formação básica polivalente, que responderia a demandas da sociedade. Aos poucos isso foi se transformando em ações concretas e os usos de tecnologia tornando-se mais frequentes. E outra era que a informática fosse acessível a todas as pessoas. No Brasil a utilização de computadores na educação iniciou-se a partir de experiências em universidades, no começo da década de 70. Porém o programa que deu ingresso a essa nova pratica se deu com o primeiro e o segundo Seminário Nacional de Informática, realizados na UnB em 1981 e na UFBA em 1982. Esses seminários deram origem ao EDUCOM e uma sistemática de trabalho diferente dos apresentados pelo MEC. As discussões e propostas eram feitos pela comunidade, o MEC não centralizou as decisões a respeito. A descentralização é uma diferença importante do Brasil com a França. No Brasil o povo tem voz ativa. Outra diferença é que o Brasil antes de se submeter a projetos, ele se certifica previamente de que o programa realmente teve bons resultados, através de pesquisas com base em experiências concretas, usando a Escola Publica como cobaia. Uma terceira diferença do Brasil com outros países é o conceito do computador na escola, aqui a função do computador é provocar mudanças pedagógicas profundas e não de "automatizar o ensino". Embora em alguns países tenha havido algum tipo de mudança de ordem pedagógica, isso não foi suficiente para alterar o sistema educacional.Os trabalhos realizados no EDUCOM elevaram a informática na educação, o que nos possibilita entender e discutir questões da área. Só é possível enxergar as mudanças analisando as experiências realizadas. As mudanças pedagógicas não dependem somente da instalação de computadores nas escolas. É necessário compreende-lo num contexto estrutural e do tempo da escola. A sala de aula tem que ser um lugar onde professor e aluno realizam trabalho mutuo diversificado, para que resulte em interesse e assim gerando o conhecimento. A função do professor é mediar a informação do aluno, entregando o conteúdo de forma clara e fácil. O aluno não é mais apenas receptor de informações, deixa de ser passivo para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. A educação agora não enfatiza mais a memorização e sim a construção de conhecimento Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Nessas escolas a informática está sendo implantada para minimizar o 5
  • 6. analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da informação. A inserção da informática nas escolas não contempla as mudanças. Isso é nitidamente observado nos programas de formação de professores para atuarem na área da informática na educação que ainda hoje são realizados. A formação de professores do 1º e 2º graus para usarem a informática na educação recebeu atenção especial nos centros de pesquisa do EDUCOM. Essa formação tem sido feita através de cursos que priorizam a presença continuada do professor em formação. Isso significa que se deve deixar sua prática pedagógica ou compartilhar essa atividade com as demais.Esses cursos são seadaptaram a realidade do professor. O conteúdo dos cursos de formação e as atividades desenvolvidas são propostas independentemente da situação física e pedagógica daquela em que o professor vive. E também esses cursos não contribuem para a implantação das mudanças educacionais. O professor, após terminar o curso de formação, volta para a sua prática pedagógica encontrando obstáculos imprevistos e ambientes hostis a mudanças. A falta de inclusão e as consequênciascausadas nesse tipo de formação ficaram claras nos cursos FORMAR. O FORMAR teve como objetivo o desenvolvimento de cursos de especialização na área de informática na educação. Eram constituídos de aulas teóricas, práticas, seminários e conferências. Os alunos foram divididos em duas turmas de modo que enquanto uma turma assistia aula teórica a outra turma realizava aula prática usando o computador de forma individual. O FORMAR I e o FORMAR II= pontos positivos: 1- Favoreceram a preparação de profissionais da educação que nunca tinham tido contato com o computador. Esses profissionais, na maioria das vezes, são os responsáveis pela divulgação e a formação de novos profissionais na área de informática na educação. 2- Possibilitou uma visão ampla sobre os diferentes aspectos envolvidos na informática na educação, tanto do ponto de vista computacional quanto pedagógico. 3- O fato de o curso ter sido ministrado por especialistas da área de praticamente todos os centros do Brasil, isso favoreceu o conhecimento dos múltiplos e variados tipos de pesquisa e de trabalho que estavam sendo realizados em informática na educação no país. Pontos negativos: 1- O curso foi realizado em local distante do local de trabalho e de suas casas. Os participantes tiveram que interromper, por dois meses, as atividades docentes e em alguns casos deixar a família. Para que o curso 6
  • 7. acontecesse tiveram que contar com a colaboração de algumas fábricas de computadores. 2- Segundo, o curso foi muito denso.Tentou minimizar o custo de manutenção do profissional no curso e o tempo, mas deixou de oferecer o espaço e o tempo necessários para que os participantes assimilassem os diferentes conteúdos. Os participantes não tiveram chance de vivenciar o uso dos conhecimentos e técnicas adquiridas e receber orientação quanto ao resultado no ambiente de aprendizado baseado na informática. 3- Muitos participantes voltaram ao seu trabalho de origem e não encontraram as condições necessárias para a implantação da informática na educação. Isso aconteceu tanto por falta de estrutura e material e falta de interesse na própria instituição.Precisou-se de um tempo para se construir um mínimo de estrutura necessária. Não houve prática, apenas foram instruídos teoricamente. A aplicação desse conhecimento deve ser de forma que se aprenda na utilização em diferentes situações. Os cursos não ensinaram os professores a usarem o computador, e isso resultou na acomodação e abandono de seu cargo da área. Apesar dessas dificuldades, os conteúdos e metodologia do Projeto FORMAR passaram a ser usados como base para outros cursos de formação na área de informática na educação. O material gerado pelo curso e as experiências acumuladas têm sido usadas na implantação de praticamente todos os cursos nessa área. Hoje ainda forma-se professores de forma descontextualizada. As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente. A inclusão da informática na escola não se trata apenas de ‘fazer’ um professor com conhecimentos na área. Os assuntos desenvolvidos durante o curso devem ser escolhidos pelos docentes de acordo com o currículo e a abordagem pedagógica adotada pela escola. A escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que vai ser trabalhado pelo professor do curso. O curso é a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento que o professor constrói. Esses cursos devem estar desvinculados da estrutura de cursos de especialização. Essa é uma estrutura rígida e arcaica para dar conta dos conhecimentos e habilidades necessárias para preparar os professores para o uso do computador na educação. As novas possibilidades que os computadores oferecem como multimídia, comunicação, via rede e a grande quantidade de software disponíveis hoje no mercado fazem com que essa formação tenha que ser mais profunda para que o professor possa entender e ser capaz de discernir entre as inúmeras possibilidades que se apresentam. Hoje a questão é muito mais complicada do que optar pelo uso ou não do Logo. 7
  • 8. Nos Estados Unidos a Apple foi o microcomputador espalhado nas escolas. Era uma máquina simples, de fácil compreensão e domínio, muito flexível e relativamente poderoso. Essa flexibilidade e fácil domínio fez com que fosse possível o desenvolvimento de todo tipo de software e de hardware para a Apple. E isso podia ser feito por qualquer pessoa que se interessasse pela produção do material. Já no Brasil existia mais de 40 fabricantes de computador do tipo da Apple e muitos softwares e hardware disponíveis, porem não foi adotado. Isso sucedeu por causa dafalta de domínio técnico, como por exemplo: o dispositivo impossibilitava os alunos de escrever corretamente as palavras do seu idioma no aparelho. A Apple não entrou na escola como uma ferramenta didática. O computador adotado pelas escolas brasileiras foi o MSX. Esse computador foi produzido e lançado no mercado em 1986. Ele tinha inúmeras facilidades de hardware. Essas facilidades permitiam o desenvolvimento de bons softwares educativo.Ele não tinha a mesma flexibilidade que a Apple,não facilitava gravar as informações em disco ou ligar-se a impressoras e outros dispositivos.Também não possuía um processador de texto ou programas de planilha e banco de dados. Era mais parecido com um brinquedo do que um computador. Com todas as facilidades e dificuldades do MSX, ele foi adotado na educação. A simplicidade do MSX e o fato de não dispor de muitas alternativas do ponto de vista de software, reduziu a questão do uso do computador na educação.Tendo o professor optado por essa ferramenta, a formação e o domínio dessa abordagem educacional eram gradativos e sem muitos percalços. Em 1994 houve ‘uma quebra’, do computador MSX pelo aparecimento do sistema Windows. O Windows possibilitou o desenvolvimento de inúmeros programas para praticamente todas as áreas. Surgiram também outras modalidades de uso do computador na educação como uso de multimídia, de sistemas de autorias para construção de multimídia e de redes. Esse novo software ampliou as possibilidades que o professor dispõe para o uso do computador na construção do conhecimento, eles também demandam uma formação mais sólida e mais ampla. Sem esses conhecimentos é muito difícil o professor saber integrar e tirar proveito do computador no desenvolvimento dos conteúdos. Assim, as novas possibilidades tecnológicas que se apresentam hoje têm causado certo desequilíbrio no processo de formação do professor. Sair do MSX e passar para o sistema Windows significa um salto muito grande. Por causa do contato dos professores e pesquisador nos centros de informática foi possível interação, trocandoideias, respondendo dúvidas, participando de debates, recebendo e enviando reflexões sobre o andamento do trabalho. Esse contato poderá contribuir tanto para a formação do professor quanto para auxiliá-lo na resolução 8
  • 9. das dificuldades que encontra na implantação da informática nas atividades de sala de aula Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo. Citações Importantes ‘Fácil acesso a internet têm provocado criticas, pois a exploração da rede, em alguns casos, deixa os alunos sem referência, com sensação de estarem perdidos’. ‘A escola pública é fortíssima e a escola particular é quase inexistente’, em relação a implementação de recursos de informática. ‘Indústria, comércio, cultura, saúde, interagem ativamente com a rede escolar. No Brasil, só o estado é tido como responsável e mostra efetiva interesse (quando mostra...) pela escola pública’. O texto fala que a mudança pedagógica foi motivada pelo avanço tecnológico e não por iniciativa do setor educacional. ‘Embora a mudança pedagógica tenha sido o objetivo de todas as ações dos projetos de informática na educação, os resultados obtidos não foram suficientes para sensibilizar ou alterar o sistema educacional como um todo.’ A preocupação inicial da Educação Nacional [da França] era a de buscar formas de tornar os jovens capazes de se adaptarem às diferentes situações que possivelmente enfrentariam no decorrer de suas vidas. ‘O processo de repensar a escola e preparar o professor para atuar nessa escola transformada está acontecendo de maneira mais marcante nos sistemas públicos de educação, principalmente os sistemas municipais. Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não é uma realidade’. ‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’. 9
  • 10. Critica referente ao texto A educaçao no Brasil é muito precária. Não há investimento suficiente para oferecer educaçao de qualidade aos alunos. E com isso não há motivação de professores para mudar esse cenário. Porem, ainda há muitos que se interessam pela pratica docente e constantemente veem ferramentas para melhorar o processo de aprendizagem dos alunos, tornando-o mais fácil e divertido. Alguns críticos acreditam que a facilidade de acesso a internet pode prejudicar o aluno, pois o deixará sem referências.Em minha opinião, o deixará sem referencias se for somente utilizado com fins torpes e não produtivo. É uma ferramenta que pode alavancar o interesse do aluno, pois possui uma gama de informações importantes. Se o manusear de forma a acrescentar nos estudos, não o prejudicará. Utilizando-o dessa forma, o discente só tende a se favorecer com a mais nova opção de aprender. A inclusão de computadores na educação é um grande passo para a evolução. Mas ainda não é o suficiente. No entanto, mudando a didática, inserindo a informática na metodologia demandaria um maior investimento por parte do governo e qualificação dos professores na área. Mas isso não é muito frequente. Diferentemente da França, que logo se organizou e prontificou-se a qualificar os docentes,não se contentava com poucos resultados, queria conquistar o macro; o Brasil não se esforça para superar seus próprios limites. O texto diz que o processo de preparar o professor para atuar na escola está cada vez mais presente em escolas principalmente publicas. Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Quando li este trecho, pensei em uma pergunta: será que o autor realmente esta falando do Brasil? Acredito que o método de informatização na escola aconteça mais na categoria particular. Até porque normalmente, em muitos casos, quem é servidor publico não se preocupa com isso, tendo em vista que ele é concursado. Agora na escola particular o importante é o produto, há investimentos para novos equipamentos, logo o discente permanecerá no cargo se apresentar bons frutos. A implantação de projetos dos EUA, por exemplo, dependem apenas das ações governamentais, diferentemente do Brasil, que acontece de‘forma democrática’, pois o povo tem voz. O que por um lado é bom, todos podem opinar; mas para outro é uma situação que pode agravar o quadro social. Será que é por isso que outros países evoluem rapidamente e o Brasil em progressos lentos? O objetivo central da inclusão da informática na educaçao foi de progressos pedagógicos no âmbito educacional. Porem os resultados não foramsuficientes para mudar o cenário. Isso se deve a quê? Será que somente a falta de investimento tem culpa? A qualificação de professores, não é relevante? E a infraestrutura, não é 10
  • 11. importante? E sem contar na motivação de alunos e professores. O fato de não ter avanços no cenário se deve a muitos motivos. ‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’. Esse resultado perpetua-se não somente entre professor e pesquisador, mas também entre aluno/professor. 11