2. AUTOR E OBRA
Herman Melville nasceu em Nova York, no dia 1º de agosto de 1819 em uma família de origem inglesa e
holandesa, seu pai que era bem financeiramente declara falência em 1830. Ele morreu logo em seguida
deixando uma mulher e oito filhos. Herman começa a trabalhar com a idade de mais ou menos uns quinze
anos, em 1939 viaja para Liverpol. Em julho de 1842 Melville desertou do navio da Polinésia, vivendo entre
selvagens por vários meses, casou-se em 1847 e em 1850 mudou-se para uma fazenda de propriedade do
casal, no estado americano de Massachusetts, onde redigiria Moby Dick. Tornou-se vizinho e amigo íntimo
do escritor Nathaniel Hawthorne a quem Moby Dick é dedicado. Em novembro de 1853 é publicado o
primeiro encarte de Bartleby , o escrituário: uma história de Wall Street. Nas histórias do período que vai
de 1853 1856 nota-se uma forte preocupação autobiográfica, Em 1856 a 1885 Melville abandona a escrita
em prosa. Somente a partir das primeiras décadas do século XX que a obra de Melville seria reavaliada em
uma escala de importância, renovando o prestígio do autor.
• Romances: Contos:
• Typee, (1846) The Piazza Tales (1856)
• Omoo, (1847) Bartle, o Escrivão
• Redburn, (1849) Benito Cerno
• White-Jacket, (1850) The lightning-Rod Man
Moby Dick, a baleia branca, (1851) The Encantadas, or Enchanted Isles
• Pierre, (1852) The Bell-tower
• Isle of the cross, (1853)
• Israel Potter, (1856)
• The confidence-man, ( 1857)
• Billy Budd, (1924)
3. RESUMO
O Romance de Moby Dick foi publicado em 1851, é a obra prima de Herman Meliville, neste o mesmo foi
inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard quando este foi atingido por uma
baleia que o afundou. Melville foi pouco compreendido em sua época, pois abordou em sua obra a ambiguidade
do real, e os problemas de identidade do homem moderno, antecipando temas recorrentes da literatura do
século XX.
Conta a história de um cachalote enfurecido, de cor branca, que havendo sido ferido várias vezes por baleeiros,
conseguiu destruí-los todos, menos Ismael o protagonista do romance. A história se inicia quando Ismael já
experiente em trabalhos nos mares decide embrenhar-se em outro ramo da atividade marítima, pois se encontra
sem dinheiro e sem rumo. Após sair no navio com os outros marinheiros, chega a um lugar meio estranho
chamado New Bedford,onde se depara com canibais ,velhos marinheiros e até camponeses ,encontra um
selvagem de nome Queequeg de cor morena e cheio de tatuagens,logo depois de algumas tentativas de diálogos
se tornam amigos, os dois combinam de embarcar em Nantucket, os dois embarcam em navio chamado Pequod,
mas antes recebe um aviso, que havia um velho homem conhecido como Ahab, este é louco e muito tem a
semelhança do próprio Diabo, e seu navio com o inferno, Ahab era meio “endemoniado” . E também não hesita
anunciar que tem um único e verdadeiro ódio, a baleia Moby Dick.
Essa viagem tem previsão de três anos, eles saem com mantimentos suficientes por parte desse período, pois a
outra parte dos lucros eles obtêm da pesca das baleias para extração de gordura e espermacete, que era um
produto fino e amplamente usado na época, porém todo esse esforço de obter esses produtos e outros sub-produtos
da pesca não se resumi a isso, o capitão Ahab tem por objetivo particular e vingativo confrontar-se com
Moby Dick, pois este cachalote foi quem um dia arrancou uma perna sua quando a enfrentou. Moby Dick é tido
como monstro pelos baleeiros quando o avistam. Melville vale-se de várias reflexões particulares para
transformar o cotidiano de um navio baleeiro , bem como as pescas em si, e as finalidades do trabalho de um
marinheiro,para construir uma metáfora acerca da condição do homem moderno.
A chamada razão humana entra em ação contra o chamado instinto animal, a baleia os encontra e se choca
contra o navio, os tripulantes tentam escapar, mas todos que pularam nos botes são mortos por Moby Dick, Ahab
sabia o que iria encontrar era a morte, mas mesmo assim não desiste de procurar a baleia, nesse confronto
Ismael sobrevive. O romance de Melville traz a ideia que o homem pode ser tolo em suas razões tão naturais,
como o instinto animal, e criar seus fantasmas justamente por suas pretensões, e no fim de tudo, Ismael não tem
mais vontade de voltar para o mar , pois já vira de tudo.
4. TEMA
Batalha entre a razão humana e o instinto animal.
“Then the whole world was the whale’s; and, king of creation, he left his wake along
the present lines of the Andes and the Himmalehs. Who can show a pedigree like
Leviathan? Ahab’s harpoon had shed older blood than the Pharaoh’s.”
5. PERSONAGENS
• Ismael: Veterano no mar, marinheiro mercante.
• Moby Dick: É um cachalote macho deformado e carregava consigo diversas
marcas de confrontos anteriores em seu corpo mutilado.
• Capitão Ahab: Comandante, só tinha uma perna , a outra era feita da queixada de
um cachalote a perna feita era de marfim.
• Queequeg: Canibal moreno em com tatuagens. Habilidade com arpão.
• Starbuck: Era o primeiro oficial do Pequod, tinha o arpoador chamado Quequeg.
• Stubb: Era o segundo oficial , seu arpoador era Tashetego.
• Flask: O terceiro oficial seu arpoador era o Taggoo.
6. ESPAÇO FÍSICO
• o Mar e o Navio
“The sea had jeeringly kept his finite body up, but drowned
the infinite of his soul.”
7. AMBIENTE
O ambiente adotado em Moby Dick tem uma pitada de
humor, afeição e zombarias. Melville usa isso quando se
discute os detalhes de uma vida marítima tranformando-se
em um amargo sarcasmo:
“The urbane activity with which a man receives money is really
marvellous, considering that we so earnestly believe money to be the
root of all earthly ills, and that on no account can a monied man enter
heaven. Ah! how cheerfully we consign ourselves to perdition!”
8. NARRATIVA
O livro de Melville é narrado em primeira pessoa por Ismael. Tem 4
partes e capítulos curtos.
“I do not know where I can find a better place than just here, to make mention of
one or two other things, which to me seem important, as in printed form
establishing in all respects the reasonableness of the whole story of the White
Whale, more especially the catastrophe. For this is one of those disheartening
instances where truth requires full as much bolstering as error.”
9. CLÍMAX
O Capitão Ahab avista Moby Dick.
“There she blows!- there she blows! A hump like a snow-hill!
It is Moby-Dick!”
10. SIMBOLISMO
Existem dois símbolos predominantes entre os muitos encontrados em Moby Dick.
O caixão de Queequeg é um dos maiores. No capítulo 110, enquanto a tripulação
está limpando o porão , Queequeq fica gravemente doente , e decide fazer um
caixão, caso venha à morrer . Depois que o caixão é feito , Queequeg se recupera,
dizendo que ele decidiu não morrer. Então ele guarda seus bens no caixão , e copia
suas tatuagens ilegíveis para ele. No Epílogo , após a destruição do Pequod no cap .
135, Ismael agarra-se ao caixão, que se encontra em meio aos destroços e flutua até
que é resgatado por um navio que passava. Este símbolo irônico representa a vida e
a morte . De longe, o maior símbolo de Moby Dick é a baleia branca . Moby Dick
representa muitas coisas , como o mal , o poder e a onipotência. Contudo, no final
da cap. 79, Ismael revela o que a baleia branca representa realmente, Moby Dick
verdadeiramente simboliza o mistério, o desconhecido, e sigilo .
11. CONCLUSÃO
Esse Romance mostra até aonde o ser humano
consegue chegar, pelo simples fato de se tornar
superior a qualquer outra espécie, além de se tornar
igualmente um animal irracional, ele também age
em determinados momentos pelo seu instinto
irracional da situação, que o torna na maioria das
vezes um ser inconsequente e atrai para si, a própria
morte.
12. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
Docente: Maria Alice Sabaini de Souza
Discentes: Kelmo Lins e Quilvia Morais
Disciplina: Literatura Norte Americana
Curso: Letras Inglês 6º Período