SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
Télécharger pour lire hors ligne
.:: História da Álgebra ::.                                                                                     http://www.somatematica.com.br/algebra.php


                                                      HISTÓRIA DA ÁLGEBRA
                                                                        (uma visão geral)
                                                      Fonte: Tópicos de História da Matemática - John K. Baumgart

                                 Estranha e intrigante é a origem da palavra "álgebra". Ela não se sujeita a uma etimologia
                                nítida como, por exemplo, a palavra "aritmética", que deriva do grego arithmos ("número").
                               Álgebra é uma variante latina da palavra árabe al-jabr (às vezes transliterada al-jebr), usada
                              no título de um livro, Hisab al-jabr w'al-muqabalah, escrito em Bagdá por volta do ano 825 pelo
                                    matemático árabe Mohammed ibn-Musa al Khowarizmi (Maomé, filho de Moisés, de
                              Khowarizm). Este trabalho de álgebra é com frequência citado, abreviadamente, como Al-jabr.

                                 Uma tradução literal do título completo do livro é a "ciência da restauração (ou reunião) e
                               redução", mas matematicamente seria melhor "ciência da transposição e cancelamento"- ou,
                              conforme Boher, "a transposição de termos subtraídos para o outro membro da equação" e "o
                                 cancelamento de termos semelhantes (iguais) em membros opostos da equação". Assim,
                                                                      dada a equação:

                                                                    2                              3
                                                                   x + 5x + 4 = 4 - 2x + 5x

                                                                           al-jabr fornece
                                                                        x2 + 7x + 4 = 4 + 5x3

                                                                    e al-muqabalah fornece
                                                                             2              3
                                                                           x + 7x = 5x

                                         Talvez a melhor tradução fosse simplesmente "a ciência das equações".
                               Ainda que originalmente "álgebra" refira-se a equações, a palavra hoje tem um significado
                                    muito mais amplo, e uma definição satisfatória requer um enfoque em duas fases:
                                   (1) Álgebra antiga (elementar) é o estudo das equações e métodos de resolvê-las.
                               (2) Álgebra moderna (abstrata) é o estudo das estruturas matemáticas tais como grupos,
                                                    anéis e corpos - para mencionar apenas algumas.
                               De fato, é conveniente traçar o desenvolvimento da álgebra em termos dessas duas fases,
                                               uma vez que a divisão é tanto cronológica como conceitual.

                                                              Equações algébricas e notação


                                       A fase antiga (elementar), que abrange o período de 1700 a.C. a 1700 d.C.,
                                aproximadamente, caracterizou-se pela invenção gradual do simbolismo e pela resolução de
                                equações (em geral coeficientes numéricos) por vários métodos, apresentando progressos
                                 pouco importantes até a resolução "geral" das equações cúbicas e quárticas e o inspirado
                              tratamento das equações polinomiais em geral feito por François Viète, também conhecido por
                                                                    Vieta (1540-1603).

                                 O desenvolvimento da notação algébrica evoluiu ao longo de três estágios: o retórico (ou
                              verbal), o sincopado (no qual eram usadas abreviações de palavras) e o simbólico. No último
                               estágio, a notação passou por várias modificações e mudanças, até tornar-se razoavelmente
                                  estável ao tempo de Isaac Newton. É interessante notar que, mesmo hoje, não há total
                                 uniformidade no uso de símbolos. Por exemplo, os americanos escrevem "3.1416" como
                                aproximação de Pi, e muitos europeus escrevem "3,1416". Em alguns países europeus, o
                              símbolo "÷" significa "menos". Como a álgebra provavelmente se originou na Babilônia, parece
                                apropriado ilustrar o estilo retórico com um exemplo daquela região. O problema seguinte
                                   mostra o relativo grau de sofisticação da álgebra babilônica. É um exemplo típico de
                               problemas encontrados em escrita cuneiforme, em tábuas de argila que remontam ao tempo
                                 do rei Hammurabi. A explanação, naturalmente, é feita em português; e usa-se a notação
                              decimal indo-arábica em vez da notação sexagesimal cuneiforme. A coluna à direita fornece as
                                             passagens correspondentes em notação moderna. Eis o exemplo:

                              [1] Comprimento, largura. Multipliquei comprimento por largura, obtendo assim a área: 252.
                                         Somei comprimento e largura: 32. Pede-se: comprimento e largura.

                                                                                    x+y=k
                              [2] [Dado] 32 soma; 252 área.
                                                                                    xy=P        } ... (A)
                              [3] [Resposta] 18 comprimento; 14 largura.
                              [4] Segue-se este método: Tome metade de
                                                                                    k/2
                              32 [que é 16].
                                                                                            2
                              16 x 16 = 256                                         (k/2)
                                                                                            2          2
                              256 - 252 = 4                                         (k/2) - P = t           } ... (B)


                              A raiz quadrada de 4 é 2.


                              16 + 2 = 18 comprimento.                              (k/2) + t = x.


1 of 4                                                                                                                                    23/9/2011 16:02
.:: História da Álgebra ::.                                                                        http://www.somatematica.com.br/algebra.php


                              16 + 2 = 18 comprimento.                      (k/2) + t = x.
                              16 - 2 = 14 largura                           (k/2) - t = y.
                              [5] [Prova] Multipliquei 18 comprimento por
                                                                            ((k/2)+t) ((k/2)-t)
                              14 largura.                                       2       2
                                                                            = (k /4) - t = P = xy.
                              18 x 14 = 252 área

                              Nota-se que na etapa [1] o problema é formulado, na [2] os dados são apresentados, na [3] a
                              resposta é dada, na [4] o método de solução é explicado com números e, finalmente, na [5] a
                                                                     resposta é testada.
                                A "receita" acima é usada repetidamente em problemas semelhantes. Ela tem significado
                                                       histórico e interesse atual por várias razões.

                                  Antes de tudo não é a maneira como resolveríamos hoje o sistema (A). O procedimento
                              padrão nos atuais textos escolares de álgebra é resolver, digamos, a primeira equação para y
                                 (em termos de x), substituir na segunda equação e, então, resolver a equação quadrática
                                resultante em x; isto é, usaríamos o método de substituição. Os babilônios também sabiam
                                    resolver sistemas por substituição, mas frequentemente preferiam usar seu método
                               paramétrico. Ou seja, usando-se notação moderna, eles concebiam x e y em termos de uma
                                                nova incógnita (ou parâmetro) t fazendo x=(k/2)+t e y=(k/2)-t.

                                                                     Então o produto
                                                                                          2   2
                                                      xy = ((k/2) + t) ((k/2) - t) = (k/2) - t = P
                                                                levava-os à relação (B):
                                                                           2         2
                                                                      (k/2) - P = t

                                  Em segundo lugar, o problema acima tem significado histórico porque a álgebra grega
                               (geométrica) dos pitagóricos e de Euclides seguia o mesmo método de solução - traduzida,
                                entretanto, em termos de segmentos de retas e áreas e ilustrada por figuras geométricas.
                              Alguns séculos depois, outro grego, Diofanto, também usou a abordagem paramétrica em seu
                                 trabalho com equações "diofantinas". Ele deu início ao simbolismo moderno introduzindo
                                  abreviações de palavras e evitando o estilo um tanto intrincado da álgebra geométrica.
                                Em terceiro lugar, os matemáticos árabes (inclusive al-Khowarizmi) não usavam o método
                                 empregado no problema acima; preferiam eliminar uma das incógnitas por substituição e
                                                    expressar tudo em termos de palavras e números.
                                  Antes de deixar a álgebra babilônica, notemos que eles eram capazes de resolver uma
                              variedade surpreendente de equações, inclusive certos tipos especiais de cúbicas e quárticas
                                                    - todas com coeficientes numéricos, naturalmente.

                                                                   Álgebra no Egito


                               A álgebra surgiu no Egito quase ao mesmo tempo que na Babilônia; mas faltavam à álgebra
                               egípcia os métodos sofisticados da álgebra babilônica, bem como a variedade de equações
                              resolvidas, a julgar pelo Papiro Moscou e o Papiro Rhind - documentos egípcios que datam de
                              cerca de 1850 a.C. e 1650 a.C., respectivamente, mas refletem métodos matemáticos de um
                                  período anterior. Para equações lineares, os egípcios usavam um método de resolução
                               consistindo em uma estimativa inicial seguida de uma correção final - um método ao qual os
                                 europeus posteriormente deram o nome umtanto abstruso de "regra da falsa posição". A
                                                     álgebra do Egito, como a da Babilônia, era retórica.
                                   O sistema de numeração egípcio, relativamente primitivo em comparação com o dos
                                  babilônios, ajuda a explicar a falta de sofisticação da álgebra egípcia. Os matemáticos
                                  europeus do século XVI tiveram de estender a noção indo-arábica de número antes de
                              poderem avançar significativamente além dos resultados babilônios de resolução de equações.

                                                               Álgebra geométrica grega


                               A álgebra grega conforme foi formulada pelos pitagóricos e por Euclides era geométrica. Por
                                                          exemplo, o que nós escrevemos como:
                                                                       2   2           2
                                                                 (a+b) = a + 2ab + b
                                    era concebido pelos gregos em termos do diagrama apresentado na Figura 1 e era
                                        curiosamente enunciado por Euclides em Elementos, livro II, proposição 4:
                              Se uma linha reta é dividida em duas partes quaisquer, o quadrado sobre a linha toda é igual
                                  aos quadrados sobre as duas partes, junto com duas vezes o retângulo que as partes
                                                                              2    2          2
                                                         contém. [Isto é, (a+b) = a + 2ab + b .]
                                                                                                      2
                                Somos tentados a dizer que, para os gregos da época de Euclides, a era realmente um
                                                                         quadrado.
                              Não há dúvida de que os pitagóricos conheciam bem a álgebra babilônica e, de fato, seguiam
                              os métodos-padrão babilônios de resolução de equações. Euclides deixou registrados esses
                               resultados pitagóricos. Para ilustrá-lo, escolhemos o teorema correspondente ao problema
                                                               babilônio considerado acima.




2 of 4                                                                                                                       23/9/2011 16:02
.:: História da Álgebra ::.                                                                      http://www.somatematica.com.br/algebra.php




                                     Do livro VI dos Elementos, temos a proposição 28 (uma versão simplificada):
                                Dada uma linha reta AB [isto é, x+y=k], construir ao longo dessa linha um retângulo com
                              uma dada área [xy = P], admitindo que o retângulo "fique aquém" em AB por uma quantidade
                                 "preenchida" por outro retângulo [o quadrado BF na Figura 2], semelhante a um dado
                                               retângulo [que aqui nós admitimos ser qualquer quadrado].




                                Na solução desta construção solicitada (Fig.2) o trabalho de Euclides é quase exatamente
                                paralelo à solução babilônica do problema equivalente. Conforme indicado por T.L.Heath /
                                                     EUCLID: II, 263/, os passos são os seguintes:

                              Bissecte AB em M:                              k/2
                                                                                     2
                              Construa o quadrado MBCD:                      (k/2)
                              Usando VI, 25, construa o quadrado DEFG
                              com área igual ao excesso de MBCD sobre a t2 = (k/2) 2 - P
                              área dada P:
                              Então é claro que                              y = (k/2) - t

                                Como fazia frequentemente, Euclides deixou o outro caso para o estudante - neste caso,
                                           x=(k/2)+t, o que Euclides certamente percebeu mas não formulou.
                              É de fato notável que a maior parte dos problemas-padrão babilônicos tenham sido "refeitos"
                              desse modo por Euclides. Mas por quê? O que levou os gregos a darem à sua álgebra esta
                                 formulação desajeitada? A resposta é básica: eles tinham dificuldades conceituais com
                                                             frações e números irracionais.

                                Mesmo que os matemáticos gregos fossem capazes de contornar as frações, tratando-as
                                 como razões de inteiros, eles tinham dificuldades insuperáveis com números como a raiz
                                  quadrada de 2, por exemplo. Lembramos o "escândalo lógico" dos pitagóricos quando
                               descobriram que a diagonal de um quadrado unitário é incomensurável com o lado (ou seja,
                                                        diag/lado é diferente da razão de dois inteiros).
                              Assim, foi seu estrito rigor matemático que os forçou a usar um conjunto de segmentos de reta
                               como domínio conveniente de elementos. Pois, ainda que raiz quadrada de 2 não possa ser
                               expresso em termos de inteiros ou suas razões, pode ser representado como um segmento
                                 de reta que é precisamente a diagonal do quadrado unitário. Talvez não seja apenas um
                                                  gracejo dizer que o contínuo linear era literalmente linear.

                               De passagem devemos mencionar Apolônio (c. 225 a.C.), que aplicou métodos geométricos
                                ao estudo das secções cônicas. De fato, seu grande tratado Secções cônicas contém mais
                                 geometria analítica das cônicas - toda fraseada em terminologia geométrica - do que os
                                                               cursos universitários de hoje.
                                 A matemática grega deu uma parada brusca. A ocupação romana tinha começado, e não
                                 encorajava a erudição matemática, ainda que estimulasse alguns outros ramos da cultura
                               grega. Devido ao estilo pesado da álgebra geométrica, esta não poderia sobreviver somente
                               na tradição escrita; necessitava de um meio de comunicação vivo, oral. Era possível seguir o
                                  fluxo de idéias desde que um instrutor apontasse para diagramas e explicasse; mas as
                                                       escolas de instrução direta não sobreviveram.

                                                                   Álgebra na Europa

                                A álgebra que entrou na Europa (via Liber abaci de Fibonacci e traduções) havia regredido
                                    tanto em estilo como em conteúdo. O semi-simbolismo (sincopação) de Diofanto e
                              Brahmagupta e suas realizações relativamente avançadas não estavam destinados a contribuir
                                                         para uma eventual irrupção da álgebra.
                                A renascença e o rápido florescimento da álgebra na Europa foram devidos aos seguintes
                                                                         fatores:



3 of 4                                                                                                                        23/9/2011 16:02
.:: História da Álgebra ::.                                                                  http://www.somatematica.com.br/algebra.php

                                                                     fatores:

                                      facilidade de manipular trabalhos numéricos através do sistema de numeração
                                indo-arábico, muito superior aos sistemas (tais como o romano) que requeriam o uso do
                                                                           ábaco;
                                  invenção da imprensa com tipos móveis, que acelerou a padronização do simbolismo
                                         mediante a melhoria das comunicações, baseada em ampla distribuição;
                                    ressurgimento da economia, sustentando a atividade intelectual; e a retomada do
                                       comércio e viagens, facilitando o intercâmbio de idéias tanto quanto de bens.

                              Cidades comercialmente fortes surgiram primeiro na Itália, e foi lá que o renascimento
                                                algébrico na Europa efetivamente teve início.




4 of 4                                                                                                                  23/9/2011 16:02

Contenu connexe

En vedette

GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.
GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.
GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.Edimar Santos
 
Matemática - potenciação
Matemática - potenciaçãoMatemática - potenciação
Matemática - potenciaçãoEsquinaDasListas
 
Atividades impressas algebra_i
Atividades impressas algebra_iAtividades impressas algebra_i
Atividades impressas algebra_iFran Correa
 
Plano de aula - Razão e Proporção
Plano de aula - Razão e ProporçãoPlano de aula - Razão e Proporção
Plano de aula - Razão e ProporçãoJaneteMPires
 
O Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental
O Ensino da Álgebra no Ensino FundamentalO Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental
O Ensino da Álgebra no Ensino Fundamentaldebora12
 
Valores y vectores propios teoria
Valores y vectores propios teoriaValores y vectores propios teoria
Valores y vectores propios teoriaalgebra
 

En vedette (7)

GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.
GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.
GINCANA MATEMÁTICA RADICIAÇÃO, POTENCIAÇÃO E NOTAÇÃO CIENTÍFICA.
 
Matemática - potenciação
Matemática - potenciaçãoMatemática - potenciação
Matemática - potenciação
 
Atividades impressas algebra_i
Atividades impressas algebra_iAtividades impressas algebra_i
Atividades impressas algebra_i
 
Plano de aula - Razão e Proporção
Plano de aula - Razão e ProporçãoPlano de aula - Razão e Proporção
Plano de aula - Razão e Proporção
 
O Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental
O Ensino da Álgebra no Ensino FundamentalO Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental
O Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental
 
Valores y vectores propios teoria
Valores y vectores propios teoriaValores y vectores propios teoria
Valores y vectores propios teoria
 
Razões E Proporções
Razões E ProporçõesRazões E Proporções
Razões E Proporções
 

Similaire à História da álgebra desde os babilônios até a notação moderna

Apostila 2 matematica basica
Apostila 2 matematica basicaApostila 2 matematica basica
Apostila 2 matematica basicatrigono_metrico
 
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçao
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçaoTeste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçao
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçaoAna Tapadinhas
 
Uma historia das equações polinomiais
Uma historia das equações polinomiaisUma historia das equações polinomiais
Uma historia das equações polinomiaisMário César Cunha
 
indonesia surakarta
indonesia surakartaindonesia surakarta
indonesia surakartaMapcz
 
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8trigono_metrico
 
051 apostila de_geometria_analitica_filipe
051 apostila de_geometria_analitica_filipe051 apostila de_geometria_analitica_filipe
051 apostila de_geometria_analitica_filipeKaua Richard
 
051 apostila de_geometria_analitica
051 apostila de_geometria_analitica051 apostila de_geometria_analitica
051 apostila de_geometria_analiticaViviane Carlos
 
Apostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeApostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeEveraldo Geb
 
Linha do Tempo Matemática
Linha do Tempo MatemáticaLinha do Tempo Matemática
Linha do Tempo MatemáticaPatricia
 
A história das equações do segundo grau
A história das equações do segundo grauA história das equações do segundo grau
A história das equações do segundo grauAdriano Capilupe
 
Secções cônicas
Secções cônicasSecções cônicas
Secções cônicasPedro Goyano
 
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Marcos Azevedo
 

Similaire à História da álgebra desde os babilônios até a notação moderna (16)

Apostila 2 matematica basica
Apostila 2 matematica basicaApostila 2 matematica basica
Apostila 2 matematica basica
 
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçao
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçaoTeste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçao
Teste de Revisoes de Matematica - 1º-correcçao
 
Uma historia das equações polinomiais
Uma historia das equações polinomiaisUma historia das equações polinomiais
Uma historia das equações polinomiais
 
indonesia surakarta
indonesia surakartaindonesia surakarta
indonesia surakarta
 
Mat73a
Mat73aMat73a
Mat73a
 
Apostila 3 funções
Apostila 3 funçõesApostila 3 funções
Apostila 3 funções
 
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
 
051 apostila de_geometria_analitica_filipe
051 apostila de_geometria_analitica_filipe051 apostila de_geometria_analitica_filipe
051 apostila de_geometria_analitica_filipe
 
051 apostila de_geometria_analitica
051 apostila de_geometria_analitica051 apostila de_geometria_analitica
051 apostila de_geometria_analitica
 
Apostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeApostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipe
 
Linha do Tempo Matemática
Linha do Tempo MatemáticaLinha do Tempo Matemática
Linha do Tempo Matemática
 
A história das equações do segundo grau
A história das equações do segundo grauA história das equações do segundo grau
A história das equações do segundo grau
 
Mat62a
Mat62aMat62a
Mat62a
 
áLgebra de clifford
áLgebra de cliffordáLgebra de clifford
áLgebra de clifford
 
Secções cônicas
Secções cônicasSecções cônicas
Secções cônicas
 
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
Geometria analítica anotações de aula 1° semestre 2010
 

Plus de Kleyton Renato

Caldeiraria - Traçado Quadrado para Redondo
Caldeiraria - Traçado Quadrado para RedondoCaldeiraria - Traçado Quadrado para Redondo
Caldeiraria - Traçado Quadrado para RedondoKleyton Renato
 
Apostila técnica de porta palletes
Apostila técnica de porta palletesApostila técnica de porta palletes
Apostila técnica de porta palletesKleyton Renato
 
125528714 parte-1-fresamento
125528714 parte-1-fresamento125528714 parte-1-fresamento
125528714 parte-1-fresamentoKleyton Renato
 
Cap11 equilíbrios em água
Cap11   equilíbrios em águaCap11   equilíbrios em água
Cap11 equilíbrios em águaKleyton Renato
 
Cap09 equilíbrios químicos
Cap09   equilíbrios químicosCap09   equilíbrios químicos
Cap09 equilíbrios químicosKleyton Renato
 
Cap08 equilíbrios físicos
Cap08   equilíbrios físicosCap08   equilíbrios físicos
Cap08 equilíbrios físicosKleyton Renato
 
Cap07 termodinâmica a segunda e a terceira leis
Cap07   termodinâmica a segunda e a terceira leisCap07   termodinâmica a segunda e a terceira leis
Cap07 termodinâmica a segunda e a terceira leisKleyton Renato
 
Cap06 termodinâmica a primeira lei
Cap06   termodinâmica a primeira leiCap06   termodinâmica a primeira lei
Cap06 termodinâmica a primeira leiKleyton Renato
 
Cap05 líquidos e sólidos
Cap05   líquidos e sólidosCap05   líquidos e sólidos
Cap05 líquidos e sólidosKleyton Renato
 
Cap04 propriedade dos gases
Cap04   propriedade dos gasesCap04   propriedade dos gases
Cap04 propriedade dos gasesKleyton Renato
 
Cap03 forma e estrutura das moléculas
Cap03   forma e estrutura das moléculasCap03   forma e estrutura das moléculas
Cap03 forma e estrutura das moléculasKleyton Renato
 
Cap02 ligações químicas
Cap02   ligações químicasCap02   ligações químicas
Cap02 ligações químicasKleyton Renato
 
Cap01 átomos o mundo quântico
Cap01   átomos o mundo quânticoCap01   átomos o mundo quântico
Cap01 átomos o mundo quânticoKleyton Renato
 
Princípios de Química - Fundamentos
Princípios de Química - FundamentosPrincípios de Química - Fundamentos
Princípios de Química - FundamentosKleyton Renato
 
Cap 18 trigonometria no triângulo retângulo
Cap 18   trigonometria no triângulo retânguloCap 18   trigonometria no triângulo retângulo
Cap 18 trigonometria no triângulo retânguloKleyton Renato
 

Plus de Kleyton Renato (20)

Caldeiraria - Traçado Quadrado para Redondo
Caldeiraria - Traçado Quadrado para RedondoCaldeiraria - Traçado Quadrado para Redondo
Caldeiraria - Traçado Quadrado para Redondo
 
De lóbulos (roots)
De lóbulos (roots)De lóbulos (roots)
De lóbulos (roots)
 
Montagem final
Montagem finalMontagem final
Montagem final
 
Apostila técnica de porta palletes
Apostila técnica de porta palletesApostila técnica de porta palletes
Apostila técnica de porta palletes
 
Visão explodida
Visão explodidaVisão explodida
Visão explodida
 
Kleyton 2 mill
Kleyton 2   millKleyton 2   mill
Kleyton 2 mill
 
125528714 parte-1-fresamento
125528714 parte-1-fresamento125528714 parte-1-fresamento
125528714 parte-1-fresamento
 
Cap11 equilíbrios em água
Cap11   equilíbrios em águaCap11   equilíbrios em água
Cap11 equilíbrios em água
 
Cap10 ácidos e bases
Cap10   ácidos e basesCap10   ácidos e bases
Cap10 ácidos e bases
 
Cap09 equilíbrios químicos
Cap09   equilíbrios químicosCap09   equilíbrios químicos
Cap09 equilíbrios químicos
 
Cap08 equilíbrios físicos
Cap08   equilíbrios físicosCap08   equilíbrios físicos
Cap08 equilíbrios físicos
 
Cap07 termodinâmica a segunda e a terceira leis
Cap07   termodinâmica a segunda e a terceira leisCap07   termodinâmica a segunda e a terceira leis
Cap07 termodinâmica a segunda e a terceira leis
 
Cap06 termodinâmica a primeira lei
Cap06   termodinâmica a primeira leiCap06   termodinâmica a primeira lei
Cap06 termodinâmica a primeira lei
 
Cap05 líquidos e sólidos
Cap05   líquidos e sólidosCap05   líquidos e sólidos
Cap05 líquidos e sólidos
 
Cap04 propriedade dos gases
Cap04   propriedade dos gasesCap04   propriedade dos gases
Cap04 propriedade dos gases
 
Cap03 forma e estrutura das moléculas
Cap03   forma e estrutura das moléculasCap03   forma e estrutura das moléculas
Cap03 forma e estrutura das moléculas
 
Cap02 ligações químicas
Cap02   ligações químicasCap02   ligações químicas
Cap02 ligações químicas
 
Cap01 átomos o mundo quântico
Cap01   átomos o mundo quânticoCap01   átomos o mundo quântico
Cap01 átomos o mundo quântico
 
Princípios de Química - Fundamentos
Princípios de Química - FundamentosPrincípios de Química - Fundamentos
Princípios de Química - Fundamentos
 
Cap 18 trigonometria no triângulo retângulo
Cap 18   trigonometria no triângulo retânguloCap 18   trigonometria no triângulo retângulo
Cap 18 trigonometria no triângulo retângulo
 

Dernier

cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 

Dernier (20)

cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 

História da álgebra desde os babilônios até a notação moderna

  • 1. .:: História da Álgebra ::. http://www.somatematica.com.br/algebra.php HISTÓRIA DA ÁLGEBRA (uma visão geral) Fonte: Tópicos de História da Matemática - John K. Baumgart Estranha e intrigante é a origem da palavra "álgebra". Ela não se sujeita a uma etimologia nítida como, por exemplo, a palavra "aritmética", que deriva do grego arithmos ("número"). Álgebra é uma variante latina da palavra árabe al-jabr (às vezes transliterada al-jebr), usada no título de um livro, Hisab al-jabr w'al-muqabalah, escrito em Bagdá por volta do ano 825 pelo matemático árabe Mohammed ibn-Musa al Khowarizmi (Maomé, filho de Moisés, de Khowarizm). Este trabalho de álgebra é com frequência citado, abreviadamente, como Al-jabr. Uma tradução literal do título completo do livro é a "ciência da restauração (ou reunião) e redução", mas matematicamente seria melhor "ciência da transposição e cancelamento"- ou, conforme Boher, "a transposição de termos subtraídos para o outro membro da equação" e "o cancelamento de termos semelhantes (iguais) em membros opostos da equação". Assim, dada a equação: 2 3 x + 5x + 4 = 4 - 2x + 5x al-jabr fornece x2 + 7x + 4 = 4 + 5x3 e al-muqabalah fornece 2 3 x + 7x = 5x Talvez a melhor tradução fosse simplesmente "a ciência das equações". Ainda que originalmente "álgebra" refira-se a equações, a palavra hoje tem um significado muito mais amplo, e uma definição satisfatória requer um enfoque em duas fases: (1) Álgebra antiga (elementar) é o estudo das equações e métodos de resolvê-las. (2) Álgebra moderna (abstrata) é o estudo das estruturas matemáticas tais como grupos, anéis e corpos - para mencionar apenas algumas. De fato, é conveniente traçar o desenvolvimento da álgebra em termos dessas duas fases, uma vez que a divisão é tanto cronológica como conceitual. Equações algébricas e notação A fase antiga (elementar), que abrange o período de 1700 a.C. a 1700 d.C., aproximadamente, caracterizou-se pela invenção gradual do simbolismo e pela resolução de equações (em geral coeficientes numéricos) por vários métodos, apresentando progressos pouco importantes até a resolução "geral" das equações cúbicas e quárticas e o inspirado tratamento das equações polinomiais em geral feito por François Viète, também conhecido por Vieta (1540-1603). O desenvolvimento da notação algébrica evoluiu ao longo de três estágios: o retórico (ou verbal), o sincopado (no qual eram usadas abreviações de palavras) e o simbólico. No último estágio, a notação passou por várias modificações e mudanças, até tornar-se razoavelmente estável ao tempo de Isaac Newton. É interessante notar que, mesmo hoje, não há total uniformidade no uso de símbolos. Por exemplo, os americanos escrevem "3.1416" como aproximação de Pi, e muitos europeus escrevem "3,1416". Em alguns países europeus, o símbolo "÷" significa "menos". Como a álgebra provavelmente se originou na Babilônia, parece apropriado ilustrar o estilo retórico com um exemplo daquela região. O problema seguinte mostra o relativo grau de sofisticação da álgebra babilônica. É um exemplo típico de problemas encontrados em escrita cuneiforme, em tábuas de argila que remontam ao tempo do rei Hammurabi. A explanação, naturalmente, é feita em português; e usa-se a notação decimal indo-arábica em vez da notação sexagesimal cuneiforme. A coluna à direita fornece as passagens correspondentes em notação moderna. Eis o exemplo: [1] Comprimento, largura. Multipliquei comprimento por largura, obtendo assim a área: 252. Somei comprimento e largura: 32. Pede-se: comprimento e largura. x+y=k [2] [Dado] 32 soma; 252 área. xy=P } ... (A) [3] [Resposta] 18 comprimento; 14 largura. [4] Segue-se este método: Tome metade de k/2 32 [que é 16]. 2 16 x 16 = 256 (k/2) 2 2 256 - 252 = 4 (k/2) - P = t } ... (B) A raiz quadrada de 4 é 2. 16 + 2 = 18 comprimento. (k/2) + t = x. 1 of 4 23/9/2011 16:02
  • 2. .:: História da Álgebra ::. http://www.somatematica.com.br/algebra.php 16 + 2 = 18 comprimento. (k/2) + t = x. 16 - 2 = 14 largura (k/2) - t = y. [5] [Prova] Multipliquei 18 comprimento por ((k/2)+t) ((k/2)-t) 14 largura. 2 2 = (k /4) - t = P = xy. 18 x 14 = 252 área Nota-se que na etapa [1] o problema é formulado, na [2] os dados são apresentados, na [3] a resposta é dada, na [4] o método de solução é explicado com números e, finalmente, na [5] a resposta é testada. A "receita" acima é usada repetidamente em problemas semelhantes. Ela tem significado histórico e interesse atual por várias razões. Antes de tudo não é a maneira como resolveríamos hoje o sistema (A). O procedimento padrão nos atuais textos escolares de álgebra é resolver, digamos, a primeira equação para y (em termos de x), substituir na segunda equação e, então, resolver a equação quadrática resultante em x; isto é, usaríamos o método de substituição. Os babilônios também sabiam resolver sistemas por substituição, mas frequentemente preferiam usar seu método paramétrico. Ou seja, usando-se notação moderna, eles concebiam x e y em termos de uma nova incógnita (ou parâmetro) t fazendo x=(k/2)+t e y=(k/2)-t. Então o produto 2 2 xy = ((k/2) + t) ((k/2) - t) = (k/2) - t = P levava-os à relação (B): 2 2 (k/2) - P = t Em segundo lugar, o problema acima tem significado histórico porque a álgebra grega (geométrica) dos pitagóricos e de Euclides seguia o mesmo método de solução - traduzida, entretanto, em termos de segmentos de retas e áreas e ilustrada por figuras geométricas. Alguns séculos depois, outro grego, Diofanto, também usou a abordagem paramétrica em seu trabalho com equações "diofantinas". Ele deu início ao simbolismo moderno introduzindo abreviações de palavras e evitando o estilo um tanto intrincado da álgebra geométrica. Em terceiro lugar, os matemáticos árabes (inclusive al-Khowarizmi) não usavam o método empregado no problema acima; preferiam eliminar uma das incógnitas por substituição e expressar tudo em termos de palavras e números. Antes de deixar a álgebra babilônica, notemos que eles eram capazes de resolver uma variedade surpreendente de equações, inclusive certos tipos especiais de cúbicas e quárticas - todas com coeficientes numéricos, naturalmente. Álgebra no Egito A álgebra surgiu no Egito quase ao mesmo tempo que na Babilônia; mas faltavam à álgebra egípcia os métodos sofisticados da álgebra babilônica, bem como a variedade de equações resolvidas, a julgar pelo Papiro Moscou e o Papiro Rhind - documentos egípcios que datam de cerca de 1850 a.C. e 1650 a.C., respectivamente, mas refletem métodos matemáticos de um período anterior. Para equações lineares, os egípcios usavam um método de resolução consistindo em uma estimativa inicial seguida de uma correção final - um método ao qual os europeus posteriormente deram o nome umtanto abstruso de "regra da falsa posição". A álgebra do Egito, como a da Babilônia, era retórica. O sistema de numeração egípcio, relativamente primitivo em comparação com o dos babilônios, ajuda a explicar a falta de sofisticação da álgebra egípcia. Os matemáticos europeus do século XVI tiveram de estender a noção indo-arábica de número antes de poderem avançar significativamente além dos resultados babilônios de resolução de equações. Álgebra geométrica grega A álgebra grega conforme foi formulada pelos pitagóricos e por Euclides era geométrica. Por exemplo, o que nós escrevemos como: 2 2 2 (a+b) = a + 2ab + b era concebido pelos gregos em termos do diagrama apresentado na Figura 1 e era curiosamente enunciado por Euclides em Elementos, livro II, proposição 4: Se uma linha reta é dividida em duas partes quaisquer, o quadrado sobre a linha toda é igual aos quadrados sobre as duas partes, junto com duas vezes o retângulo que as partes 2 2 2 contém. [Isto é, (a+b) = a + 2ab + b .] 2 Somos tentados a dizer que, para os gregos da época de Euclides, a era realmente um quadrado. Não há dúvida de que os pitagóricos conheciam bem a álgebra babilônica e, de fato, seguiam os métodos-padrão babilônios de resolução de equações. Euclides deixou registrados esses resultados pitagóricos. Para ilustrá-lo, escolhemos o teorema correspondente ao problema babilônio considerado acima. 2 of 4 23/9/2011 16:02
  • 3. .:: História da Álgebra ::. http://www.somatematica.com.br/algebra.php Do livro VI dos Elementos, temos a proposição 28 (uma versão simplificada): Dada uma linha reta AB [isto é, x+y=k], construir ao longo dessa linha um retângulo com uma dada área [xy = P], admitindo que o retângulo "fique aquém" em AB por uma quantidade "preenchida" por outro retângulo [o quadrado BF na Figura 2], semelhante a um dado retângulo [que aqui nós admitimos ser qualquer quadrado]. Na solução desta construção solicitada (Fig.2) o trabalho de Euclides é quase exatamente paralelo à solução babilônica do problema equivalente. Conforme indicado por T.L.Heath / EUCLID: II, 263/, os passos são os seguintes: Bissecte AB em M: k/2 2 Construa o quadrado MBCD: (k/2) Usando VI, 25, construa o quadrado DEFG com área igual ao excesso de MBCD sobre a t2 = (k/2) 2 - P área dada P: Então é claro que y = (k/2) - t Como fazia frequentemente, Euclides deixou o outro caso para o estudante - neste caso, x=(k/2)+t, o que Euclides certamente percebeu mas não formulou. É de fato notável que a maior parte dos problemas-padrão babilônicos tenham sido "refeitos" desse modo por Euclides. Mas por quê? O que levou os gregos a darem à sua álgebra esta formulação desajeitada? A resposta é básica: eles tinham dificuldades conceituais com frações e números irracionais. Mesmo que os matemáticos gregos fossem capazes de contornar as frações, tratando-as como razões de inteiros, eles tinham dificuldades insuperáveis com números como a raiz quadrada de 2, por exemplo. Lembramos o "escândalo lógico" dos pitagóricos quando descobriram que a diagonal de um quadrado unitário é incomensurável com o lado (ou seja, diag/lado é diferente da razão de dois inteiros). Assim, foi seu estrito rigor matemático que os forçou a usar um conjunto de segmentos de reta como domínio conveniente de elementos. Pois, ainda que raiz quadrada de 2 não possa ser expresso em termos de inteiros ou suas razões, pode ser representado como um segmento de reta que é precisamente a diagonal do quadrado unitário. Talvez não seja apenas um gracejo dizer que o contínuo linear era literalmente linear. De passagem devemos mencionar Apolônio (c. 225 a.C.), que aplicou métodos geométricos ao estudo das secções cônicas. De fato, seu grande tratado Secções cônicas contém mais geometria analítica das cônicas - toda fraseada em terminologia geométrica - do que os cursos universitários de hoje. A matemática grega deu uma parada brusca. A ocupação romana tinha começado, e não encorajava a erudição matemática, ainda que estimulasse alguns outros ramos da cultura grega. Devido ao estilo pesado da álgebra geométrica, esta não poderia sobreviver somente na tradição escrita; necessitava de um meio de comunicação vivo, oral. Era possível seguir o fluxo de idéias desde que um instrutor apontasse para diagramas e explicasse; mas as escolas de instrução direta não sobreviveram. Álgebra na Europa A álgebra que entrou na Europa (via Liber abaci de Fibonacci e traduções) havia regredido tanto em estilo como em conteúdo. O semi-simbolismo (sincopação) de Diofanto e Brahmagupta e suas realizações relativamente avançadas não estavam destinados a contribuir para uma eventual irrupção da álgebra. A renascença e o rápido florescimento da álgebra na Europa foram devidos aos seguintes fatores: 3 of 4 23/9/2011 16:02
  • 4. .:: História da Álgebra ::. http://www.somatematica.com.br/algebra.php fatores: facilidade de manipular trabalhos numéricos através do sistema de numeração indo-arábico, muito superior aos sistemas (tais como o romano) que requeriam o uso do ábaco; invenção da imprensa com tipos móveis, que acelerou a padronização do simbolismo mediante a melhoria das comunicações, baseada em ampla distribuição; ressurgimento da economia, sustentando a atividade intelectual; e a retomada do comércio e viagens, facilitando o intercâmbio de idéias tanto quanto de bens. Cidades comercialmente fortes surgiram primeiro na Itália, e foi lá que o renascimento algébrico na Europa efetivamente teve início. 4 of 4 23/9/2011 16:02