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Guerra Fria
“Período em que a guerra era
improvável, e a paz, impossível.”
Raymond Aron, comentarista
EUA x URSS
• A capacidade bélica dessas potências era tamanha que,
uma guerra entre ambas, seria a última para a
humanidade.
• A paz era impossível devido aos antagonismos de
interesses entre os blocos.
• Regidos pelo equilíbrio do terror, faltou lucidez e
tranquilidade para duvidar da eminência da guerra.
O início da Guerra Fria
• Agosto de 1945, com Hiroshima e Nagasaki?
• 1947, com o discurso do presidente norte-americano
Harry Truman no Congresso dos EUA, qdo lançou-se a
Doutrina Truman, que previa uma luta sem tréguas
contra a expansão comunista no mundo?
• Outubro de 1949, com a divisão da capital da Alemanha,
que estimulou a criação de alianças militares dos dois
lados, tornando oficial a divisão da Europa em dois
blocos antagônicos?
• Folha Online - Muro de Berlim.flv - YouTube
Uma discussão sobre os
marcos da Guerra Fria
“Quando se tenta delimitar os marcos da Guerra Fria, as pessoas escolhem datas
que enfatizam aquilo que lhes parece ser o mais importante. Por exemplo, aqueles
que acham que a questão nuclear é o principal, dirão que a Guerra Fria
começou em 1945, com Hiroshima e Nagasaki, e terminou em 72, com os
acordos do Salt-1.
Para aqueles que acham que o principal foi a relação entre os blocos, os marcos
serão, provavelmente, a Doutrina Truman, em 1947, e a queda do Muro de
Berlim, em 1989. Mas a Guerra Fria foi muito mais do que apenas uma disputa
armamentista ou geopolítica. Ela teve uma importante dimensão cultural, que
colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal.
Ela mexeu com a imaginação das pessoas, criou e reforçou preconceitos, ódios e
ansiedades. Nesse sentido mais amplo, dois marcos parecem ser mais adequados
quando se trata de dar à Guerra Fria o seu conteúdo simbólico mais abrangente: o
seu início foi a conquista de um novo poder, a bomba atômica, e o seu fim
foi a Guerra do Golfo, quando os Estados Unidos escolheram outros símbolos do
Mal para ocupar o lugar que antes pertencia ao comunismo, como o chamado
fanatismo islâmico ou o narcotráfico.“
José Arbex Jr., jornalista
A propaganda a serviço
da Guerra Fria
Capitalismo
• Sociedade Individualista.
• Estado deveria garantir
as liberdades e as
conquistas individuais.
• A solução dos problemas
sociais vinha depois e
estava em segundo plano.
Socialismo
• Sociedade igualitária.
• Estado dono dos bancos,
das fábricas, do sistema
de crédito e das terras,
distribuidor das riquezas
e agente regulador de
uma vida decente a todos
os cidadãos.
Para um sistema prosperar, era necessário que o outro desaparecesse. Esta
constatação deu origem ao maior instrumento ideológico da Guerra Fria: a
propaganda.
A propaganda no mundo
capitalista
• A vida era brilhante. As facilidades tecnológicas estavam
ao alcance de todos.
• Os cidadãos comuns possuíam carros e bens de
consumo, tinham liberdade de opinião e de ir e vir.
• A vida do inimigo, era triste, sombria e controlada pela
polícia política e pelo Partido Comunista.
http://www.youtube.com/watch?v=Gk5vRjuh7ro
5 maneiras de descobrir de seu amigo é comunista
A propaganda do mundo
socialista
• Mostrava uma vida onde os trabalhadores não precisavam se preocupar
com emprego, educação e moradia. Tudo era garantido pelo Estado.
• A cada dia, as novas conquistas tecnológicas, especialmente na área militar
e espacial.
• O mundo ocidental era retratado de forma decadente e individualista, onde
a maioria vivia uma situação de miséria, privações e desemprego.
A corrida espacial
Além da corrida armamentista, havia agora a corrida
espacial:
• 1957, os soviéticos colocaram em órbita da Terra o
primeiro satélite construído pelo homem, o Sputnik-1.
• 1961, os soviéticos lançaram o foguete Vostok, a primeira
nave espacial pilotada por um ser humano. O jovem
cosmonauta Yuri Gagarin viajou durante cerca de 90
minutos em órbita da Terra, a uma altura média de 320
quilômetros.
• 1969, os americanos representados por Neil Armstrong,
comandante da missão Apollo-11, pisam o solo lunar.
Caiu no vestibular
1. (Uel 2012) Leia os textos a seguir.
Se a bomba fugir ao controle, se não aprendermos a conviver, para que a ciência venha a trabalhar para nós e
não contra nós, nosso futuro é certo. As cidades dos homens irão desaparecer da face da terra.
(MORRISON, Philip. Se a bomba fugir ao controle. 1946. In: MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou nenhum: um relatório ao público sobre
o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p.37.)
É de se esperar que conflitos de interesse entre as grandes potências venham a surgir no futuro da mesma
forma como surgiram no passado, e não existe no mundo uma autoridade com o poder de adjudicar esses
conflitos [...] As negociações têm lugar à sombra do poderio militar que as grandes potências conseguem
reunir; [....]. enquanto esse estado de coisas vigorar, o perigo de guerra estará presente. Contra esse cenário, a
existência das bombas atômicas aumenta ainda mais o risco de guerras virem a ocorrer. Se dois países –
usemos como exemplo os dois mais poderosos, os Estados Unidos e a Rússia – acumularem grandes estoques
de bombas atômicas, é provável que uma guerra venha a eclodir mesmo que nenhum deles deseje lutar.
(SZILARD, Leo. Seria possível evitar uma corrida armamentista por meio de um sistema de inspeções? 1946. In: MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou
nenhum: um relatório ao público sobre o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p.181-182.)
a) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, discorra sobre a chamada “Guerra Fria”
ocorrida após a Segunda Guerra Mundial.
b) A partir dos textos, analise as relações entre desenvolvimento científico, tecnologia e poder no
mundo contemporâneo.
Gabarito
a) A “chamada Guerra Fria”. Esta questão pode ser analisada sob diferentes óticas: uma delas,
mais tradicional, na qual se expõem as características do período: a divisão do mundo em áreas
de influência, comunista e capitalista, a corrida armamentista, a corrida espacial e o terror
nuclear. Estas questões, devem ser necessariamente tocadas; há versões mais recentes que
procuram “revisar” a ideia de “Guerra Fria” ou ao menos relativizá-la, pois além de se
considerar as nuances que, de certo modo, contrariam aquela de um mundo em preto e branco
(por exemplo nunca cessaram relações comerciais entre EUA e URSS) também consideram-na
uma perspectiva etnocêntrica, pois considera apenas a ausência de “guerras quentes” entre os
países centrais, quando na periferia estas continuam a ocorrer inclusive sob a influência das
duas potências nucleares. Aqui o candidato pode optar por uma ou outra visão, mas cuidando
para manter a fundamentação e a coerência da argumentação desenvolvida.
b) A resposta pode ser articulada em torno da questão das relações entre revolução industrial –
desenvolvimento científico produzindo tecnologias. A distinção entre ciência (conhecimento) e
a tecnologia (produção de artefatos) é fundamental. No que toca à questão do poder, a ascensão
da burguesia como novo ator social no mundo contemporâneo, mas também é fundamental
destacar as transformações ocorridas no equilíbrio de poder mundial a partir do
desenvolvimento científico e técnico, no caso em tela, e mesmo como, caso limite, o domínio do
conhecimento sobre a energia nuclear criou o mundo contemporâneo, diferente de tudo o que
havia antes.
A era dos mísseis balísticos
intercontinentais
• 20 minutos – era o tempo que um míssil disparado de
Washington levaria para atingir Moscou.
Um mundo dividido por pactos
OTAN Pacto de Varsóvia
• 1949
• Organização do Tratado
do Atlântico Norte.
• Expandir a área de
influência do capitalismo
no pós guerra.
• Atua até os dias de hoje.
• 1955
• Aliança militar e de ajuda
mútua firmada entre os
países socialistas.
• Desapareceu em 1991
com o fim da URSS.
Caiu no vestibular
(Fgv 2012) A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) foi estabelecida em Washington, em 4 de abril de 1949.
Sua criação está relacionada:
a) Ao contexto de aproximação das potências vencedoras da
Segunda Guerra Mundial.
b) Ao processo de liberalização da economia mundial que
lançaria as bases da globalização.
c) Ao processo de descolonização nos continentes africano e
asiático.
d) Ao contexto de polarização político-militar entre os países
capitalistas e socialistas.
e) Ao contexto de endividamento dos países europeus com as
instituições financeiras internacionais.
Gabarito
[D]
A OTAN é uma aliança militar, organizada e liderada pelos
Estados Unidos, congregando países europeus aliados, no
contexto da Guerra Fria. Em tese foi criada para conter a
ameaça socialista, entendida como significativa desde o
final da Segunda Guerra, quando russos demonstraram sua
capacidade de mobilização militar.
Em um mundo vigiado todos são
suspeitos
CIA KGB
• Polícia secreta americana • Polícia secreta soviética
1962 – Momento dramático: John Kennedy reagiu duramente contra a
iniciativa soviética de instalar uma plataforma de mísseis em Cuba. Chegou
a advertir o líder soviético Nikita Khruschev de que usaria armas nucleares
se fosse necessário. Depois de três semanas, a União Soviética recuou.
Durante esse tempo, o mundo viveu o pavor de um confronto nuclear entre
as superpotências.
http://mais.uol.com.br/view/q44oera88rbq/agente-86--1965-
0402336CE4A10366?types=A
O terror se espalha
• Organizações antigas, como o grupo basco ETA e o IRA,
Exército Republicano Irlandês, intensificaram suas
atividades.
• No Oriente Médio, a OLP, Organização para a Libertação
da Palestina, surgiu em 64 e centralizou as atividades de
diversos grupos radicais palestinos. Nos anos 70, as
Brigadas Vermelhas, na Itália, e o grupo Baader-
Meinhof, na Alemanha, formados por estudantes e
intelectuais, praticaram atentados desvinculados de
compromissos políticos ou ideológicos.
Caiu no vestibular
(Unb 2012) É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a
truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do
mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos
valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao
mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de
fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos
deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de
responder como faria um homem civilizado e dotado de qualquer vestígio de
decência ou de sentimento de humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu
furor vesânico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total, assegurando que ela
seria riscada do mapa.
O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é parte do editorial “Ditador
fanático quer subjugar o mundo pelo terror”, publicado na primeira página da
edição de 1.º de novembro de 1961. Considerando a retórica do editorial, o ano em
que foi publicado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspectos
marcantes da história do século XX, julgue os itens subsequentes.
a) O texto traduz um discurso típico do período da Guerra Fria, quando a retórica
de forte passionalidade era utilizada pelos dois campos ideológicos em luta: o
capitalista, conduzido por Washington, e o socialista, liderado por Moscou.
b) No governo de Gaspar Dutra, o Brasil tomou partido na disputa ideológica que
convulsionava o mundo: rompeu relações diplomáticas com a URSS e tornou ilegal
o Partido Comunista no país.
c) Os regimes totalitários, que dominaram a cena histórica mundial em determinada
época do século XX, caracterizavam-se, entre outros aspectos, pela construção
mítica da imagem de seus líderes, a exemplo de Hitler, na Alemanha, Mussolini, na
Itália, e Stálin, na URSS. Getúlio Vargas, no Brasil do Estado Novo, representou esse
culto à imagem do líder.
d) No ano em que o mencionado editorial foi publicado, a Revolução Cubana
assumiu a opção marxista, mas, diante do temor de que, com essa decisão, o clima
de dramaticidade da Guerra Fria fosse transportado para as Américas, Fidel Castro
afastou Cuba da influência soviética.
e) Sucessor de Lênin, Khrushtchev foi a liderança que fez da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS) uma potência mundial, promovendo a coletivização
forçada no campo e privilegiando, no setor industrial, a produção de bens de
consumo.
Gabarito
a) Correto. O ano de 1961 é caracterizado pelo acirramento da Guerra
Fria, principalmente pelos desdobramentos da Revolução Cubana,
como a tentativa frustrada de invasão na “baía dos porcos”.
b) Correto. Foi o primeiro presidente do pós-guerra e, portanto, do
período de Guerra Fria. Nesse período, o Brasil aderiu à política
externa dos Estados Unidos.
c) Correto. A exaltação da figura do líder é muito utilizada nos modelos
autoritários na medida em que a sociedade é levada a acreditar que o
coletivo, no sentido social, tem pouca importância e,
consequentemente, grandes homens têm a capacidade de salvar a
pátria.
d) Incorreto. Desde 1961 Cuba adotou claramente a opção marxista e se
aproximou rapidamente da política externa soviética
e) Incorreto. O sucessor de Lênin foi Stálin, que permaneceu no poder
de 1924 a 53, sendo sucedido por Khrushtchev.
Qdo a guerra ficou quente
• 1949, quando o líder comunista Mao Tsé-tung tomou o poder
na China, um país que na época contava 600 milhões de
habitantes. O comunismo chinês alterou o equilíbrio
geopolítico no continente asiático.
• 1950, a revolução de Mao Tsé-tung encorajou a Coréia do
Norte a atacar a Coréia do Sul. A guerra, que teve a
intervenção militar dos Estados Unidos, durou 3 anos e
causou a morte de mais de dois milhões de pessoas.
• 1954, na Guerra da Indochina, a França sofreu derrota
humilhante. A vitória do líder comunista vietnamita Ho Chi
Min consolidou a formação do Vietnã do Norte e aumentou a
preocupação dos Estados Unidos com o rumo político dos
países do sudeste asiático.
• 1960, os EUA entram na Guerra do Vietnã (1959-75).
Caiu no vestibular
(Unicamp 2011) Para muitos norte-americanos, Vietnã é o nome de uma guerra, não de um
país. Os vietnamitas parecem figuras sombrias, sem nome nem rosto, vítimas desamparadas ou
agressores cruéis. A história começa apenas quando os Estados Unidos entram em cena.
(Adaptado de Marvin E. Gettleman et. alli (Ed.), Vietnam and America: a documented history. New
York: Grove Press, 1995, p. xiii.)
Esse desconhecimento dos norte-americanos quanto a seus adversários na Guerra do Vietnã
pode ser relacionado ao fato de os norte-americanos
a) promoverem uma guerra de trincheiras, enquanto os vietnamitas comunistas
movimentavam seus batalhões pela selva. Contando com um forte apoio popular, os Estados
Unidos permaneceram por anos nesse conflito, mas não conseguiram derrotar os vietnamitas.
b) invadirem e ocuparem o território vietnamita, desmantelando os batalhões comunistas
graças à superioridade americana em treinamento militar e armamentos. Apesar do apoio
popular à guerra, os Estados Unidos desocuparam o território vietnamita.
c) desconhecerem as tradições dos vietnamitas, organizados em torno de líderes tribais, que
eram os chefes militares de seus clãs. Sem ter um Estado como adversário, o conflito se arrastou
e, sem apoio popular, os Estados Unidos acabaram se retirando.
d) encontrarem grande dificuldade em enfrentar as táticas de guerrilha dos vietnamitas
comunistas, que tinham maior conhecimento territorial. Após várias derrotas e sem apoio
popular em seu próprio país, os Estados Unidos retiraram suas tropas do Vietnã.
Gabarito
[D]
A derrota dos Estados Unidos – apesar de sua
superioridade bélica – está relacionada aos fatores descritos
na alternativa, como a tática de guerrilha e a falta de apoio,
uma vez que as críticas tenderam a aumentar
constantemente entre a população estadunidense.
Faça amor, não faça
guerra
• Jovens de todo o mundo se articularam pela paz e pela
democracia.
• o Festival de Woodstock, realizado numa fazenda no
estado de Nova York, em agosto de 69.
• No lado socialista, o movimento atingiu o auge com a
Primavera de Praga, na antiga Tchecoslováquia, em
1968. A luta pela democracia naquele país foi duramente
reprimida pelas forças do Pacto de Varsóvia.
Aconteceu em Woodstock
O Oriente Médio e a
Guerra Fria
• Habitado desde tempos imemoriais, a região destaca-se por três razões.
- reservas de petróleo.
- passagem entre Ásia e Europa.
- berço das três principais religiões monoteístas: o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo.
• Tanto os EUA como a URSS cobiçavam uma aliança com Israel. Seus
vizinhos, nunca aceitaram a criação do estado de Israel em 1949, daí
uma série de guerras e conflitos. Por trás de cada conflito estava um
jogo de alianças internacionais que evidenciava o interesse das
superpotências na região.
• Somente em 1993, quando Israel e a OLP assinaram um acordo de paz,
é que se acendeu uma pequena luz de esperança na região.
• Em outra parte do Oriente Médio, mais complicações: em 1979, o Irã
converteu-se ao islamismo xiita, com pretensões de levar o mundo na
direção da fé muçulmana. Uma situação que fugia à lógica da Guerra
Fria. Khomeini tratava EUA e URSS como o Grande Satã (revolução
iraniana).
A África na Guerra Fria
• Acirrada pelo fim do colonialismo português, em 1975. A
saída de Portugal abriu caminho para o surgimento de
regimes comunistas em Angola e Moçambique, e para a
deflagração de conflitos tribais em diversos países do
continente. As disputas internas e regionais estimularam
os governantes a investir em armas poderosas, apesar da
situação de miséria de suas populações.
• O fim da Guerra Fria não mudou a situação no
continente africano. O único fato de grande importância
nos anos 90 foi o fim do regime racista da África do Sul e
a ascensão ao poder do líder negro Nélson Mandela, em
1994. No aspecto político e econômico, a África não
exercia influência no cenário internacional
A Guerra Fria na América
Latina
• A proximidade com os EUA colocava a América Latina
no foco das potências rivais.
• Depois da Revolução Cubana (1959), os EUA apoiaram
golpes militares e regimes ditatoriais em toda a América
Latina, com o objetivo de impedir a esquerdização da
América.
• Nos anos 80, a democracia retornou enquanto de
delineava o fim da Guerra Fria.
Apesar de vc
Revolução de Veludo – o
fim do socialismo
Gorbatchev conduziu a transição que levou ao fim do socialismo
com a Glasnost e a Perestroika:
• fim à corrida armamentista.
• abrandamento da censura e liberdade de presos políticos.
• 1991 – Fim da URSS.
• Essa transição se deu por todo o leste europeu (Revolução de
veludo). O desejo dos revolucionários – “um socialismo com
um rosto mais humano”(Slajov Zizek, filósofo)
• Aos supostos vencedores da Guerra Fria, restou a busca de
novos inimigos contra os quais lutar, como os fanáticos do
Islã, de um lado, e os narcotraficantes, de outro lado. Ou seja,
novos elementos para a mesma fórmula do Bem e do Mal dos
tempos da Guerra Fria.

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Guerra fria

  • 1. Guerra Fria “Período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível.” Raymond Aron, comentarista
  • 2. EUA x URSS • A capacidade bélica dessas potências era tamanha que, uma guerra entre ambas, seria a última para a humanidade. • A paz era impossível devido aos antagonismos de interesses entre os blocos. • Regidos pelo equilíbrio do terror, faltou lucidez e tranquilidade para duvidar da eminência da guerra.
  • 3. O início da Guerra Fria • Agosto de 1945, com Hiroshima e Nagasaki? • 1947, com o discurso do presidente norte-americano Harry Truman no Congresso dos EUA, qdo lançou-se a Doutrina Truman, que previa uma luta sem tréguas contra a expansão comunista no mundo? • Outubro de 1949, com a divisão da capital da Alemanha, que estimulou a criação de alianças militares dos dois lados, tornando oficial a divisão da Europa em dois blocos antagônicos? • Folha Online - Muro de Berlim.flv - YouTube
  • 4. Uma discussão sobre os marcos da Guerra Fria “Quando se tenta delimitar os marcos da Guerra Fria, as pessoas escolhem datas que enfatizam aquilo que lhes parece ser o mais importante. Por exemplo, aqueles que acham que a questão nuclear é o principal, dirão que a Guerra Fria começou em 1945, com Hiroshima e Nagasaki, e terminou em 72, com os acordos do Salt-1. Para aqueles que acham que o principal foi a relação entre os blocos, os marcos serão, provavelmente, a Doutrina Truman, em 1947, e a queda do Muro de Berlim, em 1989. Mas a Guerra Fria foi muito mais do que apenas uma disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma importante dimensão cultural, que colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal. Ela mexeu com a imaginação das pessoas, criou e reforçou preconceitos, ódios e ansiedades. Nesse sentido mais amplo, dois marcos parecem ser mais adequados quando se trata de dar à Guerra Fria o seu conteúdo simbólico mais abrangente: o seu início foi a conquista de um novo poder, a bomba atômica, e o seu fim foi a Guerra do Golfo, quando os Estados Unidos escolheram outros símbolos do Mal para ocupar o lugar que antes pertencia ao comunismo, como o chamado fanatismo islâmico ou o narcotráfico.“ José Arbex Jr., jornalista
  • 5. A propaganda a serviço da Guerra Fria Capitalismo • Sociedade Individualista. • Estado deveria garantir as liberdades e as conquistas individuais. • A solução dos problemas sociais vinha depois e estava em segundo plano. Socialismo • Sociedade igualitária. • Estado dono dos bancos, das fábricas, do sistema de crédito e das terras, distribuidor das riquezas e agente regulador de uma vida decente a todos os cidadãos. Para um sistema prosperar, era necessário que o outro desaparecesse. Esta constatação deu origem ao maior instrumento ideológico da Guerra Fria: a propaganda.
  • 6. A propaganda no mundo capitalista • A vida era brilhante. As facilidades tecnológicas estavam ao alcance de todos. • Os cidadãos comuns possuíam carros e bens de consumo, tinham liberdade de opinião e de ir e vir. • A vida do inimigo, era triste, sombria e controlada pela polícia política e pelo Partido Comunista. http://www.youtube.com/watch?v=Gk5vRjuh7ro 5 maneiras de descobrir de seu amigo é comunista
  • 7. A propaganda do mundo socialista • Mostrava uma vida onde os trabalhadores não precisavam se preocupar com emprego, educação e moradia. Tudo era garantido pelo Estado. • A cada dia, as novas conquistas tecnológicas, especialmente na área militar e espacial. • O mundo ocidental era retratado de forma decadente e individualista, onde a maioria vivia uma situação de miséria, privações e desemprego.
  • 8. A corrida espacial Além da corrida armamentista, havia agora a corrida espacial: • 1957, os soviéticos colocaram em órbita da Terra o primeiro satélite construído pelo homem, o Sputnik-1. • 1961, os soviéticos lançaram o foguete Vostok, a primeira nave espacial pilotada por um ser humano. O jovem cosmonauta Yuri Gagarin viajou durante cerca de 90 minutos em órbita da Terra, a uma altura média de 320 quilômetros. • 1969, os americanos representados por Neil Armstrong, comandante da missão Apollo-11, pisam o solo lunar.
  • 9. Caiu no vestibular 1. (Uel 2012) Leia os textos a seguir. Se a bomba fugir ao controle, se não aprendermos a conviver, para que a ciência venha a trabalhar para nós e não contra nós, nosso futuro é certo. As cidades dos homens irão desaparecer da face da terra. (MORRISON, Philip. Se a bomba fugir ao controle. 1946. In: MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou nenhum: um relatório ao público sobre o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p.37.) É de se esperar que conflitos de interesse entre as grandes potências venham a surgir no futuro da mesma forma como surgiram no passado, e não existe no mundo uma autoridade com o poder de adjudicar esses conflitos [...] As negociações têm lugar à sombra do poderio militar que as grandes potências conseguem reunir; [....]. enquanto esse estado de coisas vigorar, o perigo de guerra estará presente. Contra esse cenário, a existência das bombas atômicas aumenta ainda mais o risco de guerras virem a ocorrer. Se dois países – usemos como exemplo os dois mais poderosos, os Estados Unidos e a Rússia – acumularem grandes estoques de bombas atômicas, é provável que uma guerra venha a eclodir mesmo que nenhum deles deseje lutar. (SZILARD, Leo. Seria possível evitar uma corrida armamentista por meio de um sistema de inspeções? 1946. In: MARSTERS, Dexter; WAY, Katharine (Orgs.). Um mundo ou nenhum: um relatório ao público sobre o pleno significado da bomba atômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p.181-182.) a) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, discorra sobre a chamada “Guerra Fria” ocorrida após a Segunda Guerra Mundial. b) A partir dos textos, analise as relações entre desenvolvimento científico, tecnologia e poder no mundo contemporâneo.
  • 10. Gabarito a) A “chamada Guerra Fria”. Esta questão pode ser analisada sob diferentes óticas: uma delas, mais tradicional, na qual se expõem as características do período: a divisão do mundo em áreas de influência, comunista e capitalista, a corrida armamentista, a corrida espacial e o terror nuclear. Estas questões, devem ser necessariamente tocadas; há versões mais recentes que procuram “revisar” a ideia de “Guerra Fria” ou ao menos relativizá-la, pois além de se considerar as nuances que, de certo modo, contrariam aquela de um mundo em preto e branco (por exemplo nunca cessaram relações comerciais entre EUA e URSS) também consideram-na uma perspectiva etnocêntrica, pois considera apenas a ausência de “guerras quentes” entre os países centrais, quando na periferia estas continuam a ocorrer inclusive sob a influência das duas potências nucleares. Aqui o candidato pode optar por uma ou outra visão, mas cuidando para manter a fundamentação e a coerência da argumentação desenvolvida. b) A resposta pode ser articulada em torno da questão das relações entre revolução industrial – desenvolvimento científico produzindo tecnologias. A distinção entre ciência (conhecimento) e a tecnologia (produção de artefatos) é fundamental. No que toca à questão do poder, a ascensão da burguesia como novo ator social no mundo contemporâneo, mas também é fundamental destacar as transformações ocorridas no equilíbrio de poder mundial a partir do desenvolvimento científico e técnico, no caso em tela, e mesmo como, caso limite, o domínio do conhecimento sobre a energia nuclear criou o mundo contemporâneo, diferente de tudo o que havia antes.
  • 11.
  • 12. A era dos mísseis balísticos intercontinentais • 20 minutos – era o tempo que um míssil disparado de Washington levaria para atingir Moscou.
  • 13. Um mundo dividido por pactos OTAN Pacto de Varsóvia • 1949 • Organização do Tratado do Atlântico Norte. • Expandir a área de influência do capitalismo no pós guerra. • Atua até os dias de hoje. • 1955 • Aliança militar e de ajuda mútua firmada entre os países socialistas. • Desapareceu em 1991 com o fim da URSS.
  • 14. Caiu no vestibular (Fgv 2012) A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi estabelecida em Washington, em 4 de abril de 1949. Sua criação está relacionada: a) Ao contexto de aproximação das potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial. b) Ao processo de liberalização da economia mundial que lançaria as bases da globalização. c) Ao processo de descolonização nos continentes africano e asiático. d) Ao contexto de polarização político-militar entre os países capitalistas e socialistas. e) Ao contexto de endividamento dos países europeus com as instituições financeiras internacionais.
  • 15. Gabarito [D] A OTAN é uma aliança militar, organizada e liderada pelos Estados Unidos, congregando países europeus aliados, no contexto da Guerra Fria. Em tese foi criada para conter a ameaça socialista, entendida como significativa desde o final da Segunda Guerra, quando russos demonstraram sua capacidade de mobilização militar.
  • 16. Em um mundo vigiado todos são suspeitos CIA KGB • Polícia secreta americana • Polícia secreta soviética 1962 – Momento dramático: John Kennedy reagiu duramente contra a iniciativa soviética de instalar uma plataforma de mísseis em Cuba. Chegou a advertir o líder soviético Nikita Khruschev de que usaria armas nucleares se fosse necessário. Depois de três semanas, a União Soviética recuou. Durante esse tempo, o mundo viveu o pavor de um confronto nuclear entre as superpotências. http://mais.uol.com.br/view/q44oera88rbq/agente-86--1965- 0402336CE4A10366?types=A
  • 17.
  • 18. O terror se espalha • Organizações antigas, como o grupo basco ETA e o IRA, Exército Republicano Irlandês, intensificaram suas atividades. • No Oriente Médio, a OLP, Organização para a Libertação da Palestina, surgiu em 64 e centralizou as atividades de diversos grupos radicais palestinos. Nos anos 70, as Brigadas Vermelhas, na Itália, e o grupo Baader- Meinhof, na Alemanha, formados por estudantes e intelectuais, praticaram atentados desvinculados de compromissos políticos ou ideológicos.
  • 19. Caiu no vestibular (Unb 2012) É tremenda injustiça comparar Khrushtchev a Hitler. A arrogância, a truculência, a insensibilidade brutal do ditador soviético são inéditas na História do mundo. Nunca se viu, desde os tempos de Gengis Khan, tamanho desprezo pelos valores da civilização ou maior falta de escrúpulos. Estarrecido, o mundo, ao mesmo tempo em que se inteirava da consumação das ameaças de Khrushtchev de fazer explodir a superbomba de 50 megatons, lia a resposta dele ao apelo dos deputados trabalhistas ingleses para que desistisse da explosão. Em lugar de responder como faria um homem civilizado e dotado de qualquer vestígio de decência ou de sentimento de humanidade, Khrushtchev replicou, com todo o seu furor vesânico, para ameaçar a Inglaterra de destruição total, assegurando que ela seria riscada do mapa. O trecho acima, extraído e adaptado do jornal O Globo, é parte do editorial “Ditador fanático quer subjugar o mundo pelo terror”, publicado na primeira página da edição de 1.º de novembro de 1961. Considerando a retórica do editorial, o ano em que foi publicado e o contexto histórico em que se inscreve, além de aspectos marcantes da história do século XX, julgue os itens subsequentes.
  • 20. a) O texto traduz um discurso típico do período da Guerra Fria, quando a retórica de forte passionalidade era utilizada pelos dois campos ideológicos em luta: o capitalista, conduzido por Washington, e o socialista, liderado por Moscou. b) No governo de Gaspar Dutra, o Brasil tomou partido na disputa ideológica que convulsionava o mundo: rompeu relações diplomáticas com a URSS e tornou ilegal o Partido Comunista no país. c) Os regimes totalitários, que dominaram a cena histórica mundial em determinada época do século XX, caracterizavam-se, entre outros aspectos, pela construção mítica da imagem de seus líderes, a exemplo de Hitler, na Alemanha, Mussolini, na Itália, e Stálin, na URSS. Getúlio Vargas, no Brasil do Estado Novo, representou esse culto à imagem do líder. d) No ano em que o mencionado editorial foi publicado, a Revolução Cubana assumiu a opção marxista, mas, diante do temor de que, com essa decisão, o clima de dramaticidade da Guerra Fria fosse transportado para as Américas, Fidel Castro afastou Cuba da influência soviética. e) Sucessor de Lênin, Khrushtchev foi a liderança que fez da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) uma potência mundial, promovendo a coletivização forçada no campo e privilegiando, no setor industrial, a produção de bens de consumo.
  • 21. Gabarito a) Correto. O ano de 1961 é caracterizado pelo acirramento da Guerra Fria, principalmente pelos desdobramentos da Revolução Cubana, como a tentativa frustrada de invasão na “baía dos porcos”. b) Correto. Foi o primeiro presidente do pós-guerra e, portanto, do período de Guerra Fria. Nesse período, o Brasil aderiu à política externa dos Estados Unidos. c) Correto. A exaltação da figura do líder é muito utilizada nos modelos autoritários na medida em que a sociedade é levada a acreditar que o coletivo, no sentido social, tem pouca importância e, consequentemente, grandes homens têm a capacidade de salvar a pátria. d) Incorreto. Desde 1961 Cuba adotou claramente a opção marxista e se aproximou rapidamente da política externa soviética e) Incorreto. O sucessor de Lênin foi Stálin, que permaneceu no poder de 1924 a 53, sendo sucedido por Khrushtchev.
  • 22. Qdo a guerra ficou quente • 1949, quando o líder comunista Mao Tsé-tung tomou o poder na China, um país que na época contava 600 milhões de habitantes. O comunismo chinês alterou o equilíbrio geopolítico no continente asiático. • 1950, a revolução de Mao Tsé-tung encorajou a Coréia do Norte a atacar a Coréia do Sul. A guerra, que teve a intervenção militar dos Estados Unidos, durou 3 anos e causou a morte de mais de dois milhões de pessoas. • 1954, na Guerra da Indochina, a França sofreu derrota humilhante. A vitória do líder comunista vietnamita Ho Chi Min consolidou a formação do Vietnã do Norte e aumentou a preocupação dos Estados Unidos com o rumo político dos países do sudeste asiático. • 1960, os EUA entram na Guerra do Vietnã (1959-75).
  • 23. Caiu no vestibular (Unicamp 2011) Para muitos norte-americanos, Vietnã é o nome de uma guerra, não de um país. Os vietnamitas parecem figuras sombrias, sem nome nem rosto, vítimas desamparadas ou agressores cruéis. A história começa apenas quando os Estados Unidos entram em cena. (Adaptado de Marvin E. Gettleman et. alli (Ed.), Vietnam and America: a documented history. New York: Grove Press, 1995, p. xiii.) Esse desconhecimento dos norte-americanos quanto a seus adversários na Guerra do Vietnã pode ser relacionado ao fato de os norte-americanos a) promoverem uma guerra de trincheiras, enquanto os vietnamitas comunistas movimentavam seus batalhões pela selva. Contando com um forte apoio popular, os Estados Unidos permaneceram por anos nesse conflito, mas não conseguiram derrotar os vietnamitas. b) invadirem e ocuparem o território vietnamita, desmantelando os batalhões comunistas graças à superioridade americana em treinamento militar e armamentos. Apesar do apoio popular à guerra, os Estados Unidos desocuparam o território vietnamita. c) desconhecerem as tradições dos vietnamitas, organizados em torno de líderes tribais, que eram os chefes militares de seus clãs. Sem ter um Estado como adversário, o conflito se arrastou e, sem apoio popular, os Estados Unidos acabaram se retirando. d) encontrarem grande dificuldade em enfrentar as táticas de guerrilha dos vietnamitas comunistas, que tinham maior conhecimento territorial. Após várias derrotas e sem apoio popular em seu próprio país, os Estados Unidos retiraram suas tropas do Vietnã.
  • 24. Gabarito [D] A derrota dos Estados Unidos – apesar de sua superioridade bélica – está relacionada aos fatores descritos na alternativa, como a tática de guerrilha e a falta de apoio, uma vez que as críticas tenderam a aumentar constantemente entre a população estadunidense.
  • 25. Faça amor, não faça guerra • Jovens de todo o mundo se articularam pela paz e pela democracia. • o Festival de Woodstock, realizado numa fazenda no estado de Nova York, em agosto de 69. • No lado socialista, o movimento atingiu o auge com a Primavera de Praga, na antiga Tchecoslováquia, em 1968. A luta pela democracia naquele país foi duramente reprimida pelas forças do Pacto de Varsóvia. Aconteceu em Woodstock
  • 26. O Oriente Médio e a Guerra Fria • Habitado desde tempos imemoriais, a região destaca-se por três razões. - reservas de petróleo. - passagem entre Ásia e Europa. - berço das três principais religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. • Tanto os EUA como a URSS cobiçavam uma aliança com Israel. Seus vizinhos, nunca aceitaram a criação do estado de Israel em 1949, daí uma série de guerras e conflitos. Por trás de cada conflito estava um jogo de alianças internacionais que evidenciava o interesse das superpotências na região. • Somente em 1993, quando Israel e a OLP assinaram um acordo de paz, é que se acendeu uma pequena luz de esperança na região. • Em outra parte do Oriente Médio, mais complicações: em 1979, o Irã converteu-se ao islamismo xiita, com pretensões de levar o mundo na direção da fé muçulmana. Uma situação que fugia à lógica da Guerra Fria. Khomeini tratava EUA e URSS como o Grande Satã (revolução iraniana).
  • 27. A África na Guerra Fria • Acirrada pelo fim do colonialismo português, em 1975. A saída de Portugal abriu caminho para o surgimento de regimes comunistas em Angola e Moçambique, e para a deflagração de conflitos tribais em diversos países do continente. As disputas internas e regionais estimularam os governantes a investir em armas poderosas, apesar da situação de miséria de suas populações. • O fim da Guerra Fria não mudou a situação no continente africano. O único fato de grande importância nos anos 90 foi o fim do regime racista da África do Sul e a ascensão ao poder do líder negro Nélson Mandela, em 1994. No aspecto político e econômico, a África não exercia influência no cenário internacional
  • 28. A Guerra Fria na América Latina • A proximidade com os EUA colocava a América Latina no foco das potências rivais. • Depois da Revolução Cubana (1959), os EUA apoiaram golpes militares e regimes ditatoriais em toda a América Latina, com o objetivo de impedir a esquerdização da América. • Nos anos 80, a democracia retornou enquanto de delineava o fim da Guerra Fria. Apesar de vc
  • 29. Revolução de Veludo – o fim do socialismo Gorbatchev conduziu a transição que levou ao fim do socialismo com a Glasnost e a Perestroika: • fim à corrida armamentista. • abrandamento da censura e liberdade de presos políticos. • 1991 – Fim da URSS. • Essa transição se deu por todo o leste europeu (Revolução de veludo). O desejo dos revolucionários – “um socialismo com um rosto mais humano”(Slajov Zizek, filósofo) • Aos supostos vencedores da Guerra Fria, restou a busca de novos inimigos contra os quais lutar, como os fanáticos do Islã, de um lado, e os narcotraficantes, de outro lado. Ou seja, novos elementos para a mesma fórmula do Bem e do Mal dos tempos da Guerra Fria.