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O Bom Professor


                                Julho - 2006


                                   Resumo
        Este texto foi encontrado em [1], como visto em 16/07/2006, e tra-
     duzido livremente por Athail Rangel Pulino Filho, professor do Depar-
     tamento de Engenharia Civil da Universidade de Bras´  ılia. Destina-se
     aos usu´rios professores do ambiente de aprendizagem aprender.unb.br.
            a


Ato 1: O Bom Professor quer ser ainda melhor
Era uma vez, h´ muito tempo atr´s, um Bom Professor. Seus alunos e seus
                 a                   a
colegas reconheciam que ele era um Bom Professor. Ele era modesto mas
tamb´m sentia que era um Bom Professor e tinha muito orgulho disso.
      e
    Mas, como todos os bons professores, ele queria ser ainda melhor.
    Ele conversava com os colegas e eles lhe davam muitas sugest˜es uteis
                                                                     o ´
(embora ele observasse uma certa reserva nessas conversas).
    Ele conversava com seus alunos e seus insights eram bastante interessan-
tes e instigantes.
    Ele procurou seu chefe e ele lhe deu alguns bons conselhos. (Verdade!).
    Ele lia revistas e livros, inscreveu-se em uma Lista de Discuss˜o, visitou
                                                                   a
p´ginas da Internet, assistiu a semin´rios e conferˆncias, e buscou conhe-
 a                                       a            e
cimento onde pode encontrar. Ele estava muito motivado a se tornar um
ainda melhor professor.
    Pouco a pouco, come¸ou a experimentar novas estrat´gias e t´cnicas em
                           c                               e       e
suas aulas. Por exemplo:

   • Come¸ou a levar em considera¸˜o a id´ia de inteligˆncias m´ltiplas
          c                       ca     e             e       u
     quando preparava suas aulas.

   • Experimentou o uso de aprendizagem colaborativa na sala de aula.

   • Adotou a aprendizagem baseada em projetos.


                                       1
• At´ passou a utilizar um projetor de imagens durante as aulas.
       e

    Algumas vezes era at´ exagerado em seus experimentos. E isso era bas-
                          e
tante exaustivo. Nem tudo funcionava como ele pretendia (ou esperava).
Mas ele perseverou, porque ele queria que seus alunos aprendessem o m´-    a
ximo poss´ıvel.
    Ainda assim, ele sentia que algo estava faltando. Ele queria fazer coisas
com seus alunos que nunca tinha sido capaz de fazer. Coisas divertidas,
instigantes, coisas que os alunos tivessem prazer em fazer. Tudo com o
objetivo de fazer seus alunos quererem aprender.
    Mas ele n˜o sabia que coisas eram essas.
              a


Ato 2: O Bom Professor encontra Mr. Dougis
Um dia ele leu um artigo no jornal de sua escola sobre um tal Mr. Dougis,
um professor que estava fazendo coisas muito interessantes com seus alunos
usando a Internet. Pareceu interessante e ele imaginou se isto n˜o seria o
                                                                   a
que ele procurava h´ tanto tempo.
                       a
    Ele conhecia a escola onde Mr. Dougis era professor e telefonou deixando
uma mensagem na secret´ria eletrˆnica. Ser´ que Mr. Dougis estaria dis-
                           a       o          a
posto a conversar com ele?
    No dia seguinte ele recebeu uma resposta. Ele poderia procurar Mr.
Dougis em qualquer ter¸a-feira. Mas teria que ser uma ter¸a-feira.
                         c                                  c
    O Bom Professor procurou seu chefe e explicou que precisaria de um
substituto para a pr´xima ter¸a-feira. Explicou o motivo e o chefe concedeu-
                       o      c
lhe um dia de licen¸a para um trabalho externo de pesquisa. Realmente, isto
                     c
aconteceu!
    Ele foi visitar Mr. Dougis. Este o recebeu gentilmente com um sorriso
amigo.
                                                ´
    ”Bem-vindo,” disse Mr. Dougis, e sorriu. ”E bom que vocˆ tenha vindo
                                                                e
      ` ter¸as, n´s usamos o Moodle.”
hoje. As     c      o
    O Bom Professor olhou em volta. Havia uns 25 alunos sentados em frente
de computadores. Eles pareciam ter uns 13 anos. Muitos n˜o perceberam a
                                                            a
presen¸a do Bom Professor porque estavam envolvidos em suas atividades.
       c
    ”O que eles est˜o fazendo?”, perguntou o Bom Professor.
                    a
    ”Bem,” disse Mr. Dougis, ”algumas coisas. Alguns deles est˜o traba-
                                                                   a
lhando em grupo para criar um gloss´rio de termos usados nos artigos que
                                      a
n´s lemos toda semana.”
  o



                                     2
”Eles sabem como fazer isto?”, perguntou o Bom Professor. Ele pen-
sou que criar um gloss´rio online deveria ser uma atividade complicada,
                         a
considerando a idade dos alunos.
    ”Claro,” disse Mr. Dougis. ”N˜o ´ dif´ fazer isto usando Moodle.”
                                     a e ıcil
    ”Ah sim, Moodle,” disse o Bom Professor. ”Eu li sobre o Moodle em um
artigo no jornal da minha escola. O que ´ Moodle?”
                                          e
     ´
    ”E um programa para computador que usamos em nossa sala de aulas
virtual”, disse ele, conduzindo o Bom Professor para mais perto do monitor
de um dos computadores.
    ”Veja como os alunos est˜o preenchendo um formul´rio para criar novas
                                 a                       a
entradas no gloss´rio. Isto ´ Moodle.”
                  a            e
    N˜o parecia que os alunos estivessem encontrando qualquer dificuldade.
      a
    ”E um outro grupo de alunos,” disse ele, ”est´ envolvido em um debate
                                                  a
sobre o modo como a guerra ao terrorismo est´ sendo conduzida. E eles
                                                 a
est˜o tendo uma discuss˜o bastante acalorada,” disse Mr. Dougis sorrindo.
   a                       a
    ”Como podem eles fazer um debate online?” perguntou o Bom Professor.
    ”Eles est˜o usando um f´rum de discuss˜o para conversar entre si e est˜o
             a                 o            a                               a
inclusive dando notas para as interven¸˜es dos colegas, usando um crit´rio
                                        co                                e
de avalia¸˜o que n´s construimos juntos,” disse Mr. Dougis.
          ca        o
    ”E eles conseguem fazer isto com a idade que tˆm?” perguntou o Bom
                                                    e
Professor.
    ”Alguns est˜o ainda aprendendo a lidar com a cr´
                a                                     ıtica construtiva e n˜o
                                                                            a
tomar qualquer coisa que ´ escrita pelos colegas como um assunto pessoal,”
                             e
respondeu Mr. Dougis. ”Mas n´s estamos chegando l´. Com um pouco de
                                   o                   a
orienta¸˜o e est´
        ca       ımulo...”
    ”N˜o, eu me refiro ` tecnologia,” disse o Bom Professor.
       a                a
                                        ´ a
    ”Ah, claro!” replicou Mr. Dougis. ”E f´cil usar os f´runs em Moodle.”
                                                        o
    E a conversa continuou assim ao longo de todo o dia. Moodle isto e
Moodle aquilo. O Bom Professor teve que admitir que mesmo alunos jovens
pareciam ser muito bons moodlers 1 . E quase todos os alunos pareciam estar
completamente engajados e interessados em seu trabalho.
    Ele estava impressionado, mas imaginando se tudo era como parecia ser.
    Durante o intervalo de Mr. Dougis eles conversaram enquanto tomavam
um caf´ com bolo.
        e
    ”Fale-me mais sobre Moodle,” disse o Bom Professor.
    ”Bem,” disse Mr. Dougis, ”eu uso o Moodle para complementar e me-
lhorar minhas aulas. Eu posso, por exemplo, enviar para o ambiente uma
  1
      Sem tradu¸˜o estabelecida. Usu´rios de Moodle
               ca                   a




                                           3
apresenta¸˜o 2 para que os alunos revejam os assuntos j´ tratados em sala
           ca                                              a
de aula ou fornecer o endere¸o de bons s´
                            c            ıtios na Internet. Ou n´s (os alunos
                                                                o
e eu) podemos fazer alguma coisa mais social, mais colaborativa, como vocˆ    e
viu hoje.”
    ”Ent˜o, o Moodle ajuda vocˆ a fazer algumas coisas de forma diferente?”,
         a                     e
perguntou o Bom Professor.
    ”N˜o apenas diferente,” corrigiu enfaticamente Mr. Dougis, ”melhor.”
       a
    ”Como assim?”, perguntou o Bom Professor.
    ”Imagine, por exemplo,” disse Mr. Dougis, ”que n´s estejamos discu-
                                                          o
tindo os efeitos do aquecimento global. Eu posso enviar meus alunos para
a biblioteca para uma pesquisa na forma tradicional e podemos discutir em
sala de aula o que eles encontraram. Eu posso pedir aos alunos que fa¸am   c
cartazes para mostrar o que eles aprenderam. Eu posso dividir a turma em
grupos, criar uma lista das dez melhores maneiras de combate ao aqueci-
mento global. E podemos ter um debate em sala de aula sobre os efeitos do
aquecimento global tamb´m.”
                         e
    ”Isto parece ´timo,” disse o Bom Professor. ”O que h´ de errado com
                 o                                           a
essas propostas?”
    ”N˜o h´ nada de errado,” replicou Mr. Dougis, ”mas n´s podemos, por
       a a                                                   o
exemplo, ir ao Moodle e criar uma pesquisa sobre aquecimento global para
ser aplicada aos alunos aqui da escola e para alunos de nossos cursos online
                                        ´
em escolas parceiras no Canad´ e na Africa do Sul para verificar em que
                                a
medida n´s estamos todos de acordo neste assunto. N´s podemos construir
           o                                            o
a pesquisa juntos, convidar os colegas das outras escolas a participarem e
manter uma discuss˜o sobre os pontos em que estamos de acordo e aqueles
                    a
em que h´ divergˆncia. E esta ´ uma experiˆncia rica, muito valiosa e que
           a      e             e              e
n˜o poderia ser conduzida sem o Moodle, concorda?”
  a
    O Bom Professor concordou. Ele queria o Moodle para seus alunos.
    Mr. Dougis mostrou ao Bom Professor como acessar muitos s´    ıtios e criar
um curso em Moodle. No fim-de-semana o Bom Professor come¸ou a apren-
                                                                c
der os fundamentos do Moodle. At´ mesmo cadastrou-se na comunidade de
                                   e
usu´rios [2] e descobriu dezenas de professores interessados em Moodle.
    a


Ato 3: O Bom Professor come¸a a usar Moodle
                           c
Na sexta-feira seguinte, o Bom Professor e seus alunos estavam no labora-
t´rio de inform´tica da escola. Ele mostrou aos alunos como usar um f´rum
 o             a                                                     o
de discuss˜o e convidou-os a debater o romance que estavam lendo.
           a
  2
      Em PowerPoint ou OpenOffice.org Presentation.


                                         4
Alguns alunos tinham bons coment´rios. Outros tinham pouco a dizer.
                                        a
Alguns coment´rios eram pouco interessantes. Outros, completamente sem
                a
conte´do.
      u
     O Bom Professor ficou desapontado. Ser´ que o Moodle era mesmo tudo
                                            a
aquilo que Mr. Dougis declarava?
     Poucos dias depois, ele tentou novamente. Ele criou uma sala de bate-
papo para que os alunos conversassem sobre qualquer assunto, mas assu-
mindo o papel dos diversos personagens do romance que estavam lendo.
Alguns alunos fizeram um bom trabalho, mas muitos deles n˜o levaram a
                                                              a
atividade a s´rio. E a conversa na sala de bate-papo tornou-se confusa com
             e
todos falando ao mesmo tempo. Francamente, a experiˆncia tinha sido um
                                                       e
fracasso.
     Alguns dos alunos devem ter falado sobre Moodle de maneira pouco
favor´vel porque o Bom Professor teve que ouvir alguns coment´rios nada
      a                                                          a
agrad´veis na sala dos professores. Alguns colegas mostraram-se at´ mesmo
       a                                                           e
felizes vendo-o um pouco chateado.
     Agora o Bom Professor estava seguro de que o Moodle n˜o era a maravi-
                                                           a
lha proclamada por Mr. Dougis. Muito chateado, ele enviou uma mensagem
para ele relatando o acontecido.


Ato 4: mensagem para Mr. Dougis
O Bom Professor recebeu rapidamente uma resposta. ”Vocˆ parece chate-
                                                           e
ado,” escreveu Mr. Dougis.
   O Bom Professor respondeu, ”Estou chateado. N˜o estou seguro de que
                                                    a
o Moodle seja adequado para os meus alunos.”
   Seguiu-se uma troca de mensagens.
   ”Pode ser,” respondeu Mr. Dougis. ”Mas permita-me perguntar o se-
guinte: Seus alunos fizeram o que vocˆ pediu que eles fizessem?”
                                      e
   ”O que quer dizer com isto?” perguntou o Bom Professor.
   ”Bem, quando vocˆ pediu que eles discutissem o romance no f´rum, eles
                      e                                        o
o fizeram?”, perguntou Mr. Dougis.
   ”Sim, imagino que a maioria tenha feito,” respondeu o Bom Professor.
   ”E quando vocˆ pediu que eles conversassem sobre o romance na sala de
                  e
bate-papo, eles o fizeram?”
   ”A maioria deles sim,” respondeu o Bom Professor.
   ”Ent˜o, por que vocˆ est´ insatisfeito?” perguntou Mr. Dougis.
        a               e  a
   Era uma boa pergunta.



                                    5
”Bem,” respondeu o Bom Professor, ”os alunos n˜o pareceram muito
                                                        a
entusiasmados com as atividades e eu n˜o estou seguro de que eles tenham
                                         a
aprendido alguma coisa.”
    ”Isto j´ aconteceu alguma vez em suas aulas tradicionais?” foi a pergunta
           a
de Mr. Dougis.
    O Bom Professor ficou ofendido. ”Quase nunca,” respondeu indignado.
    ”Por que n˜o?” perguntou Mr. Dougis, brincando com fogo.
                a
    A primeira id´ia do Bom Professor foi enviar uma resposta fria e agres-
                   e
siva. Mas, depois de uns 5 minutos, ele se acalmou e come¸ou a pensar
                                                                c
sobre o assunto de maneira mais s´ria. Normalmente, suas aulas tinham
                                     e
uma estrutura do tipo come¸o, meio e fim. Elas eram bem preparadas e os
                             c
alunos entendiam exatamente o que ele queria que eles entendessem. Assim,
foi esta a resposta que ele enviou a Mr. Dougis.
    ”Vocˆ pode dizer o mesmo de suas duas experiˆncias com o Moodle?”,
         e                                          e
respondeu Mr. Dougis.
    O Bom Professor sabia que Mr. Dougis estava certo. Ele esperou que
o Moodle fizesse algum tipo de m´gica com seus alunos, mas de fato ele
                                    a
n˜o tinha pensado as duas experiˆncias com o mesmo cuidado que usava ao
  a                               e
preparar suas aulas tradicionais.
    ”Que orienta¸˜es vocˆ daria a seus alunos em uma situa¸˜o como essa?”
                  co      e                                  ca
foi a pergunta de Mr. Dougis.
    O Bom Professor decidiu dar ao Moodle uma nova chance.


Ato 5: O Bom Professor ataca novamente
Desta vez, ele perguntou a si mesmo, ”O que eu quero que meus alunos
aprendam?”. E ent˜o colocou no papel seus objetivos.
                   a
    Ent˜o perguntou novamente a si mesmo, ”Que recursos eu vou precisar
        a
para conseguir que a aula tenha efic´cia?” e coletou e organizou os recursos.
                                   a
    Finalmente, perguntou a si mesmo, ”O que eu realmente quero que meus
alunos fa¸am para que o processo seja bem sucedido?”. E ent˜o projetou as
          c                                                  a
atividades a serem desenvolvidas.
    O Bom Professor queria que seus alunos identificassem a importˆncia do
                                                                   a
conflito no romance que estavam lendo.
    Ele encontrou algumas boas fontes na Internet que forneciam as infor-
ma¸˜es que seus alunos precisavam e colocou no ambiente Moodle. Al´m
   co                                                                    e
disso, enviou para o ambiente suas pr´prias anota¸˜es sobre o assunto para
                                     o            co
facilitar a compreens˜o das informa¸˜es obtidas na Internet.
                     a             co



                                     6
Al´m disso, ele gostaria que os alunos criassem uma p´gina web para cada
      e                                                  a
um dos principais conflitos do romance, descrevendo o conflito e sugerindo
possibilidades de solu¸˜o para os mesmos. Ent˜o criou um wiki 3 onde os
                       ca                          a
alunos pudessem construir o conte´do desejado.
                                     u
    Antes de levar os alunos ao laborat´rio de inform´tica, o Bom Professor
                                         o            a
discutiu com eles o conte´do da li¸˜o e mostrou, usando seu projetor, o que
                          u         ca
era um wiki e como trabalhar com wikis.
    Colocou ainda, no ambiente Moodle, instru¸˜es claras sobre os objetivos
                                                  co
da li¸˜o, refor¸ando o que j´ tinha dito na aula presencial e estabelecendo
     ca        c              a
com os alunos um contrato n˜o declarado.
                                a
    No dia seguinte, foram todos para o laborat´rio de inform´tica.
                                                   o           a
    O Bom Professor sentiu-se gratificado com o resultado do trabalho. En-
quanto alguns poucos alunos tinham pequenas dificuldades nos primeiros
minutos da aula, a maioria entendeu o processo rapidamente e foi interes-
sante observar como a ajuda m´tua acontecia com naturalidade.
                                  u
    Depois de uns 45 minutos de trabalho quase todos os alunos tinham
colocado contribui¸˜es no wiki. Algumas das p´ginas wiki eram surpreen-
                    co                             a
demente muito boas.
    Enquanto circulava pelo laborat´rio o Bom Professor encorajava os alu-
                                      o
nos e elogiava seu trabalho. Claro, foi necess´rio lembrar para uns dois ou
                                                a
trˆs que jogar paciˆncia no computador n˜o era parte do trabalho progra-
  e                 e                        a
mado.
    Embora n˜o pudesse dizer que a aula tinha sido perfeita, o Bom Professor
              a
estava bastante satisfeito com o resultado. Os estudantes n˜o s´ aprenderam
                                                           a o
bastante como demonstraram prazer em fazer o trabalho sugerido.
    Na noite do mesmo dia o Bom Professor acessou o wiki para reler algumas
p´ginas. Surpreendeu-se ao observar que alguns alunos tinham continuado
  a
o trabalho usando o computador em casa. Eles acrescentaram gr´ficos, de-
                                                                   a
senhos e alteraram a formata¸˜o do texto. Esse trabalho complementar n˜o
                               ca                                         a
fazia parte da li¸˜o e nem tinha sido pedido aos alunos que fosse feito. Os
                 ca
alunos simplesmente desejaram fazer o trabalho adicional.
    E o Bom Professor sorriu discretamente.


Ato 6: O dia seguinte
Quando os alunos se encontraram em sala de aula, no dia seguinte, muitos
se mostravam excitados com o Moodle. Um deles disse, ”Quando meu pai
perguntou o que eu tinha feito na escola, eu mostrei a ele o wiki. Ele achou
  3
      Veja-se, por exemplo www.wikipedia.org.


                                           7
muito bom!”Estava evidente que o aluno estava orgulhoso com o trabalho
que ele e seus colegas tinham feito.
    O Bom Professor estava se sentindo muito bem.
    ”Podemos voltar ao laborat´rio hoje?” um dos alunos perguntou.
                               o
    ”N˜o,” respondeu o Bom Professor, ”hoje n˜o, mas podemos voltar l´ na
       a                                       a                      a
pr´xima semana. Vocˆs todos querem fazer isto?”
  o                    e
    Quando todos disseram sim, ele n˜o se surpreendeu.
                                      a
    ”Enquanto isso,” sugeriu o Bom Professor, ”vocˆs poderiam pensar no
                                                     e
nome de nossa pr´xima aula online.”
                  o
    Os alunos pensaram em muitas boas possibilidades e decidiram fazer
uma vota¸˜o. O Bom Professor disse ent˜o, ”N´s n˜o precisamos decidir
           ca                              a     o a
agora. Vou colocar uma Pesquisa de Opini˜o em nosso ambiente e vocˆs
                                             a                          e
podem decidir nos pr´ximos dias.”
                      o
    Quase todos concordaram com a proposta. Mas dois alunos se mostraram
insatisfeitos.
    ”O que h´ de errado?” perguntou o Bom Professor a um deles, no final
               a
da aula.
    ”Eu n˜o tenho Internet em casa, e n˜o vou poder votar,” disse o aluno.
           a                             a
    O Bom Professor n˜o tinha previsto essa situa¸˜o. Mas ele tinha uma
                         a                         ca
conex˜o com a Internet em sua sala de aulas. E havia tamb´m computadores
      a                                                   e
com Internet no laborat´rio de inform´tica da escola.
                          o            a
    ”Porque n˜o ficamos aqui depois das aulas e vocˆ pode usar o computador
                a                                 e
da sala de aulas?” sugeriu o Bom Professor. ”Ou eu posso conseguir uma
autoriza¸˜o para vocˆ usar o laborat´rio de inform´tica”.
         ca          e               o             a
    O aluno sorriu. ”Obrigado! Vou ficar um tempo depois das aulas e seguir
sua sugest˜o.”
            a
    E o Bom Professor estava muito contente.


Ato 7: O Bom Professor continua moodling
E assim foi. Com o passar do tempo Moodle tornou-se uma parte importante
das aulas. O Bom Professor estava colocando planos de aula no Moodle.
Os pais dos alunos pareciam gostar da mudan¸a. Depois de um tempo, ele
                                              c
come¸ou a elaborar pequenos question´rios de avalia¸˜o para que os alunos se
     c                              a              ca
preparassem para as provas. Junto com alunos de outra turma, os alunos do
Bom Professor passaram a construir artigos para o jornal da escola. Depois
que eles descobriram a Instant Messaging e os blogs, a coisa pegou fogo.
   Depois de alguns meses o uso do Moodle tornou-se uma atividade natural
para os alunos. E divertida tamb´m.
                                e


                                     8
Ato 8: Uma inesperada invers˜o de pap´is
                            a        e
Um dia o Bom Professor encontrou-se com Mr. Dougis no supermercado.
Disse a ele como as coisas iam bem com o Moodle. E agradeceu a orienta¸˜o
                                                                       ca
e colabora¸˜o.
           ca
    ”Bom saber,” disse Mr. Dougis. E sorriu.
                                                              ´
    ”Sabe o que eu mais gosto?” disse o Bom Professor. ”E muito bom
fazer um podcast   4 semanal com os nossos companheiros da Austr´lia! Meus
                                                                 a
alunos gostam muito do m´dulo podcast!” 5
                            o
    ”Ent˜o existe um m´dulo podcast? Eu n˜o sabia disto,” disse Mr. Dougis.
         a              o                   a
    ”N˜o sabia? N´s dever´
       a              o      ıamos criar um f´rum para partilhar informa-
                                              o
co
¸˜es com regularidade,” disse o Bom Professor, secretamente apreciando a
inesperada invers˜o de pap´is.
                   a        e
    ”Sim, esta ´ uma grande id´ia. Vamos fazer isto,” respondeu Mr. Dougis.
               e               e
”Parece que vocˆ se tornou um Muito Bom Professor.”
                 e
    E ele estava certo. O Bom Professor havia se tornado um Muito Bom
Professor.


1       Ep´
          ılogo
O Bom Professor teve que convencer o diretor e o conselho de sua escola, mas
finalmente obteve sucesso em conseguir um afastamento para participar de
um MoodleMoot 6 . Os administradores da escola arcaram com as despesas
da viagem, inscri¸˜o e estadia. O Bom Professor fez uma pequena palestra
                 ca
sobre suas experiˆncias com o Moodle.
                 e


Referˆncias
     e
 [1] http://docs.moodle.org/en/The_Good_Teacher

 [2] http://www.moodle.org




    4
     Sem tradu¸˜o estabelecida.
               ca
    5
     Dispon´ na vers˜o 1.6 do Moodle.
           ıvel       a
   6
     Sem tradu¸˜o estabelecida. Encontro de usu´rios e desenvolvedores do ambiente Mo-
               ca                              a
odle.


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  • 1. O Bom Professor Julho - 2006 Resumo Este texto foi encontrado em [1], como visto em 16/07/2006, e tra- duzido livremente por Athail Rangel Pulino Filho, professor do Depar- tamento de Engenharia Civil da Universidade de Bras´ ılia. Destina-se aos usu´rios professores do ambiente de aprendizagem aprender.unb.br. a Ato 1: O Bom Professor quer ser ainda melhor Era uma vez, h´ muito tempo atr´s, um Bom Professor. Seus alunos e seus a a colegas reconheciam que ele era um Bom Professor. Ele era modesto mas tamb´m sentia que era um Bom Professor e tinha muito orgulho disso. e Mas, como todos os bons professores, ele queria ser ainda melhor. Ele conversava com os colegas e eles lhe davam muitas sugest˜es uteis o ´ (embora ele observasse uma certa reserva nessas conversas). Ele conversava com seus alunos e seus insights eram bastante interessan- tes e instigantes. Ele procurou seu chefe e ele lhe deu alguns bons conselhos. (Verdade!). Ele lia revistas e livros, inscreveu-se em uma Lista de Discuss˜o, visitou a p´ginas da Internet, assistiu a semin´rios e conferˆncias, e buscou conhe- a a e cimento onde pode encontrar. Ele estava muito motivado a se tornar um ainda melhor professor. Pouco a pouco, come¸ou a experimentar novas estrat´gias e t´cnicas em c e e suas aulas. Por exemplo: • Come¸ou a levar em considera¸˜o a id´ia de inteligˆncias m´ltiplas c ca e e u quando preparava suas aulas. • Experimentou o uso de aprendizagem colaborativa na sala de aula. • Adotou a aprendizagem baseada em projetos. 1
  • 2. • At´ passou a utilizar um projetor de imagens durante as aulas. e Algumas vezes era at´ exagerado em seus experimentos. E isso era bas- e tante exaustivo. Nem tudo funcionava como ele pretendia (ou esperava). Mas ele perseverou, porque ele queria que seus alunos aprendessem o m´- a ximo poss´ıvel. Ainda assim, ele sentia que algo estava faltando. Ele queria fazer coisas com seus alunos que nunca tinha sido capaz de fazer. Coisas divertidas, instigantes, coisas que os alunos tivessem prazer em fazer. Tudo com o objetivo de fazer seus alunos quererem aprender. Mas ele n˜o sabia que coisas eram essas. a Ato 2: O Bom Professor encontra Mr. Dougis Um dia ele leu um artigo no jornal de sua escola sobre um tal Mr. Dougis, um professor que estava fazendo coisas muito interessantes com seus alunos usando a Internet. Pareceu interessante e ele imaginou se isto n˜o seria o a que ele procurava h´ tanto tempo. a Ele conhecia a escola onde Mr. Dougis era professor e telefonou deixando uma mensagem na secret´ria eletrˆnica. Ser´ que Mr. Dougis estaria dis- a o a posto a conversar com ele? No dia seguinte ele recebeu uma resposta. Ele poderia procurar Mr. Dougis em qualquer ter¸a-feira. Mas teria que ser uma ter¸a-feira. c c O Bom Professor procurou seu chefe e explicou que precisaria de um substituto para a pr´xima ter¸a-feira. Explicou o motivo e o chefe concedeu- o c lhe um dia de licen¸a para um trabalho externo de pesquisa. Realmente, isto c aconteceu! Ele foi visitar Mr. Dougis. Este o recebeu gentilmente com um sorriso amigo. ´ ”Bem-vindo,” disse Mr. Dougis, e sorriu. ”E bom que vocˆ tenha vindo e ` ter¸as, n´s usamos o Moodle.” hoje. As c o O Bom Professor olhou em volta. Havia uns 25 alunos sentados em frente de computadores. Eles pareciam ter uns 13 anos. Muitos n˜o perceberam a a presen¸a do Bom Professor porque estavam envolvidos em suas atividades. c ”O que eles est˜o fazendo?”, perguntou o Bom Professor. a ”Bem,” disse Mr. Dougis, ”algumas coisas. Alguns deles est˜o traba- a lhando em grupo para criar um gloss´rio de termos usados nos artigos que a n´s lemos toda semana.” o 2
  • 3. ”Eles sabem como fazer isto?”, perguntou o Bom Professor. Ele pen- sou que criar um gloss´rio online deveria ser uma atividade complicada, a considerando a idade dos alunos. ”Claro,” disse Mr. Dougis. ”N˜o ´ dif´ fazer isto usando Moodle.” a e ıcil ”Ah sim, Moodle,” disse o Bom Professor. ”Eu li sobre o Moodle em um artigo no jornal da minha escola. O que ´ Moodle?” e ´ ”E um programa para computador que usamos em nossa sala de aulas virtual”, disse ele, conduzindo o Bom Professor para mais perto do monitor de um dos computadores. ”Veja como os alunos est˜o preenchendo um formul´rio para criar novas a a entradas no gloss´rio. Isto ´ Moodle.” a e N˜o parecia que os alunos estivessem encontrando qualquer dificuldade. a ”E um outro grupo de alunos,” disse ele, ”est´ envolvido em um debate a sobre o modo como a guerra ao terrorismo est´ sendo conduzida. E eles a est˜o tendo uma discuss˜o bastante acalorada,” disse Mr. Dougis sorrindo. a a ”Como podem eles fazer um debate online?” perguntou o Bom Professor. ”Eles est˜o usando um f´rum de discuss˜o para conversar entre si e est˜o a o a a inclusive dando notas para as interven¸˜es dos colegas, usando um crit´rio co e de avalia¸˜o que n´s construimos juntos,” disse Mr. Dougis. ca o ”E eles conseguem fazer isto com a idade que tˆm?” perguntou o Bom e Professor. ”Alguns est˜o ainda aprendendo a lidar com a cr´ a ıtica construtiva e n˜o a tomar qualquer coisa que ´ escrita pelos colegas como um assunto pessoal,” e respondeu Mr. Dougis. ”Mas n´s estamos chegando l´. Com um pouco de o a orienta¸˜o e est´ ca ımulo...” ”N˜o, eu me refiro ` tecnologia,” disse o Bom Professor. a a ´ a ”Ah, claro!” replicou Mr. Dougis. ”E f´cil usar os f´runs em Moodle.” o E a conversa continuou assim ao longo de todo o dia. Moodle isto e Moodle aquilo. O Bom Professor teve que admitir que mesmo alunos jovens pareciam ser muito bons moodlers 1 . E quase todos os alunos pareciam estar completamente engajados e interessados em seu trabalho. Ele estava impressionado, mas imaginando se tudo era como parecia ser. Durante o intervalo de Mr. Dougis eles conversaram enquanto tomavam um caf´ com bolo. e ”Fale-me mais sobre Moodle,” disse o Bom Professor. ”Bem,” disse Mr. Dougis, ”eu uso o Moodle para complementar e me- lhorar minhas aulas. Eu posso, por exemplo, enviar para o ambiente uma 1 Sem tradu¸˜o estabelecida. Usu´rios de Moodle ca a 3
  • 4. apresenta¸˜o 2 para que os alunos revejam os assuntos j´ tratados em sala ca a de aula ou fornecer o endere¸o de bons s´ c ıtios na Internet. Ou n´s (os alunos o e eu) podemos fazer alguma coisa mais social, mais colaborativa, como vocˆ e viu hoje.” ”Ent˜o, o Moodle ajuda vocˆ a fazer algumas coisas de forma diferente?”, a e perguntou o Bom Professor. ”N˜o apenas diferente,” corrigiu enfaticamente Mr. Dougis, ”melhor.” a ”Como assim?”, perguntou o Bom Professor. ”Imagine, por exemplo,” disse Mr. Dougis, ”que n´s estejamos discu- o tindo os efeitos do aquecimento global. Eu posso enviar meus alunos para a biblioteca para uma pesquisa na forma tradicional e podemos discutir em sala de aula o que eles encontraram. Eu posso pedir aos alunos que fa¸am c cartazes para mostrar o que eles aprenderam. Eu posso dividir a turma em grupos, criar uma lista das dez melhores maneiras de combate ao aqueci- mento global. E podemos ter um debate em sala de aula sobre os efeitos do aquecimento global tamb´m.” e ”Isto parece ´timo,” disse o Bom Professor. ”O que h´ de errado com o a essas propostas?” ”N˜o h´ nada de errado,” replicou Mr. Dougis, ”mas n´s podemos, por a a o exemplo, ir ao Moodle e criar uma pesquisa sobre aquecimento global para ser aplicada aos alunos aqui da escola e para alunos de nossos cursos online ´ em escolas parceiras no Canad´ e na Africa do Sul para verificar em que a medida n´s estamos todos de acordo neste assunto. N´s podemos construir o o a pesquisa juntos, convidar os colegas das outras escolas a participarem e manter uma discuss˜o sobre os pontos em que estamos de acordo e aqueles a em que h´ divergˆncia. E esta ´ uma experiˆncia rica, muito valiosa e que a e e e n˜o poderia ser conduzida sem o Moodle, concorda?” a O Bom Professor concordou. Ele queria o Moodle para seus alunos. Mr. Dougis mostrou ao Bom Professor como acessar muitos s´ ıtios e criar um curso em Moodle. No fim-de-semana o Bom Professor come¸ou a apren- c der os fundamentos do Moodle. At´ mesmo cadastrou-se na comunidade de e usu´rios [2] e descobriu dezenas de professores interessados em Moodle. a Ato 3: O Bom Professor come¸a a usar Moodle c Na sexta-feira seguinte, o Bom Professor e seus alunos estavam no labora- t´rio de inform´tica da escola. Ele mostrou aos alunos como usar um f´rum o a o de discuss˜o e convidou-os a debater o romance que estavam lendo. a 2 Em PowerPoint ou OpenOffice.org Presentation. 4
  • 5. Alguns alunos tinham bons coment´rios. Outros tinham pouco a dizer. a Alguns coment´rios eram pouco interessantes. Outros, completamente sem a conte´do. u O Bom Professor ficou desapontado. Ser´ que o Moodle era mesmo tudo a aquilo que Mr. Dougis declarava? Poucos dias depois, ele tentou novamente. Ele criou uma sala de bate- papo para que os alunos conversassem sobre qualquer assunto, mas assu- mindo o papel dos diversos personagens do romance que estavam lendo. Alguns alunos fizeram um bom trabalho, mas muitos deles n˜o levaram a a atividade a s´rio. E a conversa na sala de bate-papo tornou-se confusa com e todos falando ao mesmo tempo. Francamente, a experiˆncia tinha sido um e fracasso. Alguns dos alunos devem ter falado sobre Moodle de maneira pouco favor´vel porque o Bom Professor teve que ouvir alguns coment´rios nada a a agrad´veis na sala dos professores. Alguns colegas mostraram-se at´ mesmo a e felizes vendo-o um pouco chateado. Agora o Bom Professor estava seguro de que o Moodle n˜o era a maravi- a lha proclamada por Mr. Dougis. Muito chateado, ele enviou uma mensagem para ele relatando o acontecido. Ato 4: mensagem para Mr. Dougis O Bom Professor recebeu rapidamente uma resposta. ”Vocˆ parece chate- e ado,” escreveu Mr. Dougis. O Bom Professor respondeu, ”Estou chateado. N˜o estou seguro de que a o Moodle seja adequado para os meus alunos.” Seguiu-se uma troca de mensagens. ”Pode ser,” respondeu Mr. Dougis. ”Mas permita-me perguntar o se- guinte: Seus alunos fizeram o que vocˆ pediu que eles fizessem?” e ”O que quer dizer com isto?” perguntou o Bom Professor. ”Bem, quando vocˆ pediu que eles discutissem o romance no f´rum, eles e o o fizeram?”, perguntou Mr. Dougis. ”Sim, imagino que a maioria tenha feito,” respondeu o Bom Professor. ”E quando vocˆ pediu que eles conversassem sobre o romance na sala de e bate-papo, eles o fizeram?” ”A maioria deles sim,” respondeu o Bom Professor. ”Ent˜o, por que vocˆ est´ insatisfeito?” perguntou Mr. Dougis. a e a Era uma boa pergunta. 5
  • 6. ”Bem,” respondeu o Bom Professor, ”os alunos n˜o pareceram muito a entusiasmados com as atividades e eu n˜o estou seguro de que eles tenham a aprendido alguma coisa.” ”Isto j´ aconteceu alguma vez em suas aulas tradicionais?” foi a pergunta a de Mr. Dougis. O Bom Professor ficou ofendido. ”Quase nunca,” respondeu indignado. ”Por que n˜o?” perguntou Mr. Dougis, brincando com fogo. a A primeira id´ia do Bom Professor foi enviar uma resposta fria e agres- e siva. Mas, depois de uns 5 minutos, ele se acalmou e come¸ou a pensar c sobre o assunto de maneira mais s´ria. Normalmente, suas aulas tinham e uma estrutura do tipo come¸o, meio e fim. Elas eram bem preparadas e os c alunos entendiam exatamente o que ele queria que eles entendessem. Assim, foi esta a resposta que ele enviou a Mr. Dougis. ”Vocˆ pode dizer o mesmo de suas duas experiˆncias com o Moodle?”, e e respondeu Mr. Dougis. O Bom Professor sabia que Mr. Dougis estava certo. Ele esperou que o Moodle fizesse algum tipo de m´gica com seus alunos, mas de fato ele a n˜o tinha pensado as duas experiˆncias com o mesmo cuidado que usava ao a e preparar suas aulas tradicionais. ”Que orienta¸˜es vocˆ daria a seus alunos em uma situa¸˜o como essa?” co e ca foi a pergunta de Mr. Dougis. O Bom Professor decidiu dar ao Moodle uma nova chance. Ato 5: O Bom Professor ataca novamente Desta vez, ele perguntou a si mesmo, ”O que eu quero que meus alunos aprendam?”. E ent˜o colocou no papel seus objetivos. a Ent˜o perguntou novamente a si mesmo, ”Que recursos eu vou precisar a para conseguir que a aula tenha efic´cia?” e coletou e organizou os recursos. a Finalmente, perguntou a si mesmo, ”O que eu realmente quero que meus alunos fa¸am para que o processo seja bem sucedido?”. E ent˜o projetou as c a atividades a serem desenvolvidas. O Bom Professor queria que seus alunos identificassem a importˆncia do a conflito no romance que estavam lendo. Ele encontrou algumas boas fontes na Internet que forneciam as infor- ma¸˜es que seus alunos precisavam e colocou no ambiente Moodle. Al´m co e disso, enviou para o ambiente suas pr´prias anota¸˜es sobre o assunto para o co facilitar a compreens˜o das informa¸˜es obtidas na Internet. a co 6
  • 7. Al´m disso, ele gostaria que os alunos criassem uma p´gina web para cada e a um dos principais conflitos do romance, descrevendo o conflito e sugerindo possibilidades de solu¸˜o para os mesmos. Ent˜o criou um wiki 3 onde os ca a alunos pudessem construir o conte´do desejado. u Antes de levar os alunos ao laborat´rio de inform´tica, o Bom Professor o a discutiu com eles o conte´do da li¸˜o e mostrou, usando seu projetor, o que u ca era um wiki e como trabalhar com wikis. Colocou ainda, no ambiente Moodle, instru¸˜es claras sobre os objetivos co da li¸˜o, refor¸ando o que j´ tinha dito na aula presencial e estabelecendo ca c a com os alunos um contrato n˜o declarado. a No dia seguinte, foram todos para o laborat´rio de inform´tica. o a O Bom Professor sentiu-se gratificado com o resultado do trabalho. En- quanto alguns poucos alunos tinham pequenas dificuldades nos primeiros minutos da aula, a maioria entendeu o processo rapidamente e foi interes- sante observar como a ajuda m´tua acontecia com naturalidade. u Depois de uns 45 minutos de trabalho quase todos os alunos tinham colocado contribui¸˜es no wiki. Algumas das p´ginas wiki eram surpreen- co a demente muito boas. Enquanto circulava pelo laborat´rio o Bom Professor encorajava os alu- o nos e elogiava seu trabalho. Claro, foi necess´rio lembrar para uns dois ou a trˆs que jogar paciˆncia no computador n˜o era parte do trabalho progra- e e a mado. Embora n˜o pudesse dizer que a aula tinha sido perfeita, o Bom Professor a estava bastante satisfeito com o resultado. Os estudantes n˜o s´ aprenderam a o bastante como demonstraram prazer em fazer o trabalho sugerido. Na noite do mesmo dia o Bom Professor acessou o wiki para reler algumas p´ginas. Surpreendeu-se ao observar que alguns alunos tinham continuado a o trabalho usando o computador em casa. Eles acrescentaram gr´ficos, de- a senhos e alteraram a formata¸˜o do texto. Esse trabalho complementar n˜o ca a fazia parte da li¸˜o e nem tinha sido pedido aos alunos que fosse feito. Os ca alunos simplesmente desejaram fazer o trabalho adicional. E o Bom Professor sorriu discretamente. Ato 6: O dia seguinte Quando os alunos se encontraram em sala de aula, no dia seguinte, muitos se mostravam excitados com o Moodle. Um deles disse, ”Quando meu pai perguntou o que eu tinha feito na escola, eu mostrei a ele o wiki. Ele achou 3 Veja-se, por exemplo www.wikipedia.org. 7
  • 8. muito bom!”Estava evidente que o aluno estava orgulhoso com o trabalho que ele e seus colegas tinham feito. O Bom Professor estava se sentindo muito bem. ”Podemos voltar ao laborat´rio hoje?” um dos alunos perguntou. o ”N˜o,” respondeu o Bom Professor, ”hoje n˜o, mas podemos voltar l´ na a a a pr´xima semana. Vocˆs todos querem fazer isto?” o e Quando todos disseram sim, ele n˜o se surpreendeu. a ”Enquanto isso,” sugeriu o Bom Professor, ”vocˆs poderiam pensar no e nome de nossa pr´xima aula online.” o Os alunos pensaram em muitas boas possibilidades e decidiram fazer uma vota¸˜o. O Bom Professor disse ent˜o, ”N´s n˜o precisamos decidir ca a o a agora. Vou colocar uma Pesquisa de Opini˜o em nosso ambiente e vocˆs a e podem decidir nos pr´ximos dias.” o Quase todos concordaram com a proposta. Mas dois alunos se mostraram insatisfeitos. ”O que h´ de errado?” perguntou o Bom Professor a um deles, no final a da aula. ”Eu n˜o tenho Internet em casa, e n˜o vou poder votar,” disse o aluno. a a O Bom Professor n˜o tinha previsto essa situa¸˜o. Mas ele tinha uma a ca conex˜o com a Internet em sua sala de aulas. E havia tamb´m computadores a e com Internet no laborat´rio de inform´tica da escola. o a ”Porque n˜o ficamos aqui depois das aulas e vocˆ pode usar o computador a e da sala de aulas?” sugeriu o Bom Professor. ”Ou eu posso conseguir uma autoriza¸˜o para vocˆ usar o laborat´rio de inform´tica”. ca e o a O aluno sorriu. ”Obrigado! Vou ficar um tempo depois das aulas e seguir sua sugest˜o.” a E o Bom Professor estava muito contente. Ato 7: O Bom Professor continua moodling E assim foi. Com o passar do tempo Moodle tornou-se uma parte importante das aulas. O Bom Professor estava colocando planos de aula no Moodle. Os pais dos alunos pareciam gostar da mudan¸a. Depois de um tempo, ele c come¸ou a elaborar pequenos question´rios de avalia¸˜o para que os alunos se c a ca preparassem para as provas. Junto com alunos de outra turma, os alunos do Bom Professor passaram a construir artigos para o jornal da escola. Depois que eles descobriram a Instant Messaging e os blogs, a coisa pegou fogo. Depois de alguns meses o uso do Moodle tornou-se uma atividade natural para os alunos. E divertida tamb´m. e 8
  • 9. Ato 8: Uma inesperada invers˜o de pap´is a e Um dia o Bom Professor encontrou-se com Mr. Dougis no supermercado. Disse a ele como as coisas iam bem com o Moodle. E agradeceu a orienta¸˜o ca e colabora¸˜o. ca ”Bom saber,” disse Mr. Dougis. E sorriu. ´ ”Sabe o que eu mais gosto?” disse o Bom Professor. ”E muito bom fazer um podcast 4 semanal com os nossos companheiros da Austr´lia! Meus a alunos gostam muito do m´dulo podcast!” 5 o ”Ent˜o existe um m´dulo podcast? Eu n˜o sabia disto,” disse Mr. Dougis. a o a ”N˜o sabia? N´s dever´ a o ıamos criar um f´rum para partilhar informa- o co ¸˜es com regularidade,” disse o Bom Professor, secretamente apreciando a inesperada invers˜o de pap´is. a e ”Sim, esta ´ uma grande id´ia. Vamos fazer isto,” respondeu Mr. Dougis. e e ”Parece que vocˆ se tornou um Muito Bom Professor.” e E ele estava certo. O Bom Professor havia se tornado um Muito Bom Professor. 1 Ep´ ılogo O Bom Professor teve que convencer o diretor e o conselho de sua escola, mas finalmente obteve sucesso em conseguir um afastamento para participar de um MoodleMoot 6 . Os administradores da escola arcaram com as despesas da viagem, inscri¸˜o e estadia. O Bom Professor fez uma pequena palestra ca sobre suas experiˆncias com o Moodle. e Referˆncias e [1] http://docs.moodle.org/en/The_Good_Teacher [2] http://www.moodle.org 4 Sem tradu¸˜o estabelecida. ca 5 Dispon´ na vers˜o 1.6 do Moodle. ıvel a 6 Sem tradu¸˜o estabelecida. Encontro de usu´rios e desenvolvedores do ambiente Mo- ca a odle. 9