O documento discute a Síndrome de Transfusão feto-fetal (STFF), uma complicação grave em gestações gemelares monocoriônicas onde há compartilhamento desigual de sangue entre os fetos através de vasos na placenta, podendo levar a óbito se não tratada. Detalha os sinais de STFF visíveis no ultrassom, critérios para diagnóstico e estadiamento, e o tratamento com coagulação a laser dos vasos placentários para interromper a transfusão.
Reanimao neonatal e adaptao a vida extra uterina - final -
Stt rfb2010
1. Síndrome de Transfusão feto-fetal
STFF
Dra. Denise A. Lapa Pedreira
Diploma Internacional Medicina Fetal - FMF Londres
Mestrado e Doutorado - Faculdade de Medicina USP
Docente Pós-graduação FMUSP
wdpedreira@uol.com.br
Rede Fetal Brasileira
Outubro 2010
2. Duas placentas
DICORIÔNICA
Sinal do “T”
Uma placenta
MONOCORIÔNICA
Precisa ser incluída no laudo
Como diferenciar
US 11 a 14semanas
Sinal do lambda “twin peak”
7. Receptor
Líquido aumentado
> 8cm < 20sem
> 10cm > 20sem
Bexiga cheia
Doador
Líquido reduzido
< 2cm
Bexiga vazia
Estadiamento
I – bexiga doador ainda visível
II – bexiga doador não visível
III – Doppler anormal em qq feto
IV – Hidropsia em qq feto
V – óbito de um ou ambos
Quintero, 1999
Estadiamento
9. Amniodrenagem
X
Laser
Alt neurológicas
Amniodrenagem ~ 14%
Laser ~ 6%
Sobrevida geral
76% x 56%
www.eurofoetus.org
Prospectivo randomizado multicêntrico
Senat et al, 2004
New England Journal Medicine
Síndrome transfusor transfundido
10. Coagulação a laser
das anastomoses
placentárias
Síndrome transfusor transfundido
Abordagem Sono-Endoscópica
12. Critérios exclusão
IG > 26 semanas
Presença mal-formação fetal
Pseudo STT
Amniodrenagem terapêutica
Óbito um dos fetos
Rotura bolsa
Trabalho parto prematuro
40% dos casos encaminhados
não são submetidos ao laser
18. Dignóstico diferencial
POLIdrâmnio isolado – sem OLIGO
OLIGO isolado – sem POLI
CIUR isolado – com ou sem OLIGO
40% dos casos encaminhados
não são submetidos ao laser
Diferença de peso – NÃO é critério STT
Pode haver inversão DOADOR/RECEPTOR
Diferença de peso – NÃO é critério STT
Pode haver inversão DOADOR/RECEPTOR
Seguimento US semanalSeguimento US semanal
20. Antes 28 semanas:
Onda A ausente ou reversa no ducto venoso
Após 28 semanas:
Diástole reversa persistente na artéria umbilical
PI ducto aumentado
CTR e/ou perfil biofísico alterado
Gratacós, 2008
Avaliação SEMANAL da vitalidade
Lembrar que o óbito súbito SEMPRE pode ocorrer
durante o seguimento
Lembrar que o óbito súbito SEMPRE pode ocorrer
durante o seguimento
CIUR isolado em monocoriônica
Seguimento SEMANAL vitalidade
21. Acompanhamento serviço MEDICINA FETAL
Seguimento quinzeanal
16 a 26 semanas
Sinais precoces STT
TN discordante (11 a 14semanas)
22. Evolução da STT
Absent / Reverse EDF in
umbilical artery of donor
Absent / Reverse a wave in
ductus venosus of recipient
30%
12 wks
16 wks
20 wks
50%
Seguimento semanal
16 a 26 semanas
24. Dicoriônico Monocoriônico
Acompanhar a cada 2
semanas de 16 a 26
semanas*
MBV> 8cm e
MBV<2cm
Polidramnia e
Oligoidramnia
associadas
MBV< 8cm e/ou
MBV > 2cm
Coagulação a
laser
Cesariana 34-35 semanasParto 38 semanas
Determinar Corionicidade até
14 semanas
(sempre referir no laudo)
Gestação Gemelar
Normodramnia Polidramnia ou
Oligoidramnia
isoladas
Investigação
Diagnóstica de outras
Patologias
STFF
Comitê Brasileiro de Ultra-sonografia
www.cbus.com.br - 2008
Comitê Brasileiro de Ultra-sonografia
www.cbus.com.br - 2008