A válvula de uretra posterior é uma estrutura membranosa na uretra que causa obstrução uretral. Ela é a causa mais comum de obstrução uretral congênita em crianças e pode levar a complicações como retenção urinária, hidronefrose e disfunção renal se não tratada cirurgicamente. O diagnóstico é feito principalmente por ultrassom que mostra dilatação do trato urinário superior.
Válvula de Uretra Posterior: Diagnóstico e Tratamento
1. Válvula de Uretra Posterior
Acadêmicos:
Adojhones Frankcian da Silva Santos
Luiz Felipe Silveira Sales
2. Válvula de Uretra Posterior
• Estrutura membranosa com origem no
assoalho da mucosa da uretra prostática,
junto ao veromontano, com inserção distal e
anterior oblíqua em relação ao eixo
longitudinal e abertura de tamanho variável,
relacionado ao grau de expressão da doença
3. Epidemiologia
• Causa mais comum de obstrução uretral
congênita em crianças
• 1:3000 a 1:8000
• 2 a 8 novos casos em unidades de referência
em Urologia Pediátrica por ano
6. Classificação
• Young et al.
– Tipo I (95%)
• Obstrução em apenas um sentido
– Tipo II
• Hipertrofia das pregas coliculares proximais ao
veromontano
– Tipo III
• Estenose congênita, com obstrução nos dois sentidos
7. Fisiopatologia e Aspectos Clínicos
Presença da Válvula Obstrução uretral Dilatação e alongamento da UP
Hipertrofia do CV
Hiperplasia e hipertrofia do detrusor
Aumento da resistência ao esvaziamento uretral
Dilatação ureteral e RVU
Hidronefrose
Pielonefrite
Displasia renal
Nefrite Intersticial
Oligoidrâmnio
Hipoplasia pulmonar
8. Mecanismo de pop-off ou válvula de
escape
• RVU e displasia renal unilaterais
• Extravasamento urinário
• Divertículos vesicais
9. Diagnóstico
• 2/3 dos casos – USG antenatal
– Bexiga espessada e constantemente cheia, oligo-
hidrâmnio, ascite ou urinoma
• Neonato
– Retenção urinária, massas palpáveis nos flancos,
febre, septicemia, anemia, icterícia, déficit de
crescimento, hipoplasia pulmonar e ascite urinária
10. Diagnóstico
• Métodos de imagem no diagnóstico de VUP
no recém-nascido
– USG: confirmação de resultados prévios
– Uretrocistografia miccional
• Dilatação da uretra prostática, hipertrofia do colo
vesical, pouco fluxo distal, bexiga com trabeculação e
divertículos e RVU (50%)
– DTPA, DMSA e MAG3
12. Complicações
• IRC em 30% dos casos
• Bexiga de válvula
– Progressão ou persistência da dilatação do trato
urinário superior, apesar da desobstrução
cirúrgica bem sucedida
– Hiperplasia e hipertrofia juntamente com alta
contratilidade
• Sepse
14. Referências Bibliográficas
• Urologia Fundamental – Sociedade Brasileira de Urologia
• Neonato com ascite urinária e ruptura de cálice renal secundárias a válvula de
uretra posterior: diagnóstico ultrassonográfico, disponível em:
http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2164
• Válvula de uretra posterior associada a urinoma perinefrético e ascite urinária,
disponível em: http://www.spr.org.br/files/public/magazine/public_112/27-29.pdf
• Projeto Diretrizes – Válvula de Uretra Posterior, disponível
em:http://projetodiretrizes.org.br/6_volume/40-ValvulaUrePost.pdf
Notes de l'éditeur
Um dos fatores responsáveis pelos altos índices de morte é a hipoplasia pulmonar, decorrente, nos casos de oligoidramnia precoce, da compressão do tórax e abdome fetais, limitando a movimentação do diafragma1
Um dos fatores responsáveis pelos altos índices de morte é a hipoplasia pulmonar, decorrente, nos casos de oligoidramnia precoce, da compressão do tórax e abdome fetais, limitando a movimentação do diafragma1