2. Bacia Hidrográfica ou Bacia de
Drenagem
• Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus
afluentes.
• É uma área de captação da água de precipitação,
demarcada por divisores topográficos, onde toda a água
captada converge para um único ponto de saída, o
exutório.
• Parte da superfície terrestre que é ocupada por um
sistema de drenagem ou contribui com água superficial
para aquele sistema.
• É uma área geográfica que corresponde à superfície
coletora de água de chuva e delimitada como um
sistema independente de drenagem.
• É a área da superfície terrestre drenada por um rio
principal e seus tributários, sendo limitada pelos
divisores de água.
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5. Conceitos básicos
• Rede hidrográfica – corresponde ao
conjunto de rios de uma bacia.
• Regime fluvial – á a variação do nível das
águas de um rio durante o ano.
• Vazão ou débito fluvial – é a quantidade
de água que passa por uma seção do rio.
É medida em metro cúbico por segundo
(m3/s)
6. Classificação dos cursos de água
Tipos de drenagem quanto ao comportamento
do regime fluvial
• Perenes – fluem permanentemente, o lençol
freático nunca fica abaixo do leito.
• Intermitentes – geralmente fluem durante período
chuvoso, secando nas estiagens e o lençol
freático oscila.
• Efêmeros – transporta água apenas durante a
chuva ou degelo, secando imediatamente, lençol
freático está sempre abaixo do leito.
7. Tipos de drenagem segundo o
padrão de escoamento
• Exorreicas – a drenagem se faz em direção ao
mar.
• Endorreicas – o escoamento é interno, isto é,
não se faz para o oceano. Neste caso as águas
fluem para uma depressão (playa ou lago) ou
então se dissipam nas areias dos desertos.
• Arreicas – neste tipo de drenagem não se
verifica uma estruturação hidrográfica. Este tipo
é encontrado nas áreas desérticas, onde a
precipitação é insignificante.
• Criptorreicas – as águas fluem
subterraneamente, como acontece nas áreas
cársticas.
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9. Foz do Rio Poti (endorréica)
Foz do Rio Amazonas
(exorréica)
10. Foz do Rio S. Francisco
Foz do Rio Parnaíba
Lagoas Freáticas
11. Classificação quanto à organização
(hierarquia) de uma rede de drenagem.
• Canais de primeira ordem – são os canais que
não possuem tributários.
• Canais de segunda ordem – recebem somente
afluentes de primeira ordem.
• Canais de terceira ordem – podem receber um
ou mais tributários de segunda ordem, mais
também podem receber afluentes de primeira
ordem.
• Canais de quarta ordem recebem tributários de
terceira ordem e, também de ordem inferior.
12. A de hierarquia fluvial consiste em
estabelecer a classificação de determinado
curso d’água ou da área drenada onde o
mesmo está inserido, no conjunto total de
sua bacia hidrográfica.
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15. Caracterização dos leitos dos rios
• Leito fluvial – Canal escavado pelo talvegue (linha de
máxima profundidade ao longo do leito) do rio para o
escoamento dos materiais e das águas.
• Leito menor ou de vazante – canal por onde correm
permanentemente, as águas de um rio, sendo a secção
transversal melhor observada no período de vazante.
• Leito maior (periódico ou sazonal) – corresponde à área
que é ocupada pela águas do rio pelo menos uma vez ao
ano, durante as enchentes.
• Leito maior excepcional – canal do rio ocupado quando
ocorrem as grandes enchentes em intervalos irregulares.
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17. A inundação constitui-se em um processo de
extravasamento das águas de um curso d´água para
áreas marginais, ou seja, ocorre quando o fluxo d´água é
superior à capacidade de descarga do canal. Já a
enchente refere-se ao acréscimo na descarga d´água por
um determinado período (Infanti Jr & Fornasari Filho,
1998).
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19. Padrão de rede de drenagem
• Drenagem dendrítica – também é designada como
arborescente, porque seu desenvolvimento assemelha-se
à configuração de uma árvore. Como nas árvores, os
ramos formados pelas correntes tributárias distribuem-se
em todas as direções sobre a superfície do terreno, e se
unem formando ângulos agudos de graduações
variadas.
• Drenagem em treliça – esse tipo de drenagem é
composto por rios principais conseqüentes, correndo
paralelamente, recebendo afluentes subseqüentes que
fluem em direção transversal aos primeiros; os
subseqüentes, por sua vez, recebem rios obsequentes e
ressequente. Em geral, as confluências realizam-se em
ângulos retos.
20. • Drenagem paralela – ocorre quando os cursos de água,
sobre uma área considerável, ou em numerosos
exemplos sucessivos, escoam quase paralelamente uns
aos outros. Esse tipo de drenagem localiza-se em áreas
onde há presença de vertentes com declividades
acentuadas ou onde existem controles estruturais que
motivam a ocorrência de espaçamento regular, quase
paralelo, das correntes fluviais.
• Drenagem radial – apresentam-se compostas por
correntes fluviais que se encontram dispostas como os
raios de uma roda, em relação a um ponto central. Pode
apresentar uma configuração centrífuga – quando as
correntes divergem a partir de um ponto ou área que se
encontra em posição elevada (domos, morros isolados),
ou centrípeta – quando os rios convergem para um
ponto ou área central localizada em posição mais baixa
(crateras vulcânicas e depressões topográficas).
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23. MORFOLOGIA DOS CANAIS FLUVIAS
• A morfologia dos canais fluviais é controlada por uma
série de fatores autocíclicos (próprios da bacia de
drenagem) e alocíclicos (que afetam não apenas a bacia
de drenagem mais toda a região onde ela está inserida),
com relações complexas.
• Fatores autocíclicos – descarga (tipo e quantidade), a
carga de sedimentos transportada, a largura e a
profundidade do canal, a velocidade de fluxo, a
declividade, a rugosidade do leito, a cobertura vegetal
nas margens e ilhas.
• Fatores alocíclicos – variáveis climáticas (pluviosidade e
temperatura) e geológicas (litologia e falhamentos).
24. Classificação dos cursos d’água quanto
à morfologia dos canais
• Canais retilíneos – canais naturais retos são
pouco freqüentes, representando trechos ou
segmentos de canais curtos.
• Canais anastomosados – caracterizam-se por
sucessivas ramificações e posteriores
reencontros de seus cursos, separando ilhas
assimétricas de barras arenosas.
• Canais meandrantes – são canais sinuosos,
assim denominados a partir do rio Meandro na
Ásia Menor, que possui essa forma, possuem um
único canal que transborda suas águas na época
das cheias. Diferencia-se pelo índice do valor de
sinuosidade igual ou inferior a 1,5.
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29. Perfil Longitudinal do Rio
• O perfil longitudinal de um rio expressa a
relação entre seu comprimento e sua altimetria,
que significa gradiente;
• O perfil típico é côncavo, com declividades
maiores em direção à nascente.
• Cursos de água que apresentam tal morfologia
são considerados em equilíbrio (igualdade entre
a atuação da erosão, do transporte e da
deposição)
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31. Classificação dos rios quanto à gênese
• Rios Conseqüentes – são aqueles cujo curso foi
determinado pela declividade da superfície terrestre, em
geral coincidindo com a direção da inclinação principal
das camadas. Tais rios formam cursos de lineamento
reto em direção às baixadas.
• Rios Subseqüentes – são aqueles cuja direção de fluxo é
controlada pela estrutura rochosa, acompanhando
sempre uma zona de fraqueza, tal como uma falha,
junta, camada rochosa delgada ou facilmente erodível.
Nas áreas sedimentares, ocorrem perpendiculares à
inclinação principal das camadas.
• Rios Obsequentes – são aqueles que correm em sentido
inverso à inclinação das camadas ou à inclinação original
dos rios conseqüentes. Em geral, descem das escarpas
até o rio subseqüente.
32. • Rio Ressequentes – são aqueles que fluem na
mesma direção dos rios conseqüentes, mas
nascem em nível mais baixo. Em geral, nascem
no reverso de escarpas e fluem até desembocar
em um rio subseqüente.
• Rios Insequentes – estabelecem-se quando não
há nenhuma razão aparente para seguirem uma
orientação geral preestabelecida, isto é, quando
nenhum controle da estrutura geológica se torna
visível (topografia planas, homogeneidade
litológica)