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O Mercado de Bens em uma
        Economia Aberta
• Agora precisamos saber distinguir a demanda
  interna por bens e a demanda por bens produzidos
  internamente.
• Parte da demanda interna recai sobre bens
  estrangeiros, e parte da demanda por bens
  produzidos internamente vem de estrangeiros.
• Demanda Interna por bens Z  C  I  G
• Demanda por bens produzidos internamente
                Z  C  I  G  Q  X
A relação IS para economias abertas

 • Numa economia aberta, a demanda por bens
   domésticos é dada por:
           Z  C  I  G  Q  X

 Até o momento, examinamos apenas C + I + G. Mas
   agora temos de fazer dois ajustes:
    – Primeiro, devemos subtrair as importações.
    – Segundo, devemos adicionar as exportações.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


   • Demanda Interna
            C  I  G  C (Y  T )  I (Y , r )  G
                            ( )      (  , )
   • Determinantes das importações
                         Q  Q(Y ,  )
                              ( , )
      – Um aumento da renda doméstica, Y, leva a um aumento das
        importações.
      – Um aumento da taxa real de câmbio,  , leva a uma
        diminuição das importações, Q.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


   • Determinantes das exportações
                         X  X (Y * ,  )
                                  ( ,  )

      – Um aumento na renda estrangeira, Y*, leva a um aumento
        das exportações.
      – Um aumento na taxa real de câmbio, , leva a um aumento
        das exportações.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


    A demanda doméstica por bens é uma função crescente da renda
     (produto). [Figura (a).] A demanda interma por bens produzidos
     internamente é obtida ao subtrair o valor das importações da demanda
     doméstica e somar as exportações. [Figura 19.1 (b).]
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


 • A linha DD traça a demanda interna C+I+G, como
   função do produto.
 • A inclinação da reta é positiva mas inferior a 1. O
   aumento de renda aumenta a demanda mas em
   proporções inferiores a um.
 • Para chegar a demanda por bens produzidos
   internamente temos que subtrais as importações.
 • Isso é feito na figura b, que possibilita traçar a
   linha AA: a distância entre a DD e AA é igual ao
   valor das importações, Q.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


  • AA é mais plana que DD pois, a medida
    que a renda aumenta, parte da demanda
    interna adicional recai sobre os bens
    estrangeiros.
  • O aumento da renda provoca um aumento
    da demanda por bens produzidos
    internamente.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


 • As exportações são representada pela reta ZZ,
   acima da AA. A distância entre ZZ e AA
   corresponde as exportações.
 • Como as exportações não dependem do produto
   interno, a distância entre ZZ e AA é constante, de
   modo que as duas retas são paralelas.
 • Na figura (c), pode-se caracterizar o
   comportamento das exportações liquidas ( X  Q)
   como uma função do produto.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente


 • Para o nível de produto Y, por exemplo, as
   exportações são dadas pela distância AC e as
   importações pela distância AB, de modo que as
   exportações líquidas são dadas pela distância BC.
 • A relação entre exportações líquidas e produto é
   dada pela figura (d), pela reta NX.
 • As exportações líquidas são uma função
   decrescente do produto: quando o produto
   aumenta, as importações aumentam e as
   exportações não são afetadas, o que conduz a uma
   queda nas exportações líquidas.
A relação IS para economias abertas
Determinantes demanda por bens produzidos internamente

  • chamamos de YTB o nível de produto no qual o
    valor das importações é exatamente igual ao das
    exportações, de modo que as exportações líquidas
    é igual a zero.
  • Os níveis de produto acima de YTB aumentam as
    importações e provocam um déficit comercial.
  • Os níveis de produto abaixo de YTB fazem diminuir
    as importações, gerando um superávit comercial.
Produto de Equilíbrio e Balança Comercial

 • O mercado de bens está em equilíbrio quando o
   produto doméstico é igual à demanda – tanto
   doméstica quanto estrangeira – por bens
   domésticos:
                           Y Z
 • Reunindo as relações que derivamos para os
   componentes da demanda por bens domésticos, Z,
   temos:
        Y  C (Y  T )  I (Y , r )  G  Q(Y ,  )  X (Y * ,  )
Produto de Equilíbrio e Balança Comercial

• O mercado de bens está em equilíbrio quando o produto
  doméstico (produto interno) é igual à demanda por bens
  domésticos. No nível de produto de equilíbrio, a balança
  comercial pode mostrar um déficit ou um superávit.
• A reta ZZ plota a demanda como uma função do produto,
  figura (a). A figura (b) traça as exportações líquidas como
  uma função decrescente do produto.
• O gráfico demonstra que o produto esta acima do produto
  de equilíbrio para o qual o comércio exterior esteja em
  equilíbrio, ou seja, Y> YTB .
• O produto de equilíbrio esta associado a um déficit
  correspondente a distância BC.
Produto de Equilíbrio e Balança Comercial
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
    O Aumento da Demanda Interna

 • Suponhamos que a economia esteja em
   recessão e que o governo aumente seus
   gastos para tirar a economia deste estágio.
 • O que ocorrerá com o produto e com a
   balança comercial?
 • Suponhamos que a economia esteja em
   equilíbrio de modo que Y = YTB
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
    O Aumento da Demanda Interna

 • O que acontece com o aumento dos gastos do
   governo?
 • Para qualquer nível de produto a demanda será
   maior em G , de modo que a reta da demanda se
   elevará em G, de ZZ a ZZ’.
 • O produto se desloca de A par A’ e o produto
   aumento de Y para Y’.
 • O aumento do produto provoca um déficit
   comercial igual a BC.
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
    O Aumento da Demanda Interna
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
    O Aumento da Demanda Interna
• Há duas diferenças importantes a serem
  notadas entre economias abertas e fechadas:
  – Há agora um efeito sobre a balança comercial. O
    aumento do produto de Y para Y’ leva a um déficit
    comercial igual a BC. As importações sobem e as
    exportações não se alteram.
  – O efeito dos gastos do governo no produto é menor do
    que seria numa economia fechada. Isso significa que o
    multiplicador é menor na economia aberta. Pois, o
    aumento da renda recai tanto sob os produtos internos
    quanto nos produtos estrangeiros.
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
  O Aumento da Demanda Estrangeira

• Consideramos um aumento da renda
  estrangeira Y*.
• O que ocorrerá com o produto interno e
  com a balança comercial?
• Suponhamos que a economia esteja em
  equilíbrio de modo que Y = YTB .
• A figura mostra a demanda interna por bens
  representada pela reta DD.
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
  O Aumento da Demanda Estrangeira

 • A diferença entre DD e ZZ é igual as
   exportações líquidas, NX.
 • Se o comércio estiver em equilíbrio a reta
   ZZ e DD se cruzam.
 • Imaginamos um aumento na renda
   estrangeira, Y .
 • Os efeitos diretos consistirão no aumento
   das exportações, que chamaremos de X .
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
  O Aumento da Demanda Estrangeira

• A reta de demanda por bens produzidos
  internamente ZZ se desloca para cima em resposta
  ao aumento da Y*.
• Quando as exportações aumentam em X para um
  nível dado de produto, a reta que representa as
  exportações líquidas como uma função do produto
  na figura (b) também se desloca para cima em X ,
  de NX para NX’.
• O novo equilíbrio se da em A’ com um nível de
  produto Y’.
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
  O Aumento da Demanda Estrangeira
• O aumento do produto estrangeiro conduz a maiores
  exportações de bens produzidos internamente, o que, por
  sua vez, eleva o produto interno e a demanda por bens por
  meio do multiplicador.
• O que aconteça com a balança comercial?
• No novo equilíbrio do produto Y’, a demanda interna é
  dada por DC. E a demanda por bens produzidos
  internamente é dada por DA’.
• As exportações líquidas são dadas por CA’, embora as
  importações aumentem, elas não anulam o aumento das
  exportações e a balança comercial melhora.
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira
  O Aumento da Demanda Estrangeira
Aumento da Demanda Interna e Estrangeira

 • Até aqui, derivamos dois resultados básicos:
   – Um aumento da demanda doméstica leva a um
     aumento do produto doméstico, mas leva
     também a uma deterioração da balança
     comercial.
   – Um aumento da demanda doméstica estrangeira
     leva a um aumento do produto doméstico e a
     uma melhora da balança comercial.
Depreciação, Balança Comercial e Produto

• Lembre-se de que a taxa real de câmbio é dada por:
                           EP *
                        
                            P
• Em palavras:
• A taxa real de câmbio,  , é igual à taxa nominal de
  câmbio, E, multiplicada pelo nível de preços
  estrangeiro, P*, dividido pelo nível de preços internos,
  P.
• Quais serão os efeitos da depreciação sobre a balança
  comercial?
Depreciação, Balança Comercial e Produto
     A Condição de Marshall-Lerner

• Esta condição deve-se aos dois economista
  Alfred Marshall e Abba Lerner que foram
  os primeiros a formulá-la.
• As exportações líquidas são dadas por:
                 NX  X  Q
• Ou
            NX  X (Y * ,  )  Q(Y ,  )
Depreciação, Balança Comercial e Produto
     A Condição de Marshall-Lerner
• Como a taxa real de câmbio entra em três lugares,
  essa equação deixa claro que a depreciação real –
  um aumento de  - afeta a balança comercial por
  meios de três canais.
   – X aumenta. Os bens nacionais ficam mais baratos;
   – Q diminui. Os bens estrangeiros tornam-se mais caros.
   – O preço relativo das importações  , aumenta. A
     depreciação tende a aumentar a conta de importação Q .
     A mesma quantidade de importação custa agora mais
     caro.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
       Os efeitos da Depreciação

• Assim como o aumento do produto estrangeiro, a
  depreciação provoca, para qualquer nível de
  produto, o aumento das exportações líquidas NX.
• Assim tanto a relação de demanda ZZ quanto as
  exportações líquidas NX, desloca-se para cima.
• A balança comercial melhora: o aumento na
  importação induzido pelo aumento do produto é
  menor do que a melhoria da balança comercial
  induzida diretamente pela depreciação.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
        Os efeitos da Depreciação
 Resumindo: a depreciação leva
  a um deslocamento da
  demanda, tanto estrangeira
  quanto doméstica, em direção
  aos bens produzidos
  internamente. Esse
  deslocamento da demanda leva,
  por sua vez, tanto a um
  aumento do produto doméstico
  quanto a uma melhora da
  balança comercial.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
Combinação das Políticas Cambial e Fiscal

 • Suponhamos que o governo queira reduzir o déficit
   comercial sem alterar o produto.
 • O que o governo deveria fazer?
 • O governo deve usar uma combinação certa de depreciação
   e contração fiscal.
 • Primeiro o governo tem de promover uma depreciação
   suficiente para eliminar o déficit comercial ao nível inicial
   do produto.
 • Assim a depreciação tem de ser tal que consiga deslocar a
   relação das exportações líquidas de NX para NX’.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
Combinação das Políticas Cambial e Fiscal

• Segundo, o governo tem que reduzir seus
  gastos de modo a conduzir ZZ’ de volta
  para ZZ.
• Essa combinação de depreciação com
  contração fiscal mantém o mesmo nível de
  produto e melhora a balança comercial.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
Combinação das Políticas Cambial e Fiscal
 Para reduzir o déficit
  comercial sem alterar o
  produto, o governo deve
  tanto realizar uma
  depreciação quanto
  diminuir os gastos do
  governo.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
   Observação da Dinâmica: A curva J

 • Até agora, argumentamos que a depreciação
   provoca um aumento das exportações e a
   diminuição das importações.
 • Esses efeitos não ocorrem da noite para o
   dia.
 • No primeiro momento esse efeito é sentido
   somente nos preços. Todavia, a quantidade
   de importações e exportações tende a se
   ajustar lentamente.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
   Observação da Dinâmica: A curva J
• O preço das importações sobe no mercado interno.
  A depreciação, portanto, pode produzir uma
  deterioração na balança comercial, através do
  efeito adverso dos preços, o que causa o declínio
  das exportações líquidas.
• A medida que o tempo passa as exportações
  aumentam e as importações diminuem. A
  condição de Marshall-Lerner prevalece.
Depreciação, Balança Comercial e Produto
   Observação da Dinâmica: A curva J
• Uma depreciação pode levar a uma deterioração
  inicial da balança comercial;  aumenta, mas nem
  X nem Q ajustam-se muito a princípio.
                     ( X  Q)

• Após algum tempo, os efeitos da mudança das exportações
  e importações se tornarão mais fortes, e a depreciação
  levará a uma melhora da balança comercial.
             ( X ,  Q,   )  ( X  Q)
Depreciação, Balança Comercial e Produto
   Observação da Dinâmica: A curva J
  Uma depreciação real leva inicialmente a uma
   deterioração e, então, a uma melhora da balança
   comercial.
Poupança, Investimento e Déficits Comerciais

   • Uma forma alternativa de examinar o equilíbrio como a
     condição de que o investimento seja igual à poupança tem
     um importante significado.
   • Começamos com a condição de equilíbrio:
                     Y  C  I  G  Q  X

   • Subtraímos C+T em ambos os lados da equação e
     utilizamos o fato de que a poupança privada é dada por S =
     Y-C-T e obtemos:

                     S  I  G  T  Q  X
Poupança, Investimento e Déficits Comerciais

  • Usando a definição de exportações líquidas NX  X  Q
    e reorganizando os termos temos:
                    NX  S  (T  G )  I
  • A balança comercial (NX) tem de ser igual a
    poupança privada (S) e pública (T-G) menos o
    investimento.
  • O superávit comercial corresponde ao excesso de
    poupança em relação ao investimento.
  • O déficit corresponde ao excesso de investimento
    em relação a poupança.
Poupança, Investimento e Déficits Comerciais

 • Dada a equação anterior, conclui-se que:
    – Um aumento do investimento deve se refletir ou em um
      aumento da poupança privada ou da poupança pública,
      ou em uma deterioração da balança comercial.
    – Um aumento do déficit orçamentário deve se refletir ou
      em um aumento da poupança privada, ou em uma
      diminuição do investimento, ou em uma deterioração da
      balança comercial.
    – Um país com uma alta taxa de poupança deve ter ou
      uma alta taxa de investimento ou um grande superávit
      comercial.

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Aula3 capitulo19

  • 1. O Mercado de Bens em uma Economia Aberta • Agora precisamos saber distinguir a demanda interna por bens e a demanda por bens produzidos internamente. • Parte da demanda interna recai sobre bens estrangeiros, e parte da demanda por bens produzidos internamente vem de estrangeiros. • Demanda Interna por bens Z  C  I  G • Demanda por bens produzidos internamente Z  C  I  G  Q  X
  • 2. A relação IS para economias abertas • Numa economia aberta, a demanda por bens domésticos é dada por: Z  C  I  G  Q  X Até o momento, examinamos apenas C + I + G. Mas agora temos de fazer dois ajustes: – Primeiro, devemos subtrair as importações. – Segundo, devemos adicionar as exportações.
  • 3. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • Demanda Interna C  I  G  C (Y  T )  I (Y , r )  G ( ) (  , ) • Determinantes das importações Q  Q(Y ,  ) ( , ) – Um aumento da renda doméstica, Y, leva a um aumento das importações. – Um aumento da taxa real de câmbio,  , leva a uma diminuição das importações, Q.
  • 4. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • Determinantes das exportações X  X (Y * ,  ) ( ,  ) – Um aumento na renda estrangeira, Y*, leva a um aumento das exportações. – Um aumento na taxa real de câmbio, , leva a um aumento das exportações.
  • 5. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente  A demanda doméstica por bens é uma função crescente da renda (produto). [Figura (a).] A demanda interma por bens produzidos internamente é obtida ao subtrair o valor das importações da demanda doméstica e somar as exportações. [Figura 19.1 (b).]
  • 6. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • A linha DD traça a demanda interna C+I+G, como função do produto. • A inclinação da reta é positiva mas inferior a 1. O aumento de renda aumenta a demanda mas em proporções inferiores a um. • Para chegar a demanda por bens produzidos internamente temos que subtrais as importações. • Isso é feito na figura b, que possibilita traçar a linha AA: a distância entre a DD e AA é igual ao valor das importações, Q.
  • 7. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • AA é mais plana que DD pois, a medida que a renda aumenta, parte da demanda interna adicional recai sobre os bens estrangeiros. • O aumento da renda provoca um aumento da demanda por bens produzidos internamente.
  • 8. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente
  • 9. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • As exportações são representada pela reta ZZ, acima da AA. A distância entre ZZ e AA corresponde as exportações. • Como as exportações não dependem do produto interno, a distância entre ZZ e AA é constante, de modo que as duas retas são paralelas. • Na figura (c), pode-se caracterizar o comportamento das exportações liquidas ( X  Q) como uma função do produto.
  • 10. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • Para o nível de produto Y, por exemplo, as exportações são dadas pela distância AC e as importações pela distância AB, de modo que as exportações líquidas são dadas pela distância BC. • A relação entre exportações líquidas e produto é dada pela figura (d), pela reta NX. • As exportações líquidas são uma função decrescente do produto: quando o produto aumenta, as importações aumentam e as exportações não são afetadas, o que conduz a uma queda nas exportações líquidas.
  • 11. A relação IS para economias abertas Determinantes demanda por bens produzidos internamente • chamamos de YTB o nível de produto no qual o valor das importações é exatamente igual ao das exportações, de modo que as exportações líquidas é igual a zero. • Os níveis de produto acima de YTB aumentam as importações e provocam um déficit comercial. • Os níveis de produto abaixo de YTB fazem diminuir as importações, gerando um superávit comercial.
  • 12. Produto de Equilíbrio e Balança Comercial • O mercado de bens está em equilíbrio quando o produto doméstico é igual à demanda – tanto doméstica quanto estrangeira – por bens domésticos: Y Z • Reunindo as relações que derivamos para os componentes da demanda por bens domésticos, Z, temos: Y  C (Y  T )  I (Y , r )  G  Q(Y ,  )  X (Y * ,  )
  • 13. Produto de Equilíbrio e Balança Comercial • O mercado de bens está em equilíbrio quando o produto doméstico (produto interno) é igual à demanda por bens domésticos. No nível de produto de equilíbrio, a balança comercial pode mostrar um déficit ou um superávit. • A reta ZZ plota a demanda como uma função do produto, figura (a). A figura (b) traça as exportações líquidas como uma função decrescente do produto. • O gráfico demonstra que o produto esta acima do produto de equilíbrio para o qual o comércio exterior esteja em equilíbrio, ou seja, Y> YTB . • O produto de equilíbrio esta associado a um déficit correspondente a distância BC.
  • 14. Produto de Equilíbrio e Balança Comercial
  • 15. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Interna • Suponhamos que a economia esteja em recessão e que o governo aumente seus gastos para tirar a economia deste estágio. • O que ocorrerá com o produto e com a balança comercial? • Suponhamos que a economia esteja em equilíbrio de modo que Y = YTB
  • 16. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Interna • O que acontece com o aumento dos gastos do governo? • Para qualquer nível de produto a demanda será maior em G , de modo que a reta da demanda se elevará em G, de ZZ a ZZ’. • O produto se desloca de A par A’ e o produto aumento de Y para Y’. • O aumento do produto provoca um déficit comercial igual a BC.
  • 17. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Interna
  • 18. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Interna • Há duas diferenças importantes a serem notadas entre economias abertas e fechadas: – Há agora um efeito sobre a balança comercial. O aumento do produto de Y para Y’ leva a um déficit comercial igual a BC. As importações sobem e as exportações não se alteram. – O efeito dos gastos do governo no produto é menor do que seria numa economia fechada. Isso significa que o multiplicador é menor na economia aberta. Pois, o aumento da renda recai tanto sob os produtos internos quanto nos produtos estrangeiros.
  • 19. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Estrangeira • Consideramos um aumento da renda estrangeira Y*. • O que ocorrerá com o produto interno e com a balança comercial? • Suponhamos que a economia esteja em equilíbrio de modo que Y = YTB . • A figura mostra a demanda interna por bens representada pela reta DD.
  • 20. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Estrangeira • A diferença entre DD e ZZ é igual as exportações líquidas, NX. • Se o comércio estiver em equilíbrio a reta ZZ e DD se cruzam. • Imaginamos um aumento na renda estrangeira, Y . • Os efeitos diretos consistirão no aumento das exportações, que chamaremos de X .
  • 21. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Estrangeira • A reta de demanda por bens produzidos internamente ZZ se desloca para cima em resposta ao aumento da Y*. • Quando as exportações aumentam em X para um nível dado de produto, a reta que representa as exportações líquidas como uma função do produto na figura (b) também se desloca para cima em X , de NX para NX’. • O novo equilíbrio se da em A’ com um nível de produto Y’.
  • 22. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Estrangeira • O aumento do produto estrangeiro conduz a maiores exportações de bens produzidos internamente, o que, por sua vez, eleva o produto interno e a demanda por bens por meio do multiplicador. • O que aconteça com a balança comercial? • No novo equilíbrio do produto Y’, a demanda interna é dada por DC. E a demanda por bens produzidos internamente é dada por DA’. • As exportações líquidas são dadas por CA’, embora as importações aumentem, elas não anulam o aumento das exportações e a balança comercial melhora.
  • 23. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira O Aumento da Demanda Estrangeira
  • 24. Aumento da Demanda Interna e Estrangeira • Até aqui, derivamos dois resultados básicos: – Um aumento da demanda doméstica leva a um aumento do produto doméstico, mas leva também a uma deterioração da balança comercial. – Um aumento da demanda doméstica estrangeira leva a um aumento do produto doméstico e a uma melhora da balança comercial.
  • 25. Depreciação, Balança Comercial e Produto • Lembre-se de que a taxa real de câmbio é dada por: EP *  P • Em palavras: • A taxa real de câmbio,  , é igual à taxa nominal de câmbio, E, multiplicada pelo nível de preços estrangeiro, P*, dividido pelo nível de preços internos, P. • Quais serão os efeitos da depreciação sobre a balança comercial?
  • 26. Depreciação, Balança Comercial e Produto A Condição de Marshall-Lerner • Esta condição deve-se aos dois economista Alfred Marshall e Abba Lerner que foram os primeiros a formulá-la. • As exportações líquidas são dadas por: NX  X  Q • Ou NX  X (Y * ,  )  Q(Y ,  )
  • 27. Depreciação, Balança Comercial e Produto A Condição de Marshall-Lerner • Como a taxa real de câmbio entra em três lugares, essa equação deixa claro que a depreciação real – um aumento de  - afeta a balança comercial por meios de três canais. – X aumenta. Os bens nacionais ficam mais baratos; – Q diminui. Os bens estrangeiros tornam-se mais caros. – O preço relativo das importações  , aumenta. A depreciação tende a aumentar a conta de importação Q . A mesma quantidade de importação custa agora mais caro.
  • 28. Depreciação, Balança Comercial e Produto Os efeitos da Depreciação • Assim como o aumento do produto estrangeiro, a depreciação provoca, para qualquer nível de produto, o aumento das exportações líquidas NX. • Assim tanto a relação de demanda ZZ quanto as exportações líquidas NX, desloca-se para cima. • A balança comercial melhora: o aumento na importação induzido pelo aumento do produto é menor do que a melhoria da balança comercial induzida diretamente pela depreciação.
  • 29. Depreciação, Balança Comercial e Produto Os efeitos da Depreciação  Resumindo: a depreciação leva a um deslocamento da demanda, tanto estrangeira quanto doméstica, em direção aos bens produzidos internamente. Esse deslocamento da demanda leva, por sua vez, tanto a um aumento do produto doméstico quanto a uma melhora da balança comercial.
  • 30. Depreciação, Balança Comercial e Produto Combinação das Políticas Cambial e Fiscal • Suponhamos que o governo queira reduzir o déficit comercial sem alterar o produto. • O que o governo deveria fazer? • O governo deve usar uma combinação certa de depreciação e contração fiscal. • Primeiro o governo tem de promover uma depreciação suficiente para eliminar o déficit comercial ao nível inicial do produto. • Assim a depreciação tem de ser tal que consiga deslocar a relação das exportações líquidas de NX para NX’.
  • 31. Depreciação, Balança Comercial e Produto Combinação das Políticas Cambial e Fiscal • Segundo, o governo tem que reduzir seus gastos de modo a conduzir ZZ’ de volta para ZZ. • Essa combinação de depreciação com contração fiscal mantém o mesmo nível de produto e melhora a balança comercial.
  • 32. Depreciação, Balança Comercial e Produto Combinação das Políticas Cambial e Fiscal  Para reduzir o déficit comercial sem alterar o produto, o governo deve tanto realizar uma depreciação quanto diminuir os gastos do governo.
  • 33. Depreciação, Balança Comercial e Produto Observação da Dinâmica: A curva J • Até agora, argumentamos que a depreciação provoca um aumento das exportações e a diminuição das importações. • Esses efeitos não ocorrem da noite para o dia. • No primeiro momento esse efeito é sentido somente nos preços. Todavia, a quantidade de importações e exportações tende a se ajustar lentamente.
  • 34. Depreciação, Balança Comercial e Produto Observação da Dinâmica: A curva J • O preço das importações sobe no mercado interno. A depreciação, portanto, pode produzir uma deterioração na balança comercial, através do efeito adverso dos preços, o que causa o declínio das exportações líquidas. • A medida que o tempo passa as exportações aumentam e as importações diminuem. A condição de Marshall-Lerner prevalece.
  • 35. Depreciação, Balança Comercial e Produto Observação da Dinâmica: A curva J • Uma depreciação pode levar a uma deterioração inicial da balança comercial;  aumenta, mas nem X nem Q ajustam-se muito a princípio.    ( X  Q) • Após algum tempo, os efeitos da mudança das exportações e importações se tornarão mais fortes, e a depreciação levará a uma melhora da balança comercial. ( X ,  Q,   )  ( X  Q)
  • 36. Depreciação, Balança Comercial e Produto Observação da Dinâmica: A curva J  Uma depreciação real leva inicialmente a uma deterioração e, então, a uma melhora da balança comercial.
  • 37. Poupança, Investimento e Déficits Comerciais • Uma forma alternativa de examinar o equilíbrio como a condição de que o investimento seja igual à poupança tem um importante significado. • Começamos com a condição de equilíbrio: Y  C  I  G  Q  X • Subtraímos C+T em ambos os lados da equação e utilizamos o fato de que a poupança privada é dada por S = Y-C-T e obtemos: S  I  G  T  Q  X
  • 38. Poupança, Investimento e Déficits Comerciais • Usando a definição de exportações líquidas NX  X  Q e reorganizando os termos temos: NX  S  (T  G )  I • A balança comercial (NX) tem de ser igual a poupança privada (S) e pública (T-G) menos o investimento. • O superávit comercial corresponde ao excesso de poupança em relação ao investimento. • O déficit corresponde ao excesso de investimento em relação a poupança.
  • 39. Poupança, Investimento e Déficits Comerciais • Dada a equação anterior, conclui-se que: – Um aumento do investimento deve se refletir ou em um aumento da poupança privada ou da poupança pública, ou em uma deterioração da balança comercial. – Um aumento do déficit orçamentário deve se refletir ou em um aumento da poupança privada, ou em uma diminuição do investimento, ou em uma deterioração da balança comercial. – Um país com uma alta taxa de poupança deve ter ou uma alta taxa de investimento ou um grande superávit comercial.