2. 1. O tratamento de um tema tão essencial para
o pensamento de A.B. Simpson, devemos
rever e levar em conta aquelas convicções
que marcaram o início da história:
3. Convicções que marcaram o início da história:
1a. Unidade em tudo aquilo que é essencial
(2 Tes. 2:15) Estes eram os temas que não
permitiam negociação. Temas centrais de
doutrina. Não havía possibilidade de
variação.
4. Convicções que marcaram o início da história:
1b. Liberdade em tudo aquilo que não era
essencial (Romanos 14). Muitos temas da
vida e doutrina são secundários e devem ser
objetos de liberdade de consciência e de fé.
5. Convicções que marcaram o início da história:
1c. Amor em todas as coisas (Col. 3:14-15).
A Aliança deu liberdade para que cada um pudesse
presentar suas opiniões, no entanto não exerceram
pressão em um espírito agressivo e controverso. Os
líderes da Aliança desde cedo decidiram concordar
em estar em desacordo, mas em paz, onde reina o
amor e a aceitação mútua.
7. Antecedente histórico da santificação em A. B. Simpson
• 2a. O avivamento na Inglaterra durante o
ministério de D.L. Moody (1872-1873)
impactou a Simpson. Moody dava
testemunho do enchimento do Espírito Santo
e como o seu ministério havía sido
transformado.
8. Antecedente histórico da santificação em A. B. Simpson
• 2b. W.E. Boardman e R. Pearsall Smith visitam
a campanha de Moody. Boardman escreve um
livro decisivo sobre a experiência de Simpson:
“The Higher Christian Life!” (1859). Ambos são
impactados pela relação entre santificação e o
evangelismo em Moody.
9. Antecedente histórico da santificação em A. B. Simpson
• 2c. Ao voltar dos EUA organizou convenções
por todo o país sobre a santificação. Simpson
participa de uma delas em 1874. Ele chega
somente na parte preliminar da convenção
onde escutou testemunhos, e foi o suficiente.
10. • Um testemunho: “Amigos, vim aqui para ver
se poderia tirar algo desta convenção, mas
Deus me levou a sós com Ele, e eu tive uma
visão de Jesus que nunca mais vou necessitar
de alguém ou de algo mais.”
11. Antecedente histórico da santificação em A. B. Simpson
• 2d. 1874: Simpson aceita o pastorado em
Louisville, Kentucky. A Guerra Civil americana
havia deixado um milhão de mortos e grandes
perdas econômicas. Abundava o ódio no
pós-guerra, prejuízos civis e famílias
profundamente feridas por causa da guerra.
12. • Na procura espiritual de Simpson surgem
termos como: “A vida mais profunda” “A total
suficiência de Cristo Jesus”, “A experiência da
crise”; termos que indicam tanto a
proximidade da experiência de santidade
quanto a sua distância.
13. Antecedente histórico da santificação em A. B. Simpson
• 2e. Ao celebrar seus cinquenta anos de
ministério, Simpson relata sua experiência de
santidade:
14. • “O Senho Jesus é revelado como Presença viva e com total suficiência; e
soube pela primera vez em minha vida que Cristo não havía nos salvado
dos perigos futuros e não havía nos abandonado para lutar a peleja da fé
tão bem como pudéssemos, senão que Ele mesmo havía nos justificado e
estava esperando santificar-nos, para romper em nosso espírito,
sustituindo Sua força, Sua santidade, Seu gozo, Seu amor, Sua fé, Seu
poder por todos nossos valores e nos transformar em uma realidade
“Habitarei entre vós e caminharei convosco”. Através do umbral do
(meu) espírito passou um Ser tão real como o Cristo que veio a Jõao em
Patmos, e a partir desse momento um novo segredo tem sido o encanto,
a glória, e a fortaleza da vida e do testemunho.” (A.B.Simpson, editorial,
The Alliance Weekly, 1915).
16. • Simpson entendia que a santificação
era trazer a vida de Cristo Jesus para
o crente. Este talvez seja o maior
problema em compreender a
santidade aliancista.
17. A santificação em Simpson
• 3a. No evangelismo de Moody, eram feitas chamadas
ao altar, ensinava sobre a necessidade do batismo do
Espírito Santo como um passo consequente. Moody
ensinava que a salvação consistia experimentalmente
em receber o ES, mas era necessário o batismo do ES
para suprimir a natureza carnal e alcançar uma vida
vitoriosa de serviço.
18. • Moody continuou este pensamento do
movimento dos irmãos (livres) que Simpson
qualificou como os “supresionistas”. A
natureza carnal permanecia mesmo depois
da plenitude do Espírito, mas foi suprimida
pelo andar obediente do crente no Espírito.
19. • O segundo movimento que Simpson
descartava era aquele que ele chamava
“perfeccionismo”. Em seu tempo era um
movimento muito forte que pregava a
extinção da mente carnal do crente e a
perfeita comunicação da alma com o Espírito
Santo.
20. La santificación en Simpson
• 3b. A “vida profunda” (Simpson) ou a “vida superior”
(Boardman) não consistia na erradicação do pecado ou da
natureza pecaminosa. Consistia na necessidade de
compreender a realidade da natureza caída do crente e a
realidade de ser “nada” e a impossibilidade de apropriar o
espiritual por si mesmo, por sua vez apropriar a plenitude da
autoridade e do poder de Cristo na pessoa e obra do Espírito
Santo. A instrumentalidade da pessoa do ES no processo de
santidade é fundamental.
21. • 4. Cristo santificador, o batismo
do Espírito Santo e a experiência
de crise.
22. • Na teologia aliancista Cristo na
redenção é o tema de santificação e da
plenitude do ES. O ES chega para
moldar o crente em Cristo e a Sua
plenitude (João 16:14-15). O ES traz o
crente para a santidade e plenitude de
Cristo.
23. • Simpson e a liderança inicial da Aliança
defendiam a vida cheia do Espírito Santo
caracterizada por uma crise de fé.
Pardington especialmente cria que a
recepção da plenitude (batismo, plenitude)
poderia ocorrer na conversão ou
subsequente à conversão. Simpson
concordava plenamente com esta posição :
24. • “Estamos dispostos, no entanto, a aceitar que o
batismo do ES pode ser recebido ao mesmo tempo
que acontece a conversão. Temos visto o pecador
convertido, santificado… no mesmo momento (de
sua conversão) e para cada um a experiência é
diferente… O que defendemos é que o batismo do
ES é uma experiência única e deve ser apropriada
a um ato de fé, e isto inclui uma crise consistente
de uma total redenção e entrega…” (A.B. Simpson
Living Truths, Dic. 1905)
26. Conclusões :
• 1. A Aliança em todo continente tem sido
impregnada de pneumatologias e teologias
(dispensacionalismo, pentecostalismo, etc.)
diferentes das existentes na época de
Simpson.
27. Conclusões :
• 2. Portanto o conceito de santidade tem sido
moldado às custas de evitar excessos
produzidos em outras posições doutrinárias.
28. Conclusões :
• 3. Nem todos hoje em dia estão de acordo
com a posição prematura da Aliança em
torno da santificação.
29. Conclusões :
• 4. Devemos reconhecer uma falha de
procedimento na aquisição da experiência de
santidade.
30. Conclusões:
• 5. O essencial da Aliança ainda nos ilumina,
devemos estar unidos na diversidade e
respeitar-nos em amor. A santidade não é
uma doutrina mas essencialmente é uma
experiência que permea a vida de Cristo em
nós.
31. Deus nos leve pela mão na
caminhada para uma vida
profunda!
Walter Pérez Doglio, PhD