O documento discute as bibliotecas escolares e a formação de leitores. Apresenta a biblioteca da Escola EB 2,3 de Toutosa, uma região pobre de Portugal que está passando por transformações socioeconômicas. A biblioteca da escola tinha deficiências como espaço inadequado e falta de acervo e profissional. A escola candidatou-se à Rede de Bibliotecas Escolares para melhorar a biblioteca.
3. AS BIBLIOTECAS ESCOLARES
• O que são?
- São bibliotecas inseridas no ambiente escolar;
• Para que servem?
- A biblioteca escolar propicia informações e ideias
fundamentais para a atuação bem sucedida na atual
sociedade. A biblioteca escolar habilita os estudantes
para a aprendizagem ao longo da vida e desenvolve
a imaginação, preparando-os para viver como
cidadãos responsáveis. (IFLA/UNESCO, 1999)
4. AS BIBLIOTECAS ESCOLARES
• Objetivos da Biblioteca Escolar:
- As BE não possuem objetivo próprio, devendo estar
de acordo com os objetivos da instituição a que está
vinculada;
• Missão da Biblioteca escolar:
• Promover serviços de apoio a aprendizagem e
livros aos membros da comunidade escolar,
oferecendo-lhes a possibilidade de se tornarem
pensadores críticos e efetivos usuários da
informação em todos os formatos e meios.
(IFLA/UNESCO, 1999)
5. A BIBLIOTECA ESCOLAR
• A importância das B.E:
- Serve de instrumento auxiliar no processo
ensino-aprendizagem, contribuindo para a
formação de cidadãos críticos e participativos,
rompendo com o cenário tradicional da
Educação, sendo um espaço de construção do
saber.
6. A BIBLIOTECA ESCOLAR
- Em colaboração com os professores,
contribuem para o desenvolvimento intelectual
dos alunos.
- Constitui-se como espaço ideal para a
estruturação de uma comunidade leitora, e,
consequentemente, cria frequentadores dos
outros tipos de biblioteca.
7. AS BIBLIOTECAS ESCOLARES E O
SISTEMA EDUCACIONAL PORTUGUÊS
• A organização e estruturação do atual sistema
educacional Português apoia-se na Lei de
Bases do Sistema Educativo e é orientada por
alguns princípios como a democratização da
educação;
• É a essa lei que se deve recorrer, quando se
procura saber com que objetivos foram criadas
as bibliotecas escolares e qual a importância
que as mesmas têm no atual sistema de ensino;
8. • De acordo com esta Lei, as Bibliotecas
Escolares “são recursos educativos
privilegiados, a exigirem especial atenção”, para
a consecução da atividade educativa (LBSE,
art.º 41º).
• Apesar de se considerar a BE como um recurso
educativo, acaba por não se dar a devida
importância ao seu papel.
AS BIBLIOTECAS ESCOLARES E O SISTEMA
EDUCACIONAL PORTUGUÊS
9. AS BIBLIOTECAS ESCOLARES E O
SISTEMA EDUCACIONAL PORTUGUÊS
• Não se dá o devido valor às bibliotecas escolares
enquanto recursos capazes de desenvolverem
capacidades operativas do aluno;
• Não existe nas práticas pedagógicas dos docentes
o costume de ensinar os alunos a procurarem
informação, onde a aprendizagem se assenta no
saber feito;
10. AS BIBLIOTECAS ESCOLARES E O
SISTEMA EDUCACIONAL PORTUGUÊS
• O ensino Português não apela à Biblioteca
Escolar.
11. PROJETO REDE DE BIBLOTECAS
ESCOLARES
• O Programa Rede de Bibliotecas Escolares foi
lançado em 1996, pelos Ministérios da
Educação e da Cultura, com o objetivo de
instalar e desenvolver bibliotecas em escolas
públicas de todos os níveis de ensino,
disponibilizando aos utilizadores os recursos
necessários à leitura, ao acesso, uso e
produção da informação em todos os suportes.
(RBE, [200-?])
12. PROJETO REDE DE BIBLOTECAS
ESCOLARES
• As bibliotecas escolares funcionando em rede,
aumentam as suas potencialidades, quer em
termos de recursos, quer em termos de
atividades.
13. PROJETO REDE DE BIBLOTECAS
ESCOLARES
• Desde 1997, foram integradas no programa
cerca de 2200 bibliotecas.
14. A REALIDADE DAS BIBLIOTECAS
ESCOLARES DE PORTUGAL
• Aceita-se, sem contestação, a relevância das
Bibliotecas Escolares na formação das crianças e
dos jovens, porém, não se tem agido em
conformidade com os princípios que se defendem;
• Muitas bibliotecas escolares ainda apresentam um
espaço físico deficiente, um acervo pouco
adequado e um bibliotecário não profissional ou,
simplesmente não possuem bibliotecários;
15. A REALIDADE DAS BIBLIOTECAS
ESCOLARES DE PORTUGAL
• As carências das bibliotecas escolares são, pois,
visíveis em diversos domínios como o espaço, o
acervo, a organização e a formação do pessoal
responsável;
16. MUDANÇAS A SEREM FEITAS
• Inserir a comunidade educacional no rol das
atividades da biblioteca, inclusive na elaboração
de seu regulamento.
• Garantir que se tenham profissionais bem
capacitados à frente do gerenciamento das
bibliotecas escolares
17. MUDANÇAS A SEREM FEITAS
• Garantir a qualidade do espaço da Biblioteca, a
atualidade do acervo, e a diversificação dos
suportes com o objetivo de inserir o usuário na
atual sociedade da informação.
18. A LEITURA
Concepção de leitura
- visão restrita
- visão ampla
Leitura como resultado dos subprocessos:
- decodificação
- compreensão
19. A LEITURA
• Códigos ou níveis de leitura:
• - código grafofonético ou leitura elementar
• - código ideográfico ou leitura de compreensão
Leitura como um processo interativo
- leitor + texto
- processos perceptivos, cognitivos e linguísticos.
20. A LEITURA
Etapas do processo de leitura:
- percepção: reconhecimento e interpretação da
palavra com que os olhos tomam contato;
- compreensão: captação da mensagem do texto;
- reação: atender as ideias do que foi lido;
- integração: encontro de ideias do leitor e do texto.
21. A LEITURA
Modelos explicativos do processo de leitura
• - modelo ascendente:
Ler é decodificar grafemas;
Transformação da mensagem escrita para a
mensagem sonora.
22. A LEITURA
• - modelo descendente:
Ler é compreender;
O leitor atribui sentido ao texto tendo como base
os conhecimentos prévios
• - modelo interativo:
Ler consiste não só na capacidade de decodificar
as letras até às frases, mas também de
compreender um texto.
23. A LEITURA
A compreensão leitora envolve três aspectos:
- leitor (representação mental)
- texto (intenção do autor, estrutura do texto e
conteúdo)
- contexto (psicológico, social e físico)
24. A LEITURA
Saber ler implica não só aprender a decodificar
sinais gráficos, mas também aprender a
descobrir sentidos. Ler é, portanto, transformar
a mensagem escrita em mensagem sonora,
compreender, julgar e também apreciar do
ponto de vista estético.
25. FORMAÇÃO DE LEITORES
Importância da leitura no desenvolvimento do
individuo e da sociedade.
- Papel positivo no progresso cultural, social,
econômico e político da sociedade.
-Classes dominadas X Classes dominantes
- Não se nasce leitor, processo que está sempre em
formação.
26. FORMAÇÃO DE LEITORES
Importância da leitura no desenvolvimento do
individuo e da sociedade.
- Possibilita o desenvolvimento e enriquecimento da
personalidade do individuo.
- Na formação de leitores, destacam-se duas
instituições que contribuem significativamente:
família e a escola.
27. FORMAÇÃO DE LEITORES
O papel da família
- O contato com o livro no seio familiar é de
fundamental importância.
- Além de proporcionar materiais de leitura, é
importante que a família (principalmente os pais)
deem o exemplo, ou seja, que leiam e que partilhem
de suas leituras.
28. FORMAÇÃO DE LEITORES
O papel da escola
- Associação da escola com a leitura.
- Interdependência entre escola e outras instituições
(família).
- Apesar da escola e leitura andarem paralelamente,
o interesse por parte dos alunos diminui a medida
que estes avançam na escolaridade.
29. FORMAÇÃO DE LEITORES
A leitura como uma prática curricular
transversal e o papel do professor.
- A formação de leitores não deve ser prioridade
apenas dos professores da língua materna.
- Entende-se que a leitura assume um caráter
transversal, os alunos com dificuldade de leitura e
escrita terão dificuldade, não só na língua materna,
mas em todas as outras áreas disciplinares.
30. FORMAÇÃO DE LEITORES
A leitura como uma prática curricular
transversal e o papel do professor.
- Os docentes devem ter conhecimento a cerca do
processo de desenvolvimento e aprendizagem da
leitura.
- Precisam estudar e ter conhecimento relativos à
psicolinguística, à aquisição e desenvolvimento da
linguagem e do processo de leitura.
31. FORMAÇÃO DE LEITORES
- O professor deve criar nos alunos o gosto e hábito
pela leitura. Assim como os pais, no âmbito
familiar, os docentes devem demonstrar exemplo,
sendo leitores.
- Professores devem modificar suas metodologias
tradicionais e procurem despertar o interesse da
leitura, adotando estratégias que motivem os
alunos a lerem, uma estratégia seria compartilhar
esse processo com a biblioteca escolar.
32. FORMAÇÃO DE LEITORES
• Participação da biblioteca escolar
- Deve ser um espaço aberto, com acesso facilitado
aos diferentes materiais de leitura, além de ser um
espaço convidativo a leitores.
- A leitura esteve sempre associada a rigidez e
tradicionalismo das escolas, é nesse contexto que
a biblioteca escolar deve se fazer presente,
modificando a visão metódica de leitura.
33. FORMAÇÃO DE LEITORES
[...] para que se possa proporcionar e explorar o prazer
na leitura é fundamental que a escola crie situações
propícias a uma leitura diferente, uma leitura individual
e silenciosa, em ambientes diferentes do da sala de
aula, como a biblioteca escolar. A escola terá de
explorar estratégias que promovam a leitura, uma
leitura que proporcione prazer, que liberte a
imaginação, que estimule o desejo de saber mais e
mais, procurando o equilíbrio entre os vários tipos de
leitura, para deleite ou para estudo, de modo a levar os
discentes a descobrirem, na leitura, as respostas aos
seus sonhos, desejos, dúvidas e inquietações.
34. FORMAÇÃO DE LEITORES
• Da alfabetização à literacia
- O termo alfabetização foi modificando-se ao longo dos
tempos, e recentemente foi acrescido o termo
funcional.
- Analfabetismo funcional: quando o individuo não
consegue atuar de forma eficaz na sociedade, é o
individuo que não consegue utilizar a leitura e escrita
para seu próprio desenvolvimento.
35. FORMAÇÃO DE LEITORES
• Da alfabetização à literacia
- Literacia: traduz a verdadeira concepção de leitura,
além de decodificar o individuo consegue interpretar o
que lê.
- Alfabetização X Literacia
[...] o conceito de alfabetização traduz o ato de ensinar
e aprender (a leitura, a escrita e o cálculo), um novo
conceito – a literacia – traduz a capacidade de usar as
competências (ensinadas e aprendidas) da leitura, da
escrita e do cálculo.
36. A ESCOLA EB 2,3 DE TOUTOSA
• A Escola fica em Toutosa que é uma freguesia
que se localiza dentro do Conselho de Marco de
Canaveses, região que a princípio era dependente
da agricultura, passando à atividade industrial e
comercial, ou seja, é uma região pobre que está
passando por uma transformação socioeconômica.
Os pais em sua grande maioria são empregados
fabris e possuem apenas o ensino básico.
37. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Até às alterações efetuadas após a aprovação do
projeto de candidatura à Rede de Bibliotecas
Escolares, a área total da biblioteca era de cerca
de 90 m2.O espaço dito biblioteca funcionava
ainda como uma espécie de redação do jornal do
Agrupamento, como sala de aula, como Videoteca
e como Ludoteca.Dentro deste espaço referido,
existiam 4 estantes abertas, um carro de
transporte, 10 armários, 26 mesas, 35 cadeiras, 1
secretária e um sofá. (BARROCO, 2004, p.165)
38. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Principais deficiências da Biblioteca
- A instalação insuficiente para o bom funcionamento
da biblioteca;
- A utilização da biblioteca como sala de aula;
- A falta de material de apoio;
- A falta de um profissional com formação na área de
Biblioteconomia;
- O acervo é insuficiente e inadequado.
39. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Trabalho de desenvolvimento feito pela escola
para combater as deficiências da biblioteca.
Com a consciência de que é importante a ajuda
especializada a escola candidatou-se à Rede de
Bibliotecas Escolares, a partir desse momento o
Conselho Executivo juntamente com alguns
professores apresentaram o projeto de
modernização da biblioteca.
40. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Trabalho de desenvolvimento feito pela escola
para combater as deficiências da biblioteca.
Com a consciência de que é importante a ajuda
especializada a escola candidatou-se à Rede de
Bibliotecas Escolares, a partir desse momento o
Conselho Executivo juntamente com alguns
professores apresentaram o projeto de
modernização da biblioteca.
41. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Trabalho de desenvolvimento feito pela escola
para combater as deficiências da biblioteca.
Com a consciência de que é importante a ajuda
especializada a escola candidatou-se à Rede de
Bibliotecas Escolares, a partir desse momento o
Conselho Executivo juntamente com alguns
professores apresentaram o projeto de
modernização da biblioteca.
42. A BIBLIOTECA DA ESCOLA EB 2,3 DE
TOUTOSA
• Atividades desenvolvidas na biblioteca da
escola
- Visita à biblioteca;
- Visita de estudo à Biblioteca Municipal;
- Clube da biblioteca;
- Recriação do espaço da biblioteca;
- O livro nas tuas mãos;
- O leitor/sócio do mês;
- Promoção de debates;