SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  6
Télécharger pour lire hors ligne
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

(7846) MODULO 10 – INFORMÁTICA, Noções Básicas

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

CARTÃO PERFURADO

Cartão Perfurado IBM-1928 - as suas dimensões originais 83 mm X 187 mm.

O código original só permitia a codificação de alfabeto restrito e dos algarismos utilizando 12
linhas numeradas de cima para baixo 12, 11, 10 e 1 a 9 - e 45 colunas (numeradas da esquerda
para a direita).

Perfuradora de Cartões

Informação, dados ou programas, eram perfurados por transcrição de um documento em
papel utilizando uma máquina (perfuradora). O conteúdo perfurado no cartão era impresso
numa única linha superior e externa à área perfurada, utilizando uma máquina
(interpretadora).

Página 1 de 6
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

FITA PERFURADA

Fita Perfurada

A fita de papel perfurada era utilizada entre 1910 e 1915 em aparelhos telegráficos e
em telétipos como suporte para receção e envio de informação.

Fita de papel de código Ascii de 8 bits

Inicialmente (1948/1949) os telétipos foram acoplados aos computadores servindo como
unidades de entrada de dados e saída de resultados. Em alguns casos eram utilizados como
impressora do sistema.
Dados e programas eram perfurados na fita de papel, desenrolando-se de uma bobina,
utilizando um telétipo. Contrariamente aos cartões perfurados este suporte é contínuo e a sua
capacidade é apenas limitada pelo comprimento da fita.
A fita perfurada foi utilizada em computadores como suporte de informação até ao final dos
anos 70.

TAMBOR MAGNÉTICO

Página 2 de 6
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

As memórias dos primeiros computadores (1939/1948) eram construídas com o recurso
a válvulas eletrónicas, lâmpadas de mercúrio e tubos de raios catódicos. Aqueles dispositivos
só mantinham o seu estado quando estimulados pela corrente elétrica. Essas memórias eram
voláteis, quando não eram estimuladas perdiam o conteúdo. Nos primeiros computadores
eram usados dispositivos eletromagnéticos para efetuar o backup do conteúdo da memória.
Um conjunto de cabeças fixas assegura a gravação e a leitura da informação no formato word,
o que é utilizado na memória do computador.
Os tambores magnéticos foram utilizados em todos os computadores construídos até meados
dos anos 60.
No início dos mesmos anos passou a utilizar-se na construção dos computadores memórias
não voláteis que eram construídas com ferrites.
No início dos anos 70 a conceção de computadores integra a tecnologia de circuito monolítico
na construção das memórias. A utilização desta tecnologia provoca o "regresso" às memórias
voláteis, passando o disco magnético a desempenhar a função de backup do conteúdo da
memória.

Memória de Ferrites

Página 3 de 6
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

FITA MAGNÉTICA

Fita Magnética enrolada em bobina

A fita magnética tem ½ polegada (1,77 cm) de largura e é enrolada numa bobina com uma
capacidade para um comprimento aproximadamente de 730 metros. A gravação de dados é
feita com densidade de 1.600 bpi (bytes por polegada) podendo se armazenar naquela bobina
aproximadamente 45.000.000 de caracteres (45 MByte).
A fita magnética igualmente denominada banda magnética é um suporte da informação com
capacidade praticamente ilimitada.
A manipulação dos dados é morosa e complexa exigindo utilização mínima de 2 unidades de
leitura/escrita, não sendo possível escrever na fita que se encontra em leitura.

Fita IBM 650

Página 4 de 6
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

Algumas unidades de fita magnética (acopláveis ao ibm650) têm um formato invulgar.
A unidade de fita magnética ("sem fim") foi construída nos anos 60 pela SETI
(Sociétè Européenne pour leTraitement de l' Iformation).
Não existiam bobinas para enrolar/desenrolar a fita. Esta era um sem fim (boucle) solto
arrastado sobre uma cabeça de leitura/escrita visível na parte superior da caixa. A porta da
caixa dispunha de uma janela em vidro permitindo verificar o funcionamento do sistema.
Estas fitas eram utilizadas para carregar “load “ na memória do computador o Sistema
Executivo (antepassado dos atuais Sistemas Operativos).

DISCO MAGNÉTICO

IBM 2314, 11 pratos- 29,2 MB – 1966

O Disco da imagem foi fabricado pela BASF de acordo com a especificação "ibm 2314" definida
em 1966.
Foi produzido com 11 pratos metálicos solidários num eixo vertical. Cada prato com 14" (35,6
cm) de diâmetro e a capacidade total da "panela" ou "pilha" era de 29,2 MB
(29.200.000 caracter), segundo a linguagem da época. As faces extremas dos discos que
limitam a "pilha" não eram utilizáveis. A "pilha" era introduzida numa gaveta de unidade de
leitura/escrita com o eixo na posição vertical.
Depois de fechada a gaveta um motor elétrico lançava o movimento rotativo do disco e
quando a "velocidade ótima" era atingida um "pente" de "cabeças flutuantes" (não tocando na
superfície de cada prato) avançava para a posição de leitura/escrita.

Página 5 de 6
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV

Evolução dos Discos

DISQUETES

Diskette 8" - 80K a 568KB

A disquete acima foi apresentada pela IBM no ano de 1971. Era utilizada para carregar na
memória o Sistema Operativo.
Tem um diâmetro de 8" (20,3 cm), comportando-se como um disco de um só prato tendo
capacidade total equivalente a uma caixa de cartões perfurados, cerca de 80KB
(80.000caracter).
Os aperfeiçoamentos desenvolvidos para o disco magnético provocaram um fenómeno de
miniaturização idêntico ao observado no disco.

Evolução das Disquetes

Página 6 de 6

Contenu connexe

Tendances

Arquitetura Cliente-Servidor
Arquitetura Cliente-ServidorArquitetura Cliente-Servidor
Arquitetura Cliente-ServidorIsrael Messias
 
Redes de Computadores
Redes de ComputadoresRedes de Computadores
Redes de ComputadoresFábio Eliseu
 
Componentes de um computador
Componentes de um computadorComponentes de um computador
Componentes de um computadorDavid Simões
 
Montagem manutenção de computadores
Montagem manutenção de computadoresMontagem manutenção de computadores
Montagem manutenção de computadoressetilsonadobmov
 
Arquitetura de um computador
Arquitetura de um computadorArquitetura de um computador
Arquitetura de um computadorFilipe Duarte
 
Periféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaPeriféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaLeandro Martins
 
Sistema operativo servidor
Sistema operativo servidorSistema operativo servidor
Sistema operativo servidorSandu Postolachi
 
Arquitetura Interna do Computador
Arquitetura Interna do ComputadorArquitetura Interna do Computador
Arquitetura Interna do ComputadorSara Gonçalves
 
Projeto final instalação e configuração de redes locais
Projeto final  instalação e configuração de redes locaisProjeto final  instalação e configuração de redes locais
Projeto final instalação e configuração de redes locaisMarcoSoaresGI
 
Apresentação de Montagem e Manutenção
Apresentação de Montagem e ManutençãoApresentação de Montagem e Manutenção
Apresentação de Montagem e ManutençãoCDP_Online
 
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCP
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCPRedes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCP
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCPCleber Fonseca
 

Tendances (20)

Arquitetura Cliente-Servidor
Arquitetura Cliente-ServidorArquitetura Cliente-Servidor
Arquitetura Cliente-Servidor
 
Motherboard
MotherboardMotherboard
Motherboard
 
Memória Ram - Aula Completa
Memória Ram - Aula CompletaMemória Ram - Aula Completa
Memória Ram - Aula Completa
 
Redes de Computadores
Redes de ComputadoresRedes de Computadores
Redes de Computadores
 
História e evolução dos computadores
História e evolução dos computadores História e evolução dos computadores
História e evolução dos computadores
 
Componentes de um computador
Componentes de um computadorComponentes de um computador
Componentes de um computador
 
Montagem manutenção de computadores
Montagem manutenção de computadoresMontagem manutenção de computadores
Montagem manutenção de computadores
 
TCP/IP
TCP/IPTCP/IP
TCP/IP
 
Arquitetura de um computador
Arquitetura de um computadorArquitetura de um computador
Arquitetura de um computador
 
Memória RAM
Memória RAMMemória RAM
Memória RAM
 
Placa mãe (motherboard)
Placa mãe (motherboard)Placa mãe (motherboard)
Placa mãe (motherboard)
 
Periféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de InformáticaPeriféricos - Curso de Informática
Periféricos - Curso de Informática
 
Memórias
MemóriasMemórias
Memórias
 
Sistema operativo servidor
Sistema operativo servidorSistema operativo servidor
Sistema operativo servidor
 
Arquitetura Interna do Computador
Arquitetura Interna do ComputadorArquitetura Interna do Computador
Arquitetura Interna do Computador
 
Projeto final instalação e configuração de redes locais
Projeto final  instalação e configuração de redes locaisProjeto final  instalação e configuração de redes locais
Projeto final instalação e configuração de redes locais
 
Arquitetura de Redes de Computadores
 Arquitetura de Redes de Computadores Arquitetura de Redes de Computadores
Arquitetura de Redes de Computadores
 
Apresentação de Montagem e Manutenção
Apresentação de Montagem e ManutençãoApresentação de Montagem e Manutenção
Apresentação de Montagem e Manutenção
 
Motherboard
MotherboardMotherboard
Motherboard
 
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCP
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCPRedes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCP
Redes de computadores 2 - Aula 6 - DNS, DHCP
 

Similaire à Técnicas de armazenamento de dados desde os cartões perfurados aos discos rígidos

TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃO
TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃOTECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃO
TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃORenan Souza Daniel
 
Os 12 top super computadores
Os 12 top super computadoresOs 12 top super computadores
Os 12 top super computadoresPedro Domacena
 
Manutenção de Computadores - Aula 1
Manutenção de Computadores - Aula 1Manutenção de Computadores - Aula 1
Manutenção de Computadores - Aula 1Guilherme Nonino Rosa
 
Aula04 - Arquitetura e manutanção de Computadores
Aula04 - Arquitetura e manutanção de ComputadoresAula04 - Arquitetura e manutanção de Computadores
Aula04 - Arquitetura e manutanção de ComputadoresJorge Ávila Miranda
 
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAISA EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAISCelso Mauricio
 
Conhecimento Basico de Informatica - Parte I
Conhecimento Basico de Informatica - Parte IConhecimento Basico de Informatica - Parte I
Conhecimento Basico de Informatica - Parte IABCursos OnLine
 
Evolucao de alguns componentes
Evolucao de alguns componentesEvolucao de alguns componentes
Evolucao de alguns componentesmicaelsporting11
 
Da VáLvula Até 1990
Da VáLvula Até 1990Da VáLvula Até 1990
Da VáLvula Até 1990SOL RIBEIRO
 
Aula 4 Informática Aplicada
Aula 4 Informática AplicadaAula 4 Informática Aplicada
Aula 4 Informática AplicadaArmando Rivarola
 
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoFrancisco Moço
 
O futuro da informática e unidades de armazenamento
O futuro da informática e unidades de armazenamentoO futuro da informática e unidades de armazenamento
O futuro da informática e unidades de armazenamentoLuiz Eduardo
 

Similaire à Técnicas de armazenamento de dados desde os cartões perfurados aos discos rígidos (17)

TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃO
TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃOTECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃO
TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÃO
 
Os 12 top super computadores
Os 12 top super computadoresOs 12 top super computadores
Os 12 top super computadores
 
Aula de revisão
Aula de revisãoAula de revisão
Aula de revisão
 
Informática Aplicada
Informática AplicadaInformática Aplicada
Informática Aplicada
 
Manutenção de Computadores - Aula 1
Manutenção de Computadores - Aula 1Manutenção de Computadores - Aula 1
Manutenção de Computadores - Aula 1
 
Aula04 - Arquitetura e manutanção de Computadores
Aula04 - Arquitetura e manutanção de ComputadoresAula04 - Arquitetura e manutanção de Computadores
Aula04 - Arquitetura e manutanção de Computadores
 
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAISA EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
 
Conhecimento Basico de Informatica - Parte I
Conhecimento Basico de Informatica - Parte IConhecimento Basico de Informatica - Parte I
Conhecimento Basico de Informatica - Parte I
 
Evolucao de alguns componentes
Evolucao de alguns componentesEvolucao de alguns componentes
Evolucao de alguns componentes
 
Da VáLvula Até 1990
Da VáLvula Até 1990Da VáLvula Até 1990
Da VáLvula Até 1990
 
Aula 4 Informática Aplicada
Aula 4 Informática AplicadaAula 4 Informática Aplicada
Aula 4 Informática Aplicada
 
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de InformaçãoARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
ARMAZENAMENTO - Suportes de Informação
 
Placa mãe
Placa mãePlaca mãe
Placa mãe
 
Os Slots
Os SlotsOs Slots
Os Slots
 
Evolução do Hadware
Evolução do HadwareEvolução do Hadware
Evolução do Hadware
 
O futuro da informática e unidades de armazenamento
O futuro da informática e unidades de armazenamentoO futuro da informática e unidades de armazenamento
O futuro da informática e unidades de armazenamento
 
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
 

Técnicas de armazenamento de dados desde os cartões perfurados aos discos rígidos

  • 1. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV (7846) MODULO 10 – INFORMÁTICA, Noções Básicas DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO CARTÃO PERFURADO Cartão Perfurado IBM-1928 - as suas dimensões originais 83 mm X 187 mm. O código original só permitia a codificação de alfabeto restrito e dos algarismos utilizando 12 linhas numeradas de cima para baixo 12, 11, 10 e 1 a 9 - e 45 colunas (numeradas da esquerda para a direita). Perfuradora de Cartões Informação, dados ou programas, eram perfurados por transcrição de um documento em papel utilizando uma máquina (perfuradora). O conteúdo perfurado no cartão era impresso numa única linha superior e externa à área perfurada, utilizando uma máquina (interpretadora). Página 1 de 6
  • 2. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV FITA PERFURADA Fita Perfurada A fita de papel perfurada era utilizada entre 1910 e 1915 em aparelhos telegráficos e em telétipos como suporte para receção e envio de informação. Fita de papel de código Ascii de 8 bits Inicialmente (1948/1949) os telétipos foram acoplados aos computadores servindo como unidades de entrada de dados e saída de resultados. Em alguns casos eram utilizados como impressora do sistema. Dados e programas eram perfurados na fita de papel, desenrolando-se de uma bobina, utilizando um telétipo. Contrariamente aos cartões perfurados este suporte é contínuo e a sua capacidade é apenas limitada pelo comprimento da fita. A fita perfurada foi utilizada em computadores como suporte de informação até ao final dos anos 70. TAMBOR MAGNÉTICO Página 2 de 6
  • 3. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV As memórias dos primeiros computadores (1939/1948) eram construídas com o recurso a válvulas eletrónicas, lâmpadas de mercúrio e tubos de raios catódicos. Aqueles dispositivos só mantinham o seu estado quando estimulados pela corrente elétrica. Essas memórias eram voláteis, quando não eram estimuladas perdiam o conteúdo. Nos primeiros computadores eram usados dispositivos eletromagnéticos para efetuar o backup do conteúdo da memória. Um conjunto de cabeças fixas assegura a gravação e a leitura da informação no formato word, o que é utilizado na memória do computador. Os tambores magnéticos foram utilizados em todos os computadores construídos até meados dos anos 60. No início dos mesmos anos passou a utilizar-se na construção dos computadores memórias não voláteis que eram construídas com ferrites. No início dos anos 70 a conceção de computadores integra a tecnologia de circuito monolítico na construção das memórias. A utilização desta tecnologia provoca o "regresso" às memórias voláteis, passando o disco magnético a desempenhar a função de backup do conteúdo da memória. Memória de Ferrites Página 3 de 6
  • 4. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV FITA MAGNÉTICA Fita Magnética enrolada em bobina A fita magnética tem ½ polegada (1,77 cm) de largura e é enrolada numa bobina com uma capacidade para um comprimento aproximadamente de 730 metros. A gravação de dados é feita com densidade de 1.600 bpi (bytes por polegada) podendo se armazenar naquela bobina aproximadamente 45.000.000 de caracteres (45 MByte). A fita magnética igualmente denominada banda magnética é um suporte da informação com capacidade praticamente ilimitada. A manipulação dos dados é morosa e complexa exigindo utilização mínima de 2 unidades de leitura/escrita, não sendo possível escrever na fita que se encontra em leitura. Fita IBM 650 Página 4 de 6
  • 5. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV Algumas unidades de fita magnética (acopláveis ao ibm650) têm um formato invulgar. A unidade de fita magnética ("sem fim") foi construída nos anos 60 pela SETI (Sociétè Européenne pour leTraitement de l' Iformation). Não existiam bobinas para enrolar/desenrolar a fita. Esta era um sem fim (boucle) solto arrastado sobre uma cabeça de leitura/escrita visível na parte superior da caixa. A porta da caixa dispunha de uma janela em vidro permitindo verificar o funcionamento do sistema. Estas fitas eram utilizadas para carregar “load “ na memória do computador o Sistema Executivo (antepassado dos atuais Sistemas Operativos). DISCO MAGNÉTICO IBM 2314, 11 pratos- 29,2 MB – 1966 O Disco da imagem foi fabricado pela BASF de acordo com a especificação "ibm 2314" definida em 1966. Foi produzido com 11 pratos metálicos solidários num eixo vertical. Cada prato com 14" (35,6 cm) de diâmetro e a capacidade total da "panela" ou "pilha" era de 29,2 MB (29.200.000 caracter), segundo a linguagem da época. As faces extremas dos discos que limitam a "pilha" não eram utilizáveis. A "pilha" era introduzida numa gaveta de unidade de leitura/escrita com o eixo na posição vertical. Depois de fechada a gaveta um motor elétrico lançava o movimento rotativo do disco e quando a "velocidade ótima" era atingida um "pente" de "cabeças flutuantes" (não tocando na superfície de cada prato) avançava para a posição de leitura/escrita. Página 5 de 6
  • 6. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO CURSO DE EDUCAÇAÕ E FORMAÇÃO DE ADULTOS Curso Profissional de Técnico Programador/a de Informática – Nível IV Evolução dos Discos DISQUETES Diskette 8" - 80K a 568KB A disquete acima foi apresentada pela IBM no ano de 1971. Era utilizada para carregar na memória o Sistema Operativo. Tem um diâmetro de 8" (20,3 cm), comportando-se como um disco de um só prato tendo capacidade total equivalente a uma caixa de cartões perfurados, cerca de 80KB (80.000caracter). Os aperfeiçoamentos desenvolvidos para o disco magnético provocaram um fenómeno de miniaturização idêntico ao observado no disco. Evolução das Disquetes Página 6 de 6