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1ª Parte da tarefa da sessão 3 Integração do Processo de auto-avaliação no contexto da escola O modelo de Auto-avaliação da BE, núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da escola, constitui cada vez mais uma necessidade, pois permite-nos conhecer o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo de ensino aprendizagem dos alunos. Do mesmo modo, nos permite conhecer o grau de eficiência dos serviços prestados, bem como o grau de satisfação dos utilizadores da BE.  Trata-se de um modelo que vai permitir, também, enquanto processo pedagógico e regulador, conduzir à reflexão e à mudança de práticas, através da recolha de evidências, identificando-se, através dessa recolha, os aspectos positivos que devam ser reforçados, como também, identificando-se os aspectos menos positivos que devam ser repensados e reformulados, procedendo-se aos reajustes necessários, investindo nessas áreas mais fracas para se obterem melhores resultados, sempre na mira de o trabalho desenvolvido na BE causar o impacto desejável no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o sucesso educativo dos alunos. Surge, portanto, a necessidade de se proceder a uma avaliação, enquanto medida que nos permite a melhoria do trabalho da BE, integrando-a no processo de avaliação interna /externa da escola. Depois destes pressupostos, e referindo-me, concretamente à realidade da escola onde desempenho as funções de PB, escola sede do Agrupamento Visconde de Juromenha, escola TEIP, frequentada por cerca de 1100 alunos, sem contar com os das duas escolas JI/1º ciclo agregadas ao agrupamento, na sua larga maioria com carências económico-financeiras e com baixo nível sociocultural, o papel da BE vê-se condicionado por uma série de factores inerentes a condições físicas, como os seguintes: a escola sede é provisória, há mais de 30 anos, com instalações absolutamente degradadas e em mau estado, o que faz, também, com que o comportamento de muitos alunos seja de indisciplina e insubordinação, sem qualquer estima pela preservação dos espaços e equipamentos da escola e da BE; o facto de o edifício da nossa BE/CRE, inaugurado em 2003, se encontrar afastado/isolado do centro vital, nevrálgico da escola e, portanto, sem um nº suficiente de auxiliares que prestem vigilância ao espaço e à zona circundante, fazendo parecer que o edifício se encontra arrumado a um canto. Prevê-se, a médio prazo, a construção de uma nova escola e uma centralização mais estratégica do CRE.  Também se vê condicionado o papel da BE em termos de equipamentos, na sua larga maioria obsoletos, nomeadamente, os 13 computadores que servem a valência da informática, a precisarem de ser substituídos por outros mais recentes, até para responder aos novos desafios que as BE enfrentam que obrigam à redefinição de práticas para acompanhar a evolução no plano tecnológico e digital e valorizar este novo ambiente de aprendizagem da BE tão procurado pelo alunos nos seus trabalhos de pesquisa e consulta e pelos professores, para as suas aulas, nomeadamente, de AP. Apesar daqueles condicionamentos atrás referidos, o PB mais os seus 17 professores colaboradores esforçam-se, e muito, cada qual com uma tarefa específica a executar, para satisfazer as necessidades de disponibilização da informação nos seus diferentes suportes e ambientes e de apoiar as actividades lectivas, servindo os objectivos programáticos e curriculares, através da promoção das literacias, área de funcionamento crucial na BE, e da construção do conhecimento. É verdade que o trabalho na BE tornar-se-ia mais produtivo e funcional, se fossem atribuídas horas suficientes aos professores colaboradores e no mínimo, em blocos de 90 minutos, ao invés de 45m aqui, mais 45m acolá, o que não tem acontecido, inviabilizando o desenvolvimento de um trabalho produtivo. Também é verdade que, há dificuldades na mente de alguns professores, em reconhecerem a importância do papel da BE, enquanto núcleo central do processo ensino-aprendizagem, enquanto espaço privilegiado para melhorar as capacidades, aprendizagens e competências dos alunos. E que, devido ao excesso de burocratização do ensino, às constantes reuniões, a horas tardias, às constantes solicitações a sobrecarregarem ainda mais o trabalho dos docentes, aqueles se vêem constrangidos e distanciados em relação à cooperação com o trabalho da BE. Como medidas de melhoria conducentes à alteração da situação e à sua consecução com sucesso, no âmbito dos domínios do modelo de auto-avaliação apontados, nomeadamente, na Organização e Gestão, prevê-se a melhoria da instalação e equipamentos da BE, a continuação da Gestão e tratamento do acervo documental, a continuação da promoção da utilização dos recursos documentais, o desenvolvimento e optimização do acesso à informação, motivando os alunos a acederem aos diferentes suportes/ fontes de informação, trabalhando-se no desenvolvimento das diferentes literacias, nomeadamente nas literacias da informação e literacias digitais. No âmbito do apoio ao desenvolvimento curricular, prevê-se a plena contribuição da BE nas actividades curriculares e pedagógicas da escola, reforçando-se a cooperação, baseada na planificação e no trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas e o desenvolvimento nos alunos de competências e hábitos de trabalho, baseados na consulta, tratamento e produção de informação, proporcionando-lhes um espaço aberto onde poderão encontrar apoio e acompanhamento, fazendo-se adequar o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos, em colaboração directa com a missão da escola. Helena Caroça
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  • 1. 1ª Parte da tarefa da sessão 3 Integração do Processo de auto-avaliação no contexto da escola O modelo de Auto-avaliação da BE, núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da escola, constitui cada vez mais uma necessidade, pois permite-nos conhecer o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo de ensino aprendizagem dos alunos. Do mesmo modo, nos permite conhecer o grau de eficiência dos serviços prestados, bem como o grau de satisfação dos utilizadores da BE. Trata-se de um modelo que vai permitir, também, enquanto processo pedagógico e regulador, conduzir à reflexão e à mudança de práticas, através da recolha de evidências, identificando-se, através dessa recolha, os aspectos positivos que devam ser reforçados, como também, identificando-se os aspectos menos positivos que devam ser repensados e reformulados, procedendo-se aos reajustes necessários, investindo nessas áreas mais fracas para se obterem melhores resultados, sempre na mira de o trabalho desenvolvido na BE causar o impacto desejável no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o sucesso educativo dos alunos. Surge, portanto, a necessidade de se proceder a uma avaliação, enquanto medida que nos permite a melhoria do trabalho da BE, integrando-a no processo de avaliação interna /externa da escola. Depois destes pressupostos, e referindo-me, concretamente à realidade da escola onde desempenho as funções de PB, escola sede do Agrupamento Visconde de Juromenha, escola TEIP, frequentada por cerca de 1100 alunos, sem contar com os das duas escolas JI/1º ciclo agregadas ao agrupamento, na sua larga maioria com carências económico-financeiras e com baixo nível sociocultural, o papel da BE vê-se condicionado por uma série de factores inerentes a condições físicas, como os seguintes: a escola sede é provisória, há mais de 30 anos, com instalações absolutamente degradadas e em mau estado, o que faz, também, com que o comportamento de muitos alunos seja de indisciplina e insubordinação, sem qualquer estima pela preservação dos espaços e equipamentos da escola e da BE; o facto de o edifício da nossa BE/CRE, inaugurado em 2003, se encontrar afastado/isolado do centro vital, nevrálgico da escola e, portanto, sem um nº suficiente de auxiliares que prestem vigilância ao espaço e à zona circundante, fazendo parecer que o edifício se encontra arrumado a um canto. Prevê-se, a médio prazo, a construção de uma nova escola e uma centralização mais estratégica do CRE. Também se vê condicionado o papel da BE em termos de equipamentos, na sua larga maioria obsoletos, nomeadamente, os 13 computadores que servem a valência da informática, a precisarem de ser substituídos por outros mais recentes, até para responder aos novos desafios que as BE enfrentam que obrigam à redefinição de práticas para acompanhar a evolução no plano tecnológico e digital e valorizar este novo ambiente de aprendizagem da BE tão procurado pelo alunos nos seus trabalhos de pesquisa e consulta e pelos professores, para as suas aulas, nomeadamente, de AP. Apesar daqueles condicionamentos atrás referidos, o PB mais os seus 17 professores colaboradores esforçam-se, e muito, cada qual com uma tarefa específica a executar, para satisfazer as necessidades de disponibilização da informação nos seus diferentes suportes e ambientes e de apoiar as actividades lectivas, servindo os objectivos programáticos e curriculares, através da promoção das literacias, área de funcionamento crucial na BE, e da construção do conhecimento. É verdade que o trabalho na BE tornar-se-ia mais produtivo e funcional, se fossem atribuídas horas suficientes aos professores colaboradores e no mínimo, em blocos de 90 minutos, ao invés de 45m aqui, mais 45m acolá, o que não tem acontecido, inviabilizando o desenvolvimento de um trabalho produtivo. Também é verdade que, há dificuldades na mente de alguns professores, em reconhecerem a importância do papel da BE, enquanto núcleo central do processo ensino-aprendizagem, enquanto espaço privilegiado para melhorar as capacidades, aprendizagens e competências dos alunos. E que, devido ao excesso de burocratização do ensino, às constantes reuniões, a horas tardias, às constantes solicitações a sobrecarregarem ainda mais o trabalho dos docentes, aqueles se vêem constrangidos e distanciados em relação à cooperação com o trabalho da BE. Como medidas de melhoria conducentes à alteração da situação e à sua consecução com sucesso, no âmbito dos domínios do modelo de auto-avaliação apontados, nomeadamente, na Organização e Gestão, prevê-se a melhoria da instalação e equipamentos da BE, a continuação da Gestão e tratamento do acervo documental, a continuação da promoção da utilização dos recursos documentais, o desenvolvimento e optimização do acesso à informação, motivando os alunos a acederem aos diferentes suportes/ fontes de informação, trabalhando-se no desenvolvimento das diferentes literacias, nomeadamente nas literacias da informação e literacias digitais. No âmbito do apoio ao desenvolvimento curricular, prevê-se a plena contribuição da BE nas actividades curriculares e pedagógicas da escola, reforçando-se a cooperação, baseada na planificação e no trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas e o desenvolvimento nos alunos de competências e hábitos de trabalho, baseados na consulta, tratamento e produção de informação, proporcionando-lhes um espaço aberto onde poderão encontrar apoio e acompanhamento, fazendo-se adequar o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos, em colaboração directa com a missão da escola. Helena Caroça