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SEMANA
       DE
   ENFERMAGEM

Centro Universitário de Lins – Unilins
  Lins, 05 a 07 de maio de 2009.
ÉTICA EM PESQUISA
  Leonides da Silva Justiniano
   Lins, 06 de maio de 2009.
AGENDA

Iniciando a conversa...
1. Definindo conceitos
2. Ética em Pesquisa
   a. (Re)Discutindo o papel da Ciência
   b. Ciência e Pesquisa
   c. Ética e Pesquisa
Concluindo: Ética e Vida
INICIANDO A CONVERSA...
1. DEFININDO OS CONCEITOS
Sentimento moral

• O “sentimento” provocador da avaliação
  moral decorre:
  – Da indignação
  – Da revolta


• Quando se está diante de algo que
  ocorreu, mas que poderia – que DEVERIA
  – não ter ocorrido!!
Avaliação moral

• A conduta de uma pessoa, dentro de
  determinada sociedade, é avaliada a partir
  de um repertório de expectativas. Essas
  expectativas produzem as “prescrições”
  morais. Então, na moral podemos
  destacar:
  – PRECEITOS morais: as normas, as diretrizes
  – MOTIVAÇÕES morais: as razões pelas quais
    se atende ou deixa de atender aos preceitos.
Responsabilização moral

• O ser humano é chamado a responder por
  seus atos. A isso chama-se
  “responsabilização”.
• A responsabilização moral decorre de
  alguns requisitos:
  – Liberdade – capacidade de autodeterminação
  – Consciência – conhecimento, saber
  – Vontade – buscar os meios de realizar a
    pretensão
ÉTICA = ethos




Originalmente, a palavra grega ηθοζ significava
“morada”, o que pode ser compreendido como
“morada interior” – segurança existencial.
Daí, forma habitual de comportamento, levando ao
termo grego εθοζ que significa, expressamente,
hábito ou costume.
MORAL                       ÉTICA
• Sempre coletiva, social   • Trans-cultural
• Histórica                 • Deontológica
• Diz respeito ao AGIR      • A-histórica
  concreto                  • Diz respeito à
• Consciência do agir         REFLEXÃO sobre o agir!!
  humano                    • Consciência da
                              consciência moral
Ética, Lei, Direito, Justiça...
• A Moral é           • As Normas Morais
  corroborada,          podem se dividir
  socialmente, por      em:
  leis que essa         – Regras morais
  mesma sociedade         propriamente ditas
  estabelece.           – Preceitos religiosos
                        – Trato Social
                          (regras de
• A Ética visa a          “etiqueta”)
  instauração de um     – Leis Jurídicas
  estado além: um
  estado de
  Justiça!!
Atributos das “normas” morais
• Heteronomia: é a exterioridade da norma, o
  cumprimento por convenção, formal.

• Coercibilidade: é a possibilidade de imposição de
  uma sanção, em caso de transgressão ou não
  cumprimento da norma.

• Bilateralidade: é a relação entre duas ou mais
  “pessoas” (físicas/jurídicas); é como que um
  “contrato” – formal ou não.

• Atributividade ou garantia: é a certeza do
  cumprimento do acordo estabelecido ou a
  reparação pela sua não efetivação.
Quadro-síntese

                                “Normas” morais
                 “Regras”   Normas de      Preceitos
  Atributos       morais    trato social   religiosos   Leis jurídicas
Heteronomia       NÃO          SIM           NÃO            SIM
Coercibilidade    NÃO          NÃO           NÃO            SIM
Bilateralidade     SIM         SIM           NÃO            SIM
Atributividade    NÃO          NÃO           NÃO            SIM
2. ÉTICA EM PESQUISA
    a. Discutindo o papel da Ciência
    b. Ciência e Pesquisa
    c. Ética e Pesquisa
A. (RE)DISCUTINDO O PAPEL DA CIÊNCIA
• Uma ciência se caracteriza por ter
  – Um objeto de estudo
  – Um método de estudo


• As ciências buscam regularidades na
  natureza que possam conduzir à
  elaboração de princípios “universais” e
  “generalizáveis”.
• Leis: a partir da identificação de
  regularidades “universalmente” válidas,
  estabelecem-se princípios e nexos
  causais (relações de causalidade entre os
  fenômenos).
• Teoria: um conjunto de “leis” científicas
  coerentemente sistematizadas.
• Observação: NEM TODA LEI (PRINCÍPIO)
  É EXPERIMENTÁVEL!!
A ciência é uma especialização, um
  refinamento de potenciais comuns a
  todos.

A ciência é a hipertrofia de capacidades que
  todos têm.
                               (Rubem Alves)
Atenção!!
                        Atenção


Aquilo que outras pessoas, em outras épocas,
  consideraram como ciência, sempre parece
  ridículo, séculos depois.
Observe esse exemplo de texto “científico” (antiga enciclopédia
chinesa)
“[...] os animais se dividem em:
a) pertencentes ao imperador,
b) embalsamados,
c) domesticados,
d) leitões,
e) sereias,
f) fabulosos,
g) cães em liberdade,
h) incluídos na presente classificação,
i) que se agitam como loucos,
j) f) (sic) inumeráveis,
k) desenhados com um pincel muito fino de pêlo de camelo,
l) et caetera,
m)que acabam de quebrar a bilha,
n) que de longe parecem moscas.”
(BORGES, apud FOUCAULT, 1966, p. 55).
ENTÃO...

Às vezes, pode-se zombar de afirmações
  aceitas com verdades sem uma “prova”
  científica!!
Essas “verdades” ou pressupostos, na
  teologia, são conhecidas como DOGMAS!!

Mas, que são os AXIOMAS, em ciência??
Que é o
CONHECIMENTO?
Conhecimento é o pensamento que emerge
 da relação entre um sujeito que conhece –
 que se aplica racionalmente em descobrir
 a “verdade” – e um objeto que se dispõe a
 ser conhecido – que se propõe a
 “desvelar” sua “verdade”, seu ser.
Burj Al Arab, Dubai – atualmente, com
800 m, segundo site oficial.
Conhecimento, portanto, pode ser
 considerado como uma ferramenta
 mediante a qual o ser humano
 compreende si mesmo e o “mundo” em
 que se encontra. É, também, embora sob
 uma concepção limitada, o instrumento
 que propicia o “domínio” e “manipulação”
 da realidade física e social.
Para que o
CONHECIMENTO?
COMO produzir ou atingir o
  CONHECIMENTO??
B. CIÊNCIA E PESQUISA
Produção do conhecimento
científico
• A ciência encara a “Verdade” como um
  estado de certeza provisória: uma teoria é
  válida enquanto não se conseguir provar
  sua inconsistência; ou enquanto o seu
  “modelo” teórico se sustentar.
• Será essa teoria, elaborada a partir de
  leis, que determinará o perfil de uma
  ciência.
• Conhecimento Científico: Através da
  classificação, da comparação, da
  aplicação dos métodos, da análise e
  síntese, o pesquisador extrai do contexto
  social, ou do universo, princípios e leis
  que estruturam um conhecimento
  rigorosamente válido e universal.

• O conhecimento científico procura
  alcançar a “verdade” dos fatos (objetos) e
  depende da escala de valores e das
  crenças dos cientistas; ele resulta de
  pesquisas metódicas e sistemáticas da
  realidade.
O Método Científico

• O método científico é uma maneira de
  resolver problemas de forma
  sistemática e lógica baseado nos
  conceitos da ciência.
• Revolução científica (1550-1700)
  – Nascimento da ciência moderna:
  – Nicolaus Copernicus: ‘De Revolutionibus
    Orbium Coelestium’ (24 de maio, 1543)
  – Andreas Vesalius: ‘De Humani Corporis
    Fabrica’ (1 de Junho, 1543).
Saber é poder!!

     Sir Francis Bacon (1561-1626):
        filósofo, político e jurista
        inglês, autor da frase “Nam
        et ipsa scientia potestas
        est.” (“Porque o próprio
        saber é poder.”) (In
        Religious meditations).
• “Existe uma ligação entre ‘o saber’ e ‘o
  poder’ na ciência médica que apenas a
  ética pode justificar e controlar.”
  (GONZÁLEZ, 1996, p. 87).
• “Por volta do início do século XX, uma
  parcela da comunidade científica se
  apercebeu que, diferentemente da noção
  de conhecimento da realidade vigente até
  essa época, não se pressupõe mais a
  possibilidade de um conhecimento
  universal e perene, mas sim que há
  apenas a alternativa de se conhecer
  parcelas da realidade.”
                     (Motta, A ciência no século XX).
A “Fórmula” do sucesso!!


       If A = success,
      then the formula is:
          A=X+Y+Z
           X is work.
            Y is play.
  Z is keep your mouth shut.
                               (Einstein)
Ciência, pesquisa e sociedade
do conhecimento
“A cada dois ou três séculos ocorre na
  história da sociedade ocidental uma
  grande transformação. (...) Em poucas
  décadas, a sociedade se reorganiza...
  Depois de cinqüenta anos, existe um novo
  mundo. E as pessoas nele nascidas não
  conseguem imaginar o mundo em que
  seus avós viviam e no qual nasceram
  seus pais.”
                               (Drucker, 1999)
A pesquisa


• Pesquisar tem sido o caminho humano
  para responder questões e para se
  construir novas idéias e ideais, seja no
  mundo acadêmico, seja no mundo da vida
  cotidiana.
• Pesquisar é descobrir, é desnudar o que existe, algo
  que ainda não foi trazido ao conhecimento. A
  pesquisa é um micromundo humano e, portanto, tem
  um papel importante na reconstrução das Ciências
  [...] e da Vida como um todo. Não só as Instituições
  de ensino, mas toda e qualquer organização,
  evoluem pela busca contínua de conhecimentos,
  através de pesquisas referentes ao próprio contexto,
  integradas a conhecimentos já produzidos e que
  possam ser aproveitados para solucionar suas
  dificuldades ou aprimorar sua realidade.
C. ÉTICA E PESQUISA
Aspectos Éticos das Pesquisas em
Ciências Sociais e Humanas
• Código de Nuremberg (1947)

• Declaração de Helsinki (1964, 1975, 1983 e
  1989)

• Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para
  Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres
  Humanos (CIOMS/OMS- 1982 e 1993)

• Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de
  Estudos Epidemiológicos (CIOMS/OMS 1991)

                     (Fonte: Iara Guerriero)
Aspectos Éticos das Pesquisas em
Ciências Sociais e Humanas
• Código de Nuremberg foi elaborado, por
  dois médicos estadunidenses, para
  colaborar no julgamento dos crimes
  cometidos contra a humanidade pelos
  altos comandantes nazistas, em especial
  os referentes aos experimentos com seres
  humanos.




                 (Fonte: Iara Guerriero)
Com respeito e em memória das vítimas...

Esses são alguns dos exemplos das
  “experiências científicas” realizadas em
  humanos, pelos médicos e cientistas
  nazistas...
Experiências de efeitos de bombas incendiárias em crianças – Auschwitz
Experiência invasiva de inoculação de vírus – Auschwitz
Experiência de seccionamento e transplante de membros – sem anestesia -
                              Auschwtiz
Experiência de resistência a baixas temperaturas (freezing experiment) – 3 horas
             em média, entre 10 a 20 graus negativos - Auschwtiz
“Twin experiments” – experiências e análise patológicas em gêmeos -
                            Auschwitz
Experiência com veneno – colocado na comida, secretamente, ou
    inoculado diretamente no corpo da pessoa – Auschwtiz.
• Declaração de Helsinki se propunha a ser
  um guia para todo médico que conduz
  pesquisa biomédica envolvendo seres
  humanos.
• Elaborada pela Associação Médica
  Mundial.




                 (Fonte: Iara Guerriero)
• CIOMS – Council for International
  Organizations of Medical Sciences (1991)
  regulava os estudos epidemiológicos.
• CIOMS (1982 e 1993) tinha como objetivo
  auxiliar na definição de políticas nacionais
  sobre ética em pesquisa biomédica,
  discutindo como aplicar os princípios
  éticos apresentados na Declaração de
  Helsinki, em especial nos países em
  desenvolvimento.


                  (Fonte: Iara Guerriero)
• Relatório Belmont – 3 princípios que são
  incorporados pela Res 196/96.
• Dirigia-se especificamente às pesquisas
  biomédicas e comportamentais, excluindo
  as pesquisas sociais, pois considerava
  que estas podem diferir substancialmente
  daquelas.




                 (Fonte: Iara Guerriero)
• Definição de pesquisa, segundo a Res
  196/96:

• Classe de atividades cujo objetivo é
  desenvolver ou contribuir para o
  conhecimento generalizável. O
  conhecimento generalizável consiste em
  teorias, relações ou princípios ou no
  acúmulo de informações sobre as quais
  estão baseados, que possam ser
  corroborados por métodos científicos
  aceitos de observação e inferência (Res
  196/96, II.1). (CIOMS 1993)

                   Iara Guerriero
De acordo com a Resolução 196/96,
assim pode ser definida a pesquisa:
• Todo procedimento de qualquer natureza
  envolvendo o ser humano, cuja aceitação não
  esteja ainda consagrada na literatura científica,
  será considerado como pesquisa e, portanto,
  deverá obedecer às diretrizes da presente
  resolução. Os procedimentos referidos incluem,
  entre outros, os de natureza instrumental,
  ambiental, nutricional, educacional, sociológica,
  econômica, física, psíquica ou biológica, sejam
  eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de
  finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica
  (Res 196/96, III.2).
Nas pesquisas há que se
considerar e distinguir:


      Pesquisa realizada
      EM seres humanos
              X
      Pesquisa realizada
     COM seres humanos
Guerriero (2007), interpela a respeito do
 instrumento “Termo de Consentimento
 Livre e Esclarecido:

 TCLE: um procedimento em si X registro
  de um processo?
 Proteger os participantes ou a instituição?
 Anonimato dos pesquisados: dever do
  pesquisador, escolha do pesquisado (co-
  autoria), compromisso social do
  pesquisador!
Pesquisa qualitativa                                    Res 196/96

Desenho emergente; processual                     Teste de hipótese


Nem sempre é possível descrever todos os          Procedimentos devem ser descritos no projeto
procedimentos previamente

Decisões sobre a pesquisa, inclusive a            Todas as decisões sobre a pesquisa são
questão a ser investigada, podem ser              tomadas pelo pesquisador, que, portanto,
negociadas com os participantes, portanto         pode descrevê-las previamente no projeto
nem sempre é possível descrevê-las
previamente




                                     (fonte: Iara Guerriero)
Pesquisa qualitativa                                  Res 196/96

Procedimentos realizados no ambiente natural     Detalhar as instalações dos serviços, centros,
dos pesquisados                                  comunidades e instituições nas quais
                                                 processar-se-ão as várias etapas da pesquisa
                                                 Demonstrativo da existência da infra-estrutura
                                                 necessária ao desenvolvimento da pesquisa
                                                 da pesquisa
Não há como testar em laboratório ou em          Teste em laboratório ou em animais
animais

Subjetividade do pesquisador é seu principal     Não há preocupação com a superação da
instrumento de trabalho. Aspectos éticos         visão do pesquisador, nem com a
importantes são como superar a visão do          imparcialidade. A intenção de respeitar a
pesquisador, a imparcialidade, o respeito à      cultura local, por vezes, entra em contradição
cultura local.                                   com a exigência de consentimento individual,
                                                 por escrito.




                                     (Fonte: Iara Guerriero)
Desse modo, pode-se concluir
focando a pesquisa em saúde.
“A finalidade da pesquisa em saúde é o
  estabelecimento de procedimentos,
  métodos e produtos para a prevenção de
  doenças, a recuperação e a reabilitação
  da saúde...” (MASSAROLLO; SPINETTI,
  FORTES, 2006, P. 171)
“... A utilização de seres humanos no
   desenvolvimento de pesquisas, o poder de
   interferência em áreas de importância vital
   e aaplicação indevida da ciência e da
   tecnologia remetem à necessidade da
   reflexão e discussão sobre a ética em
   pesquisa envolvendo seres humanos.”
   (MASSAROLLO; SPINETTI, FORTES,
   2006, P. 171).
• “[...] a objetividade, a impessoalidade e
  cientificidade da ciência médica não está
  em contradição com suas finalidades
  éticas, senão o contrário: aquelas não se
  realizam sem estas. O Juramento
  hipocrático é inequívoco neste sentido: o
  médico se compromete a usar seu saber
  para a vida (não a colocando jamais em
  risco nem em perigo) e se compromete à
  ‘limpeza de alma’ e à ‘santidade’ moral.”
  (GONZÁLEZ, 1996, p. 86).
• “Em determinadas profissões, o saber (o
  conhecimento) exigido e inerente é de tal
  monta importante e incidente sobre a vida
  e o bem-estar das pessoas que sua
  prática não é moralmente indiferente:
  antes, exige qualidades morais especiais.”
  (conf. GONZÁLEZ, 1996).
CONCLUINDO... ÉTICA E VIDA!
Fundamentação teórica,
 Regulação ética!
“Não se sabe com certeza como se verifica a
  fetichização da técnica na psicologia
  individual dos indivíduos, onde está o ponto
  de transição entre uma relação racional com
  ela e aquela supervalorização, que leva, em
  última análise, quem projeta um sistema
  ferroviário para conduzir as vítimas a
  Auschwitz com maior rapidez e fluência, a
  esquecer o que acontece com estas vítimas
  em Auschwitz.”
                            (Adorno, 2000,p,133)
Dois “modelos” de cientistas...
                   Bruno Bettelheim e
Miklos Nyiszli        Viktor Frankl
Bruno Bettelheim compara os dois
   “cientistas”, na apresentação que faz do livro
   de Nyisli...
“O Dr. Frankl, durante a prisão, procurou continuamente o
  significado pessoal de sua experiência como prisioneiro
  de um campo de concentração; dessa forma encontrou
   significação profunda de sua vida e da vida em geral.
  Outros prisioneiros que, como o Dr. Nyiszli, estavam
  somente preocupados com a simples sobrevivência —
  mesmo que isso significasse auxiliar os médicos SS
  em seus nefandos experimentos com seres humanos
  — não tiraram conclusões mais profundas de sua
  horrível experiência. E assim, eles sobreviveram em
  corpo, assaltados pelo remorso e pelas recordações
  dantescas.”
“A exigência que Auschwitz não se repita é a
  primeira de todas para a educação [e a
  ciência]. (...) Qualquer debate acerca de
  metas educacionais [e científicas] carece
  de significado e importância frente a essa
  meta: QUE AUSCHWITZ NÃO SE
  REPITA. Ela foi a barbárie contra a qual
  se dirige toda a educação.”
                         (Adorno, 2000, p. 119)
Enquanto cientista, ou
  “mesmo” como
  cientista, lembre-se de
  o mundo pode ser
  melhor porque você
  passou por ele!!

Assim: deixe um legado...
OBRIGADO!!




      Leonides da Silva Justiniano
      Contato: leojusto2@yahoo.com.br
                  leojusto@unilins.edu.br

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Semana de Enfermagem sobre Ética em Pesquisa

  • 1. SEMANA DE ENFERMAGEM Centro Universitário de Lins – Unilins Lins, 05 a 07 de maio de 2009.
  • 2. ÉTICA EM PESQUISA Leonides da Silva Justiniano Lins, 06 de maio de 2009.
  • 3. AGENDA Iniciando a conversa... 1. Definindo conceitos 2. Ética em Pesquisa a. (Re)Discutindo o papel da Ciência b. Ciência e Pesquisa c. Ética e Pesquisa Concluindo: Ética e Vida
  • 5. 1. DEFININDO OS CONCEITOS
  • 6. Sentimento moral • O “sentimento” provocador da avaliação moral decorre: – Da indignação – Da revolta • Quando se está diante de algo que ocorreu, mas que poderia – que DEVERIA – não ter ocorrido!!
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Avaliação moral • A conduta de uma pessoa, dentro de determinada sociedade, é avaliada a partir de um repertório de expectativas. Essas expectativas produzem as “prescrições” morais. Então, na moral podemos destacar: – PRECEITOS morais: as normas, as diretrizes – MOTIVAÇÕES morais: as razões pelas quais se atende ou deixa de atender aos preceitos.
  • 13. Responsabilização moral • O ser humano é chamado a responder por seus atos. A isso chama-se “responsabilização”. • A responsabilização moral decorre de alguns requisitos: – Liberdade – capacidade de autodeterminação – Consciência – conhecimento, saber – Vontade – buscar os meios de realizar a pretensão
  • 14. ÉTICA = ethos Originalmente, a palavra grega ηθοζ significava “morada”, o que pode ser compreendido como “morada interior” – segurança existencial. Daí, forma habitual de comportamento, levando ao termo grego εθοζ que significa, expressamente, hábito ou costume.
  • 15. MORAL ÉTICA • Sempre coletiva, social • Trans-cultural • Histórica • Deontológica • Diz respeito ao AGIR • A-histórica concreto • Diz respeito à • Consciência do agir REFLEXÃO sobre o agir!! humano • Consciência da consciência moral
  • 16. Ética, Lei, Direito, Justiça... • A Moral é • As Normas Morais corroborada, podem se dividir socialmente, por em: leis que essa – Regras morais mesma sociedade propriamente ditas estabelece. – Preceitos religiosos – Trato Social (regras de • A Ética visa a “etiqueta”) instauração de um – Leis Jurídicas estado além: um estado de Justiça!!
  • 17. Atributos das “normas” morais • Heteronomia: é a exterioridade da norma, o cumprimento por convenção, formal. • Coercibilidade: é a possibilidade de imposição de uma sanção, em caso de transgressão ou não cumprimento da norma. • Bilateralidade: é a relação entre duas ou mais “pessoas” (físicas/jurídicas); é como que um “contrato” – formal ou não. • Atributividade ou garantia: é a certeza do cumprimento do acordo estabelecido ou a reparação pela sua não efetivação.
  • 18. Quadro-síntese “Normas” morais “Regras” Normas de Preceitos Atributos morais trato social religiosos Leis jurídicas Heteronomia NÃO SIM NÃO SIM Coercibilidade NÃO NÃO NÃO SIM Bilateralidade SIM SIM NÃO SIM Atributividade NÃO NÃO NÃO SIM
  • 19. 2. ÉTICA EM PESQUISA a. Discutindo o papel da Ciência b. Ciência e Pesquisa c. Ética e Pesquisa
  • 20. A. (RE)DISCUTINDO O PAPEL DA CIÊNCIA
  • 21. • Uma ciência se caracteriza por ter – Um objeto de estudo – Um método de estudo • As ciências buscam regularidades na natureza que possam conduzir à elaboração de princípios “universais” e “generalizáveis”.
  • 22. • Leis: a partir da identificação de regularidades “universalmente” válidas, estabelecem-se princípios e nexos causais (relações de causalidade entre os fenômenos). • Teoria: um conjunto de “leis” científicas coerentemente sistematizadas. • Observação: NEM TODA LEI (PRINCÍPIO) É EXPERIMENTÁVEL!!
  • 23. A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. A ciência é a hipertrofia de capacidades que todos têm. (Rubem Alves)
  • 24. Atenção!! Atenção Aquilo que outras pessoas, em outras épocas, consideraram como ciência, sempre parece ridículo, séculos depois.
  • 25. Observe esse exemplo de texto “científico” (antiga enciclopédia chinesa) “[...] os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperador, b) embalsamados, c) domesticados, d) leitões, e) sereias, f) fabulosos, g) cães em liberdade, h) incluídos na presente classificação, i) que se agitam como loucos, j) f) (sic) inumeráveis, k) desenhados com um pincel muito fino de pêlo de camelo, l) et caetera, m)que acabam de quebrar a bilha, n) que de longe parecem moscas.” (BORGES, apud FOUCAULT, 1966, p. 55).
  • 26. ENTÃO... Às vezes, pode-se zombar de afirmações aceitas com verdades sem uma “prova” científica!! Essas “verdades” ou pressupostos, na teologia, são conhecidas como DOGMAS!! Mas, que são os AXIOMAS, em ciência??
  • 28.
  • 29.
  • 30. Conhecimento é o pensamento que emerge da relação entre um sujeito que conhece – que se aplica racionalmente em descobrir a “verdade” – e um objeto que se dispõe a ser conhecido – que se propõe a “desvelar” sua “verdade”, seu ser.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Burj Al Arab, Dubai – atualmente, com 800 m, segundo site oficial.
  • 36. Conhecimento, portanto, pode ser considerado como uma ferramenta mediante a qual o ser humano compreende si mesmo e o “mundo” em que se encontra. É, também, embora sob uma concepção limitada, o instrumento que propicia o “domínio” e “manipulação” da realidade física e social.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 41.
  • 42.
  • 43. COMO produzir ou atingir o CONHECIMENTO??
  • 44. B. CIÊNCIA E PESQUISA
  • 45. Produção do conhecimento científico • A ciência encara a “Verdade” como um estado de certeza provisória: uma teoria é válida enquanto não se conseguir provar sua inconsistência; ou enquanto o seu “modelo” teórico se sustentar. • Será essa teoria, elaborada a partir de leis, que determinará o perfil de uma ciência.
  • 46. • Conhecimento Científico: Através da classificação, da comparação, da aplicação dos métodos, da análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e universal. • O conhecimento científico procura alcançar a “verdade” dos fatos (objetos) e depende da escala de valores e das crenças dos cientistas; ele resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da realidade.
  • 47. O Método Científico • O método científico é uma maneira de resolver problemas de forma sistemática e lógica baseado nos conceitos da ciência. • Revolução científica (1550-1700) – Nascimento da ciência moderna: – Nicolaus Copernicus: ‘De Revolutionibus Orbium Coelestium’ (24 de maio, 1543) – Andreas Vesalius: ‘De Humani Corporis Fabrica’ (1 de Junho, 1543).
  • 48. Saber é poder!! Sir Francis Bacon (1561-1626): filósofo, político e jurista inglês, autor da frase “Nam et ipsa scientia potestas est.” (“Porque o próprio saber é poder.”) (In Religious meditations).
  • 49. • “Existe uma ligação entre ‘o saber’ e ‘o poder’ na ciência médica que apenas a ética pode justificar e controlar.” (GONZÁLEZ, 1996, p. 87).
  • 50. • “Por volta do início do século XX, uma parcela da comunidade científica se apercebeu que, diferentemente da noção de conhecimento da realidade vigente até essa época, não se pressupõe mais a possibilidade de um conhecimento universal e perene, mas sim que há apenas a alternativa de se conhecer parcelas da realidade.” (Motta, A ciência no século XX).
  • 51. A “Fórmula” do sucesso!! If A = success, then the formula is: A=X+Y+Z X is work. Y is play. Z is keep your mouth shut. (Einstein)
  • 52. Ciência, pesquisa e sociedade do conhecimento “A cada dois ou três séculos ocorre na história da sociedade ocidental uma grande transformação. (...) Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza... Depois de cinqüenta anos, existe um novo mundo. E as pessoas nele nascidas não conseguem imaginar o mundo em que seus avós viviam e no qual nasceram seus pais.” (Drucker, 1999)
  • 53. A pesquisa • Pesquisar tem sido o caminho humano para responder questões e para se construir novas idéias e ideais, seja no mundo acadêmico, seja no mundo da vida cotidiana.
  • 54. • Pesquisar é descobrir, é desnudar o que existe, algo que ainda não foi trazido ao conhecimento. A pesquisa é um micromundo humano e, portanto, tem um papel importante na reconstrução das Ciências [...] e da Vida como um todo. Não só as Instituições de ensino, mas toda e qualquer organização, evoluem pela busca contínua de conhecimentos, através de pesquisas referentes ao próprio contexto, integradas a conhecimentos já produzidos e que possam ser aproveitados para solucionar suas dificuldades ou aprimorar sua realidade.
  • 55. C. ÉTICA E PESQUISA
  • 56. Aspectos Éticos das Pesquisas em Ciências Sociais e Humanas • Código de Nuremberg (1947) • Declaração de Helsinki (1964, 1975, 1983 e 1989) • Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS- 1982 e 1993) • Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS/OMS 1991) (Fonte: Iara Guerriero)
  • 57. Aspectos Éticos das Pesquisas em Ciências Sociais e Humanas • Código de Nuremberg foi elaborado, por dois médicos estadunidenses, para colaborar no julgamento dos crimes cometidos contra a humanidade pelos altos comandantes nazistas, em especial os referentes aos experimentos com seres humanos. (Fonte: Iara Guerriero)
  • 58. Com respeito e em memória das vítimas... Esses são alguns dos exemplos das “experiências científicas” realizadas em humanos, pelos médicos e cientistas nazistas...
  • 59. Experiências de efeitos de bombas incendiárias em crianças – Auschwitz
  • 60. Experiência invasiva de inoculação de vírus – Auschwitz
  • 61. Experiência de seccionamento e transplante de membros – sem anestesia - Auschwtiz
  • 62. Experiência de resistência a baixas temperaturas (freezing experiment) – 3 horas em média, entre 10 a 20 graus negativos - Auschwtiz
  • 63. “Twin experiments” – experiências e análise patológicas em gêmeos - Auschwitz
  • 64. Experiência com veneno – colocado na comida, secretamente, ou inoculado diretamente no corpo da pessoa – Auschwtiz.
  • 65. • Declaração de Helsinki se propunha a ser um guia para todo médico que conduz pesquisa biomédica envolvendo seres humanos. • Elaborada pela Associação Médica Mundial. (Fonte: Iara Guerriero)
  • 66. • CIOMS – Council for International Organizations of Medical Sciences (1991) regulava os estudos epidemiológicos. • CIOMS (1982 e 1993) tinha como objetivo auxiliar na definição de políticas nacionais sobre ética em pesquisa biomédica, discutindo como aplicar os princípios éticos apresentados na Declaração de Helsinki, em especial nos países em desenvolvimento. (Fonte: Iara Guerriero)
  • 67. • Relatório Belmont – 3 princípios que são incorporados pela Res 196/96. • Dirigia-se especificamente às pesquisas biomédicas e comportamentais, excluindo as pesquisas sociais, pois considerava que estas podem diferir substancialmente daquelas. (Fonte: Iara Guerriero)
  • 68. • Definição de pesquisa, segundo a Res 196/96: • Classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizável consiste em teorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência (Res 196/96, II.1). (CIOMS 1993) Iara Guerriero
  • 69. De acordo com a Resolução 196/96, assim pode ser definida a pesquisa: • Todo procedimento de qualquer natureza envolvendo o ser humano, cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica, será considerado como pesquisa e, portanto, deverá obedecer às diretrizes da presente resolução. Os procedimentos referidos incluem, entre outros, os de natureza instrumental, ambiental, nutricional, educacional, sociológica, econômica, física, psíquica ou biológica, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica (Res 196/96, III.2).
  • 70. Nas pesquisas há que se considerar e distinguir: Pesquisa realizada EM seres humanos X Pesquisa realizada COM seres humanos
  • 71. Guerriero (2007), interpela a respeito do instrumento “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido:  TCLE: um procedimento em si X registro de um processo?  Proteger os participantes ou a instituição?  Anonimato dos pesquisados: dever do pesquisador, escolha do pesquisado (co- autoria), compromisso social do pesquisador!
  • 72. Pesquisa qualitativa Res 196/96 Desenho emergente; processual Teste de hipótese Nem sempre é possível descrever todos os Procedimentos devem ser descritos no projeto procedimentos previamente Decisões sobre a pesquisa, inclusive a Todas as decisões sobre a pesquisa são questão a ser investigada, podem ser tomadas pelo pesquisador, que, portanto, negociadas com os participantes, portanto pode descrevê-las previamente no projeto nem sempre é possível descrevê-las previamente (fonte: Iara Guerriero)
  • 73. Pesquisa qualitativa Res 196/96 Procedimentos realizados no ambiente natural Detalhar as instalações dos serviços, centros, dos pesquisados comunidades e instituições nas quais processar-se-ão as várias etapas da pesquisa Demonstrativo da existência da infra-estrutura necessária ao desenvolvimento da pesquisa da pesquisa Não há como testar em laboratório ou em Teste em laboratório ou em animais animais Subjetividade do pesquisador é seu principal Não há preocupação com a superação da instrumento de trabalho. Aspectos éticos visão do pesquisador, nem com a importantes são como superar a visão do imparcialidade. A intenção de respeitar a pesquisador, a imparcialidade, o respeito à cultura local, por vezes, entra em contradição cultura local. com a exigência de consentimento individual, por escrito. (Fonte: Iara Guerriero)
  • 74. Desse modo, pode-se concluir focando a pesquisa em saúde. “A finalidade da pesquisa em saúde é o estabelecimento de procedimentos, métodos e produtos para a prevenção de doenças, a recuperação e a reabilitação da saúde...” (MASSAROLLO; SPINETTI, FORTES, 2006, P. 171)
  • 75. “... A utilização de seres humanos no desenvolvimento de pesquisas, o poder de interferência em áreas de importância vital e aaplicação indevida da ciência e da tecnologia remetem à necessidade da reflexão e discussão sobre a ética em pesquisa envolvendo seres humanos.” (MASSAROLLO; SPINETTI, FORTES, 2006, P. 171).
  • 76. • “[...] a objetividade, a impessoalidade e cientificidade da ciência médica não está em contradição com suas finalidades éticas, senão o contrário: aquelas não se realizam sem estas. O Juramento hipocrático é inequívoco neste sentido: o médico se compromete a usar seu saber para a vida (não a colocando jamais em risco nem em perigo) e se compromete à ‘limpeza de alma’ e à ‘santidade’ moral.” (GONZÁLEZ, 1996, p. 86).
  • 77. • “Em determinadas profissões, o saber (o conhecimento) exigido e inerente é de tal monta importante e incidente sobre a vida e o bem-estar das pessoas que sua prática não é moralmente indiferente: antes, exige qualidades morais especiais.” (conf. GONZÁLEZ, 1996).
  • 79. Fundamentação teórica, Regulação ética! “Não se sabe com certeza como se verifica a fetichização da técnica na psicologia individual dos indivíduos, onde está o ponto de transição entre uma relação racional com ela e aquela supervalorização, que leva, em última análise, quem projeta um sistema ferroviário para conduzir as vítimas a Auschwitz com maior rapidez e fluência, a esquecer o que acontece com estas vítimas em Auschwitz.” (Adorno, 2000,p,133)
  • 80.
  • 81.
  • 82. Dois “modelos” de cientistas... Bruno Bettelheim e Miklos Nyiszli Viktor Frankl
  • 83. Bruno Bettelheim compara os dois “cientistas”, na apresentação que faz do livro de Nyisli... “O Dr. Frankl, durante a prisão, procurou continuamente o significado pessoal de sua experiência como prisioneiro de um campo de concentração; dessa forma encontrou significação profunda de sua vida e da vida em geral. Outros prisioneiros que, como o Dr. Nyiszli, estavam somente preocupados com a simples sobrevivência — mesmo que isso significasse auxiliar os médicos SS em seus nefandos experimentos com seres humanos — não tiraram conclusões mais profundas de sua horrível experiência. E assim, eles sobreviveram em corpo, assaltados pelo remorso e pelas recordações dantescas.”
  • 84. “A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação [e a ciência]. (...) Qualquer debate acerca de metas educacionais [e científicas] carece de significado e importância frente a essa meta: QUE AUSCHWITZ NÃO SE REPITA. Ela foi a barbárie contra a qual se dirige toda a educação.” (Adorno, 2000, p. 119)
  • 85. Enquanto cientista, ou “mesmo” como cientista, lembre-se de o mundo pode ser melhor porque você passou por ele!! Assim: deixe um legado...
  • 86. OBRIGADO!! Leonides da Silva Justiniano Contato: leojusto2@yahoo.com.br leojusto@unilins.edu.br