2. Conteúdos da Aula 3 Componente do processo de RI (3/6) : a necessidade de informação do usuário Modelo multifacetado de uso da informação
3. Componente do processo de RI (3/6) A necessidade de informação do usuário CHOO, C. W. A organização do conhecimento. 2.ed. ed. São Paulo: Senac, 2006. Cap. 2
4. Propósito da busca e do uso da informação O indivíduo requer informação para sair de seu estado atual para um estado desejado. Esse movimento pode ser problemático, porque faltam ao indivíduo o conhecimento e os meios para isso.
5. Algumas considerações teóricas de caráter geral advindas das pesquisas sobre necessidades e usos da informação (1) As necessidades de informação variam de acordo com a profissão ou o grupo social do usuário, suas origens demográficas e os requisitos específicos da tarefa que ele está realizando; Os usuários obtêm informações de muitas diferentes fontes, formais e informais. As fontes informais, inclusive colegas e contatos pessoais, são quase sempre tão ou mais importantes que as formais, como bibliotecas ou bancos de dados on-line;
6. Algumas considerações teóricas de caráter geral advindas das pesquisas sobre necessidades e usos da informação (2) Um grande número de critérios pode influenciar a seleção e o uso das fontes de informação. As pesquisas descobriram que muitos grupos de usuários preferem fontes locais e acessíveis, que não são, necessariamente, as melhores. Para os usuários, a acessibilidade de uma fonte informação e mais importante que sua qualidade.
7. Definições Usuário da informação: pessoa cognitiva e perceptiva Busca da informação: processo humano e social por meio do qual a informação se torna útil para um indivíduo ou grupo Uso da informação: seleção de mensagens relevantes de modo a provocar uma mudança no estado de conhecimento do indivíduo ou em sua capacidade de agir Contexto de uso da informação: maneiras e níveis de utilidade da informação
8. Para estudar apropriadamente as necessidades de informação nossa preocupação é revelar os fatos da vida cotidiana das pessoas que estão sendo investigadas; revelando esses fatos, nosso objetivo é entender as necessidades que pressionam o indivíduo para um comportamento de busca de informação; entendendo melhor essas necessidades, podemos compreender melhor qual significado a informação tem na vida cotidiana das pessoas; por tudo o que foi dito, devemos ter melhor compreensão do uso da informação e ser capazes de criar sistemas de informação mais eficientes.
10. A complexidade do estudo das necessidades e dos usos da informação O estudo das necessidades e dos usos da informação é necessariamente transdisciplinar, ligando áreas como a psicologia cognitiva, estudos de comunicação, difusão de inovações, economia, armazenamento de informações, teoria organizacional e antropologia social.
11. Pré-requisitos para a definição de um modelo Um modelo de uso da informação deve englobar a totalidade da experiência humana: os pensamentos os sentimentos as ações o ambiente onde eles se manifestam
12. Os estágios do modelo de busca e uso da informação Ambiente no qual a informação é usada: Interno de processamento da informação (necessidades cognitivas e reações emocionais do indivíduo) Externo, meio profissional ou social (estrutura organizacional e culturas do trabalho) Comportamento em relação à informação: Clarificação das necessidades Busca Uso Interação entre os ambientes e o comportamento
15. Ambiente de PROCESSAMENTO da informação Necessidades cognitivas: abordagem cognitiva de criação de significado de Brenda Dervin Reações emocionais: estudo desenvolvido por Carol Kuhlthau
17. Necessidades cognitivas na busca e no uso da informação (B. Dervin) Metáfora da criação de significado: pessoa move-se no espaço e no tempo, dando passos por meio das experiências: Situação 1 : a pessoa é capaz de construir significados o movimento para frente é possível Situação 2: a pessoa perde o sentido interno e a necessidade de criar novos significados o movimento é bloqueado por descontinuidade Situação 3: a pessoa define a natureza do vazio cognitivo escolhe uma tática para transpô-lo
18. O triângulo situação-vazio-uso para compreensão do vazio cognitivo Situação O que, em sua situação, o está bloqueando? O que está faltando em sua situação? Quais são as dúvidas ou confusões? Que tipo de ajuda você espera receber? Vazio Uso
19. O comportamento do indivíduo em relação à informação O comportamento do indivíduo em relação à informação é influenciado: pela estratégia para transpor o vazio cognitivo pelas características do sistema, conteúdo da mensagem ou dados demográficos do usuário + -
20. Estudos sobre criação de significado Método: entrevista na qual o pesquisado descreve como viu a situação, o vazio e a ajuda desejada Descoberta: o MODO como as pessoas percebem seus vazios cognitivos desejam informações para ajudá-las Prevê-se o comportamento de busca e uso da informação
21. Paradas de situação Maneira pela qual as pessoas vêem o caminho à sua frente bloqueado: Parada de decisão: dois ou mais caminhos à frente Parada de barreira: vê o caminho, mas algo ou alguém o bloqueia Parada rotatória: não vê o caminho Parada de inundação: o caminho desapareceu de repente Parada problemática: o caminho disponível não foi o escolhido Entorno Perceptivo Situacional Social
24. Reações emocionais na busca da informação (Carol Kuhlthau) As necessidades cognitivas estão envoltas em reações emocionais, de modo que não são apenas pensadas, mas também sentidas. A emoção desempenha um papel fundamental durante a busca e o processamento da informação.
25. A busca por informação orientada pelas emoções As reações emocionais quase sempre orientam a busca da informação: canalizam a atenção revelam dúvidas e incertezas indicam gostos e aversões motivam o esforço.
27. Princípio da incerteza na busca da informação: 6 corolários (1) A busca da informação é um processo de construção de conhecimento e significado A formulação é um ato de reflexão, que resulta de relacionar e interpretar as informações encontradas com o objetivo de selecionar uma área na qual concentrar a busca. Muitos usuários buscam informação sem ter o foco definido
28. Princípio da incerteza na busca da informação: 6 corolários (2) A informação encontrada pode ser redundante ou original | O usuário não a conhece, é nova | Pode exigir uma reconstrução dos padrões de referência | Em excesso, pode gerar ansiedade | O usuário já a conhece | Classificação imediata da relevância | Em excesso, gera aborrecimento
29. Princípio da incerteza na busca da informação: 6 corolários (3) O número de possibilidades de pesquisa é influenciado pelo estado de espírito do usuário e sua atitude em relação à tarefa de busca. Sistemas computadorizados Investigativo: expansivo e exploratório Indicativo: conclusivo Geralmente: Fase final do usuário 1ª Fase do usuário
30. Princípio da incerteza na busca da informação: 6 corolários (4) O processo de busca implica uma série de escolhas pessoais, baseadas nas expectativas do usuário sobre que fontes, informações e estratégias serão eficientes. O interesse e a motivação do usuário cresce à medida que a busca prossegue. A relevância não é absoluta nem constante
31. Ambiente de USO da informação, Dimensões situacionais (proposta de Robert Taylor)
32. O valor da informação O valor da informação é medido: não só pela importância do assunto ou pelo fato de seu conteúdo satisfazer plenamente determinado tópico ou pesquisa mas também pelos requisitos, normas e expectativas que dependem do trabalho do usuário e dos contextos organizacionais.
33. Ambientes de uso da informação: definição Elementos que: afetam o fluxo e o uso das mensagens que entram, saem e circulam dentro de qualquer entidade; determinam os critérios pelos quais o valor da mensagem pode ser julgado.
35. Ambiente de uso da informação:Grupos de pessoas Os grupos de pessoas têm pressupostos e atitudes comuns sobre a natureza de seu trabalho que influenciam seu comportamento na busca da informação. Aprendidos Formalmente: educação ou treinamento profissional Informalmente: participação num grupo ou sociedade
36. Ambiente de uso da informação:Problemas típicos Preocupações características de determinado grupo de pessoas
37. Dimensões para análise da situação problemática que cerca o ambiente de uso da informação Pares: Planejamento e descoberta Bem estruturado e mal estruturado Simples e complexo Objetivos: específicos e amorfos Estado inicial: compreendido e não compreendido Pressupostos: acordados e não acordados Magnitude do Risco: pequeno e grande Análise empírica: suscetível e não suscetível Imposição: interna e externa
38. Ambiente de uso da informação Características físicas e sociais da organização Atitudes, tipos, estrutura, fluxos e disponibilidade da informação Percepção do papel e da importância da informação Estilo e Cultura da organização Hierarquia organizacional e localização das fontes Fluxo e disponibilidade das fontes
39. Ambiente de uso da informação:Solução de problemas A maneira como as pessoas vêem os seus problemas e antecipam sua solução constitui um meio consistente, embora inconsciente, de controlar a quantidade de informações usadas.
41. Estágios da busca da informação Reconhecimento das necessidades de informação Busca Uso da informação Desdobramentos e entrelaçamentos dos estágios
43. Necessidades de informação Necessidades cognitivas: falas ou deficiências de conhecimento ou compreensão que podem ser expressas em perguntas submetidas a um sistema de informação Necessidades afetivas ou emocionais: uso de informações em situações sociais
44. Necessidades de informação: características Não surgem plenamente formadas, mas crescem e evoluem com o tempo A consciência de uma necessidade de informação nem sempre leva à busca: a pessoa pode decidir aceitar ou desconsiderar o problema
45. Os níveis de necessidade humana da informação (Taylor) Visceral: a pessoa tem uma vaga sensação de insatisfação (quase sempre inexprimível em termos lingüísticos) Consciente: a pessoa consegue descrever mentalmente a área de indecisão (afirmações vagas ou narrativas que refletem uma certa ambigüidade) Formalizado: a pessoa é capaz de fazer uma descrição racional da necessidade de informação (articula e identifica perguntas e tópicos) Adaptado: a pessoa reelabora a descrição de sua necessidade de informação para possibilitar o processamento por um sistema de informação
47. Modelo comportamental das atividades de busca da informação (D. Ellis) (1) Iniciar: compreende as atividades que constituem a busca inicial de informação (identificar as fontes de interesse) Encadear: indica o momento em que as pistas apontadas pela consulta às fontes são seguidas Vasculhar: é agrupar informações relacionadas ao tema por intermédio da exposição a um espaço que dispõe recursos para exploração do tema Diferenciar: é filtrar e selecionar as fontes segundo a natureza e a qualidade da informação oferecida
48. Modelo comportamental das atividades de busca da informação (D. Ellis) (2) Monitorar: é manter-se a par dos progressos ocorridos numa área, acompanhando regularmente determinadas fontes Extrair: é explorar sistematicamente uma ou mais fontes com o objetivo de identificar materiais de interesse Verificar: é checar a correção ou ausência de erros óbvios. Finalizar: é retornar à literatura na fase de redação do texto para relacionar as descobertas da pesquisa empreendida aos outros trabalhos publicados
49. As atividades de busca da informação adaptadas ao modelo comportamental dos usuários pelo Hipertexto (Ellis) 1- Iniciar 2- Encadear 3- Vasculhar 4- Diferenciar 5- Monitorar 6- Extrair
50. Comportamento em relação à informação. 3, Uso A ser explorado quando tratarmos dos demais componentes do processo de RI