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Santaella- Hipermídia

De acordo com a Autora Lúcia Santaella a Hipermídia possuem algumas características mais
importantes, são elas: (a) a hibridização de linguagens, (b) a organização não linear, reticular,
dos /usos informacionais em hiper-arquiteturas, (c) a cartografais de navegação e (d) o
agenciamento interativo do usuário, por isso mesmo denominado «interator». O primeiro item
fala da hibridização das linguagens, pois a hipermídia é capaz de pegar imagem, som e texto e
juntar os três e fazer com que eles tenham um efeito maior ao espectador, um impacto maior,
de acordo com a autora “Sons, palavras e imagens que, antes, só podiam coexistir, passam a se
engendrar em estruturas /unidas, cartografas líquidas para a navegação com as quais os
usuários aprendem a interagir, por meio de ações participativas como num jogo.”, o segundo
item vai explicar como a hipermídia é capaz de juntar fragmentos de imagens. Textos, entre
outros, a principal ferramenta para isto são os nexos (links), ou seja, o sistema de conexões
que é próprio da hipermídia, a partir do momento que você linka um blog ou um site você está
entrando na rede e colocando também o item linkado na rede e está escolha de entrar na rede
ou colocar outros na rede é opção do usuário, é o que explica o item três, toda rede é não
linear, é um sistema aberto, você sai outra nela a hora que quiser e por fim o usuário da
hipermídia é um interator, pois aqui é o usuário que faz o conteúdo, interagi com a
ferramenta.

Hipermídia… o que é isso?
Já imaginou um lugar onde você lida de maneira simultânea com textos, imagens, vídeos,
sons… e quem sabe até cheiros e texturas… ainda tendo a oportunidade de “brincar” com eles,
modificando-os, reorganizando-os, enfim, interagindo com eles? Bom… isso é hipermídia.

O conceito é bastante complexo porque tem muitas interpretações. Para não ficar no achismo
e na imaginação, apresento a definição de um autor com vasta experiência no assunto.

De acordo com Vicente Gosciola, hipermídia é “o conjunto de meios que permite acesso
simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links
entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons
cuja sequência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário”.

Ainda este autor afirma que a hipermídia é o meio e a linguagem das “novas mídias”, às quais
pertencem a internet, os jogos de computador, o cinema interativo, o vídeo interativo, a TV
interativa, as instalações informatizadas interativas e os sistemas de comunicação funcionais,
entre outros e suas respectivas interfaces.

Também há autores que usam o conceito de hipermídia quase como um sinônimo de outros
conceitos relacionados como hipertexto e multimídia, mas essas são questões que devemos
abordar mais adiante. Até agora, vale ressaltar que a característica máxima que deve
diferenciar a hipermídia desses outros conceitos é o alto nível de interatividade permitido ao
usuário.


Ciberespaço – uma alucinação conceitual experimentada diariamente por milhões de
operadores em cada nação, por crianças sendo ensinados conceitos matemáticos… Uma
representação gráfica dos dados abstraídos dos bancos de cada computador no sistema
humano. Inconcebível complexidade.”
W.Gibson, (1993, p. 67).



“O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta-se como um
instrumento dessa inteligência coletiva.”

Lévy (1999:29)



“O ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos
computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação
digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres
humanos que navegam e alimentam esse universo.”

Lévy (2000, p. 17)



“Ciberespaço é o conjunto de informações codificadas binariamente que transita em circuitos
digitais e redes de transmissão. A partir das intricadas relações estabelecidas nesse sistema,
emergem as referências a um ‘espaço informacional’, indicando o caráter teórico que embasa
a concepção da espacialidade do ciberespaço.

“A World Wide Web (rede mundial) passou a ser genericamente identificada como ‘o
ciberespaço’.”

Suely Fragoso (2000)



“Os avanços tecnológicos configuram num novo espaço que se convencionou chamar de
ciberespaço.

O ciberespaço pode ser considerado como uma virtualização da realidade, uma migração do
mundo real para um mundo de interações virtuais. A desterritorialização, saída do “agora” e
do “isto” é uma das vias régias da virtualização, por transformar a coerção do tempo e do
espaço em uma variável contingente. Essa migração em direção a um novo espaço
temporalidade estabelece uma realidade social, virtual, que aparentemente, mantendo as
mesmas estruturas da sociedade real, não possui, necessariamente, correspondência total
com esta, possuindo seus próprios códigos e estruturas, genericamente identificada como ‘o
ciberespaço’.”

Beatriz Helena Dal Molin.



Hipermídia
“Hipermídia é uma extensão do conceito de hipertexto, visando incluir informação não
necessariamente textual, tais como as representações imagéticas, animação, vídeo e som.”

(Suely Fragoso)



“É uma forma de apresentação não-linear e heterogênea de informação, o que a torna mais
flexível na representação de conteúdo didático. Na educação sue uso é de fundamental
importância dado seu uso cada vez maior na Internet; em breve, a rede mundial de
computadores será, possivelmente, o meio mais importante, pelo qual a educação à distância,
alcançará professores e alunos, em especial no que se refere à educação continuada de
profissionais residentes longe dos grandes centros urbanos.”



(Joni A. Amorim / Carlos Machado / Mauro S. Miskulin / Rosana G. S. Misculin)




“Particularmente, em ambientes de construção de conhecimento, a hipermídia vem sendo
usada como uma ferramenta cognitiva, principalmente devido à sua arquitetura aberta, com
maior capacidade de apoiar e engajar alunos e professores em tarefas significativas. No
entanto, a sua utilização, especialmente na educação, enfrenta ainda alguns desafios como a
dificuldade de se projetar e desenvolver sistemas e aplicativos que minimizem a sobrecarga
cognitiva e a desorientação impostas ao usuário. Outro desafio, talvez mais difícil de
solucionar, é a sua avaliação.” (Christina Marília Teixeira da Silva / Lígia Gomes Elliot)



“O prefixo hiper significa acima, posição superior ou além. O termo hiper foi utilizado na física
por Einstein para descrever um novo tipo de espaço na Teoria da Relatividade – o Hiperespaço:
espaço visto de outro modo.” (Pedro Nunes Filho)



“A hipermídia é um desenvolvimento do hipertexto, designando a narrativa com alto grau de
interconexão, a informação vinculada (…) Pense na hipermídia como uma coletânea de
mensagens elásticas que podem ser esticadas ou encolhidas de acordo com as ações do leitor.
As idéias podem ser abertas ou analisadas com múltiplos níveis de detalhamento.” (Negro
Ponte, 1995:66)



“Além de permitir a mistura de todas as linguagens, textos, imagens, som, mídias e vozes em
ambientes multimidiáticos, a digitalização, que está na base da hipermídia, também permite a
organização reticular dos fluxos informacionais em arquiteturas hipertextuais… O poder
definidor da hipermídia está na sua capacidade de armazenar informações e, através da
interação do receptor, transmuta-se em incontáveis versões virtuais que vão brotando na
medida mesma em que o receptor se coloca em posição de autor. Isso só é possível devido à
estrutura de caráter hiper, não seqüencial, multidimensional que dá suporte as infinitas ações
de um leitor imersivo.” (Lúcia Santaella)




Metáforas ao que chamamos “ciberespaço”



Ciberespaço como “Espaço Urbano”



“A cidade contemporânea é caracterizada por uma dualidade, em que cada habitante
persegue seus próprios interesses, e ainda assim as atividades de todos combinam para
direcionar e tornar viva a cidade como um todo. O ciberespaço, ou pelo menos a Internet,
possui esta qualidade. Talvez nenhuma outra metáfora disponível possa capturar como a da
cidade a tensão através da qual a ação individual conduz a um senso coletivo de coerência.” (J.
D.Bolter, 1996, s. p.)”



Após a metáfora da “Cidade Virtual” surgiram inúmeros neologismos de seus habitantes, como
netcitizens, ciberflâneurs. Assim como os cibernautas do Ciberespaço.



Uma “Cidade de Bits” por onde navegam “cidadãos-de-rede” (William Mitchel -1999)




Ciberespaço como “Cérebro artificial”

“Se auto-regula a partir de programas específicos e interconexões permitindo o trânsito
intenso de múltiplas informações, a produção e a estocagem do conhecimento em seu amplo
espectro. O ciberespaço é o que podemos denominar de cibermemória; um espaço de
comutações imateriais, da interpenetração de linguagens, da coletivização de saberes, da
ubiqüidade, da expansão fragmentada da cultura e mutação dos processos de significação.

Metaforicamente é a nossa memória expandida através de mediações técnicas cuja carga de
informações se atualiza e potencializa a cada segundo formando uma tapeçaria sígnica de
textos dialogam com outros textos, remetem a outras realidades, interagem com o som e a
imagem formando um tecido imaterial que habitualmente denominamos de hipermídia.”
(Pedro Nunes Filho)



Ciberespaço como “Outra Dimensão”

“A semelhança entre a experiência de navegação no ciberespaço associada a um exemplo
elaborado por Riemann. (Riemann quis explicar a possibilidade de existência de outras
dimensões.)



Figura 1: representação esquemática do ‘ser plano’ atravessando o Corte de Riemann
(adaptado de Tolva, 1996, s. p.)



Um ‘ser plano’ percorre a superfície de seu universo bidimensional até que chega à abertura
em que as duas superfícies se encontram. Inadvertidamente, o ‘ser plano’ atravessa a abertura
criada pelos cortes em contato, passando de seu universo bidimensional A para o outro
universo bidimensional B. Enquanto para um observador capaz de perceber a terceira
dimensão o ser plano simplesmente passou de uma superfície para outra, a criatura que não é
capaz de conceber a profundidade, e portanto não dispõe de conceitos como em cima ou
embaixo, está desorientada.” (segundo Suely Fragoso)

“Analogamente, a partir dos links que seleciona o usuário da Web atravessa fronteiras entre
diferentes agrupamentos de informação, apreende o fato de haver efetuado movimento, mas
não consegue visualizar em que sentido ou direção o deslocamento da “Pagina” aconteceu.
Como o ‘ser plano’ que atravessa o Corte de Riemann.” (Suely Fragoso)

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Hipermídia: conceito e características

  • 1. Santaella- Hipermídia De acordo com a Autora Lúcia Santaella a Hipermídia possuem algumas características mais importantes, são elas: (a) a hibridização de linguagens, (b) a organização não linear, reticular, dos /usos informacionais em hiper-arquiteturas, (c) a cartografais de navegação e (d) o agenciamento interativo do usuário, por isso mesmo denominado «interator». O primeiro item fala da hibridização das linguagens, pois a hipermídia é capaz de pegar imagem, som e texto e juntar os três e fazer com que eles tenham um efeito maior ao espectador, um impacto maior, de acordo com a autora “Sons, palavras e imagens que, antes, só podiam coexistir, passam a se engendrar em estruturas /unidas, cartografas líquidas para a navegação com as quais os usuários aprendem a interagir, por meio de ações participativas como num jogo.”, o segundo item vai explicar como a hipermídia é capaz de juntar fragmentos de imagens. Textos, entre outros, a principal ferramenta para isto são os nexos (links), ou seja, o sistema de conexões que é próprio da hipermídia, a partir do momento que você linka um blog ou um site você está entrando na rede e colocando também o item linkado na rede e está escolha de entrar na rede ou colocar outros na rede é opção do usuário, é o que explica o item três, toda rede é não linear, é um sistema aberto, você sai outra nela a hora que quiser e por fim o usuário da hipermídia é um interator, pois aqui é o usuário que faz o conteúdo, interagi com a ferramenta. Hipermídia… o que é isso? Já imaginou um lugar onde você lida de maneira simultânea com textos, imagens, vídeos, sons… e quem sabe até cheiros e texturas… ainda tendo a oportunidade de “brincar” com eles, modificando-os, reorganizando-os, enfim, interagindo com eles? Bom… isso é hipermídia. O conceito é bastante complexo porque tem muitas interpretações. Para não ficar no achismo e na imaginação, apresento a definição de um autor com vasta experiência no assunto. De acordo com Vicente Gosciola, hipermídia é “o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja sequência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário”. Ainda este autor afirma que a hipermídia é o meio e a linguagem das “novas mídias”, às quais pertencem a internet, os jogos de computador, o cinema interativo, o vídeo interativo, a TV interativa, as instalações informatizadas interativas e os sistemas de comunicação funcionais, entre outros e suas respectivas interfaces. Também há autores que usam o conceito de hipermídia quase como um sinônimo de outros conceitos relacionados como hipertexto e multimídia, mas essas são questões que devemos abordar mais adiante. Até agora, vale ressaltar que a característica máxima que deve diferenciar a hipermídia desses outros conceitos é o alto nível de interatividade permitido ao usuário. Ciberespaço – uma alucinação conceitual experimentada diariamente por milhões de operadores em cada nação, por crianças sendo ensinados conceitos matemáticos… Uma representação gráfica dos dados abstraídos dos bancos de cada computador no sistema humano. Inconcebível complexidade.”
  • 2. W.Gibson, (1993, p. 67). “O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta-se como um instrumento dessa inteligência coletiva.” Lévy (1999:29) “O ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.” Lévy (2000, p. 17) “Ciberespaço é o conjunto de informações codificadas binariamente que transita em circuitos digitais e redes de transmissão. A partir das intricadas relações estabelecidas nesse sistema, emergem as referências a um ‘espaço informacional’, indicando o caráter teórico que embasa a concepção da espacialidade do ciberespaço. “A World Wide Web (rede mundial) passou a ser genericamente identificada como ‘o ciberespaço’.” Suely Fragoso (2000) “Os avanços tecnológicos configuram num novo espaço que se convencionou chamar de ciberespaço. O ciberespaço pode ser considerado como uma virtualização da realidade, uma migração do mundo real para um mundo de interações virtuais. A desterritorialização, saída do “agora” e do “isto” é uma das vias régias da virtualização, por transformar a coerção do tempo e do espaço em uma variável contingente. Essa migração em direção a um novo espaço temporalidade estabelece uma realidade social, virtual, que aparentemente, mantendo as mesmas estruturas da sociedade real, não possui, necessariamente, correspondência total com esta, possuindo seus próprios códigos e estruturas, genericamente identificada como ‘o ciberespaço’.” Beatriz Helena Dal Molin. Hipermídia
  • 3. “Hipermídia é uma extensão do conceito de hipertexto, visando incluir informação não necessariamente textual, tais como as representações imagéticas, animação, vídeo e som.” (Suely Fragoso) “É uma forma de apresentação não-linear e heterogênea de informação, o que a torna mais flexível na representação de conteúdo didático. Na educação sue uso é de fundamental importância dado seu uso cada vez maior na Internet; em breve, a rede mundial de computadores será, possivelmente, o meio mais importante, pelo qual a educação à distância, alcançará professores e alunos, em especial no que se refere à educação continuada de profissionais residentes longe dos grandes centros urbanos.” (Joni A. Amorim / Carlos Machado / Mauro S. Miskulin / Rosana G. S. Misculin) “Particularmente, em ambientes de construção de conhecimento, a hipermídia vem sendo usada como uma ferramenta cognitiva, principalmente devido à sua arquitetura aberta, com maior capacidade de apoiar e engajar alunos e professores em tarefas significativas. No entanto, a sua utilização, especialmente na educação, enfrenta ainda alguns desafios como a dificuldade de se projetar e desenvolver sistemas e aplicativos que minimizem a sobrecarga cognitiva e a desorientação impostas ao usuário. Outro desafio, talvez mais difícil de solucionar, é a sua avaliação.” (Christina Marília Teixeira da Silva / Lígia Gomes Elliot) “O prefixo hiper significa acima, posição superior ou além. O termo hiper foi utilizado na física por Einstein para descrever um novo tipo de espaço na Teoria da Relatividade – o Hiperespaço: espaço visto de outro modo.” (Pedro Nunes Filho) “A hipermídia é um desenvolvimento do hipertexto, designando a narrativa com alto grau de interconexão, a informação vinculada (…) Pense na hipermídia como uma coletânea de mensagens elásticas que podem ser esticadas ou encolhidas de acordo com as ações do leitor. As idéias podem ser abertas ou analisadas com múltiplos níveis de detalhamento.” (Negro Ponte, 1995:66) “Além de permitir a mistura de todas as linguagens, textos, imagens, som, mídias e vozes em ambientes multimidiáticos, a digitalização, que está na base da hipermídia, também permite a organização reticular dos fluxos informacionais em arquiteturas hipertextuais… O poder definidor da hipermídia está na sua capacidade de armazenar informações e, através da
  • 4. interação do receptor, transmuta-se em incontáveis versões virtuais que vão brotando na medida mesma em que o receptor se coloca em posição de autor. Isso só é possível devido à estrutura de caráter hiper, não seqüencial, multidimensional que dá suporte as infinitas ações de um leitor imersivo.” (Lúcia Santaella) Metáforas ao que chamamos “ciberespaço” Ciberespaço como “Espaço Urbano” “A cidade contemporânea é caracterizada por uma dualidade, em que cada habitante persegue seus próprios interesses, e ainda assim as atividades de todos combinam para direcionar e tornar viva a cidade como um todo. O ciberespaço, ou pelo menos a Internet, possui esta qualidade. Talvez nenhuma outra metáfora disponível possa capturar como a da cidade a tensão através da qual a ação individual conduz a um senso coletivo de coerência.” (J. D.Bolter, 1996, s. p.)” Após a metáfora da “Cidade Virtual” surgiram inúmeros neologismos de seus habitantes, como netcitizens, ciberflâneurs. Assim como os cibernautas do Ciberespaço. Uma “Cidade de Bits” por onde navegam “cidadãos-de-rede” (William Mitchel -1999) Ciberespaço como “Cérebro artificial” “Se auto-regula a partir de programas específicos e interconexões permitindo o trânsito intenso de múltiplas informações, a produção e a estocagem do conhecimento em seu amplo espectro. O ciberespaço é o que podemos denominar de cibermemória; um espaço de comutações imateriais, da interpenetração de linguagens, da coletivização de saberes, da ubiqüidade, da expansão fragmentada da cultura e mutação dos processos de significação. Metaforicamente é a nossa memória expandida através de mediações técnicas cuja carga de informações se atualiza e potencializa a cada segundo formando uma tapeçaria sígnica de
  • 5. textos dialogam com outros textos, remetem a outras realidades, interagem com o som e a imagem formando um tecido imaterial que habitualmente denominamos de hipermídia.” (Pedro Nunes Filho) Ciberespaço como “Outra Dimensão” “A semelhança entre a experiência de navegação no ciberespaço associada a um exemplo elaborado por Riemann. (Riemann quis explicar a possibilidade de existência de outras dimensões.) Figura 1: representação esquemática do ‘ser plano’ atravessando o Corte de Riemann (adaptado de Tolva, 1996, s. p.) Um ‘ser plano’ percorre a superfície de seu universo bidimensional até que chega à abertura em que as duas superfícies se encontram. Inadvertidamente, o ‘ser plano’ atravessa a abertura criada pelos cortes em contato, passando de seu universo bidimensional A para o outro universo bidimensional B. Enquanto para um observador capaz de perceber a terceira dimensão o ser plano simplesmente passou de uma superfície para outra, a criatura que não é capaz de conceber a profundidade, e portanto não dispõe de conceitos como em cima ou embaixo, está desorientada.” (segundo Suely Fragoso) “Analogamente, a partir dos links que seleciona o usuário da Web atravessa fronteiras entre diferentes agrupamentos de informação, apreende o fato de haver efetuado movimento, mas não consegue visualizar em que sentido ou direção o deslocamento da “Pagina” aconteceu. Como o ‘ser plano’ que atravessa o Corte de Riemann.” (Suely Fragoso)