O documento descreve a longa história do conflito entre israelenses e palestinos pela terra da Palestina, desde a criação do Estado de Israel em 1947 até os principais eventos recentes. Apesar de alguns acordos de paz, o conflito continua devido à disputa sobre territórios e a ataques de extremistas de ambos os lados.
3. IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA
DO ORIENTE MÉDIO
IMPORTÂNCIA GEOGRÁFICA –
localizado no sudoeste asiático,
estrategicamente entre três continentes:
Europa, Ásia e África.
Pontos importantes:
Canal de Suez – ligação artificial entre o mar
Mediterrâneo e o mar Vermelho
Estreito de Ormuz – liga o Golfo Pérsico ao oceano
Índico (rota obrigatória dos petroleiros dos países
árabes)
Estreito de Bósforo – liga o mar Mediterrâneo e o mar
Negro (passagem da Europa para países asiáticos)
4. ECONOMIA
Constituído por 17
países, mais o Estado
Palestino (ainda não
reconhecido)
Presença de
importantes jazidas de
petróleo na Península
Arábica
5. HISTÓRIA E DIVERSIDADE
ÉTNICA E RELIGIOSA
Área de ocupação antiga, a região recebeu influências
de diversas civilizações (egípcios, civilizações da
Mesopotâmia – sumérios, assírios e caldeus, hebraica,
fenícia e pérsa.
Expansionismo árabe (séc. VII a XV) e presença de
do Império Otomano (séc. VII a XX).
Após a I Guerra Mundial, as áreas que então
pertenciam ao Império Otomano foram repartidas
entre França e Reino Unido
Berço das 3 maiores religiões monoteístas – judaísmo,
cristianismo e islamismo.
6. CONFLITOS TERRITORIAIS
Ocasionados pelas diversidades étnicas e
religiosas e pela disputa de território.
A região é a maior consumidora do mercado
mundial de armas.
Dentre as disputas, a questão da Palestina é a
mais sangrenta
7. A QUESTÃO DA PALESTINA
Pequena faixa de terra
localizada ao longo do
mar Mediterrâneo, entre
o Líbano e o Egito
Há 60 anos tem sido
alvo de violenta disputa
entre árabes e judeus
8. JUDEUS
Descendentes dos hebreus (antigos habitantes
da Palestina que haviam sido expulsos pelos
romanos no início da era Cristã
Dispersos pelo mundo (diáspora), passaram a
ser chamados de judeus (hoje – israelenses)
Alegam direitos históricos sobre a Palestina
(longa ocupação da região)
9. ÁRABES
Ocuparam a região durante sua expansão
(entre os séc. VII e XV).
Permaneceram na região durante o domínio do
Império Otomano e do protetorado britânico.
Também denominados de palestinos.
10. INÍCIO DO CONFLITO
Movimento sionista – surgiu na Europa no
final do séc. XIX, quando os judeus elegeram
a Palestina como a terra prometida para a
construção de seu respectivo Estado
A Inglaterra (responsável pela região na
época) permitiu a entrada de colonos judeus na
Palestina
O choque com os habitantes locais (árabes)
foram inevitáveis e cada vez mais intensos
11. AGRAVAMENTO DO CONFLITO
APÓS A II GUERRA MUNDIAL
Durante a II Guerra Mundial, o fluxo
migratório dos judeus para o Oriente Médio
aumentou, devido a perseguição a qual estes
foram submetidos pelos nazistas
Com o final da II Guerra e a independência
dos protetorados ingleses, a situação entre
árabes e judeus ficou insustentável
12. A PARTILHA DA PALESTINA
Intervenção da ONU
1947
Divisão da região em
dois Estados:
um Estado árabe
um Estado judaico
13. PRIMEIRA GUERRA
Inconformados com a
decisão da ONU, os
palestinos declararam guerra
aos israelenses, com a
intenção de expulsá-los da
região
A guerra (1948/49)
terminou com a vitória de
Israel e o fim da
territorialidade árabe no
Estado que lhes fora
designado pela ONU
14. RIVALIDADE
Apesar de perder o território, os árabes
preservaram a vontade de manter a soberania
em suas terras, agora ocupadas por Israel
Com a derrota, cerca de 750 mil palestinos
foram expulsos de sua pátria (estes passaram a
viver em países vizinhos, onde eram tratados
como cidadãos de segunda classe)
O mesmo aconteceu com os palestinos que
permaneceram no Estado de Israel
15. REAÇÃO PALESTINA - A OLP
1959 – o líder palestino Yasser Arafat cria o
organização terrorista Al-Fatah, que passou a lutar
pela recuperação dos territórios palestinos
Em 1964, a Al-Fatah transformou-se na OLP
(Organização para a Libertação da Palestina)
Instalada na Jordânia, a OLP passou a atacar Israel e
também a receber ataques israelenses (apoiados pelos
EUA)
Em 1970, a OLP foi expulsa da Jordânia e migrou
para Beirute, atacando Israel a partir do sul do Líbano
16. DIÁLOGO ENTRE A OLP E
ISRAEL
Em 1982, devido aos intensos ataques de Israel
ao Líbano, a OLP deixou o país, instalando-se
na Tunísia
Em 1988, a OLP mudou seu discurso e Arafat
renunciou ao terrorismo, aceitando dialogar
com os representantes israelenses
Início dos anos 90 – pequena esperança de paz
na região (líderes moderados assumiram o
poder em Israel)
17. ACORDO DE OSLO
1993 – assinatura de
histórico acordo de paz (em
Oslo) entre Arafat e Israel
(representado por Yitzhak
Rabin e Shimon Peres)
1994/95 – novos acordos
são assinados,
estabelecendo a gradual
devolução dos territórios
ocupados por Israel (Faixa
de Gaza e Cisjordânia) para
a criação do futuro Estado
palestino
18. MORTE DE RABIN
1995 – assassinato de Rabin por extremista
israelense (que não aceitava que “terras
públicas” israelenses fossem cedidas aos
palestinos)
Acordo de Oslo (94) – o Estado palestino
deveria ter sido instalado na Faixa de Gaza e
na Cisjordânia (cujos limites definitivos não
foram estabelecidos até hoje) até 1999 (o que
não ocorreu)
19. ISRAEL
FAIXA DE GAZA –
área de 363 Km², onde
vivem 1 milhão de
palestinos e 5 mil
israelenses
CISJORDÂNIA – com
5.400 Km² abriga 1,5
milhão de palestinos e
100 mil colonos judeus,
situada à 40 Km de
Gaza
20. AUTORIDADE NACIONAL
PALESTINA (ANP)
Depois de 27 anos de exílio, Arafat voltou à
Palestina para formar um governo autônomo
(Autoridade Palestina), da qual seria eleito
presidente em 1996
A Autoridade Palestina não foi reconhecida
pela ONU (o seu reconhecimento seria o
primeiro passo para a criação de um Estado
palestino)
21. ACORDO DE CAMP DAVID
Após a morte de Rabin e o fim do governo de
Perez, o processo de paz sofreu retrocesso
1998/2000 – novos acordos foram assinados,
porém os ataques terroristas e choques entre
palestinos e colonos judeus se intensificaram
2000 – Acordo de Camp David – por não
abordar a partilha de Jerusalém e a nova
demarcação dos territórios palestinos foi
considerado um fracasso
22. ARIEL SHARON NO PODER
2001 – Ariel Sharon assumiu o poder em
Israel, declarando guerra ao terrorismo
palestino e acusando Arafat de ser conivente
com tais práticas
Sharon não reconheceu os antigos acordos,
destruiu escritórios da Autoridade Palestina e
ordenou a invasão de cidades palestinas
Os palestinos responderam com atentados
suicidas e invasões de colônias israelenses
23. SEGUEM OS ATENTADOS
TERRORISTAS
2003 – Acordo de Genebra – sem sucesso
2004 - morte de Arafat
2005 – Abu Mazen foi eleito comandante da
Autoridade Palestina
Novas negociações de paz entre Sharon e
Mazen foram estabelecidas, porém atentados
terroristas continuaram ocorrendo
24. 2005 – Mahmoud Abbas vence as eleições e
se torna o novo presidente da Autoridade
Palestina
Um ano depois, devido a divergências com seu
partido (Fatah) acusado de corrupção, colabora
para a vitória do movimento rival, o Hamas nas
eleições parlamentares palestinas, com Ismail
Haniyeh chegando ao posto de premiê
A vitória do Hamas levou a comunidade
internacional a impor um boicote à Autoridade
Palestina, gerando crise interna e violência
25. PLANO DE RETIRADA
2005 – Israel inicia o “Plano de Retirada” de
assentamentos judaicos e forças militares dos
territórios palestinos
Facções opostas se negaram a acatar a decisão
2006 – afastamento de Sharon, após sofrer derrame
cerebral, Olmert assume o posto de premiê israelense
2007 – Os partidos palestinos rivais (Fatah e Hamas)
firmam colisão, numa negociação marcada pela
violência
26. OPERAÇÃO “CHUMBO
FUNDIDO”
2008 – Israel inicia em 27/12 a operação “Chumbo
Fundido” na Faixa de Gaza
Oficialmente, essa operação tem como objetivo
responder aos ataques (lançamento de foguetes) do
Hamas no sul de Israel
Deve-se considerar também, a necessidade de Israel
buscar restabelecer seu poder de dissuasão, a
proximidade da posse do novo presidente dos EUA
(Barack Obama) e o tenso relacionamento com o
Hamas (considerado pelo governo israelense um
grupo terrorista)
27. SITUAÇÃO HUMANITÁRIA EM
GAZA
Dos aproximadamente 1,5 milhão de habitantes,
metade vive abaixo da linha da pobreza e 45% da
população ativa está desempregada
Mais da metade da população constitui-se de
refugiados das guerras contra Israel
A população sofre com a escassez de alimentos,
remédios e outros suprimentos básicos
Denúncias de violação aos direitos humanos
Comunidade internacional pede o fim do conflito
28. PRINCIPAIS CONFLITOS
GUERRA DOS SEIS DIAS (1967)
Palestinos (apoiados pelo Egito, Síria e Jordânia)
Com a vitória, Israel aumentou seu território com
terras da Síria (colinas de Golan), do Egito (Faixa
de Gaza e Sinai) e Jordânia (Cisjordânia)
29.
30. OUTRAS GUERRAS
Guerra do Yom Kippur (1967) – realizada no
Dia do Perdão (comemorado pelos judeus), os
países árabes fizeram uso político do petróleo,
restringindo a produção e diminuindo o
fornecimento (“choques do petróleo”)
Intifada – revolta das pedras, a primeira
Intifada teve início nos anos 1980, a segunda
iniciou-se em 2000
31. JERUSALÉM – POMO DE
DISCÓRDIA
PALESTINOS – presença
das mesquitas do Domo da
Rocha e de Al-Aqsa
(sagradas) na porção
oriental, onde o profeta
Maomé subiu aos céus,
conforme a crença Vista de Jerusalém
muçulmana
ISRAELENSES – única
capital e centro da vida
judaica quando esse povo
habitava a Palestina, onde
vivia o rei Davi e onde está
o Muro das Lamentações
Torre de Davi
32. EXTREMISMOS
Grupos radicais de ambos os lados não aceitam os
acordos estabelecidos por seus respectivos líderes,
não admitindo a convivência de um Estado palestino
com um Estado judeu
Árabes – Hezbollah (Partido de Deus), Hamas e
Jihad não aceitam a representação da OLP e os
acordos de paz
Israel – Kach, Yesha e Eyal
Fanatismo religioso
Atentados terroristas – homens-bomba
Jihad – guerra santa
33. O MURO DE ISRAEL
Em 2002, os israelenses
começaram a construir um
muro entre Israel e
Cisjordânia, visando
proteger seu território contra
ataques terroristas
palestinos
A construção gerou tensões
políticas internas e muitas
críticas palestinas e da
comunidade internacional