Leandro Faria é um especialista em engenharia de software e gerenciamento de projetos com diversas certificações. Ele é presidente do Scrum Minas e dará uma palestra sobre Kanban, incluindo os conceitos de sistemas puxados, Teoria das Restrições e como Kanban boards podem ser usados.
2. LEANDRO FARIA
PMP, CSM, ITIL, FCE, MCITP, MCPD, MCP, MCT
Especialista em engenharia de software e gerenciamento de
projetos;
Graduado em Sistemas de Informação e pós-graduado em
Gerenciamento Estratégico de Projetos pela Universidade
FACE/FUMEC;
Diversas certificações técnicas e gerenciais na área;
Executivo nomeado da diretoria de administração e finanças do
capítulo mineiro do Project Management Institute (PMI-MG);
Presidente e fundador do Scrum Minas, primeiro e único user group
oficial da Scrum Alliance em Minas Gerais, e um dos primeiros no
Brasil;
Praticante de lean software development;
Empreendedor e entusiasta de startups;
3. AGENDA
Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
O Conceito de Sistema “Puxado”
Teoria das Restrições
Porque Kanban?
Kanban Boards
Métricas
Takeaways
Literatura Recomendada
Dúvidas?
4. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Em Tóquio, no Japão, existe um período
durante o início de abril que é conhecido
como temporada da flor da cerejeira.
Nesta época os Jardins do Oriente, no
Palácio Imperial do centro de
Tóquio, ficam cheios de visitantes e
turistas que vão lá para desfrutar da
tranquilidade do parque e da beleza da
sakura (flor de cerejeira).
5. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Ao entrar no parque, cada visitante recebe um “Admission
Ticket”. Um pequeno cartão de plástico sem numeração ou
identificação com a seguinte mensagem no verso “Por favor devolva
este cartão no portão de saída do parque”. A entrada é grátis, e o
ticket não é utilizado para nenhum tipo de cobrança.
Fim Início
Saída Entrada
(+1 Ticket) (-1 ticket)
Visitante
6. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Se o ticket não tem nenhuma
identificação única, e se não é
utilizado para cobrança de
entrada, para que ele existe?
7. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Para controlar o WIP.
WIP = Work In
Progress
Cada visitante que recebe um ticket na entrada do parque é
considerado um WIP. Como existe um limite de pessoas dentro dos
jardins, quando os cartões acabam as pessoas foram uma fila do
lado de fora dos portões aguardando que novos cartões estejam
disponíveis, devolvidos pelos visitantes que saíram.
8. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
O WIP associado a um limite, põe
em prática conceitos conhecidos
como sistemas “puxados” (pull
systems).
Em resumo, o Palácio Imperial de
Tóquio utiliza um sistema kanban!
9. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Um sistema “puxado”, determina que o
WIP em uma organização, em um
time, ou uma célula, deve ser
configurado levando em
consideração a capacidade de
execução de trabalho, ou como
conhecemos, pelo seus limites.
10. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Sistema “Empurrado” (Push) Sistema “Puxado” (Pull)
• Em uma cadeia de fornecimento • Em uma cadeia de fornecimento
push-based, a configuração do pull-based, a
nível de produção é aquisição, distribuição e
estabelecida de acordo com produção são orientadas pela
padrões históricos de demanda e pela capacidade de
produção, não levando em WIP da organização ou time.
consideração a capacidade de • Como principal resultado temos
WIP da organização ou time. um ritmo sustentável de
• Normalmente causa: produção e a redução dos
overstocking , bottlenecks e sintomas causados por
delays. sistemas push-based.
11. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
12. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um
sistema é colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
13. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
14. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
15. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão
está disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
16. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida
que um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
17. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
18. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
colocado em circulação;
Um cartão é anexado a um trabalho;
Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
disponível;
Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
um cartão está disponível;
Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
reciclado;
Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
iniciado.
19. A TEORIA DAS RESTRIÇÕES
A Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints) é uma
filosofia de negócios introduzida por Eliyahu M. Goldratt no seu
livro A Meta, de 1984;
Ela é baseada na aplicação de princípios científicos e do
raciocínio lógico para guiar organizações humanas;
De acordo com a TOC, toda organização tem - em um dado
momento no tempo - pelo menos uma restrição que limita a
performance do sistema (a organização em questão) em relação à
sua meta;
Para gerir a performance do sistema, a restrição deve ser
identificada e administrada corretamente.
20. A TEORIA DAS RESTRIÇÕES
O Kanban implementa conceitos da
Teoria das Restrições, em um
modelo de sistema “puxado”.
21. PORQUE KANBAN?
O conceito de sistema puxado foi
amplamente utilizado em aplicações de
supply chain management, em especial
pelo pioneiro Sistema Toyota de
Produção, base para diversos frameworks
e metodologias inspiradas em Lean
Manufacturing, criando por exemplo,
sistemas como o Just in time.
22. PORQUE KANBAN?
Kanban é uma palavra japonesa que significa “etiqueta” ou “cartão
sinalizador”;
Em administração da produção kanban significa um cartão de
sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em
uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de
sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios
demarcados;
No caso da Toyota, cartões kanban são utilizados para sinalizar a
necessidade de repor estoques.
23. PORQUE KANBAN?
“kanban” com “k” minúsculo, refere-se aos cartões
sinalizadores há muito tempo utilizados na indústria.
“Kanban”, com “K” maiúsculo, é utilizado para se
referir ao método de melhoria de processo
incremental que surgiu entre 2006 e 2008 e é hoje
amplamente utilizado e aprimorado pela comunidade
lean software development.
24. KANBAN BOARDS
Quadros de cartões e pos-its se tornaram um mecanismo de controle
visual popular no desenvolvimento de software ágil, para controle do
WIP. No Kanban, são comumente conhecidos como Kanban boards.
Vale observar que os Kanban boards não são
inerentemente sistemas Kanban, são apenas
ferramentas de controle visual.
26. MÉTRICAS
Um diagrama de fluxo
cumulativo é um gráfico
de área que representa a
quantidade de trabalho
em um determinado
estado.
A distância entre a
primeira e a última linha
horizontalmente
representa o WIP;
A distância entre a
primeira e a última linha
representa uma média de
lead time (tempo médio
entre o início e fim de uma
funcionalidade).
27. MÉTRICAS
A diminuição do WIP
comprovadamente
diminui o lead time
médio.
Isto significa menos
trabalho em progresso,
mais entregas, menor
chance de erros e
consequentemente
melhoria na qualidade.
29. TAKEAWAYS
Visualize
Limite o WIP
Gerencie o Fluxo
Políticas Transparentes
Aumente a Colaboração
30. TAKEAWAYS
Sistemas Kanban podem ser utilizados em qualquer situação em
que há um desejo de limitar a quantidade de itens dentro de um
sistema;
A quantidade de cartões de sinalização “kanban” em circulação
limita o trabalho em progresso (WIP);
Um novo trabalho é puxado para dentro do processo assim que um
cartão de sinalização é liberado;
Kanban boards comuns no desenvolvimento ágil de software não
são sistemas Kanban;
Sistemas Kanban criam uma tensão positiva no ambiente de
trabalho pois força um discussão sobre os problemas e gargalos;
31. TAKEAWAYS
O método Kanban (com “K” maiúsculo) utiliza um sistema kanban
como catalisador de mudança;
Kanban requer que as políticas do processo sejam explicitamente
definidas;
Kanban possibilita a melhoria incremental do processo através da
descoberta repetitiva dos problemas que afetam o desempenho
dos processos;
32. LITERATURA RECOMENDADA
Muitos dos temas e conceitos aqui
abordados foram elaborados por David
J. Anderson, e retirados do seu livro:
“KANBAN, Mudança evolucionária de
sucesso para seu negócio de
tecnologia”, recentemente traduzido
para o português, o qual deixo como
literatura recomendada;
Uma definição contemporânea do
método Kanban pode ser encontrada
on-line no web site da Limited WIP
Society: www.limitedwipsociety.org.