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SEMANA DE ARTE MODERNA
 Ocorreu na cidade de São Paulo entre os dias 11 e 18
  de fevereiro de 1922. Tendo como palco o Teatro
  Municipal de São Paulo;
 Marco inicial do modernismo no Brasil.
“ Foi como se esperava, um notável fracasso a récita
    de ontem na pomposa Semana de Arte Moderna,
  que melhor e mais acertadamente deveria chamar-
                     se Semana de Mal – às artes’’.

                               Jornal Folha da Noite
                                   fevereiro de 1922



“ As colunas da secção livre deste jornal estão à
  disposição de todos aqueles que, atacando a
  Semana de Arte Moderna, defendam o nosso
  patrimônio artístico’’.

                     Jornal O Estado de São Paulo
                                 fevereiro de 1922
“ É preciso que se saiba que nos manicômios
  se produzem poemas, partituras, quadros e
    estátuas, e que essa arte de doidos tem o
   mesmo característico da arte dos futuristas
         e cubistas que andam soltos por aí ’’.

                          Jornal do Comércio
                            fevereiro de 1922
   Capa de
    Di Cavalcanti
    para o Catálogo da
    Exposição.
   Um dos cartazes
    colocados no
    Teatro Municipal
    de São Paulo,
    anunciando a
    Semana de Arte
    Moderna.
OS PERSONAGENS
FERNANDO PESSOA
Fernando António Nogueira Pessoa                 mais
conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e
escritor português. É considerado um dos maiores
poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura
Universal, muitas vezes comparado com Luís de
Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou
a sua obra um "legado da língua portuguesa ao
mundo".
Das quatro obras que publicou em vida, três são
na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias
obras inglesas para português e obras portuguesas
(nomeadamente         de   Antônio     Botto e Almada
Negreiros) para inglês.
Ao longo da vida trabalhou em várias firmas
comerciais de Lisboa como correspondente de
língua inglesa e francesa. Foi também empresário,
editor, crítico literário, jornalista, comentador
político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário,
ao mesmo tempo que produzia a sua
obra literária em verso e em prosa.
OSWALD DE ANDRADE
   Oswald de Andrade (1890-1954) foi o mais
    transgressor e experimental dos modernistas,
    autor de irônicos discursos e artigos de ataque
    aos “passadistas”, nos meses próximos à
    Semana de 1922, da qual foi um dos
    idealizadores. “A alegria é a prova dos nove”,
    declarou no “Manifesto Antropófago” de 1928,
    que defendia de forma poética uma língua
    brasileira e a metáfora do canibalismo do índio
    que deglute o estrangeiro. Era a ideia de
    antropofagia como caminho para a cultura
    brasileira, reaproriada pela Tropicália nos anos
    1960. Esse projeto construtivo de um
    modernismo ligado à brasilidade já tinha se
    anunciado no “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”,
    de 1924, que deu origem ao livro “Pau-Brasil”,
    publicado no ano seguinte.
ANITA MALFATTI
   Em 1917, depois de estudar pintura em Berlim
    — onde teve contato com o expressionismo
    alemão — e Nova York, Anita Malfatti
    (1889-1964) fez a primeira exposição no país a
    se autodenominar “moderna”. A mostra entrou
    para a História pela crítica feroz de Monteiro
    Lobato, que condenou sua “arte caricatural”
    tipicamente     europeia,    vinculando-a     à
    perturbação mental. Já para Oswald de
    Andrade, sua pintura causava “impressão de
    originalidade e de diferente visão”. Cinco anos
    depois, Anita foi uma das principais atrações
    da exposição que abriu a Semana de Arte
    Moderna, com telas como “O homem amarelo”,
    “A estudante russa” e “A ventania”. A maior
    parte dessas obras, no entanto, era de anos
    anteriores, porque em 1922 Anita já tinha
    voltado à pintar de forma mais convencional.
MÁRIO DE ANDRADE
   Um dos principais articuladores da
    Semana,       Mário      de    Andrade
    (1893-1945) foi um teórico central do
    modernismo brasileiro. O prefácio de
    “Pauliceia desvairada”, publicado pouco
    depois da Semana, inspirou a fase
    inicial do movimento. A pesquisa
    folclórica e a linguagem inventiva de
    “Macunaíma” (1928) definiram o lugar
    que o modernismo ocupa até hoje no
    imaginário nacional. Nas décadas
    seguintes, foi interlocutor de autores
    das novas gerações, como Drummond e
    Sabino,     e     publicou    trabalhos
    importantes sobre música tradicional
    brasileira.
MENOTTI DEL PICCHIA
   Publicado em 1917, o poema “Juca
    Mulato”, de Menotti del Picchia
    (1892-1988)    chamou     atenção    por
    mesclar formas clássicas, disposição
    gráfica ousada e temas nacionais. Em
    1922, teve atuação incendiária na
    Semana, com uma palestra sobre
    estética   modernista    que    recebeu
    aplausos    entusiasmados     e    vaias
    indignadas. Mais tarde, alinhou-se a um
    ramo nacionalista do movimento, o
    “verde-amarelismo”,    com     Cassiano
    Ricardo e Plinio Salgado (que também
    participou da Semana e, em 1932,
    fundou a Ação Integralista Brasileira,
    de extrema-direita).
HEITOR VILLA-LOBOS
   Se a Semana de 1922 foi um evento de São
    Paulo, sua grande estrela foi um carioca.
    Convocado pelos modernistas paulistas em
    viagem     ao    Rio,   Heitor    Villa-Lobos
    (1887-1959)      teve     20     composições
    interpretadas nos três dias de programação,
    e um dia todo dedicado a ele, único
    compositor brasileiro na Semana. Foi
    aplaudido e também vaiado, pela estranheza
    causada pelos tambores e instrumentos
    populares de congado incorporados à
    orquestra. Mais do que a participação
    intensiva na semana, a importância do
    maestro para o modernismo brasileiro está
    na criação de uma linguagem própria na
    música nacional, unindo elementos de
    músicas folclóricas e indígenas já no fim dos
    anos 1910.
MANUEL BANDEIRA
   O pernambucano Manuel Bandeira
    (1886-1968) já era um poeta estabelecido
    na época da Semana. Na década
    anterior, difundira o verso livre em
    textos críticos e em obras como
    “Carnaval”, de 1919. Doente, não pôde ir
    a São Paulo para o evento, mas os
    modernistas escolheram seu poema “Os
    sapos” como uma espécie de declaração
    de princípios. Publicou algumas das
    principais obras da poesia brasileira da
    primeira metade do século XX, como
    “Libertinagem” (1930) e “Estrela da
    Manhã” (1936).
RONALD DE CARVALHO

       Poeta hoje pouco lido, Ronald de
        Carvalho (1893-1935) costuma ser
        mais lembrado por seu papel algo
        insólito na Semana de 22. Com a
        ausência de Manuel Bandeira,
        doente, coube a ele receber as vaias
        pela leitura do poema “Os sapos”. Foi
        um dos poucos brasileiros a manter
        contato     com     o   modernismo
        português, participando do 1 número
        da revista “Orpheu” (1915), que
        publicou poemas vanguardistas de
        Fernando Pessoa.
OS SAPOS
   Enfunando os papos,
    Saem da penumbra,
    Aos pulos, os sapos.
    A luz os deslumbra.
    Em ronco que aterra,
    Berra o sapo-boi:
    - "Meu pai foi à guerra!"
    - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
    O sapo-tanoeiro,
    Parnasiano aguado,
    Diz: - "Meu cancioneiro
    É bem martelado.
    Vede como primo
    Em comer os hiatos!
    Que arte! E nunca rimo
    Os termos cognatos.
   O meu verso é bom 
    Frumento sem joio. 
    Faço rimas com 
    Consoantes de apoio. 
    Vai por cinquüenta anos 
    Que lhes dei a norma: 
    Reduzi sem danos 
    A fôrmas a forma. 
    Clame a saparia 
    Em críticas céticas:
    Não há mais poesia, 
    Mas há artes poéticas..." 
    Urra o sapo-boi: 
    - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" 
    - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
    Brada em um assomo 
    O sapo-tanoeiro: 
    - A grande arte é como 
    Lavor de joalheiro. 
   Ou bem de estatuário. 
    Tudo quanto é belo, 
    Tudo quanto é vário, 
    Canta no martelo". 
    Outros, sapos-pipas 
    (Um mal em si cabe), 
    Falam pelas tripas, 
    - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 
    Longe dessa grita, 
    Lá onde mais densa 
    A noite infinita 
    Veste a sombra imensa; 
    Lá, fugido ao mundo, 
    Sem glória, sem fé, 
    No perau profundo 
    E solitário, é 
    Que soluças tu, 
    Transido de frio, 
    Sapo-cururu 
    Da beira do rio...

    Manuel Bandeira
PAULO PRADO
   Homem de negócios apaixonado pelas
    artes, milionário que se julgava de
    esquerda, historiador amador que se
    sentiu à vontade entre os jovens
    modernistas, Paulo Prado (1869-1943) é
    um personagem essencial e pouco
    lembrado      do    modernismo.    Rico
    cafeicultor, foi o principal mecenas da
    Semana de 22 e um interlocutor
    fundamental para seus integrantes:
    assinou o prefácio de “Pau-Brasil”, de
    Oswald de Andrade, e colaborou tanto
    com a concepção de “Macunaíma” que
    Mário de Andrade dedicou o romance a
    ele. 
DI CAVALCANTI
   Foi de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) a
    ideia da realização de uma Semana de Arte
    Moderna em São Paulo — é o que conta a maior
    parte das versões de uma história repleta delas.
    Naquele momento, ele era um artista diferente
    daquele que se tornaria célebre com a pintura de
    paisagens brasileiras, retratos de mulatas e
    preocupação social. Di Cavalcanti apresentou
    sobretudo desenhos e pastéis na exposição da
    Semana de 1922, além de ter sido o autor de seu
    cartaz e da capa do catálogo com a programação.
    Em seus anos mais experimentais, Di criou
    ilustrações para revistas modernistas como a
    “Klaxon” e para livros como “Carnaval”, obra de
    Manuel Bandeira cujo poema “Os sapos” foi lido
    durante a Semana e chocou parte da plateia.
VICTOR BRECHERET
   Nascido Vittorio em Farnese, na Itália, Victor
    Brecheret (1894-1955) foi adotado pelo grupo
    modernista como o “Rodin brasileiro”, o
    representante da escultura na exposição da
    Semana de Arte Moderna de 1922. Na década de
    1910, Brecheret estudou artes no Liceu de Artes
    e Ofícios, orgulho da São Paulo que se
    modernizava, e depois em Roma. De volta à
    capital paulista, o artista se destacou num
    ambiente de poucas experimentações na
    escultura. Em 1954, o desbravamento do país
    pelos bandeirantes, tão valorizado pelos
    modernistas paulistas, foi retratado por
    Brecheret na obra “Monumento às bandeiras”, no
    Parque do Ibirapuera, nas comemorações dos 400
    anos de São Paulo.
ARTES
ARTES   Anita Malfatti foi um dos nomes centrais da exposição
                  
         que abriu a Semana de 1922. Grande parte de suas
         obras já tinha sido exibida na polêmica mostra de 1917,
PLÁSTICAS a pintura “O homem Andrade, comprador da
         como
         gargalhadas em Mário de
                                        amarelo”, que provocou
                      pintura. Outros nomes importantes da exposição
                      foram Victor       Brecheret —        chamado        pelos
                      modernistas       de “Rodin      brasileiro” —        e Di
                      Cavalcanti, que começava a transitar dos desenhos
                      para a pintura, e ainda não retratava as mulheres e
                      paisagens brasileiras que se tornariam uma de suas
                      marcas. A presença de Oswaldo Goeldi na Semana foi
                      anunciada em jornais, mas, ao que tudo indica, ele não
                      participou.Goeldi representa uma outra vertente do
                      modernismo       brasileiro,    de    forte     influência
                      expressionista — assim como Lasar Segall. Hoje, a
                      historiografia revê o papel de artistas como Timóteo
                      da Costa, Belmiro de Almeida e Eliseu Visconti,
                      radicados no Rio e considerados “passadistas” pelos
                      modernistas.         Na        exposição “Modernidade
                      antecipada”, em cartaz até 26 de fevereiro na
                      Pinacoteca de São Paulo, o curador Rafael Cardoso
                      evidencia a importância de Visconti para a arte do
                      início    do     século     XX.    Entre      todos     os
                      modernistas, Tarsila do Amaral talvez seja a mais
                      recorrente no imaginário popular. Ela ganha uma
                      exposição no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio,
                      que     será      aberta     dia    13,     com      telas
                      como “Antropofagia” (1929)          —       mas        não
                      o“Abaporu” (1928).
   Na Semana de 1922, o espanto foi causado por “Os
LIVROS       sapos”, poema do livro “Carnaval” (1919), de Manuel
             Bandeira. “Pauliceia desvairada” , no entanto, entrou
             para a História como o livro central da poesia
             modernista, em que Mário de Andrade defende a
             liberdade e a polifonia. Seis anos depois, já a partir de
             suas pesquisas sobre o folclore, Mário escreve
             “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, em que a
             polifonia se evidencia na linguagem e na narrativa, na
             busca do que o escritor denominava “entidade
             nacional”. Nas leituras da obra ao longo dos anos, o
             anti-herói — interpretado por Grande Otelo e Paulo
             José no filme homônimo de Joaquim Pedro de
             Andrade (1969) — se tornou, de forma caricata,
             retrato         do         brasileiro         malandro. 
             Três anos depois de “Pauliceia desvairada”, Oswald de
             Andrade publicava “Pau-Brasil”. O livro foi um
             desdobramento de seu “Manifesto da Poesia Pau-
             Brasil”, que chamava os modernistas à criação de uma
             “poesia de exportação”, em 1924 (ano em que Oswald
             também escreveu “Memórias sentimentais de João
             Miramar”). Ali já se proclamava um afastamento da
             importação de tendências culturais, na elaboração de
             um projeto de brasilidade que se reforçaria no
             “Manifesto Antropófago”, de 1928. A perspectiva
             “antropofágica” também está presente em “Cobra
             Norato”, escrito por Raul Bopp em 1921, mas
             publicado dez anos depois.
 Equipe: Líliam Cardoso; Caroline Dias;
  Catarina Dias; Diego Jaime; Antônio
  Neto; Édla.
 Professora: Selma

 Série: 3M1 do Ensino Médio

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Semana de arte moderna

  • 1.
  • 2. SEMANA DE ARTE MODERNA  Ocorreu na cidade de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922. Tendo como palco o Teatro Municipal de São Paulo;  Marco inicial do modernismo no Brasil.
  • 3. “ Foi como se esperava, um notável fracasso a récita de ontem na pomposa Semana de Arte Moderna, que melhor e mais acertadamente deveria chamar- se Semana de Mal – às artes’’. Jornal Folha da Noite fevereiro de 1922 “ As colunas da secção livre deste jornal estão à disposição de todos aqueles que, atacando a Semana de Arte Moderna, defendam o nosso patrimônio artístico’’. Jornal O Estado de São Paulo fevereiro de 1922
  • 4. “ É preciso que se saiba que nos manicômios se produzem poemas, partituras, quadros e estátuas, e que essa arte de doidos tem o mesmo característico da arte dos futuristas e cubistas que andam soltos por aí ’’. Jornal do Comércio fevereiro de 1922
  • 5. Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição.
  • 6. Um dos cartazes colocados no Teatro Municipal de São Paulo, anunciando a Semana de Arte Moderna.
  • 8. FERNANDO PESSOA Fernando António Nogueira Pessoa mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português. É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo". Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas (nomeadamente de Antônio Botto e Almada Negreiros) para inglês. Ao longo da vida trabalhou em várias firmas comerciais de Lisboa como correspondente de língua inglesa e francesa. Foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária em verso e em prosa.
  • 9. OSWALD DE ANDRADE  Oswald de Andrade (1890-1954) foi o mais transgressor e experimental dos modernistas, autor de irônicos discursos e artigos de ataque aos “passadistas”, nos meses próximos à Semana de 1922, da qual foi um dos idealizadores. “A alegria é a prova dos nove”, declarou no “Manifesto Antropófago” de 1928, que defendia de forma poética uma língua brasileira e a metáfora do canibalismo do índio que deglute o estrangeiro. Era a ideia de antropofagia como caminho para a cultura brasileira, reaproriada pela Tropicália nos anos 1960. Esse projeto construtivo de um modernismo ligado à brasilidade já tinha se anunciado no “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, de 1924, que deu origem ao livro “Pau-Brasil”, publicado no ano seguinte.
  • 10. ANITA MALFATTI  Em 1917, depois de estudar pintura em Berlim — onde teve contato com o expressionismo alemão — e Nova York, Anita Malfatti (1889-1964) fez a primeira exposição no país a se autodenominar “moderna”. A mostra entrou para a História pela crítica feroz de Monteiro Lobato, que condenou sua “arte caricatural” tipicamente europeia, vinculando-a à perturbação mental. Já para Oswald de Andrade, sua pintura causava “impressão de originalidade e de diferente visão”. Cinco anos depois, Anita foi uma das principais atrações da exposição que abriu a Semana de Arte Moderna, com telas como “O homem amarelo”, “A estudante russa” e “A ventania”. A maior parte dessas obras, no entanto, era de anos anteriores, porque em 1922 Anita já tinha voltado à pintar de forma mais convencional.
  • 11. MÁRIO DE ANDRADE  Um dos principais articuladores da Semana, Mário de Andrade (1893-1945) foi um teórico central do modernismo brasileiro. O prefácio de “Pauliceia desvairada”, publicado pouco depois da Semana, inspirou a fase inicial do movimento. A pesquisa folclórica e a linguagem inventiva de “Macunaíma” (1928) definiram o lugar que o modernismo ocupa até hoje no imaginário nacional. Nas décadas seguintes, foi interlocutor de autores das novas gerações, como Drummond e Sabino, e publicou trabalhos importantes sobre música tradicional brasileira.
  • 12. MENOTTI DEL PICCHIA  Publicado em 1917, o poema “Juca Mulato”, de Menotti del Picchia (1892-1988) chamou atenção por mesclar formas clássicas, disposição gráfica ousada e temas nacionais. Em 1922, teve atuação incendiária na Semana, com uma palestra sobre estética modernista que recebeu aplausos entusiasmados e vaias indignadas. Mais tarde, alinhou-se a um ramo nacionalista do movimento, o “verde-amarelismo”, com Cassiano Ricardo e Plinio Salgado (que também participou da Semana e, em 1932, fundou a Ação Integralista Brasileira, de extrema-direita).
  • 13. HEITOR VILLA-LOBOS  Se a Semana de 1922 foi um evento de São Paulo, sua grande estrela foi um carioca. Convocado pelos modernistas paulistas em viagem ao Rio, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) teve 20 composições interpretadas nos três dias de programação, e um dia todo dedicado a ele, único compositor brasileiro na Semana. Foi aplaudido e também vaiado, pela estranheza causada pelos tambores e instrumentos populares de congado incorporados à orquestra. Mais do que a participação intensiva na semana, a importância do maestro para o modernismo brasileiro está na criação de uma linguagem própria na música nacional, unindo elementos de músicas folclóricas e indígenas já no fim dos anos 1910.
  • 14. MANUEL BANDEIRA  O pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968) já era um poeta estabelecido na época da Semana. Na década anterior, difundira o verso livre em textos críticos e em obras como “Carnaval”, de 1919. Doente, não pôde ir a São Paulo para o evento, mas os modernistas escolheram seu poema “Os sapos” como uma espécie de declaração de princípios. Publicou algumas das principais obras da poesia brasileira da primeira metade do século XX, como “Libertinagem” (1930) e “Estrela da Manhã” (1936).
  • 15. RONALD DE CARVALHO  Poeta hoje pouco lido, Ronald de Carvalho (1893-1935) costuma ser mais lembrado por seu papel algo insólito na Semana de 22. Com a ausência de Manuel Bandeira, doente, coube a ele receber as vaias pela leitura do poema “Os sapos”. Foi um dos poucos brasileiros a manter contato com o modernismo português, participando do 1 número da revista “Orpheu” (1915), que publicou poemas vanguardistas de Fernando Pessoa.
  • 16. OS SAPOS  Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos.
  • 17. O meu verso é bom  Frumento sem joio.  Faço rimas com  Consoantes de apoio.  Vai por cinquüenta anos  Que lhes dei a norma:  Reduzi sem danos  A fôrmas a forma.  Clame a saparia  Em críticas céticas: Não há mais poesia,  Mas há artes poéticas..."  Urra o sapo-boi:  - "Meu pai foi rei!"- "Foi!"  - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".  Brada em um assomo  O sapo-tanoeiro:  - A grande arte é como  Lavor de joalheiro. 
  • 18. Ou bem de estatuário.  Tudo quanto é belo,  Tudo quanto é vário,  Canta no martelo".  Outros, sapos-pipas  (Um mal em si cabe),  Falam pelas tripas,  - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".  Longe dessa grita,  Lá onde mais densa  A noite infinita  Veste a sombra imensa;  Lá, fugido ao mundo,  Sem glória, sem fé,  No perau profundo  E solitário, é  Que soluças tu,  Transido de frio,  Sapo-cururu  Da beira do rio... Manuel Bandeira
  • 19. PAULO PRADO  Homem de negócios apaixonado pelas artes, milionário que se julgava de esquerda, historiador amador que se sentiu à vontade entre os jovens modernistas, Paulo Prado (1869-1943) é um personagem essencial e pouco lembrado do modernismo. Rico cafeicultor, foi o principal mecenas da Semana de 22 e um interlocutor fundamental para seus integrantes: assinou o prefácio de “Pau-Brasil”, de Oswald de Andrade, e colaborou tanto com a concepção de “Macunaíma” que Mário de Andrade dedicou o romance a ele. 
  • 20. DI CAVALCANTI  Foi de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) a ideia da realização de uma Semana de Arte Moderna em São Paulo — é o que conta a maior parte das versões de uma história repleta delas. Naquele momento, ele era um artista diferente daquele que se tornaria célebre com a pintura de paisagens brasileiras, retratos de mulatas e preocupação social. Di Cavalcanti apresentou sobretudo desenhos e pastéis na exposição da Semana de 1922, além de ter sido o autor de seu cartaz e da capa do catálogo com a programação. Em seus anos mais experimentais, Di criou ilustrações para revistas modernistas como a “Klaxon” e para livros como “Carnaval”, obra de Manuel Bandeira cujo poema “Os sapos” foi lido durante a Semana e chocou parte da plateia.
  • 21. VICTOR BRECHERET  Nascido Vittorio em Farnese, na Itália, Victor Brecheret (1894-1955) foi adotado pelo grupo modernista como o “Rodin brasileiro”, o representante da escultura na exposição da Semana de Arte Moderna de 1922. Na década de 1910, Brecheret estudou artes no Liceu de Artes e Ofícios, orgulho da São Paulo que se modernizava, e depois em Roma. De volta à capital paulista, o artista se destacou num ambiente de poucas experimentações na escultura. Em 1954, o desbravamento do país pelos bandeirantes, tão valorizado pelos modernistas paulistas, foi retratado por Brecheret na obra “Monumento às bandeiras”, no Parque do Ibirapuera, nas comemorações dos 400 anos de São Paulo.
  • 22. ARTES
  • 23. ARTES Anita Malfatti foi um dos nomes centrais da exposição  que abriu a Semana de 1922. Grande parte de suas obras já tinha sido exibida na polêmica mostra de 1917, PLÁSTICAS a pintura “O homem Andrade, comprador da como gargalhadas em Mário de amarelo”, que provocou pintura. Outros nomes importantes da exposição foram Victor Brecheret — chamado pelos modernistas de “Rodin brasileiro” — e Di Cavalcanti, que começava a transitar dos desenhos para a pintura, e ainda não retratava as mulheres e paisagens brasileiras que se tornariam uma de suas marcas. A presença de Oswaldo Goeldi na Semana foi anunciada em jornais, mas, ao que tudo indica, ele não participou.Goeldi representa uma outra vertente do modernismo brasileiro, de forte influência expressionista — assim como Lasar Segall. Hoje, a historiografia revê o papel de artistas como Timóteo da Costa, Belmiro de Almeida e Eliseu Visconti, radicados no Rio e considerados “passadistas” pelos modernistas. Na exposição “Modernidade antecipada”, em cartaz até 26 de fevereiro na Pinacoteca de São Paulo, o curador Rafael Cardoso evidencia a importância de Visconti para a arte do início do século XX. Entre todos os modernistas, Tarsila do Amaral talvez seja a mais recorrente no imaginário popular. Ela ganha uma exposição no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio, que será aberta dia 13, com telas como “Antropofagia” (1929) — mas não o“Abaporu” (1928).
  • 24. Na Semana de 1922, o espanto foi causado por “Os LIVROS sapos”, poema do livro “Carnaval” (1919), de Manuel Bandeira. “Pauliceia desvairada” , no entanto, entrou para a História como o livro central da poesia modernista, em que Mário de Andrade defende a liberdade e a polifonia. Seis anos depois, já a partir de suas pesquisas sobre o folclore, Mário escreve “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, em que a polifonia se evidencia na linguagem e na narrativa, na busca do que o escritor denominava “entidade nacional”. Nas leituras da obra ao longo dos anos, o anti-herói — interpretado por Grande Otelo e Paulo José no filme homônimo de Joaquim Pedro de Andrade (1969) — se tornou, de forma caricata, retrato do brasileiro malandro.  Três anos depois de “Pauliceia desvairada”, Oswald de Andrade publicava “Pau-Brasil”. O livro foi um desdobramento de seu “Manifesto da Poesia Pau- Brasil”, que chamava os modernistas à criação de uma “poesia de exportação”, em 1924 (ano em que Oswald também escreveu “Memórias sentimentais de João Miramar”). Ali já se proclamava um afastamento da importação de tendências culturais, na elaboração de um projeto de brasilidade que se reforçaria no “Manifesto Antropófago”, de 1928. A perspectiva “antropofágica” também está presente em “Cobra Norato”, escrito por Raul Bopp em 1921, mas publicado dez anos depois.
  • 25.  Equipe: Líliam Cardoso; Caroline Dias; Catarina Dias; Diego Jaime; Antônio Neto; Édla.  Professora: Selma  Série: 3M1 do Ensino Médio