1. Valério Trabanco
Por Lidiane Hein
Fotografia Editorial – 2015/01
Curso Superior de Técnologia em Fotografia /
ULBRA
Professor: Fernando Pires
2. Valério Trabanco começou a
trabalhar no estúdio Abril, reduto
da excelência de fotografia de
moda da época. Em 1986, Mudou-
se para Madrid, onde trabalhou
com o renomado fotógrafo Michael
Wray. Após 3 anos, retornou ao
Brasil iniciando sua carreira solo
onde imprimiu toda sua experiência
teatral na direção e luz da sua
fotografia. Valério é considerado
um dos fotógrafos mais
requisitados pelas grandes atrizes
Brasileiras. Já realizou ensaios
fotográficos e editoriais para as
mais importantes revistas da moda
do país, Além de inúmeras
campanhas publicitárias.
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10. Richard Avedon
Por Lidiane Hein
Fotografia Editorial 2015/01
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia /
ULBRA
Professor: Fernando Pires
11. Para Richard Avedon (1923), a Fotografia foi também uma questão genética. Seu pai, Jacob Israel Avedon, era
fotógrafo. Antes de trabalhar no ramo, Avedon estudou Design na New School for Social Research, sendo
dirigido por ninguém menos que Alexei Brodovitch, um dos mais importantes editores de arte da história
da Harper’s Bazaar. Em 1945, Richard Avedon começou seus trabalhos fotográficos para a revista.
Richard Avedon é um divisor de águas na Fotografia Fashion. Através dele, as imagens de moda passaram a ser
produzidas frequentemente em sessões externas. Apesar de trabalhar também em estúdio a maior parte do
tempo. E mesmo trabalhando em estúdios, Avedon não se rendia à frieza da fotografia em fundos cinza. Sempre
imprimia nelas a ousadia dele e a personalidade de quem era retratado.
Um dos exemplos mais famosos da releitura da fotografia de moda pela visão Avedon é o ensaio “Dovina with
Elephants” (Dovina com Elefantes), em que a modelo posa com dois elefantes vestindo um Dior. A partir de
Richard, a fotografia de moda ganha novas formas e mais movimento, varrendo o padrão tradicionalista dos
conceitos fotográficos e concedendo à Arte, a modernidade necessária à época. As posições das modelos
tornaram-se mais ousadas - e, às vezes, até contorcionistas -, o nu completo passou a ser produzido sem receios
e o retrato voltou a ter a naturalidade típica de cada retratado. Versátil, Richard não produziu apenas em nome de
revistas famosas. Além de fotojornalista, seu trabalho autoral é riquíssimo. Avedon sempre voltava sua atenção e suas
lentes à família, principalmente em torno da figura de seu pai, ao qual conferia o título de “mentor fotográfico”. Numa de
suas séries mais reconhecidas, Richard acompanha a velhice de Jacob em retratos, fotografando-o todos os anos até o
falecimento de seu pai.
O drama e a morte sempre forma figuras presentes na vida profissional e particular do fotógrafo, que retratou diversas
personalidades no fim de suas vidas. E mesmo as vivas, Avedon as fazia parecer dramáticas. Marilyn Monroe foi uma das
personalidades mais eufóricas e divertidas do cenário cultural, mas, pelas lentes dele, a atriz está com o olhar triste. Existem
boatos de que, antes das sessões, Richard contava notícias trágicas aos retratados para conseguir tais expressões.
Irreverente e espontâneo, fotografou até os últimos momentos de sua vida. Durante seu último trabalho, clicando Teresa
Heinz Kerry para editorial da revista The New Yorker, o fotógrafo não se sentiu bem e foi levado às pressas ao hospital,
onde ficou internado devido à hemorragia cerebral, falecendo poucos dias depois, em 1 de outubro de 2004.
Faleceu aos 81 anos, consagrando-se um ícone e uma lenda da Fotografia por questionar radicalmente aspectos narrativos
e estabelecer novos conceitos por conta própria. Richard Avedon demoliu barreiras e concedeu à Arte o reconhecimento
digno do que é ser fotógrafo.