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ProPriedade: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460
                                  PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 308 - Maio/JUnho 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o

DA VIDA DA GRAÇA, AO MUNDO                                                   COMUNICADO DO CONSELHO                                                            UM DIÁCONO NASCIDO
        SODOMIZADO                                                               PERMANENTE DA CEP                                                                DOS CONVIVAS
Sempre que acolhemos a vida na sua plenitude nas alegrias,                   A PROPÓSITO DO MOMENTO                                                   A ordenação foi um motivo de grande alegria para os con-
tristezas, fracassos, sucessos, vitórias, derrotas, etc, aceita-                                                                                      vivas, pois um dos ordenados era jovem conviva de nome
mos a graça da vida.                                                           PRESENTE DA SOCIEDADE                                                  Francisco Valente Fumo, que participara do primeiro Con-
                                                (Continua na pág. 2 BU
                                                                                    PORTUGUESA                                                        vívio Fraterno realizado em Moçambique – Maputo em
                                                                           Este momento de crise pode levar-nos a todos a lançar os                   Janeiro de 2002. O conviva Francisco ordenou-se diácono,
                 DA SANTIDADE                                              dinamismos para a construção de uma sociedade mais fra-                    colocando-se, deste modo, ao serviço dos pobres da Igreja
Sempre me custou entender a história dos santos. Lembro-me                                                                                            e também ao serviço da pregação. Contudo, ele desde a re-
                                                                           terna e solidária. A Igreja quer, não apenas pela sua palavra,
que quando era pequenita, uma das coisas que mais confu-                                                                                              alização do seu convívio em 2002 e ao longo da sua forma-
                                                                           mas pelo seu compromisso na acção, ser a afirmação da es-
são me causava, eram as palavras do pároco da minha terra                                                                                             ção, soube colocar-se ao serviço tanto dos irmãos, bem como
                                                                           perança.
sempre que apelava para que as pessoas trilhassem o cami-                                                                  (Continua na pág. 4 BU)    do anúncio da palavra de Deus, sobretudo através do seu
nho da Santidade!...                                                                                                                                  exemplo e nos Convívios-Fraternos.
                                               (Continua na pág. 2 BU)                                                                                                                          (Continua na pág. 2 JA)


   TUDO É POSSIVEL NA NOSSA
    VIDA,QUANDO QUEREMOS                                                                                                                                             BALADA DA UNIÃO
Alcancei já algumas metas no meu tratamento: fiz o 9º ano,
tirei a carta de condução, comprei um carro e continuo a                                                                                                 Embora com dificuldades económicas derivadas essen-
trabalhar sempre no desejo de ir mais longe.                                                                                                             cialmente pela expedição do nosso jornal, vamos con-
Tudo é possível na nossa vida, quando nós queremos!..                                                                                                    tinuar a garantir que bimestralmente ele chegue a casa
                                               (Continua na pág. 4 JA)                                                                                   de todos os convivas que o desejem receber.
                                                                                                                                                         Apesar da generosidade dos convivas, mesmo assim
        A “FORÇA” DA PALAVRA                                                                                                                             tem sido difícil equilibrar as contas com a sua publi-
                                                                                                                                                         cação e expedição deixando sempre todos os anos um
Há palavras que não são mais que ruído. Mas há outras que se
                                                                                                                                                         défice.
ouvem baixinho ou no silêncio e que nem todos conseguem
                                                                                                                                                         Para facilitar aos leitores que desejarem usar este meio
ouvir e compreender. Aqui encontramos a Palavra de Deus,
                                                                                                                                                         para satisfazer o pagamento da sua assinatura, segue
uma palavra comunicada na intimidade. A vontade de a escu-
                                                                                                                                                         neste número um impresso de vale de correio.
tar depende do receptor, que sepredispõe a ouvi-la ou não.
                                         (Continua na pág. 3 BU)


    REUNIÃO DO CONSELHO                                                                                                                                                     BOAS FÉRIAS
          NACIONAL                                                                                                                                      Por isso as férias não são um privilegio ou um favor, mas
                                                                                                                                                      um bem adquirido e uma necessidade que beneficia não só
   DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS                                                                                                                            quem executa um trabalho, como quem dele economica-
No dia 25 deste mês reuniu-se em Fátima, na Casa De Nossa                                                                                             mente beneficia.
Senhora do Carmo , o Conselho Nacional do Movimento. Esti-
veram presentes membros de 15 dioceses que apresentaram os
convivas eleitos para fazerem parte do conselho , neste mandato
de 3 anos, e que agora será homologado pela Conferencia Na-
cional Portuguesa. Foram também propostas algumas altera-
ções ao programa do XXXVIII Convívio Animação Nacional em
                                                                                          MUDAR DE VIDA
virtude de não ser possível utilizar o Anfiteatro do Centro Paulo
VI. Também o Conselho, por unanimidade, visto que o Núcleo
                                                                             INSPIRADOS EM JESUS CRISTO
Paroquial é a base do movimento, sentiu a necessidade e ur-                  A presença da Igreja no mundo deve ser um repositório de
gência de criar nas paróquias das dioceses onde não existem                Fé, Esperança e Amor para cada ser humano, em particular e
Núcleos, para assim se alcançar os objectivos do movimento.                para a humanidade em geral.
                                      (Continua na pág. 2,3,4 JA e 3 BU)                                                  (Continua na pág. 7 BU)


                                      O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO
Os tempos livres sejam empregados, para descanso do espírito e saúde da alma e do corpo, ora com actividades e estudos
livremente escolhidos, ora com viagens a outras regiões (turismo), com as quais se educa o espírito e os homens se enrique-
cem com o conhecimento mútuo, ora também com exercícios e manifestações desportivas, que contribuem para manter o
equilíbrio psíquico, mesmo na comunidade, e para estabelecer relações fraternas entre os homens de todas as condições e
nações, ou de raças diversas.                                                                                    (GS 61)



                                                                                          www.conviviosfraternos.com
2                                                                                                                                                                             Maio/junho 2011

            VERDADE, ANúNCIO                                                                                     ACTA DA REUNIÃO
         E AUTENTICIDADE DE VIDA,                                                                           DO SECRETARIADO NACIONAL
              NA ERA DIGITAL                                                                                DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS
   Por ocasião do XLV Dia Mundial das Comu-         nossa atenção é fragmentada e absorvida por
nicações Sociais, desejo partilhar algumas refle-   um mundo «diferente» daquele onde vivemos?
xões, motivadas por um fenómeno característi-       Temos tempo para reflectir criticamente sobre
co do nosso tempo: a difusão da comunicação         as nossas opções e alimentar relações humanas
através da rede internet. Vai-se tornando cada      que sejam verdadeiramente profundas e du-
vez mais comum a convicção de que, tal como         radouras? É importante nunca esquecer que o
a revolução industrial produziu uma mudança         contacto virtual não pode nem deve substituir
profunda na sociedade através das novidades         o contacto humano directo com as pessoas, em
inseridas no ciclo de produção e na vida dos        todos os níveis da nossa vida.
trabalhadores, também hoje a profunda trans-           Também na era digital, cada um vê-se con-
formação operada no campo das comunicações          frontado com a necessidade de ser pessoa au-
guia o fluxo de grandes mudanças culturais e        têntica e reflexiva. Aliás, as dinâmicas próprias
sociais. As novas tecnologias estão a mudar não     dos social network mostram que uma pessoa
só o modo de comunicar, mas a própria comu-         acaba sempre envolvida naquilo que comu-
nicação em si mesma, podendo-se afirmar que         nica. Quando as pessoas trocam informações,
estamos perante uma ampla transformação cul-        estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão          De acordo com o determinado na reunião       Bragança com a participação de todas as
tural. Com este modo de difundir informações e      do mundo, as suas esperanças, os seus ideais.          do Secretariado Nacional dos Convívios-         dioceses que desejarem estar presentes.
conhecimentos, está a nascer uma nova maneira       Segue-se daqui que existe um estilo cristão de         Fraternos em 22 de Janeiro de 2011 e para          Todos os outros actos se mantém de
de aprender e pensar, com oportunidades iné-        presença também no mundo digital: traduz-se            dar cumprimento ao número 6 do Artigo           acordo com o que ficou decidido na Reu-
ditas de estabelecer relações e de construir co-    numa forma de comunicação honesta e aberta,            11º do Capítulo III dos Estatutos do movi-      nião do Conselho Nacional de 22 de Janei-
munhão.                                             responsável e respeitadora do outro.                   mento, realizou-se no dia 25 deste mês de       ro 2011 e publicado na 2ª página do Balada
   Aparecem em perspectiva metas até há pou-           O compromisso por um testemunho do                  Junho a 2ª Reunião ordinária, na Casa de        da União nº306, referente aos meses Janei-
co tempo impensáveis, que nos deixam mara-          Evangelho na era digital exige que todos este-         Nossa senhora do Carmo, no Santuário de         ro/Fevereiro 2011.
vilhados com as possibilidades oferecidas pelos     jam particularmente atentos aos aspectos desta         Nossa Senhora de Fátima.                           Presidirá à Peregrinação D. Ilídio, Bispo
novos meios e, ao mesmo tempo, impõem de            mensagem que possam desafiar algumas das                  Nela estiveram presentes os elemen-          de Viseu.
modo cada vez mais premente uma reflexão            lógicas típicas da web. Antes de tudo, devemos         tos do conselho Nacional das dioceses de           O XXXIX Convívio Animação será nos
séria acerca do sentido da comunicação na era       estar cientes de que a verdade que procuramos          Aveiro, Beja, Bragança, Coimbra, Leiria,        dias 8 e 9 de Setembro de 2012
digital. Isto é particularmente evidente quando     partilhar não extrai o seu valor da sua «popu-         Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal,         Seguidamente, o Presidente do Con-
nos confrontamos com as extraordinárias po-         laridade» ou da quantidade de atenção que lhe          Santarém, Vila Real e Viseu. Justificaram a     selho lembrou a todas as dioceses que, o
tencialidades da rede internet e a complexidade     é dada. Devemos esforçar-nos mais em dá-la             sua ausência e enviaram o nome dos mem-         movimento, de acordo com o número 2 do
das suas aplicações.                                conhecer na sua integridade do que em torná-           bros para o Conselho as dioceses de Lame-       artigo 9º dos Estatutos, tem a sua célula
   No mundo digital, transmitir informações         la aceitável, talvez «mitigando-a». Deve tornar-       go, Lisboa e Viana do Castelo. Ausentes as      base no núcleo paroquial, constituído por
significa com frequência sempre maior inseri-       se alimento quotidiano e não atracção de um            dioceses do Algarve, Évora e Forças Arma-       jovens ou casais, no mínimo com 6 ele-
las numa rede social, onde o conhecimento é         momento. A verdade do Evangelho não é algo             das e de Segurança.                             mentos, e que é, através do núcleo que se
partilhado no âmbito de intercâmbios pessoais.      que possa ser objecto de consumo ou de fruição            Também foram apresentados para per-          prossegue a realização dos objectivos do
A distinção clara entre o produtor e o consumi-     superficial, mas dom que requer uma resposta           tencer ao Secretariado Permanente do Mo-        Movimento.
dor da informação aparece relativizada, preten-     livre. Mesmo se proclamada no espaço virtual           vimento, de acordo com o nº1 do Artigo             Para concluir afirmou que sendo os nú-
dendo a comunicação ser não só uma troca de         da rede, aquela sempre exige ser encarnada no          13º dos Estatutos, além do Presidente do        cleos paroquiais a célula base do Movi-
dados, mas também e cada vez mais uma par-          mundo real e dirigida aos rostos concretos dos         Conselho Nacional e Assistente Nacional         mento, sem esta o movimento não existe,
tilha.                                              irmãos e irmãs com quem partilhamos a vida             do Movimento, do tesoureiro e do Secre-         não tem alicerce para exercer os seus ob-
   Sobretudo os jovens estão a viver esta mudan-    diária. Por isso permanecem fundamentais as            tário, 1 membro das dioceses de Bragança,       jectivos por que lhe falta a base de apoio
ça da comunicação, com todas as ansiedades, as      relações humanas directas na transmissão da            Viseu, Braga e Coimbra.                         para viver, actuar e crescer como Igreja nas
contradições e a criatividade própria de quan-      fé!                                                       Assim, de acordo com o número 1 do           paróquias, que são os locais normais de
tos se abrem com entusiasmo e curiosidade às           Em última análise, a verdade que é Cristo           Artigo 11º dos Estatutos, os elementos que      evangelização e vivência eclesial.
novas experiências da vida. O envolvimento          constitui a resposta plena e autêntica àquele          constituem o Conselho Nacional e escolhi-          Alertou assim para o perigo e a tenta-
cada vez maior no público areópago digital dos      desejo humano de relação, comunhão e sentido           dos nos Plenários dos Secretariados dio-        ção das dioceses continuarem a realizar
chamados social network, leva a estabelecer no-     que sobressai inclusivamente na participação           cesanos serão agora enviados à Comissão         Convívios-Fraternos desenraizados das
vas formas de relação interpessoal, influi sobre    maciça nos vários social network. Os crentes, teste-   Episcopal Portuguesa, para respectiva ho-       normas prescritas nos Artigos 19º e 20º
a percepção de si próprio e por conseguinte, ine-   munhando as suas convicções mais profundas,            mologação.                                      dos Estatutos, isto é, sem a continuidade
vitavelmente, coloca a questão não só da justeza    prestam uma preciosa contribuição para que a              Depois de indigitados os membros do          nas paróquias de um trabalho de evange-
do próprio agir, mas também da autenticidade        web não se torne um instrumento que reduza as          Conselho Nacional, os membros do Con-           lização e de vivência dos jovens em Igreja,
do próprio ser. A presença nestes espaços virtu-    pessoas a categorias, que procure manipulá-las         selho mais uma vez reflectiram sobre a re-      no seu 4º dia. E isto, naturalmente, acon-
ais pode ser o sinal de uma busca autêntica de      emotivamente ou que permita aos poderosos              alização do XXXVIII Convívio- Animação          tecerá, se nas paróquias das dioceses não
encontro pessoal com o outro, se se estiver aten-   monopolizar a opinião alheia. Pelo contrário,          Nacional, a realizar nos dias 10 e 11 de Se-    existirem activos os núcleos para acolher,
to para evitar os seus perigos, como refugiar-se    os crentes encorajam todos a manterem vivas as         tembro, em Fátima, e a necessidade de al-       acompanhar e ajudar a crescer na Fé e no
numa espécie de mundo paralelo ou expor-se          eternas questões do homem, que testemunham             terar a realização de alguns actos litúrgicos   seu amor, os convivas no seu Post-Conví-
excessivamente ao mundo virtual. Na busca de        o seu desejo de transcendência e o anseio por          pelas limitações impostas por não ser pos-      vio.
partilha, de «amizades», confrontamo-nos com        formas de vida autêntica, digna de ser vivida.         sível utilizar o Anfiteatro do Centro Paulo        Para facilitar a dinamização dos núcleos,
o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos,     Precisamente esta tensão espiritual própria do         VI onde se costumavam realizar os actos         foram distribuídos propostas da criação de
sem ceder à ilusão de construir artificialmente     ser humano é que está por detrás da nossa sede         litúrgicos organizados pelo Movimento.          várias equipas para melhor empenhamen-
o próprio «perfil» público.                         de verdade e comunhão e nos estimula a comu-              Assim, a Celebração da Penitência que        to na vida apostólica e na evangelização, já
   As novas tecnologias permitem que as pesso-      nicar com integridade e honestidade.                   geralmente se realizava no Anfiteatro do        a funcionar em algumas dioceses com bons
as se encontrem para além dos confins do espa-         Convido sobretudo os jovens a fazerem bom           Centro Paulo VI, far-se-á, orientada pela       resultados.
ço e das próprias culturas, inaugurando deste       uso da sua presença no areópago digital. Re-           Diocese de Leiria, no Convívio Santo Agos-         Finalmente um casal conviva perten-
modo todo um novo mundo de potenciais ami-          novo-lhes o convite para o encontro comigo na          tinho e a Festa da Ressurreição, orientada      cente ao Conselho, lembrou aos membros
zades. Esta é uma grande oportunidade, mas          próxima Jornada Mundial da Juventude em Ma-            pela Diocese de Viseu, na Capela da Morte       do Conselho, o bem extraordinário que os
exige também uma maior atenção e uma toma-          drid, cuja preparação muito deve às vantagens          de Jesus.                                       Convívios-Fraternos para casais produ-
da de consciência quanto aos possíveis riscos.      das novas tecnologias.                                    O Sarau que também tinha lugar no An-        zem nos seus participantes, exortando os
Quem é o meu «próximo» neste novo mundo?               Da Mensagem do Papa Bento XVI para o 45ºDia         fiteatro Paulo VI, depois da Procissão das      responsáveis das dioceses, onde ainda não
Existe o perigo de estar menos presente a quan-     Mundial das Comunicações Sociais                       Velas, será substituída por uma vigília de      estão implantados, a que façam esta expe-
tos encontramos na nossa vida diária? Existe                                                               Oração a realizar-se na Igreja da Santís-       riência muito proveitosa e muito gratifi-
o risco de estarmos mais distraídos, porque a                                 BENEDICTUS PP. XVI           sima Trindade, orientada pela diocese de        cante pastoralmente para os casais.
Jovens em Alerta
                                                                                                                                                www.conviviosfraternos.com


              Suplemento Do BAlADA DA unIÃo nº 81 • mAIo/Junho/11 • proprIeDADe DA comunIDADe terApêutIcA • n.I.p.c. 503298689


      TUDO É POSSÍVEL NA NOSSA VIDA,                                                                                           VISITA DE ESTUDO
          QUANDO QUEREMOS!...                                                                                                 DA LDN – FORMAÇÃO
   Nasci de uma família humilde e      tendo-me sido garantidas algumas        me aceitaram. Ele próprio me veio
                                                                                                                                 PROFISSIONAL
rural que vivia com dificuldades       vantagens interessantes. Analisei os    buscar a casa para me internar.
económicas, mas que sempre se          prós e os contras e cheguei à conclu-      Estive internado nos Convívios –
esforçou para que aos 4 filhos nada    são que o salário que me estavam        Fraternos onde ainda me encontro.
faltasse do necessário.                a oferecer era razoável e eram-me       Nos primeiros 6 meses, os mais di-
   Embora frequentasse a escola        garantidas vindas à metrópole de 3      fíceis e complicados, tive muita difi-
na idade própria, nunca aproveitei     em 3 meses. Falei com dois amigos       culdade em me adaptar ao ambien-
para completar a instrução primária.   meus e fomos os 3 para os Açores.       te de internamento e, sobretudo,
As companhias com quem convivia        Quando lá chegamos vimos que as         vencer a ansiedade profunda que
não eram as melhores e as mais indi-   condições em que nos colocaram,         , por vezes , sentia para consumir
cadas para que tivesse uma adoles-     tanto a nível profissional como de      . Consegui ultrapassar todas essas
cência sem desvios e um pouco sem      alojamento, eram totalmente dife-       dificuldades e, assim, ao fim de 6
normas e sem objectivos.               rentes.                                 meses, passei para a II Fase de trata-
   Aos 16 anos senti que devia nor-       Regressei e a desilusão e a revol-   mento tendo sido colocado a traba-
malizar a minha vida e começar a       ta foram grandes. Então ainda mais      lhar numa firma muito conceituada,
ajudar os meus pais. Foi, por isso,    mergulhei nas drogas para esque-        a Nestlé, onde, depois de terminar o
que resolvi come-                                                                                 tratamento, conti-
çar a trabalhar na                                                                                nuo. Estou a viver
área da constru-                                                                                  num Apartamen-
ção civil. Como                                                                                   to da mesma ins-
não tinha expe-                                                                                   tituição … A mi-
riência, tive que                                                                                 nha vida mudou
me aplicar e estar                                                                                completamente,          “No passado dia 18 de Abril um grupo de alunos da LDN II- Formação
atento ao que fa-                                                                                 a nível familiar,     Profissional, de Oliveira de Azeméis, efectuou uma visita à Comunidade
zia, porque era um                                                                                social e profissio-   Terapêutica de Avanca. Esta actividade veio no seguimento da aborda-
trabalho de risco,                                                                                nal. Eu e meu pai     gem ao tema sobre consumo de álcool, tabaco e drogas.
e queria realmen-                                                                                 não tínhamos um         Achou-se benéfico visitar as instalações da Comunidade Terapêutica
te aprender uma                                                                                   bom      relaciona-   de Avanca e contactar com toxicodependentes a fim de eles partilharem
profissão onde me                                                                                 mento e não era       as suas experiências de vida, com particular destaque para o momento
pudesse realizar e                                                                                possível estabele-    em que tiveram o primeiro contacto com as substâncias e as consequên-
ajudar os meus                                                                                    cer uma conversa      cias que trouxe para as suas vidas. A reunião foi bastante enriquecedora
pais. Felizmente                                                                                  entre pai/filho.      uma vez que sensibilizou os formandos para a rapidez com que se fica
adaptei -me bem                                                                                      Minha mãe já       agarrado ao consumo das drogas e a estreita ligação com o mundo do
ao serviço. O pa-                                                                                 não tinha forças      crime.
trão gostou do                                                                                    para lidar com          Aprendeu-se que é muito fácil alguém entrar no mundo das drogas
meu trabalho. E,                                                                                  esta minha situa-     sem se aperceber das graves e nefastas consequências, mas muito difícil,
por isso, passado meio ano, colocou-   cer a minha frustração , Todavia ,      ção. Estava mais destruída do que        ou quase impossível delas se sair.
me a armador de ferro de segunda,      quanto mais consumia, mais neces-       eu. No fim do meu tratamento a             Os formandos e formadores agradecem a disponibilidade com que nos
onde também desempenhei razoa-         sidade tinha de usar . Emprego não      minha mãe, meus 3 irmãos e eu fi-        receberam.”
velmente esse trabalho. Passado um     tinha, dinheiro acabara e as ressacas   zemos uma reunião com o meu pai
ano o patrão, dado o bom desempe-      começaram a apoderar-se de mim.         para ultrapassarmos os nossos pro-
nho no meu trabalho, aumentou-me
o ordenado e passou-me a armador
                                          Costuma dizer-se que “a esperan-
                                       ça é a última coisa a morrer “ Todas
                                                                               blemas e passarmos a viver como
                                                                               uma família. A partir daí as coisas                  CONVÍVIOS
de primeira. Assim consegui alcan-     as minhas tentativas era arranjar       mudaram, já começamos a dialogar,
çar o meu objetivo.
   Mas, infelizmente, nessa altura,
                                       dinheiro onde quer que fosse para
                                       consumir. O meu pai acabou por
                                                                               a entendermo-nos e hoje já tenho um
                                                                               bom relacionamento com o meu pai
                                                                                                                                  RUMO AO FUTURO
influenciado por alguns compa-         me abandonar. A minha devassidão        que já me aceita e confia em mim.
nheiros de trabalho e também já na     aumentava cada vez mais. Comecei           Alcancei já algumas metas no
                                                                                                                          CONVÍVIOS PARA JOVENS
posse de dinheiro, acabei por me       a pensar que o melhor seria tratar-     meu tratamento: fiz o nono ano,
                                                                                                                          Nos dias 28,29 e 30 de Julho de 2011
envolver em drogas pesadas O mal       me para sair da miséria em que ca-      tirei a carta de condução, comprei
                                                                                                                          1556 – Em Maputo, Lourenço Marques para jovens de Moçambique.
foi ter experimentado!...Nunca mais    íra e que dia a dia aumentava. Foi      um carro e continuo a trabalhar na
fui o mesmo Igor!... Durante meses     então que um amigo me sugeriu a         mesma firma sempre no desejo de
                                                                                                                          Nos dias 4,5 e 6 de Agosto de 2011
consegui conciliar o consumo diário    hipótese de ir tratar-me para uma       ir mais longe.
                                                                                                                          1557 – Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto.
com o trabalho e manter um cer-        comunidade terapêutica. Depois de          Tudo é possível na nossa vida,
to equilíbrio, mas, com o andar do     algumas dúvidas, acabei por dizer       quando nós queremos!...
                                                                                                                          CONVÍVIOS PARA CASAIS
tempo, tudo começou a piorar.          que estava interessado. Como ele já
                                                                                                                              Nos dias 11,12 e 13 de Agosto de 2011
   Aos 20 anos, surgiu-me uma pro-     lá se havia tratado da mesma doen-
                                                                                                     IGOR ALVES               38 – Em Eirol, Aveiro, para Casais da Diocese do Porto.
posta de trabalho para os Açores       ça, falou com os responsáveis, que
2                                                                                   Jovens em Alerta                                                                   Maio/junho 2011


                                    Santarém                                                                                     Moçambique
                            feSta dioceSana                                                                             um diácono naScido
   No fim-de-semana de 28 e 29 de Maio, a          me mergulhar neste silêncio e agradecer o                                     doS convivaS
diocese de Santarém dinamizou a Festa Dio-         colorido da minha vida, agradecer esta mão
cesana, onde puderam participar, nas várias        que segura, esta voz que me chama a servir,        Novos servidores da Igreja e da sociedade      É realmente uma grande satisfação para os
actividades, os diversos grupos e paróquias        agradecer a confiança e o amor. Senti nes-       em geral (presbíteros e diáconos) foram or-    convivas moçambicanos, pois acreditamos
da diocese.                                        ta Eucaristia o que tenho sentido durante        denados no dia 4 de Junho do presente ano      que, com a ordenação diaconal do conviva
          A noite de Sábado, foi preenchida        o meu caminhar. Senti que é cada vez mais        na Sé Catedral em Maputo. A ordenação foi      Francisco, o movimento poderá dar passos ou
por concertos, por uma Vigília de Oração,          fácil confiar no Senhor, não ter medo, dei-      presidida pelo arcebispo da Arquidiocese       caminhar com firmeza. Caminhar com firme-
e, ainda que, a Eucaristia presidida pelo Se-      xar-me guiar pela Sua mão sem a largar e         de Maputo.                                     za porque passamos a contar, desde já, com
nhor Bispo D. Manuel Pelino, na Igreja do          que, mesmo nas vezes em que a largo, em            A ordenação foi um motivo de grande ale-     um director espiritual nascido e educado no
Milagre, com animação do Movimento dos             que hesito como hesitou Tomé, Ele ampara         gria para os convivas, pois um dos ordena-     seio do movimento. Um director espiritual
Convívios Fraternos da diocese. Além do            as minhas quedas e que mesmo nos dias de         dos era o jovem conviva de nome Francisco      que se tornou diácono e que se tornará (acre-
ritmo, o grupo, conferiu alguma cor ao es-         escuridão, Ele é “Lux Mundi”, como can-          Valente Fumo, que participara do primeiro      ditamos) sacerdote no seio do movimento.
paço possibilitando uma Eucaristia alegre e        támos. São momentos como estes, de ver-          Convívio Fraterno realizado em Moçambi-          Ao conviva Francisco, digo Diácono Fran-
cheia de vida.                                     dadeira comunhão e amor com esta grande          que-Maputo em Janeiro de 2002.                 cisco, nós convivas esperamos que exerça a
   “-Vejo-te sentado nesse banco de Igreja.        família dos Convívios Fraternos a celebrar
Sente o Meu sopro ao teu ouvido”. No mo-           Cristo Ressuscitado e vivo nas nossas amiza-
mento de pós-comunhão, o Senhor apre-              des, que tornam o caminhar mais firme e a fé
sentou-se-nos assim. A chamar cada um de           mais acesa. É neste servir que sinto a alegria
nós como chamou Samuel. E nós, tivemos a           do “Sim” e é com um grande sorriso que lhe
coragem de responder como Samuel, “fala,           correspondo, com cada vez mais certeza des-
Senhor, que teu servo escuta”?                     ta imensidão do amor que vem do Alto.
   “Visita-Me, procura-Me no silêncio do teu
quarto, no silêncio do teu coração”!... Senti-            Liliana Nabais, Diocese de Santarém




                                       Algarve
     em plenaS feStaS carnavaleScaS
                         à procura de deuS
  Nos dias 5, 6 e 7 de Março realizou-se o         tava as suas reticências algumas reservas que
Convívio-Fraterno nº1155 na Casa de Retiros        se misturavam com a curiosidade, mas a cada
de S. Lourenço do Palmeiral - Algarve. Eram        momento foram deixando-se conduzir e como          O conviva Francisco ordenou-se diáco-        sua missão diaconal com muito amor e con-
dias que convidavam às festas carnavalescas        o barro nas mãos do oleiro, deixaram que         no, colocando-se, deste modo, ao serviço       fiante em Deus. Esperamos ansiosamente
mas 23 jovens oriundos de várias paróquias         Deus “pegasse” em cada um e os moldasse.         dos pobres da Igreja e também ao serviço       que dentro de algum tempo assistamos a
da nossa diocese, decidiram utilizar estes dias    No final destes 3 dias partiram com a certeza    da pregação. Contudo, ele desde a realiza-     sua ordenação prebiteral, que é o segundo
para fazer uma paragem nas suas vidas apro-        de querer ir pelo mundo mostrar a sua heran-     ção do seu convívio em 2002 e ao longo da      degrau da ordem diaconal.
                                                                                                    sua formação, soube colocar-se ao serviço
                                                                                                    tanto dos irmãos, bem como do anúncio da                        Maputo, 8 de Junho de 2011
                                                                                                    palavra de Deus, sobretudo através do seu                                   Conviva Isaías
                                                                                                    exemplo e nos Convívios-Fraternos.




                                                                                                                Só JeSuS na eucariStia
                                                                                                              pode conduzir-noS ao amor.
                                                                                                       Numa manhã frigidíssima do dia 28 de           Foi então que um outro jovem nos fez lem-
                                                                                                    Maio do ano em curso, cerca de cem jovens      brar que a eucaristia é AMOR e que quem dela
                                                                                                    convivas viajaram para Manhica (Paróquia       participa se compromete a viver o amor e do
                                                                                                    de São Miguel de Arcanjo) a fim de realizar    amor. Assim, os convivas reacendiam o seu
                                                                                                    o Convívio Animação do ano. Embora frio,       compromisso de espalhar ou semear o amor no
                                                                                                    o calor humano era intenso, os jovens can-     sentido de doação, pois como diz São Agosti-
                                                                                                    tavam alegremente e tocavam instrumento        nho: “Ama e depois faz tudo o que quiseres”.
                                                                                                    musical, no concreto o batuque.                   As palavras de S. Agostinho fizeram eco
                                                                                                       Foi um dia que constituiu uma paragem       em mim e em todos outros convivas pois,
                                                                                                    na vida de muitos, particularmente quando      quem de fato ama, todas as suas acções as-
                                                                                                    um jovem, durante o debate em torno da vi-     sentam no amor. Para que a amor reine hoje e
                        Convívio Fraterno 1155 da Diocese do Algarve                                vência eucarística, disse que nós os Homens,   sempre no coração dos convivas, é necessá-
                                                                                                    convivas em particular, precisamos de um       rio que tenhamos sempre o alimento espiri-
veitando para olhar para o seu interior, para a    ça, fazendo com que a sua luz pequenina faça     alimento divino. Ele acrescentou, ainda, que   tual; a comunhão.
sua vida, para a sua relação com Deus , e no fi-   a diferença por onde passarem.                   tal nutrição podia encontrar-se no seio dos
nal deste Convívio- Fraterno também fizeram                                                         convivas, mas em particular na celebração                      Maputo, 30 de Maio de 2011
                                                       P`la Equipa dos Convívios-Fraternos do
uma grande festa. De início, cada um apresen-                                         Algarve       eucarística.
                                                                                                                                                                                Conviva Isaías
Maio/junho 2011                                                                           Jovens em Alerta                                                                                                  3


                                                                       Porto                                                                                    ATÉ BREVE
                                                       PENTECOSTES EM EIROL
   “…Estando fechadas as portas da casa onde os
                                                                                                                                                                 AMIGO
discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus,
veio Jesus pôr-Se ao meio deles e disse-lhes: «A paz
esteja convosco»” (jo20,19)
   Foi neste ambiente pascal que se iniciou o
37º convívio de casais. Na bagagem também
trariam alguns “medos”:… os filhos e demais
familiares que deixaram em casa…, o empre-
go ou, pior, o desemprego que enfrentavam…,
as dificuldades económicas…, os diálogos que
entre os dois evitavam, para não se chatearem
ainda mais…; outras tantas coisas que reque-
riam que se fizesse a “Passagem”. Mas O Se-                                                                                                                       O Manuel Ferreira Reis faleceu no dia
nhor surpreendeu-lhes ao Se fazer presente…                                                                                                                    15 de Maio de 2011, com 81 anos de ida-
Foi num cântico?... Ou num testemunho?... Ou                                                                                                                   de, e pertencia ao núcleo de Convivas de
numa oração?… Fez-Se-lhes presente no inti-                                                                                                                    Madaíl, Zona Pastoral Sul da Diocese do
mo do coração, certamente, para que depois                                                                                                                     Porto. Participou no 15º. Convívio Frater-
fosse dom de entrega de um ao outro.                                                                                                                           no para casais nos dias 1 a 3 de Dezem-
   Depois foi tempo dos 18 casais e uma senho-                              37º Convívio Fraterno de Casais da Diocese do Porto
                                                                                                                                                               bro de 2000. É com tristeza e pesar que
ra, que pela primeira vez viveram o convívio                                                                                                                   vimos partir mais um conviva, mas com
nesta dimensão receberem a Paz que Jesus                nossa própria língua. Atónitos ou maravilha-       tudo na nossa casa.
                                                                                                                                                               a esperança de que agora se encontra no
lhes trouxe. Mas a promessa de que enviaria             dos…, todos percebemos que tudo em Eirol foi         E depois em reencontrar de novo para a
                                                                                                                                                               grande e eterno Convívio do Pai.
O Espírito Santo, também se cumpriu. Pois na            obra do Espírito Santo.                            partilha… E essa já ficou com data marcada,
festa de encerramento que decorreu no salão               Agora é o tempo da missão, o “4º Dia”…           24 de Julho.
                                                                                                                                                                 Em homenagem de saudade:
paroquial Mosteirô, todos os ouvimos falar na           Tempo da Igreja… ser mais e melhor,… sobre-                             A equipa coordenadora.

                                                                                                                                                                 Grande conviva e amigo
                                                                                                                                                                 Deus Chamou-te e te levou
          OUSAMOS RECONSTRUIR “A CAMINHADA                                                                                                                       Partiste p’ra vida eterna
                                                                                                                                                                 A tua hora chegou.

                DOLOROSA DE CRISTO”                                                                                                                              Eras conviva fraterno
                                                                                                                                                                 E como gostavas de ser
  “Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias          vas Pró– Futuro, com a colaboração dos vários      e penitência, deve ser, especialmente, tempo
                                                                                                                                                                 És sempre nosso conviva
(um longo tempo) antes de enfrentar as tenta-           núcleos convivas da diocese Porto – Sul.           de alegria, já que a cada dia que passa estamos
                                                                                                                                                                 Mesmo depois de morrer.
ções do demónio no deserto e ensinou-nos a                Á medida que o grupo ia avançando, pude          mais perto do dia da glória do Senhor!
vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma             sentir no meu espírito, toda a alegria que vem        Terminámos a nossa jornada com a procla-
                                                                                                                                                                 Tu não morreste, partiste
forma, a Igreja quer ensinar-nos como vencer            da renúncia, “… no menor esforço de renúncia       mação da Ressurreição de Jesus, na celebração
                                                                                                                                                                 Cumpriste a tua missão
as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.”           reside uma imensa força de libertação.” Era sá-    da Eucaristia. Qual banquete Pascal!, essa gran-
                                                                                                                                                                 Continuarás sempre vivo
  De facto, a Quaresma apresenta-se-nos como            bado à noite. Muitos eram os apelos do Mundo       de graça que Jesus nos legou, como lembrança
                                                                                                                                                                 Dentro do nosso coração.
um tempo de expiação, de aperfeiçoamento                – discotecas, cinema, teatro, jantares, festas…,   e actualização do seu Sacrifício único e sinal do
pessoal, uma caminhada de renovação que                 mas ali estávamos, reunidos em família cristã,     que Ele nos prometeu antes de voltar para o
                                                                                                                                                                 Foste sempre um grande amigo
temos a graça de poder reviver em cada novo             para prestar mais uma merecida homenagem           Pai, “Ficarei convosco até ao fim dos tempos.”
                                                                                                                                                                 Cumpridor do teu dever
ano litúrgico. Muitas são as práticas que a nos-        Àquele que não se cansa de nos ensinar a amar.        De realçar ainda, o inesquecível momento de
                                                                                                                                                                 Os Convivas de Madaíl
sa Mãe Igreja nos indica para melhor viver-             E como é linda a nossa família reunida! Numa       partilha, totalmente espontâneo – e talvez tão
                                                                                                                                                                 Jamais te vão esquecer.
mos este tempo de preparação para a Páscoa.             solenidade respeitosa, na alegria serena da paz    mais reconfortante por isso – que se improvisou
Destaco a Confissão, a penitência, as pequenas          interior, ousamos reconstituir os passos de Je-    nas imediações da Igreja de Fornos. Com a leve-
                                                                                                                                                                 Fica em nós a saudade
mortificações simbolizadas no jejum semanal             sus, estação após estação.                         za da convivência em família, foram-se trocan-
                                                                                                                                                                 De tudo que se viveu
das sextas-feiras e a meditação nos mistérios da          Foi grande o esforço de todos os envolvidos,     do impressões sobre a noite vivida, petiscando
                                                                                                                                                                 Paz eterna à tua alma
Paixão de Cristo – a Via-Sacra.                         mas o cansaço, o peso da responsabilidade          aqui e ali, revendo velhos amigos, descobrindo
                                                                                                                                                                 Junto de Deus, lá no céu.
  Com esse intuito, voltámos a viver em Fornos,         e os pequenos sacrifícios de cada um, foram        nos desconhecidos a alegria de mais um irmão.
no passado sábado dia 2 de Abril, mais uma Via-         suplantados pela alegria do Amor partilhado.
                                                                                                                                     Filipa Pinto, CF 1090.      O nosso adeus, até breve
Sacra organizada pelo Grupo de Jovens Convi-            Pois embora a Quaresma seja tempo de oração
                                                                                                                                                                 E esta certeza nós temos
                                                                                                                                                                 Um dia junto de Deus
                                                                                                                                                                 Todos nos encontraremos.
                    CONVÍVIO-ANIMAÇÃO DIOCESANO                                                                                                                             (Autora: Dioguina Pinho)
   Porque não há melhor forma de iniciar as
férias do que celebrarmos Convívio uns com
                                                                                                                                                                  A Família conviva, de uma forma
os outros, cerca de 150 jovens e casais convivas
                                                                                                                                                               muito especial o Núcleo de Convivas
estiveram reunidos no dia 3 de Julho no parque
                                                                                                                                                               de Madaíl e todos os que participaram
do Buçaquinho em Cortegaça no Encerramen-
                                                                                                                                                               no mesmo Convívio, endereça as sen-
to de Actividades 2011.
                                                                                                                                                               tidas condolências à família enlutada e
   Entre jogos, actividades, teatros e muita
                                                                                                                                                               aos seus amigos mais próximos. À Ali-
animação, fomos percorrendo todo o mundo,
                                                          Antes da partida, envolvidos pela simpli-        que dissemos: “Dar-Te a mão e irmos por aí…         ce em especial continuamos a contar
numa aldeia global onde cada “país”. Foi um
                                                        cidade da natureza e com o coração repleto         Falar de Ti a toda a gente”. É a nossa missão e a   com a sua presença amiga junto desta
sorriso amigo, companheiro, alegre… Neste
                                                        de paz, celebramos a Eucaristia, a verdadeira      nossa grande herança conviva. Pois a verdadei-      grande Família.
ambiente descontraído e animado foi surgindo
o desafio para estas férias que agora começam e         “festa do envio”. Jesus acedeu ao nosso pedido     ra “mão de Jesus” é a mão que estendemos aos                Núcleo de Convivas de Madaí
que deu mote ao encontro: “Vai p’lo mundo…              – “gostava de Te poder ter aqui…” – e fez-Se       outros. Assim, “nesta terra brotará nova Espe-
Sê conviva do amor”. Pois só semeando amor              presente no pão repartido, no olhar de quem        rança”… brotará Amor.
por onde passamos é possível fazer sorrir tan-          estava ao nosso lado, na mão que se uniu à nos-
tos e tantos corações que sofrem.                       sa… Vamos agora levá-Lo cumprindo aquilo                            Equipa de Animação Pastoral
4                                                                                   Jovens em Alerta                                                                      Maio/junho 2011


                                                                                     Bragança
“enraizadoS e edificadoS em criSto, firmeS na fÉ”                                                                             unidoS para agradecer
  A vida do ser humano e em es-           O local escolhido foi a bonita ci-    Juventude, não poderíamos deixar
pecial dos jovens, precisa de raízes    dade de Mirandela e foi grande a        de focar este encontro de união en-         Foi no dia 14 de Maio que os fi-    panhando assim as celebrações
fundas e de alicerces fortes. Só as-    alegria de nos sentirmos Igreja, que    tre jovens do mundo inteiro, que         nalistas da cidade de Bragança se      que decorriam no Santuário de
sim, haverá a estabilidade e a paz      celebramos com esta comunidade          dá vida e força à Igreja. Estiveram      uniram para festejar aquela que é      Nossa Senhora de Fátima na Cova
para acontecer um crescimento fir-      um dia de tão profundo significado.     pois, presentes na nossa oração,         a sua Eucaristia e nós como con-       da Iria.
mado no essencial.                      O dia iniciou com uma caminhada         os jovens dos cinco continentes e a      vivas que somos reunimos forças           Participar, com os finalistas, e
  Tal como tem vindo a acontecer        de oração, na qual várias paragens,     jornada Mundial da Juventude em          para tornar esta celebração ainda      acompanhá-los nesta caminhada
há 9 anos, Domingo de Ramos,            serviram para meditar no essencial      Madrid.                                  mais especial. Sendo assim, orga-      de fé, foi para nós convivas uma
foi para um grupo de cerca de 150       que fica escondido pela correria           À tarde, o desporto, a união, a       nizamos vários ensaios durante a       experiência emocionante e grati-
Convivas da Diocese de Bragança-        dos dias. Falou-se (e escutou-se)       partilha de emoções, de juventude,       semana para que tudo fosse per-        ficante, pois ao nosso jeito meio
                                                                                                                         feito, contamos com a presença         “desajeitado” testemunhamos a
                                                                                                                         de algumas alunas finalistas que       presença de Maria, mãe da hu-
                                                                                                                         rapidamente se disponibilizaram        manidade, na vida de cada um
                                                                                                                         para fazer parte do coro e apren-      de nós. E nesta noite iluminada e
                                                                                                                         der connosco todas as músicas que      ao som de cânticos e das palavras
                                                                                                                         tanto caracterizam o nosso grupo       emocionadas dos estudantes, agra-
                                                                                                                         de jovens. Com toda a energia          decemos à Mãe todas as graças
                                                                                                                         iluminamos do início ao fim toda       concedidas, louvamo-la e a Ela nos
                                                                                                                         a celebração. A Eucaristia teve        consagramos com amor e pedimos
                                                                                                                         lugar na Catedral que nesse dia        a sua protecção e orientação para a
                                                                                                                         ainda estava mais radiosa do que       nossa vida.
                                                                                                                         habitualmente, repleta de familia-        Poder contribuir para uma ca-
                                                                                                                         res orgulhosos e de uma multidão       minhada mais completa foi um
                                                                                                                         que contemplava com curiosidade        orgulho para todos nós, já que
                                                                                                                         todo aquele espectáculo de fé que      pudemos mais uma vez celebrar
                                                                                                                         envolvia cada um dos nossos co-        Jesus Cristo, tendo Maria como
                                                                                                                         rações.                                exemplo, na companhia de todos
Miranda, dia de reflexão profunda,      Jesus, a Fonte inesgotável, falou-se    de energia. E no final do dia, o envio      “Enraizados e Edificados em         aqueles finalistas que terminaram
na mensagem que o Papa Bento XVI        de raízes e de alicerces, pensou-se     e o compromisso de enraizar e edi-       Cristo, firmes na fé” foi o tema que   um percurso marcante da sua vida.
propôs para este ano de Jornada         na Pedra Angular rejeitada pelos        ficar a vida em Jesus. Bento XVI, faz    acompanhou toda a celebração já        Levar a todo o mundo sentimentos
Mundial: “Enraizados e edificados       construtores, ouviu-se a historio de    um apelo muito claro: “Na era da         que também foi o tema proposto         de amor, paz e união e continuar a
em Cristo Firmes na Fé”. E que re-      uns óculos que demasiadas vezes         globalização, sede testemunhas da        pelo nosso querido Papa para as        elevar o nome de Deus nosso Pai, é
flexão maravilhosa se poderá fazer      colocamos e que distorcem o mun-        esperança cristã em todo o mundo:        Jornadas Mundiais da Juventude         a missão de cada um de nós.
de palavras aparentemente tão sim-      do que vemos, escutaram-se, com         são muitos os que desejam receber        que se irão realizar em Madrid,           Espero que caminhando sempre
ples, mas tão cheias de sentido! Este   comoção, palavras de João Paulo II,     esta esperança!” É esta esperança        nas quais vão participar um núme-      de mão dada com o nosso Amigui-
dia de Ramos, de aclamação a Jesus      o Beato que amou os jovens e que        que queremos ser e construir. Por        ro considerável de convivas desta      nho, estes jovens possam percorrer
de Nazaré, de palmas e ramos, de        permanece como caminho de san-          isso, e porque não nascemos para         diocese. O tema foi também reflec-     um caminho recheado de sucessos
festa e de alegria, tem a particula-    tidade a seguir. Depois, a Grande       o vazio, pedimos ao Espírito Santo       tido durante a recitação do terço e    e alegrias.
ridade de ser também dia Mundial        Festa da Eucaristia na Paróquia de      que ilumine os nossos passos e que       procissão das velas dos finalistas,
                                                                                                                                                                                    Ana Saldanha
dos jovens. Esses jovens que preci-     N. Senhora da Encarnação. Festa         nos dê a força e a audácia necessá-      realizado na noite anterior, preci-
sam de enraizar profundamente as        que dá sentido à nossa caminhada        rias para sermos sempre firmes na        samente no dia 13 de Maio, acom-                                 CF 1148
suas vidas em Jesus Cristo. Esses       e que nos compromete para uma           fé.
jovens que sentem em si uma ânsia       vida ao jeito de Jesus.
de uma “vida maior”.                       Em ano de Jornada Mundial da                           Fabíola Mourinho




                                                   Paris                                                                           roSaS a maria
              retiro de formacÃo e oracÃo                                                                                     De portas abertas para o mês de Maria, assumimos uma atitude
             doS convivaS fraternoS de pariS                                                                               de adoração perante a nossa Mãe do Céu que nos acolhe no seu
                                                                                                                           leito. Assim, em alguns dias do mês de Maio, os jovens dos con-
                                                                                                                           vívios fraternos da cidade de Bragança ofereceram um ramo de
  Nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro,    com os novos convivas; a equipa de      apóstolos dos jovens. O ser Conviva,
                                                                                                                           rosas à Mulher do “Sim” em diversas Paróquias da cidade onde
o movimento dos Convívios Frater-       apoio à equipa coordenadora e a         em primeiro lugar, é ser cristão.
                                                                                                                           estamos integrados. Stos. Mártires, S. Bento e S. Tiago. Esta foi o
nos de Paris realizou um retiro de      equipa de apoio exterior que tenta-       Pedimos aos convivas das várias
                                                                                                                           caminho numa entrega de humildade à nossa Mãe. É com Ela que
formação e oração com o objectivo       rá mobilizar todos os convivas que      regiões de Portugal, se tiverem um
                                                                                                                           aprendemos a valorizar o silêncio e a humildade numa troca de
de formar uma equipa coordenado-        já fizeram o Convívio Fraterno. Esta    familiar ou um amigo emigrante a
                                                                                                                           olhares meigos, onde nos oferece o seu filho, Jesus.
ra unida e coesa, tendo em vista o      equipa também terá um papel im-         viver na região de Paris, que possa
acompanhamento dos novos convi-         portante, porque muitas vezes ape-      viver a experiência dos Convívios
                                                                                                                              Aproximamo-nos das Jornadas Mundiais da Juventude a rea-
vas, em especial aqueles a quem fo-     nas valorizamos os novos convivas       Fraternos, deverá contactar o se-
                                                                                                                           lizar em Madrid e, como tal, é importante dar o testemunho de
rem confiados, até pelo menos ao fim    e esquecemo-nos das centenas de         guinte mail: convivios.paris@gmail.
                                                                                                                           uma vida onde o sentido é Jesus Cristo. Maria não só intervém
do seu compromisso; também para         Convivas que já viveram esta expe-      com
                                                                                                                           eficazmente pela nossa salvação, mas procura torná-la mais fácil;
“enriquecer” os jovens que apoiam,      riência.                                  Vários Convivas de Paris estão já
                                                                                                                           cobre de flores, sob os pés, o áspero caminho da virtude.
de uma forma diferente no exterior e         Informa-se que, nos dias 28, 29    preparados para viver as JMJ 2011,
que são uma mais-valia para o con-      e 30 de Outubro, vai realizar-se um     em MADRID, onde se encontrarão
vívio.                                  Convívio Fraterno em Paris, na Casa     com a sua Santidade o Papa BENTO
                                                                                                                                                                      Nádia Mofreita, CF 1119.
  No retiro participaram 27 jovens,     de Retiros da Missão Católica Polaca.   XVI. A nossa partida será de Viana
os quais irão formar três equipas       Espera-se que esta experiência de ser   Do Castelo.
durante o convívio: a equipa coorde-    Conviva, uma missão que nos é con-
nadora, que trabalhará directamente     fiada, dê bons frutos, tornando-nos                        Patrick Marques
Maio/junho 2011                                                                                                                                                                                                 3

                              BOAS FÉRIAS                                                                                             DA SANTIDADE
   É com estes votos amigos que, quando inter-         tumes, para recuperar o que julgam ter perdido          Sempre me custou entender a história dos           concreto, comprometendo-nos à ação a cada
rompemos ao fim dum ano o trabalho normal              em prazer, em vícios, para se libertarem de seus     Santos. Lembro-me que quando era pequenita,           instante.
em que nos realizamos as forças, se despedem           deveres familiares, religiosos e morais!...          uma das coisas que mais confusão me causava              O mundo precisa de santos! Não de santi-
de nós aqueles que connosco normalmente                   E então, fazem férias em todas as dimensões       eram as palavras do Padre da minha Paróquia           nhos...Os santos agem, constroem e edificam.
compartilham a mesma missão.                           da sua vida: profissional, moral, religiosa e cul-   sempre que apelava para que as pessoas tri-           São gente de coragem que vão para o mundo
   É uma necessidade física e psicológica esta         tural, etc.                                          lhassem o caminho da Santidade. Com olhos             de olhar levantado e anunciam com alegria o
interrupção dos trabalhos normais a que nos               Transformam o mês mais rico do seu ano, em        curiosos e confusos, eu olhava os Santos dos al-      Cristo que lhes inspira os passos. Os santinhos
dedicamos durante o ano para destruirmos o             tempo de ociosidade física quando não de des-        tares e pensava para comigo mesma que eu não          falam muito e dedicam-se a encontrar argueiros
“stress” e recuperarmos as forças físicas e mo-        truição física e moral.                              queria aquilo para mim. Viver uma vida difícil        nos olhos dos outros enquanto, paradoxalmen-
rais.                                                     Nada mais errado!...                              e cinzenta e depois ser imortalizada numa figu-       te sofrem de uma cegueira doentia que os im-
   Por isso as férias não são um privilégio ou            Isso não quer dizer que não façamos nas           ra de barro ou de madeira, colocada num cimo          pede de verem a trave do próprio olho. Vivem
um favor, mas um bem adquirido e uma ne-               férias aquilo de que gostamos − desporto, via-       de um altar, estática e sem vida? Onde iria eu        num mundo só deles e falam de Cristo como
cessidade que beneficia não só quem executa            gens, etc. − e que durante o ano não temos pos-      encontrar o entusiasmo para tal loucura? Sabia        se de um pesado fardo se tratasse... Talvez por
um trabalho como quem dele economicamente              sibilidade de concretizar por falta de tempo.        que essas pessoas tinham, de facto, vidas exem-       existirem ainda muitos santinhos, seja difícil
beneficia.                                                Mas é necessário que elas sejam um tempo          plares de coragem e de entrega mas durante            explicar a um adolescente de hoje, que a maior
   Devem ser um tempo propício ao descanso             útil para vivermos uma vida sadia e agradável.       muito tempo vivi na certeza de que a santida-         aventura de sempre é esta do amor. Oxalá as
físico mas também um tempo privilegiado para              Referimo-nos apenas aquele tempo de férias        de, era só para gente deslocada do mundo e            palavras do Papa João Paulo II, um dos maiores
crescermos cultural, religiosa e moralmente,           desperdiçado, perdido por tantos jovens que,         com um código genético já preparado para tão          santos do nosso tempo, que pediu aos jovens
para sermos nós próprios, para fazermos aqui-          em vez de nelas crescerem como homens física,        nobre missão.                                         para não terem medo de serem santos, fizessem
lo que sempre gostamos de fazer, para sermos           cultural e moralmente, tantas vezes nelas des-          Até ao dia em que percebi com algum es-            eco e se tornassem fecundas...oxalá que sim...E
pessoas                                                troem tudo aquilo que nestes sectores construí-      panto, que a santidade é para todos. Até para         oxalá a coragem da Madre Teresa de Calcutá,
   Todavia muitos jovens, têm ideia errada do          ram durante um ano.                                  mim.                                                  que apesar de não ter sido ainda considerada
que deve ser este tempo de férias.                        A ti, jovem amigo, jovem conviva, desejo-te          A santidade é muito mais que uma compe-            santa, o foi com toda a certeza, oxalá essa cora-
   Para muitos as férias não passam dum tempo          “Boas Férias”.                                       tição cujo prémio é um lugar no altar de uma          gem, nos entusiasme, se não a fazer o mesmo,
para gozar e vida sem freios, sem leis, sem cos-                                                            qualquer Igreja. A santidade é o grande desafio       pelo menos a tentar olhar o outro (qualquer ou-
                                                                                          João Manuel       da vida humana. É o querer ser sempre mais            tro) com o mesmo amor e ternura com que ela
                                                                                                            e melhor na luta diária que se trava contra as        ousou olhar.
                                                                                                            asperezas do caminho. Passa pela entrega aos             A santidade nasce desta ousadia de olhar
       DA VIDA DA GRAÇA,                                                                                    outros, pela renúncia ao egoísmo e pela ine-
                                                                                                            vitável fé, até no extremo da dificuldade e da
                                                                                                                                                                  mais longe e de confiar na grandeza de um
                                                                                                                                                                  Deus que nos quer santos por ser esse o cami-

    AO MUNDO “SODOMIZADO”                                                                                   tristeza. Ser-se Santo, exige uma escolha defini-
                                                                                                            tiva mas sempre nova e renovadora: a escolha
                                                                                                                                                                  nho. Não o fácil, não o largo, mas o único que
                                                                                                                                                                  dá sentido a cada passo.
                                                                                                            pelo amor. E este amor não é, ao contrário do
   Sempre que acolhemos a vida na sua pleni-           mesmo nada bom que o homem esteja só” (Gn                                                                                        Fabíola Mourinho CF 833
                                                                                                            que possa parecer a olhares desatentos, um
tude – alegrias, tristezas, fracassos, sucessos, vi-   2,18). Parece que Deus quer dizer que a solidão      ideal vago e poético...o amor é absolutamente                                               Bragança
tórias, derrotas, etc -, aceitamos a graça da vida.    do homem é a solidão de Deus. Assim sendo,
Não é resignação como tantas vezes ouvimos             este não é bom que o homem esteja só, poderá
murmurar: Foi Deus que assim quis ou o seu             ser visto como agraciamento de Deus. Então, a
destino já estava traçado, entre outras tantas         partir daqui, ficamos a saber que somos vistos
frases feitas, oriunda de uma certa religiosida-
de popular, que ao longo dos tempos (séculos)
                                                       e como somos vistos por Deus.
                                                          Na verdade alguém nos olha e não apenas                 MUDAR DE VIDA…
                                                                                                             INSPIRADOS EM JESUS CRISTO
marcou a personalidade do povo de Deus.                nos vê. Olha-nos de maneira diferente, enter-
   Desde o começo, a vida é uma estrada de li-         necedora, carinhosa; com olhar puro e gratuito.
berdade aberta por Deus, onde cada um de nós           Um olhar que nos embala e nos faz nascer do
transita e faz a sua viagem. O convite de Deus         novo agraciados pela graça da vida. O olhar
feito a Abraão: “Vai para o país que Eu te farei                                                              Vivemos num mundo em convulsão em                      Que respostas dão os baptizados às pergun-
                                                       agraciado, que por amor, Deus deleita em nós:
ver” (Gn 12,1), não se trata de uma viagem ou                                                               que a cada instante surgem incertezas e faltas        tas se são ou não praticantes, se acreditam ou
                                                       é o encontrar Graça aos olhos de Deus.
de uma deslocação, trata-se sobretudo, de uma                                                               de fé. A tão apregoada crise invade os nossos         não em Jesus, porque baptizam os seus filhos,
                                                          Por isso mesmo, já não posso viver fechado
viagem dentro de si mesmo, dentro da sua                                                                    espíritos, esvazia as nossas carteiras, acorrenta     porque casam pela Igreja?
                                                       em mim, mas aberto de mim mesmo, para que
própria habitação. “Vai”, não significa só atra-                                                            os corações, provoca os medos e as conspira-             Que opiniões têm os cristãos sobre temas
                                                       o tu se possa conjugar num nós. Não posso
vessar a terra, mas mais do que isso, Deus quer                                                             ções. Vivemos num mundo perverso, onde nos            como o aborto, a fidelidade, a injustiça e a fome
                                                       viver fechado em mim mesmo, porque o fe-
que Abraão se atravesse a si mesmo, criando                                                                 entretemos entre a fúria da política, a luxúria       no mundo, a violência, a sexualidade, o acesso
                                                       chamento leva-me a possuir e a possuir-me, a
dentro do seu coração, um caminho de liberda-                                                               do futebol e a agonia dos valores essenciais da       privilegiado ou “por cunha” a lugares procura-
                                                       esconder-me e a agredir, tornando-me num co-
de. “Vai”, também não é o de ir para outra terra                                                            sociedade. Entretemo-nos com o supérfluo,             dos, o respeito pela dignidade humana, a soli-
                                                       ração duro e violento que não conhece a graça
para possuir, mas para a “ver” com o amor e                                                                 anestesiamos com a televisão e relativizamos          dariedade e a justiça social, a corrida aos arma-
                                                       ou o dom da graça.
com o olhar de Deus. Olhar como Deus e ver                                                                  tudo, esquecendo a igreja, renegando o baptis-        mentos, a guerra, a crise que nos afecta?
                                                          O homem que encontra o olhar de Deus e
como Deus.                                                                                                  mo em Jesus Cristo. Falamos do deus futebol e            Não será verdade que a experiência nos
                                                       experimenta a sua doçura, jamais pode deixar
   Porém, encontramos hoje como no passado,                                                                 raramente nos referimos ao Deus das Nossas            mostra a distância imensa entre a vida do quo-
                                                       de acolher e de ser acolhido; de acariciar e de
a tentação do homem possuir e de usar. Segun-                                                               Vidas.                                                tidiano e a Fé dos cristãos que, Domingo após
                                                       ser acariciado; de dar e de repartir; de amar
do Gn 19, as pessoas daquele tempo não respei-                                                                A presença da Igreja no Mundo deve ser              Domingo, vão à Eucaristia?
                                                       e de ser amado. A descoberta deste amor só é
tavam as pessoas e tratavam-nas como objectos                                                               um repositório de Fé, Esperança e Amor para              Não é verdade que, tantas vezes, mais que
                                                       possível quando nos “deixamos” amar primei-
para possuir, usar e deitar fora. Actualmente,                                                              cada ser humano em particular e para a hu-            participantes, conscientes e activos, os cristãos
                                                       ro por Deus (1J.4,19). Assim sendo, e uma vez
existem muitas pessoas que são tratadas como                                                                manidade em geral.                                    são, sobretudo, assistentes e espectadores, indi-
                                                       que o nosso amor é sempre uma resposta, logo,
coisas. A doçura do mundo, a doçura do Éden                                                                   Que coerência existe nos comportamentos             ferentes e alheados da realidade que se celebra
                                                       não somos nós que fazemos o amor, mas é o
ou do Paraíso foi vencida pelo mundo sodomi-                                                                dos cristãos que estão nas associações e nos          na Eucaristia?
                                                       amor que se faz em nós. No mesmo sentido,
zado (Sodoma). É um mundo em que as pesso-                                                                  lugares de responsabilidade?                             Como será que assumimos ao longo do
                                                       compreendemos que amor não é nosso: não é
as são objectos e contam só como objectos: Que                                                                Que empenhamento têm os cristãos, quando            “quarto dia” o compromisso assumido no nos-
                                                       meu nem teu, é-nos dado e se nos é dado, de
posso comprar , que posso possuir, que posso                                                                se trata de assumir necessárias responsabilida-       so convívio fraterno?
                                                       graça o recebemos, de Graça o devemos dar.
usar. Naturalmente, é o mundo da solidão, por-                                                              des sociais, políticas, associativas ou religiosas?      Temos de mudar de vida!
                                                       Por conseguinte, para amar o AMOR (Deus e
que diante de objectos não há comunicação, não                                                                Que sentido dão os cristãos à sua vida, no             Temos de ser coerentes com Jesus Cristo.
                                                       homem) não devemos fazer exigências, porque
há acolhimento, não há recepção, não há pala-                                                               seu local de trabalho, aos seus comportamen-              Temos de derrotar o “eu solitário e egocên-
                                                       a verdade do AMOR não tem outra exigência
vra dita nem palavra ouvida. Por isso a vida da                                                             tos, aos seus tempos livres?                          trico” para promover o “nós solidário teocên-
                                                       senão a da entrega e a do dom. Como no prin-
graça, torna-se vida desgraçada e a des(graça)                                                                Que testemunho se encontra naqueles que             trico, centrado em Jesus Cristo”. Assim vence-
                                                       cípio, para os cristãos, Deus continua a fazer o
do outro não me dá vida. Apenas há sentido de                                                               vão à Eucaristia todos os Domingos e que di-          remos a crise!
                                                       convite que dirigiu a Abraão: “Vai...”
posse, de violência, de solidão. Hoje como no                                                               ferenças entre estes e todos os outros, na lin-
começo faz sentido as palavras de Deus: “Não é                                                                                                                                                      António Silva
                                                                                 Carlos Costa Gomes         guagem, no estilo e nas opções de vida?
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Balada da União, Maio/Junho\'11

  • 1. ProPriedade: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460 PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 308 - Maio/JUnho 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o DA VIDA DA GRAÇA, AO MUNDO COMUNICADO DO CONSELHO UM DIÁCONO NASCIDO SODOMIZADO PERMANENTE DA CEP DOS CONVIVAS Sempre que acolhemos a vida na sua plenitude nas alegrias, A PROPÓSITO DO MOMENTO A ordenação foi um motivo de grande alegria para os con- tristezas, fracassos, sucessos, vitórias, derrotas, etc, aceita- vivas, pois um dos ordenados era jovem conviva de nome mos a graça da vida. PRESENTE DA SOCIEDADE Francisco Valente Fumo, que participara do primeiro Con- (Continua na pág. 2 BU PORTUGUESA vívio Fraterno realizado em Moçambique – Maputo em Este momento de crise pode levar-nos a todos a lançar os Janeiro de 2002. O conviva Francisco ordenou-se diácono, DA SANTIDADE dinamismos para a construção de uma sociedade mais fra- colocando-se, deste modo, ao serviço dos pobres da Igreja Sempre me custou entender a história dos santos. Lembro-me e também ao serviço da pregação. Contudo, ele desde a re- terna e solidária. A Igreja quer, não apenas pela sua palavra, que quando era pequenita, uma das coisas que mais confu- alização do seu convívio em 2002 e ao longo da sua forma- mas pelo seu compromisso na acção, ser a afirmação da es- são me causava, eram as palavras do pároco da minha terra ção, soube colocar-se ao serviço tanto dos irmãos, bem como perança. sempre que apelava para que as pessoas trilhassem o cami- (Continua na pág. 4 BU) do anúncio da palavra de Deus, sobretudo através do seu nho da Santidade!... exemplo e nos Convívios-Fraternos. (Continua na pág. 2 BU) (Continua na pág. 2 JA) TUDO É POSSIVEL NA NOSSA VIDA,QUANDO QUEREMOS BALADA DA UNIÃO Alcancei já algumas metas no meu tratamento: fiz o 9º ano, tirei a carta de condução, comprei um carro e continuo a Embora com dificuldades económicas derivadas essen- trabalhar sempre no desejo de ir mais longe. cialmente pela expedição do nosso jornal, vamos con- Tudo é possível na nossa vida, quando nós queremos!.. tinuar a garantir que bimestralmente ele chegue a casa (Continua na pág. 4 JA) de todos os convivas que o desejem receber. Apesar da generosidade dos convivas, mesmo assim A “FORÇA” DA PALAVRA tem sido difícil equilibrar as contas com a sua publi- cação e expedição deixando sempre todos os anos um Há palavras que não são mais que ruído. Mas há outras que se défice. ouvem baixinho ou no silêncio e que nem todos conseguem Para facilitar aos leitores que desejarem usar este meio ouvir e compreender. Aqui encontramos a Palavra de Deus, para satisfazer o pagamento da sua assinatura, segue uma palavra comunicada na intimidade. A vontade de a escu- neste número um impresso de vale de correio. tar depende do receptor, que sepredispõe a ouvi-la ou não. (Continua na pág. 3 BU) REUNIÃO DO CONSELHO BOAS FÉRIAS NACIONAL Por isso as férias não são um privilegio ou um favor, mas um bem adquirido e uma necessidade que beneficia não só DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS quem executa um trabalho, como quem dele economica- No dia 25 deste mês reuniu-se em Fátima, na Casa De Nossa mente beneficia. Senhora do Carmo , o Conselho Nacional do Movimento. Esti- veram presentes membros de 15 dioceses que apresentaram os convivas eleitos para fazerem parte do conselho , neste mandato de 3 anos, e que agora será homologado pela Conferencia Na- cional Portuguesa. Foram também propostas algumas altera- ções ao programa do XXXVIII Convívio Animação Nacional em MUDAR DE VIDA virtude de não ser possível utilizar o Anfiteatro do Centro Paulo VI. Também o Conselho, por unanimidade, visto que o Núcleo INSPIRADOS EM JESUS CRISTO Paroquial é a base do movimento, sentiu a necessidade e ur- A presença da Igreja no mundo deve ser um repositório de gência de criar nas paróquias das dioceses onde não existem Fé, Esperança e Amor para cada ser humano, em particular e Núcleos, para assim se alcançar os objectivos do movimento. para a humanidade em geral. (Continua na pág. 2,3,4 JA e 3 BU) (Continua na pág. 7 BU) O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO Os tempos livres sejam empregados, para descanso do espírito e saúde da alma e do corpo, ora com actividades e estudos livremente escolhidos, ora com viagens a outras regiões (turismo), com as quais se educa o espírito e os homens se enrique- cem com o conhecimento mútuo, ora também com exercícios e manifestações desportivas, que contribuem para manter o equilíbrio psíquico, mesmo na comunidade, e para estabelecer relações fraternas entre os homens de todas as condições e nações, ou de raças diversas. (GS 61) www.conviviosfraternos.com
  • 2. 2 Maio/junho 2011 VERDADE, ANúNCIO ACTA DA REUNIÃO E AUTENTICIDADE DE VIDA, DO SECRETARIADO NACIONAL NA ERA DIGITAL DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS Por ocasião do XLV Dia Mundial das Comu- nossa atenção é fragmentada e absorvida por nicações Sociais, desejo partilhar algumas refle- um mundo «diferente» daquele onde vivemos? xões, motivadas por um fenómeno característi- Temos tempo para reflectir criticamente sobre co do nosso tempo: a difusão da comunicação as nossas opções e alimentar relações humanas através da rede internet. Vai-se tornando cada que sejam verdadeiramente profundas e du- vez mais comum a convicção de que, tal como radouras? É importante nunca esquecer que o a revolução industrial produziu uma mudança contacto virtual não pode nem deve substituir profunda na sociedade através das novidades o contacto humano directo com as pessoas, em inseridas no ciclo de produção e na vida dos todos os níveis da nossa vida. trabalhadores, também hoje a profunda trans- Também na era digital, cada um vê-se con- formação operada no campo das comunicações frontado com a necessidade de ser pessoa au- guia o fluxo de grandes mudanças culturais e têntica e reflexiva. Aliás, as dinâmicas próprias sociais. As novas tecnologias estão a mudar não dos social network mostram que uma pessoa só o modo de comunicar, mas a própria comu- acaba sempre envolvida naquilo que comu- nicação em si mesma, podendo-se afirmar que nica. Quando as pessoas trocam informações, estamos perante uma ampla transformação cul- estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão De acordo com o determinado na reunião Bragança com a participação de todas as tural. Com este modo de difundir informações e do mundo, as suas esperanças, os seus ideais. do Secretariado Nacional dos Convívios- dioceses que desejarem estar presentes. conhecimentos, está a nascer uma nova maneira Segue-se daqui que existe um estilo cristão de Fraternos em 22 de Janeiro de 2011 e para Todos os outros actos se mantém de de aprender e pensar, com oportunidades iné- presença também no mundo digital: traduz-se dar cumprimento ao número 6 do Artigo acordo com o que ficou decidido na Reu- ditas de estabelecer relações e de construir co- numa forma de comunicação honesta e aberta, 11º do Capítulo III dos Estatutos do movi- nião do Conselho Nacional de 22 de Janei- munhão. responsável e respeitadora do outro. mento, realizou-se no dia 25 deste mês de ro 2011 e publicado na 2ª página do Balada Aparecem em perspectiva metas até há pou- O compromisso por um testemunho do Junho a 2ª Reunião ordinária, na Casa de da União nº306, referente aos meses Janei- co tempo impensáveis, que nos deixam mara- Evangelho na era digital exige que todos este- Nossa senhora do Carmo, no Santuário de ro/Fevereiro 2011. vilhados com as possibilidades oferecidas pelos jam particularmente atentos aos aspectos desta Nossa Senhora de Fátima. Presidirá à Peregrinação D. Ilídio, Bispo novos meios e, ao mesmo tempo, impõem de mensagem que possam desafiar algumas das Nela estiveram presentes os elemen- de Viseu. modo cada vez mais premente uma reflexão lógicas típicas da web. Antes de tudo, devemos tos do conselho Nacional das dioceses de O XXXIX Convívio Animação será nos séria acerca do sentido da comunicação na era estar cientes de que a verdade que procuramos Aveiro, Beja, Bragança, Coimbra, Leiria, dias 8 e 9 de Setembro de 2012 digital. Isto é particularmente evidente quando partilhar não extrai o seu valor da sua «popu- Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal, Seguidamente, o Presidente do Con- nos confrontamos com as extraordinárias po- laridade» ou da quantidade de atenção que lhe Santarém, Vila Real e Viseu. Justificaram a selho lembrou a todas as dioceses que, o tencialidades da rede internet e a complexidade é dada. Devemos esforçar-nos mais em dá-la sua ausência e enviaram o nome dos mem- movimento, de acordo com o número 2 do das suas aplicações. conhecer na sua integridade do que em torná- bros para o Conselho as dioceses de Lame- artigo 9º dos Estatutos, tem a sua célula No mundo digital, transmitir informações la aceitável, talvez «mitigando-a». Deve tornar- go, Lisboa e Viana do Castelo. Ausentes as base no núcleo paroquial, constituído por significa com frequência sempre maior inseri- se alimento quotidiano e não atracção de um dioceses do Algarve, Évora e Forças Arma- jovens ou casais, no mínimo com 6 ele- las numa rede social, onde o conhecimento é momento. A verdade do Evangelho não é algo das e de Segurança. mentos, e que é, através do núcleo que se partilhado no âmbito de intercâmbios pessoais. que possa ser objecto de consumo ou de fruição Também foram apresentados para per- prossegue a realização dos objectivos do A distinção clara entre o produtor e o consumi- superficial, mas dom que requer uma resposta tencer ao Secretariado Permanente do Mo- Movimento. dor da informação aparece relativizada, preten- livre. Mesmo se proclamada no espaço virtual vimento, de acordo com o nº1 do Artigo Para concluir afirmou que sendo os nú- dendo a comunicação ser não só uma troca de da rede, aquela sempre exige ser encarnada no 13º dos Estatutos, além do Presidente do cleos paroquiais a célula base do Movi- dados, mas também e cada vez mais uma par- mundo real e dirigida aos rostos concretos dos Conselho Nacional e Assistente Nacional mento, sem esta o movimento não existe, tilha. irmãos e irmãs com quem partilhamos a vida do Movimento, do tesoureiro e do Secre- não tem alicerce para exercer os seus ob- Sobretudo os jovens estão a viver esta mudan- diária. Por isso permanecem fundamentais as tário, 1 membro das dioceses de Bragança, jectivos por que lhe falta a base de apoio ça da comunicação, com todas as ansiedades, as relações humanas directas na transmissão da Viseu, Braga e Coimbra. para viver, actuar e crescer como Igreja nas contradições e a criatividade própria de quan- fé! Assim, de acordo com o número 1 do paróquias, que são os locais normais de tos se abrem com entusiasmo e curiosidade às Em última análise, a verdade que é Cristo Artigo 11º dos Estatutos, os elementos que evangelização e vivência eclesial. novas experiências da vida. O envolvimento constitui a resposta plena e autêntica àquele constituem o Conselho Nacional e escolhi- Alertou assim para o perigo e a tenta- cada vez maior no público areópago digital dos desejo humano de relação, comunhão e sentido dos nos Plenários dos Secretariados dio- ção das dioceses continuarem a realizar chamados social network, leva a estabelecer no- que sobressai inclusivamente na participação cesanos serão agora enviados à Comissão Convívios-Fraternos desenraizados das vas formas de relação interpessoal, influi sobre maciça nos vários social network. Os crentes, teste- Episcopal Portuguesa, para respectiva ho- normas prescritas nos Artigos 19º e 20º a percepção de si próprio e por conseguinte, ine- munhando as suas convicções mais profundas, mologação. dos Estatutos, isto é, sem a continuidade vitavelmente, coloca a questão não só da justeza prestam uma preciosa contribuição para que a Depois de indigitados os membros do nas paróquias de um trabalho de evange- do próprio agir, mas também da autenticidade web não se torne um instrumento que reduza as Conselho Nacional, os membros do Con- lização e de vivência dos jovens em Igreja, do próprio ser. A presença nestes espaços virtu- pessoas a categorias, que procure manipulá-las selho mais uma vez reflectiram sobre a re- no seu 4º dia. E isto, naturalmente, acon- ais pode ser o sinal de uma busca autêntica de emotivamente ou que permita aos poderosos alização do XXXVIII Convívio- Animação tecerá, se nas paróquias das dioceses não encontro pessoal com o outro, se se estiver aten- monopolizar a opinião alheia. Pelo contrário, Nacional, a realizar nos dias 10 e 11 de Se- existirem activos os núcleos para acolher, to para evitar os seus perigos, como refugiar-se os crentes encorajam todos a manterem vivas as tembro, em Fátima, e a necessidade de al- acompanhar e ajudar a crescer na Fé e no numa espécie de mundo paralelo ou expor-se eternas questões do homem, que testemunham terar a realização de alguns actos litúrgicos seu amor, os convivas no seu Post-Conví- excessivamente ao mundo virtual. Na busca de o seu desejo de transcendência e o anseio por pelas limitações impostas por não ser pos- vio. partilha, de «amizades», confrontamo-nos com formas de vida autêntica, digna de ser vivida. sível utilizar o Anfiteatro do Centro Paulo Para facilitar a dinamização dos núcleos, o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, Precisamente esta tensão espiritual própria do VI onde se costumavam realizar os actos foram distribuídos propostas da criação de sem ceder à ilusão de construir artificialmente ser humano é que está por detrás da nossa sede litúrgicos organizados pelo Movimento. várias equipas para melhor empenhamen- o próprio «perfil» público. de verdade e comunhão e nos estimula a comu- Assim, a Celebração da Penitência que to na vida apostólica e na evangelização, já As novas tecnologias permitem que as pesso- nicar com integridade e honestidade. geralmente se realizava no Anfiteatro do a funcionar em algumas dioceses com bons as se encontrem para além dos confins do espa- Convido sobretudo os jovens a fazerem bom Centro Paulo VI, far-se-á, orientada pela resultados. ço e das próprias culturas, inaugurando deste uso da sua presença no areópago digital. Re- Diocese de Leiria, no Convívio Santo Agos- Finalmente um casal conviva perten- modo todo um novo mundo de potenciais ami- novo-lhes o convite para o encontro comigo na tinho e a Festa da Ressurreição, orientada cente ao Conselho, lembrou aos membros zades. Esta é uma grande oportunidade, mas próxima Jornada Mundial da Juventude em Ma- pela Diocese de Viseu, na Capela da Morte do Conselho, o bem extraordinário que os exige também uma maior atenção e uma toma- drid, cuja preparação muito deve às vantagens de Jesus. Convívios-Fraternos para casais produ- da de consciência quanto aos possíveis riscos. das novas tecnologias. O Sarau que também tinha lugar no An- zem nos seus participantes, exortando os Quem é o meu «próximo» neste novo mundo? Da Mensagem do Papa Bento XVI para o 45ºDia fiteatro Paulo VI, depois da Procissão das responsáveis das dioceses, onde ainda não Existe o perigo de estar menos presente a quan- Mundial das Comunicações Sociais Velas, será substituída por uma vigília de estão implantados, a que façam esta expe- tos encontramos na nossa vida diária? Existe Oração a realizar-se na Igreja da Santís- riência muito proveitosa e muito gratifi- o risco de estarmos mais distraídos, porque a BENEDICTUS PP. XVI sima Trindade, orientada pela diocese de cante pastoralmente para os casais.
  • 3. Jovens em Alerta www.conviviosfraternos.com Suplemento Do BAlADA DA unIÃo nº 81 • mAIo/Junho/11 • proprIeDADe DA comunIDADe terApêutIcA • n.I.p.c. 503298689 TUDO É POSSÍVEL NA NOSSA VIDA, VISITA DE ESTUDO QUANDO QUEREMOS!... DA LDN – FORMAÇÃO Nasci de uma família humilde e tendo-me sido garantidas algumas me aceitaram. Ele próprio me veio PROFISSIONAL rural que vivia com dificuldades vantagens interessantes. Analisei os buscar a casa para me internar. económicas, mas que sempre se prós e os contras e cheguei à conclu- Estive internado nos Convívios – esforçou para que aos 4 filhos nada são que o salário que me estavam Fraternos onde ainda me encontro. faltasse do necessário. a oferecer era razoável e eram-me Nos primeiros 6 meses, os mais di- Embora frequentasse a escola garantidas vindas à metrópole de 3 fíceis e complicados, tive muita difi- na idade própria, nunca aproveitei em 3 meses. Falei com dois amigos culdade em me adaptar ao ambien- para completar a instrução primária. meus e fomos os 3 para os Açores. te de internamento e, sobretudo, As companhias com quem convivia Quando lá chegamos vimos que as vencer a ansiedade profunda que não eram as melhores e as mais indi- condições em que nos colocaram, , por vezes , sentia para consumir cadas para que tivesse uma adoles- tanto a nível profissional como de . Consegui ultrapassar todas essas cência sem desvios e um pouco sem alojamento, eram totalmente dife- dificuldades e, assim, ao fim de 6 normas e sem objectivos. rentes. meses, passei para a II Fase de trata- Aos 16 anos senti que devia nor- Regressei e a desilusão e a revol- mento tendo sido colocado a traba- malizar a minha vida e começar a ta foram grandes. Então ainda mais lhar numa firma muito conceituada, ajudar os meus pais. Foi, por isso, mergulhei nas drogas para esque- a Nestlé, onde, depois de terminar o que resolvi come- tratamento, conti- çar a trabalhar na nuo. Estou a viver área da constru- num Apartamen- ção civil. Como to da mesma ins- não tinha expe- tituição … A mi- riência, tive que nha vida mudou me aplicar e estar completamente, “No passado dia 18 de Abril um grupo de alunos da LDN II- Formação atento ao que fa- a nível familiar, Profissional, de Oliveira de Azeméis, efectuou uma visita à Comunidade zia, porque era um social e profissio- Terapêutica de Avanca. Esta actividade veio no seguimento da aborda- trabalho de risco, nal. Eu e meu pai gem ao tema sobre consumo de álcool, tabaco e drogas. e queria realmen- não tínhamos um Achou-se benéfico visitar as instalações da Comunidade Terapêutica te aprender uma bom relaciona- de Avanca e contactar com toxicodependentes a fim de eles partilharem profissão onde me mento e não era as suas experiências de vida, com particular destaque para o momento pudesse realizar e possível estabele- em que tiveram o primeiro contacto com as substâncias e as consequên- ajudar os meus cer uma conversa cias que trouxe para as suas vidas. A reunião foi bastante enriquecedora pais. Felizmente entre pai/filho. uma vez que sensibilizou os formandos para a rapidez com que se fica adaptei -me bem Minha mãe já agarrado ao consumo das drogas e a estreita ligação com o mundo do ao serviço. O pa- não tinha forças crime. trão gostou do para lidar com Aprendeu-se que é muito fácil alguém entrar no mundo das drogas meu trabalho. E, esta minha situa- sem se aperceber das graves e nefastas consequências, mas muito difícil, por isso, passado meio ano, colocou- cer a minha frustração , Todavia , ção. Estava mais destruída do que ou quase impossível delas se sair. me a armador de ferro de segunda, quanto mais consumia, mais neces- eu. No fim do meu tratamento a Os formandos e formadores agradecem a disponibilidade com que nos onde também desempenhei razoa- sidade tinha de usar . Emprego não minha mãe, meus 3 irmãos e eu fi- receberam.” velmente esse trabalho. Passado um tinha, dinheiro acabara e as ressacas zemos uma reunião com o meu pai ano o patrão, dado o bom desempe- começaram a apoderar-se de mim. para ultrapassarmos os nossos pro- nho no meu trabalho, aumentou-me o ordenado e passou-me a armador Costuma dizer-se que “a esperan- ça é a última coisa a morrer “ Todas blemas e passarmos a viver como uma família. A partir daí as coisas CONVÍVIOS de primeira. Assim consegui alcan- as minhas tentativas era arranjar mudaram, já começamos a dialogar, çar o meu objetivo. Mas, infelizmente, nessa altura, dinheiro onde quer que fosse para consumir. O meu pai acabou por a entendermo-nos e hoje já tenho um bom relacionamento com o meu pai RUMO AO FUTURO influenciado por alguns compa- me abandonar. A minha devassidão que já me aceita e confia em mim. nheiros de trabalho e também já na aumentava cada vez mais. Comecei Alcancei já algumas metas no CONVÍVIOS PARA JOVENS posse de dinheiro, acabei por me a pensar que o melhor seria tratar- meu tratamento: fiz o nono ano, Nos dias 28,29 e 30 de Julho de 2011 envolver em drogas pesadas O mal me para sair da miséria em que ca- tirei a carta de condução, comprei 1556 – Em Maputo, Lourenço Marques para jovens de Moçambique. foi ter experimentado!...Nunca mais íra e que dia a dia aumentava. Foi um carro e continuo a trabalhar na fui o mesmo Igor!... Durante meses então que um amigo me sugeriu a mesma firma sempre no desejo de Nos dias 4,5 e 6 de Agosto de 2011 consegui conciliar o consumo diário hipótese de ir tratar-me para uma ir mais longe. 1557 – Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto. com o trabalho e manter um cer- comunidade terapêutica. Depois de Tudo é possível na nossa vida, to equilíbrio, mas, com o andar do algumas dúvidas, acabei por dizer quando nós queremos!... CONVÍVIOS PARA CASAIS tempo, tudo começou a piorar. que estava interessado. Como ele já Nos dias 11,12 e 13 de Agosto de 2011 Aos 20 anos, surgiu-me uma pro- lá se havia tratado da mesma doen- IGOR ALVES 38 – Em Eirol, Aveiro, para Casais da Diocese do Porto. posta de trabalho para os Açores ça, falou com os responsáveis, que
  • 4. 2 Jovens em Alerta Maio/junho 2011 Santarém Moçambique feSta dioceSana um diácono naScido No fim-de-semana de 28 e 29 de Maio, a me mergulhar neste silêncio e agradecer o doS convivaS diocese de Santarém dinamizou a Festa Dio- colorido da minha vida, agradecer esta mão cesana, onde puderam participar, nas várias que segura, esta voz que me chama a servir, Novos servidores da Igreja e da sociedade É realmente uma grande satisfação para os actividades, os diversos grupos e paróquias agradecer a confiança e o amor. Senti nes- em geral (presbíteros e diáconos) foram or- convivas moçambicanos, pois acreditamos da diocese. ta Eucaristia o que tenho sentido durante denados no dia 4 de Junho do presente ano que, com a ordenação diaconal do conviva A noite de Sábado, foi preenchida o meu caminhar. Senti que é cada vez mais na Sé Catedral em Maputo. A ordenação foi Francisco, o movimento poderá dar passos ou por concertos, por uma Vigília de Oração, fácil confiar no Senhor, não ter medo, dei- presidida pelo arcebispo da Arquidiocese caminhar com firmeza. Caminhar com firme- e, ainda que, a Eucaristia presidida pelo Se- xar-me guiar pela Sua mão sem a largar e de Maputo. za porque passamos a contar, desde já, com nhor Bispo D. Manuel Pelino, na Igreja do que, mesmo nas vezes em que a largo, em A ordenação foi um motivo de grande ale- um director espiritual nascido e educado no Milagre, com animação do Movimento dos que hesito como hesitou Tomé, Ele ampara gria para os convivas, pois um dos ordena- seio do movimento. Um director espiritual Convívios Fraternos da diocese. Além do as minhas quedas e que mesmo nos dias de dos era o jovem conviva de nome Francisco que se tornou diácono e que se tornará (acre- ritmo, o grupo, conferiu alguma cor ao es- escuridão, Ele é “Lux Mundi”, como can- Valente Fumo, que participara do primeiro ditamos) sacerdote no seio do movimento. paço possibilitando uma Eucaristia alegre e támos. São momentos como estes, de ver- Convívio Fraterno realizado em Moçambi- Ao conviva Francisco, digo Diácono Fran- cheia de vida. dadeira comunhão e amor com esta grande que-Maputo em Janeiro de 2002. cisco, nós convivas esperamos que exerça a “-Vejo-te sentado nesse banco de Igreja. família dos Convívios Fraternos a celebrar Sente o Meu sopro ao teu ouvido”. No mo- Cristo Ressuscitado e vivo nas nossas amiza- mento de pós-comunhão, o Senhor apre- des, que tornam o caminhar mais firme e a fé sentou-se-nos assim. A chamar cada um de mais acesa. É neste servir que sinto a alegria nós como chamou Samuel. E nós, tivemos a do “Sim” e é com um grande sorriso que lhe coragem de responder como Samuel, “fala, correspondo, com cada vez mais certeza des- Senhor, que teu servo escuta”? ta imensidão do amor que vem do Alto. “Visita-Me, procura-Me no silêncio do teu quarto, no silêncio do teu coração”!... Senti- Liliana Nabais, Diocese de Santarém Algarve em plenaS feStaS carnavaleScaS à procura de deuS Nos dias 5, 6 e 7 de Março realizou-se o tava as suas reticências algumas reservas que Convívio-Fraterno nº1155 na Casa de Retiros se misturavam com a curiosidade, mas a cada de S. Lourenço do Palmeiral - Algarve. Eram momento foram deixando-se conduzir e como O conviva Francisco ordenou-se diáco- sua missão diaconal com muito amor e con- dias que convidavam às festas carnavalescas o barro nas mãos do oleiro, deixaram que no, colocando-se, deste modo, ao serviço fiante em Deus. Esperamos ansiosamente mas 23 jovens oriundos de várias paróquias Deus “pegasse” em cada um e os moldasse. dos pobres da Igreja e também ao serviço que dentro de algum tempo assistamos a da nossa diocese, decidiram utilizar estes dias No final destes 3 dias partiram com a certeza da pregação. Contudo, ele desde a realiza- sua ordenação prebiteral, que é o segundo para fazer uma paragem nas suas vidas apro- de querer ir pelo mundo mostrar a sua heran- ção do seu convívio em 2002 e ao longo da degrau da ordem diaconal. sua formação, soube colocar-se ao serviço tanto dos irmãos, bem como do anúncio da Maputo, 8 de Junho de 2011 palavra de Deus, sobretudo através do seu Conviva Isaías exemplo e nos Convívios-Fraternos. Só JeSuS na eucariStia pode conduzir-noS ao amor. Numa manhã frigidíssima do dia 28 de Foi então que um outro jovem nos fez lem- Maio do ano em curso, cerca de cem jovens brar que a eucaristia é AMOR e que quem dela convivas viajaram para Manhica (Paróquia participa se compromete a viver o amor e do de São Miguel de Arcanjo) a fim de realizar amor. Assim, os convivas reacendiam o seu o Convívio Animação do ano. Embora frio, compromisso de espalhar ou semear o amor no o calor humano era intenso, os jovens can- sentido de doação, pois como diz São Agosti- tavam alegremente e tocavam instrumento nho: “Ama e depois faz tudo o que quiseres”. musical, no concreto o batuque. As palavras de S. Agostinho fizeram eco Foi um dia que constituiu uma paragem em mim e em todos outros convivas pois, na vida de muitos, particularmente quando quem de fato ama, todas as suas acções as- um jovem, durante o debate em torno da vi- sentam no amor. Para que a amor reine hoje e Convívio Fraterno 1155 da Diocese do Algarve vência eucarística, disse que nós os Homens, sempre no coração dos convivas, é necessá- convivas em particular, precisamos de um rio que tenhamos sempre o alimento espiri- veitando para olhar para o seu interior, para a ça, fazendo com que a sua luz pequenina faça alimento divino. Ele acrescentou, ainda, que tual; a comunhão. sua vida, para a sua relação com Deus , e no fi- a diferença por onde passarem. tal nutrição podia encontrar-se no seio dos nal deste Convívio- Fraterno também fizeram convivas, mas em particular na celebração Maputo, 30 de Maio de 2011 P`la Equipa dos Convívios-Fraternos do uma grande festa. De início, cada um apresen- Algarve eucarística. Conviva Isaías
  • 5. Maio/junho 2011 Jovens em Alerta 3 Porto ATÉ BREVE PENTECOSTES EM EIROL “…Estando fechadas as portas da casa onde os AMIGO discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, veio Jesus pôr-Se ao meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco»” (jo20,19) Foi neste ambiente pascal que se iniciou o 37º convívio de casais. Na bagagem também trariam alguns “medos”:… os filhos e demais familiares que deixaram em casa…, o empre- go ou, pior, o desemprego que enfrentavam…, as dificuldades económicas…, os diálogos que entre os dois evitavam, para não se chatearem ainda mais…; outras tantas coisas que reque- riam que se fizesse a “Passagem”. Mas O Se- O Manuel Ferreira Reis faleceu no dia nhor surpreendeu-lhes ao Se fazer presente… 15 de Maio de 2011, com 81 anos de ida- Foi num cântico?... Ou num testemunho?... Ou de, e pertencia ao núcleo de Convivas de numa oração?… Fez-Se-lhes presente no inti- Madaíl, Zona Pastoral Sul da Diocese do mo do coração, certamente, para que depois Porto. Participou no 15º. Convívio Frater- fosse dom de entrega de um ao outro. no para casais nos dias 1 a 3 de Dezem- Depois foi tempo dos 18 casais e uma senho- 37º Convívio Fraterno de Casais da Diocese do Porto bro de 2000. É com tristeza e pesar que ra, que pela primeira vez viveram o convívio vimos partir mais um conviva, mas com nesta dimensão receberem a Paz que Jesus nossa própria língua. Atónitos ou maravilha- tudo na nossa casa. a esperança de que agora se encontra no lhes trouxe. Mas a promessa de que enviaria dos…, todos percebemos que tudo em Eirol foi E depois em reencontrar de novo para a grande e eterno Convívio do Pai. O Espírito Santo, também se cumpriu. Pois na obra do Espírito Santo. partilha… E essa já ficou com data marcada, festa de encerramento que decorreu no salão Agora é o tempo da missão, o “4º Dia”… 24 de Julho. Em homenagem de saudade: paroquial Mosteirô, todos os ouvimos falar na Tempo da Igreja… ser mais e melhor,… sobre- A equipa coordenadora. Grande conviva e amigo Deus Chamou-te e te levou OUSAMOS RECONSTRUIR “A CAMINHADA Partiste p’ra vida eterna A tua hora chegou. DOLOROSA DE CRISTO” Eras conviva fraterno E como gostavas de ser “Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias vas Pró– Futuro, com a colaboração dos vários e penitência, deve ser, especialmente, tempo És sempre nosso conviva (um longo tempo) antes de enfrentar as tenta- núcleos convivas da diocese Porto – Sul. de alegria, já que a cada dia que passa estamos Mesmo depois de morrer. ções do demónio no deserto e ensinou-nos a Á medida que o grupo ia avançando, pude mais perto do dia da glória do Senhor! vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma sentir no meu espírito, toda a alegria que vem Terminámos a nossa jornada com a procla- Tu não morreste, partiste forma, a Igreja quer ensinar-nos como vencer da renúncia, “… no menor esforço de renúncia mação da Ressurreição de Jesus, na celebração Cumpriste a tua missão as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.” reside uma imensa força de libertação.” Era sá- da Eucaristia. Qual banquete Pascal!, essa gran- Continuarás sempre vivo De facto, a Quaresma apresenta-se-nos como bado à noite. Muitos eram os apelos do Mundo de graça que Jesus nos legou, como lembrança Dentro do nosso coração. um tempo de expiação, de aperfeiçoamento – discotecas, cinema, teatro, jantares, festas…, e actualização do seu Sacrifício único e sinal do pessoal, uma caminhada de renovação que mas ali estávamos, reunidos em família cristã, que Ele nos prometeu antes de voltar para o Foste sempre um grande amigo temos a graça de poder reviver em cada novo para prestar mais uma merecida homenagem Pai, “Ficarei convosco até ao fim dos tempos.” Cumpridor do teu dever ano litúrgico. Muitas são as práticas que a nos- Àquele que não se cansa de nos ensinar a amar. De realçar ainda, o inesquecível momento de Os Convivas de Madaíl sa Mãe Igreja nos indica para melhor viver- E como é linda a nossa família reunida! Numa partilha, totalmente espontâneo – e talvez tão Jamais te vão esquecer. mos este tempo de preparação para a Páscoa. solenidade respeitosa, na alegria serena da paz mais reconfortante por isso – que se improvisou Destaco a Confissão, a penitência, as pequenas interior, ousamos reconstituir os passos de Je- nas imediações da Igreja de Fornos. Com a leve- Fica em nós a saudade mortificações simbolizadas no jejum semanal sus, estação após estação. za da convivência em família, foram-se trocan- De tudo que se viveu das sextas-feiras e a meditação nos mistérios da Foi grande o esforço de todos os envolvidos, do impressões sobre a noite vivida, petiscando Paz eterna à tua alma Paixão de Cristo – a Via-Sacra. mas o cansaço, o peso da responsabilidade aqui e ali, revendo velhos amigos, descobrindo Junto de Deus, lá no céu. Com esse intuito, voltámos a viver em Fornos, e os pequenos sacrifícios de cada um, foram nos desconhecidos a alegria de mais um irmão. no passado sábado dia 2 de Abril, mais uma Via- suplantados pela alegria do Amor partilhado. Filipa Pinto, CF 1090. O nosso adeus, até breve Sacra organizada pelo Grupo de Jovens Convi- Pois embora a Quaresma seja tempo de oração E esta certeza nós temos Um dia junto de Deus Todos nos encontraremos. CONVÍVIO-ANIMAÇÃO DIOCESANO (Autora: Dioguina Pinho) Porque não há melhor forma de iniciar as férias do que celebrarmos Convívio uns com A Família conviva, de uma forma os outros, cerca de 150 jovens e casais convivas muito especial o Núcleo de Convivas estiveram reunidos no dia 3 de Julho no parque de Madaíl e todos os que participaram do Buçaquinho em Cortegaça no Encerramen- no mesmo Convívio, endereça as sen- to de Actividades 2011. tidas condolências à família enlutada e Entre jogos, actividades, teatros e muita aos seus amigos mais próximos. À Ali- animação, fomos percorrendo todo o mundo, Antes da partida, envolvidos pela simpli- que dissemos: “Dar-Te a mão e irmos por aí… ce em especial continuamos a contar numa aldeia global onde cada “país”. Foi um cidade da natureza e com o coração repleto Falar de Ti a toda a gente”. É a nossa missão e a com a sua presença amiga junto desta sorriso amigo, companheiro, alegre… Neste de paz, celebramos a Eucaristia, a verdadeira nossa grande herança conviva. Pois a verdadei- grande Família. ambiente descontraído e animado foi surgindo o desafio para estas férias que agora começam e “festa do envio”. Jesus acedeu ao nosso pedido ra “mão de Jesus” é a mão que estendemos aos Núcleo de Convivas de Madaí que deu mote ao encontro: “Vai p’lo mundo… – “gostava de Te poder ter aqui…” – e fez-Se outros. Assim, “nesta terra brotará nova Espe- Sê conviva do amor”. Pois só semeando amor presente no pão repartido, no olhar de quem rança”… brotará Amor. por onde passamos é possível fazer sorrir tan- estava ao nosso lado, na mão que se uniu à nos- tos e tantos corações que sofrem. sa… Vamos agora levá-Lo cumprindo aquilo Equipa de Animação Pastoral
  • 6. 4 Jovens em Alerta Maio/junho 2011 Bragança “enraizadoS e edificadoS em criSto, firmeS na fÉ” unidoS para agradecer A vida do ser humano e em es- O local escolhido foi a bonita ci- Juventude, não poderíamos deixar pecial dos jovens, precisa de raízes dade de Mirandela e foi grande a de focar este encontro de união en- Foi no dia 14 de Maio que os fi- panhando assim as celebrações fundas e de alicerces fortes. Só as- alegria de nos sentirmos Igreja, que tre jovens do mundo inteiro, que nalistas da cidade de Bragança se que decorriam no Santuário de sim, haverá a estabilidade e a paz celebramos com esta comunidade dá vida e força à Igreja. Estiveram uniram para festejar aquela que é Nossa Senhora de Fátima na Cova para acontecer um crescimento fir- um dia de tão profundo significado. pois, presentes na nossa oração, a sua Eucaristia e nós como con- da Iria. mado no essencial. O dia iniciou com uma caminhada os jovens dos cinco continentes e a vivas que somos reunimos forças Participar, com os finalistas, e Tal como tem vindo a acontecer de oração, na qual várias paragens, jornada Mundial da Juventude em para tornar esta celebração ainda acompanhá-los nesta caminhada há 9 anos, Domingo de Ramos, serviram para meditar no essencial Madrid. mais especial. Sendo assim, orga- de fé, foi para nós convivas uma foi para um grupo de cerca de 150 que fica escondido pela correria À tarde, o desporto, a união, a nizamos vários ensaios durante a experiência emocionante e grati- Convivas da Diocese de Bragança- dos dias. Falou-se (e escutou-se) partilha de emoções, de juventude, semana para que tudo fosse per- ficante, pois ao nosso jeito meio feito, contamos com a presença “desajeitado” testemunhamos a de algumas alunas finalistas que presença de Maria, mãe da hu- rapidamente se disponibilizaram manidade, na vida de cada um para fazer parte do coro e apren- de nós. E nesta noite iluminada e der connosco todas as músicas que ao som de cânticos e das palavras tanto caracterizam o nosso grupo emocionadas dos estudantes, agra- de jovens. Com toda a energia decemos à Mãe todas as graças iluminamos do início ao fim toda concedidas, louvamo-la e a Ela nos a celebração. A Eucaristia teve consagramos com amor e pedimos lugar na Catedral que nesse dia a sua protecção e orientação para a ainda estava mais radiosa do que nossa vida. habitualmente, repleta de familia- Poder contribuir para uma ca- res orgulhosos e de uma multidão minhada mais completa foi um que contemplava com curiosidade orgulho para todos nós, já que todo aquele espectáculo de fé que pudemos mais uma vez celebrar envolvia cada um dos nossos co- Jesus Cristo, tendo Maria como rações. exemplo, na companhia de todos Miranda, dia de reflexão profunda, Jesus, a Fonte inesgotável, falou-se de energia. E no final do dia, o envio “Enraizados e Edificados em aqueles finalistas que terminaram na mensagem que o Papa Bento XVI de raízes e de alicerces, pensou-se e o compromisso de enraizar e edi- Cristo, firmes na fé” foi o tema que um percurso marcante da sua vida. propôs para este ano de Jornada na Pedra Angular rejeitada pelos ficar a vida em Jesus. Bento XVI, faz acompanhou toda a celebração já Levar a todo o mundo sentimentos Mundial: “Enraizados e edificados construtores, ouviu-se a historio de um apelo muito claro: “Na era da que também foi o tema proposto de amor, paz e união e continuar a em Cristo Firmes na Fé”. E que re- uns óculos que demasiadas vezes globalização, sede testemunhas da pelo nosso querido Papa para as elevar o nome de Deus nosso Pai, é flexão maravilhosa se poderá fazer colocamos e que distorcem o mun- esperança cristã em todo o mundo: Jornadas Mundiais da Juventude a missão de cada um de nós. de palavras aparentemente tão sim- do que vemos, escutaram-se, com são muitos os que desejam receber que se irão realizar em Madrid, Espero que caminhando sempre ples, mas tão cheias de sentido! Este comoção, palavras de João Paulo II, esta esperança!” É esta esperança nas quais vão participar um núme- de mão dada com o nosso Amigui- dia de Ramos, de aclamação a Jesus o Beato que amou os jovens e que que queremos ser e construir. Por ro considerável de convivas desta nho, estes jovens possam percorrer de Nazaré, de palmas e ramos, de permanece como caminho de san- isso, e porque não nascemos para diocese. O tema foi também reflec- um caminho recheado de sucessos festa e de alegria, tem a particula- tidade a seguir. Depois, a Grande o vazio, pedimos ao Espírito Santo tido durante a recitação do terço e e alegrias. ridade de ser também dia Mundial Festa da Eucaristia na Paróquia de que ilumine os nossos passos e que procissão das velas dos finalistas, Ana Saldanha dos jovens. Esses jovens que preci- N. Senhora da Encarnação. Festa nos dê a força e a audácia necessá- realizado na noite anterior, preci- sam de enraizar profundamente as que dá sentido à nossa caminhada rias para sermos sempre firmes na samente no dia 13 de Maio, acom- CF 1148 suas vidas em Jesus Cristo. Esses e que nos compromete para uma fé. jovens que sentem em si uma ânsia vida ao jeito de Jesus. de uma “vida maior”. Em ano de Jornada Mundial da Fabíola Mourinho Paris roSaS a maria retiro de formacÃo e oracÃo De portas abertas para o mês de Maria, assumimos uma atitude doS convivaS fraternoS de pariS de adoração perante a nossa Mãe do Céu que nos acolhe no seu leito. Assim, em alguns dias do mês de Maio, os jovens dos con- vívios fraternos da cidade de Bragança ofereceram um ramo de Nos dias 18, 19 e 20 de Fevereiro, com os novos convivas; a equipa de apóstolos dos jovens. O ser Conviva, rosas à Mulher do “Sim” em diversas Paróquias da cidade onde o movimento dos Convívios Frater- apoio à equipa coordenadora e a em primeiro lugar, é ser cristão. estamos integrados. Stos. Mártires, S. Bento e S. Tiago. Esta foi o nos de Paris realizou um retiro de equipa de apoio exterior que tenta- Pedimos aos convivas das várias caminho numa entrega de humildade à nossa Mãe. É com Ela que formação e oração com o objectivo rá mobilizar todos os convivas que regiões de Portugal, se tiverem um aprendemos a valorizar o silêncio e a humildade numa troca de de formar uma equipa coordenado- já fizeram o Convívio Fraterno. Esta familiar ou um amigo emigrante a olhares meigos, onde nos oferece o seu filho, Jesus. ra unida e coesa, tendo em vista o equipa também terá um papel im- viver na região de Paris, que possa acompanhamento dos novos convi- portante, porque muitas vezes ape- viver a experiência dos Convívios Aproximamo-nos das Jornadas Mundiais da Juventude a rea- vas, em especial aqueles a quem fo- nas valorizamos os novos convivas Fraternos, deverá contactar o se- lizar em Madrid e, como tal, é importante dar o testemunho de rem confiados, até pelo menos ao fim e esquecemo-nos das centenas de guinte mail: convivios.paris@gmail. uma vida onde o sentido é Jesus Cristo. Maria não só intervém do seu compromisso; também para Convivas que já viveram esta expe- com eficazmente pela nossa salvação, mas procura torná-la mais fácil; “enriquecer” os jovens que apoiam, riência. Vários Convivas de Paris estão já cobre de flores, sob os pés, o áspero caminho da virtude. de uma forma diferente no exterior e Informa-se que, nos dias 28, 29 preparados para viver as JMJ 2011, que são uma mais-valia para o con- e 30 de Outubro, vai realizar-se um em MADRID, onde se encontrarão vívio. Convívio Fraterno em Paris, na Casa com a sua Santidade o Papa BENTO Nádia Mofreita, CF 1119. No retiro participaram 27 jovens, de Retiros da Missão Católica Polaca. XVI. A nossa partida será de Viana os quais irão formar três equipas Espera-se que esta experiência de ser Do Castelo. durante o convívio: a equipa coorde- Conviva, uma missão que nos é con- nadora, que trabalhará directamente fiada, dê bons frutos, tornando-nos Patrick Marques
  • 7. Maio/junho 2011 3 BOAS FÉRIAS DA SANTIDADE É com estes votos amigos que, quando inter- tumes, para recuperar o que julgam ter perdido Sempre me custou entender a história dos concreto, comprometendo-nos à ação a cada rompemos ao fim dum ano o trabalho normal em prazer, em vícios, para se libertarem de seus Santos. Lembro-me que quando era pequenita, instante. em que nos realizamos as forças, se despedem deveres familiares, religiosos e morais!... uma das coisas que mais confusão me causava O mundo precisa de santos! Não de santi- de nós aqueles que connosco normalmente E então, fazem férias em todas as dimensões eram as palavras do Padre da minha Paróquia nhos...Os santos agem, constroem e edificam. compartilham a mesma missão. da sua vida: profissional, moral, religiosa e cul- sempre que apelava para que as pessoas tri- São gente de coragem que vão para o mundo É uma necessidade física e psicológica esta tural, etc. lhassem o caminho da Santidade. Com olhos de olhar levantado e anunciam com alegria o interrupção dos trabalhos normais a que nos Transformam o mês mais rico do seu ano, em curiosos e confusos, eu olhava os Santos dos al- Cristo que lhes inspira os passos. Os santinhos dedicamos durante o ano para destruirmos o tempo de ociosidade física quando não de des- tares e pensava para comigo mesma que eu não falam muito e dedicam-se a encontrar argueiros “stress” e recuperarmos as forças físicas e mo- truição física e moral. queria aquilo para mim. Viver uma vida difícil nos olhos dos outros enquanto, paradoxalmen- rais. Nada mais errado!... e cinzenta e depois ser imortalizada numa figu- te sofrem de uma cegueira doentia que os im- Por isso as férias não são um privilégio ou Isso não quer dizer que não façamos nas ra de barro ou de madeira, colocada num cimo pede de verem a trave do próprio olho. Vivem um favor, mas um bem adquirido e uma ne- férias aquilo de que gostamos − desporto, via- de um altar, estática e sem vida? Onde iria eu num mundo só deles e falam de Cristo como cessidade que beneficia não só quem executa gens, etc. − e que durante o ano não temos pos- encontrar o entusiasmo para tal loucura? Sabia se de um pesado fardo se tratasse... Talvez por um trabalho como quem dele economicamente sibilidade de concretizar por falta de tempo. que essas pessoas tinham, de facto, vidas exem- existirem ainda muitos santinhos, seja difícil beneficia. Mas é necessário que elas sejam um tempo plares de coragem e de entrega mas durante explicar a um adolescente de hoje, que a maior Devem ser um tempo propício ao descanso útil para vivermos uma vida sadia e agradável. muito tempo vivi na certeza de que a santida- aventura de sempre é esta do amor. Oxalá as físico mas também um tempo privilegiado para Referimo-nos apenas aquele tempo de férias de, era só para gente deslocada do mundo e palavras do Papa João Paulo II, um dos maiores crescermos cultural, religiosa e moralmente, desperdiçado, perdido por tantos jovens que, com um código genético já preparado para tão santos do nosso tempo, que pediu aos jovens para sermos nós próprios, para fazermos aqui- em vez de nelas crescerem como homens física, nobre missão. para não terem medo de serem santos, fizessem lo que sempre gostamos de fazer, para sermos cultural e moralmente, tantas vezes nelas des- Até ao dia em que percebi com algum es- eco e se tornassem fecundas...oxalá que sim...E pessoas troem tudo aquilo que nestes sectores construí- panto, que a santidade é para todos. Até para oxalá a coragem da Madre Teresa de Calcutá, Todavia muitos jovens, têm ideia errada do ram durante um ano. mim. que apesar de não ter sido ainda considerada que deve ser este tempo de férias. A ti, jovem amigo, jovem conviva, desejo-te A santidade é muito mais que uma compe- santa, o foi com toda a certeza, oxalá essa cora- Para muitos as férias não passam dum tempo “Boas Férias”. tição cujo prémio é um lugar no altar de uma gem, nos entusiasme, se não a fazer o mesmo, para gozar e vida sem freios, sem leis, sem cos- qualquer Igreja. A santidade é o grande desafio pelo menos a tentar olhar o outro (qualquer ou- João Manuel da vida humana. É o querer ser sempre mais tro) com o mesmo amor e ternura com que ela e melhor na luta diária que se trava contra as ousou olhar. asperezas do caminho. Passa pela entrega aos A santidade nasce desta ousadia de olhar DA VIDA DA GRAÇA, outros, pela renúncia ao egoísmo e pela ine- vitável fé, até no extremo da dificuldade e da mais longe e de confiar na grandeza de um Deus que nos quer santos por ser esse o cami- AO MUNDO “SODOMIZADO” tristeza. Ser-se Santo, exige uma escolha defini- tiva mas sempre nova e renovadora: a escolha nho. Não o fácil, não o largo, mas o único que dá sentido a cada passo. pelo amor. E este amor não é, ao contrário do Sempre que acolhemos a vida na sua pleni- mesmo nada bom que o homem esteja só” (Gn Fabíola Mourinho CF 833 que possa parecer a olhares desatentos, um tude – alegrias, tristezas, fracassos, sucessos, vi- 2,18). Parece que Deus quer dizer que a solidão ideal vago e poético...o amor é absolutamente Bragança tórias, derrotas, etc -, aceitamos a graça da vida. do homem é a solidão de Deus. Assim sendo, Não é resignação como tantas vezes ouvimos este não é bom que o homem esteja só, poderá murmurar: Foi Deus que assim quis ou o seu ser visto como agraciamento de Deus. Então, a destino já estava traçado, entre outras tantas partir daqui, ficamos a saber que somos vistos frases feitas, oriunda de uma certa religiosida- de popular, que ao longo dos tempos (séculos) e como somos vistos por Deus. Na verdade alguém nos olha e não apenas MUDAR DE VIDA… INSPIRADOS EM JESUS CRISTO marcou a personalidade do povo de Deus. nos vê. Olha-nos de maneira diferente, enter- Desde o começo, a vida é uma estrada de li- necedora, carinhosa; com olhar puro e gratuito. berdade aberta por Deus, onde cada um de nós Um olhar que nos embala e nos faz nascer do transita e faz a sua viagem. O convite de Deus novo agraciados pela graça da vida. O olhar feito a Abraão: “Vai para o país que Eu te farei Vivemos num mundo em convulsão em Que respostas dão os baptizados às pergun- agraciado, que por amor, Deus deleita em nós: ver” (Gn 12,1), não se trata de uma viagem ou que a cada instante surgem incertezas e faltas tas se são ou não praticantes, se acreditam ou é o encontrar Graça aos olhos de Deus. de uma deslocação, trata-se sobretudo, de uma de fé. A tão apregoada crise invade os nossos não em Jesus, porque baptizam os seus filhos, Por isso mesmo, já não posso viver fechado viagem dentro de si mesmo, dentro da sua espíritos, esvazia as nossas carteiras, acorrenta porque casam pela Igreja? em mim, mas aberto de mim mesmo, para que própria habitação. “Vai”, não significa só atra- os corações, provoca os medos e as conspira- Que opiniões têm os cristãos sobre temas o tu se possa conjugar num nós. Não posso vessar a terra, mas mais do que isso, Deus quer ções. Vivemos num mundo perverso, onde nos como o aborto, a fidelidade, a injustiça e a fome viver fechado em mim mesmo, porque o fe- que Abraão se atravesse a si mesmo, criando entretemos entre a fúria da política, a luxúria no mundo, a violência, a sexualidade, o acesso chamento leva-me a possuir e a possuir-me, a dentro do seu coração, um caminho de liberda- do futebol e a agonia dos valores essenciais da privilegiado ou “por cunha” a lugares procura- esconder-me e a agredir, tornando-me num co- de. “Vai”, também não é o de ir para outra terra sociedade. Entretemo-nos com o supérfluo, dos, o respeito pela dignidade humana, a soli- ração duro e violento que não conhece a graça para possuir, mas para a “ver” com o amor e anestesiamos com a televisão e relativizamos dariedade e a justiça social, a corrida aos arma- ou o dom da graça. com o olhar de Deus. Olhar como Deus e ver tudo, esquecendo a igreja, renegando o baptis- mentos, a guerra, a crise que nos afecta? O homem que encontra o olhar de Deus e como Deus. mo em Jesus Cristo. Falamos do deus futebol e Não será verdade que a experiência nos experimenta a sua doçura, jamais pode deixar Porém, encontramos hoje como no passado, raramente nos referimos ao Deus das Nossas mostra a distância imensa entre a vida do quo- de acolher e de ser acolhido; de acariciar e de a tentação do homem possuir e de usar. Segun- Vidas. tidiano e a Fé dos cristãos que, Domingo após ser acariciado; de dar e de repartir; de amar do Gn 19, as pessoas daquele tempo não respei- A presença da Igreja no Mundo deve ser Domingo, vão à Eucaristia? e de ser amado. A descoberta deste amor só é tavam as pessoas e tratavam-nas como objectos um repositório de Fé, Esperança e Amor para Não é verdade que, tantas vezes, mais que possível quando nos “deixamos” amar primei- para possuir, usar e deitar fora. Actualmente, cada ser humano em particular e para a hu- participantes, conscientes e activos, os cristãos ro por Deus (1J.4,19). Assim sendo, e uma vez existem muitas pessoas que são tratadas como manidade em geral. são, sobretudo, assistentes e espectadores, indi- que o nosso amor é sempre uma resposta, logo, coisas. A doçura do mundo, a doçura do Éden Que coerência existe nos comportamentos ferentes e alheados da realidade que se celebra não somos nós que fazemos o amor, mas é o ou do Paraíso foi vencida pelo mundo sodomi- dos cristãos que estão nas associações e nos na Eucaristia? amor que se faz em nós. No mesmo sentido, zado (Sodoma). É um mundo em que as pesso- lugares de responsabilidade? Como será que assumimos ao longo do compreendemos que amor não é nosso: não é as são objectos e contam só como objectos: Que Que empenhamento têm os cristãos, quando “quarto dia” o compromisso assumido no nos- meu nem teu, é-nos dado e se nos é dado, de posso comprar , que posso possuir, que posso se trata de assumir necessárias responsabilida- so convívio fraterno? graça o recebemos, de Graça o devemos dar. usar. Naturalmente, é o mundo da solidão, por- des sociais, políticas, associativas ou religiosas? Temos de mudar de vida! Por conseguinte, para amar o AMOR (Deus e que diante de objectos não há comunicação, não Que sentido dão os cristãos à sua vida, no Temos de ser coerentes com Jesus Cristo. homem) não devemos fazer exigências, porque há acolhimento, não há recepção, não há pala- seu local de trabalho, aos seus comportamen- Temos de derrotar o “eu solitário e egocên- a verdade do AMOR não tem outra exigência vra dita nem palavra ouvida. Por isso a vida da tos, aos seus tempos livres? trico” para promover o “nós solidário teocên- senão a da entrega e a do dom. Como no prin- graça, torna-se vida desgraçada e a des(graça) Que testemunho se encontra naqueles que trico, centrado em Jesus Cristo”. Assim vence- cípio, para os cristãos, Deus continua a fazer o do outro não me dá vida. Apenas há sentido de vão à Eucaristia todos os Domingos e que di- remos a crise! convite que dirigiu a Abraão: “Vai...” posse, de violência, de solidão. Hoje como no ferenças entre estes e todos os outros, na lin- começo faz sentido as palavras de Deus: “Não é António Silva Carlos Costa Gomes guagem, no estilo e nas opções de vida?