SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
Télécharger pour lire hors ligne
ANÁLISE TEMÁTICA
A primeira leitura que o ser humano faz é a leitura do mundo que o rodeia.
O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as
quais convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o
desenvolvimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até
a leitura de textos escritos.
A primeira leitura que se faz de qualquer texto é senso-
rial. O leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação,
trata-a como um objeto em si, observando-a, apalpan-
do-a, avaliando seu aspecto físico e a sensação tátil que
desperta. (INFANTE, 1998, p.49).
Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeira-
mente interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna
maisfácileprodutivo.Muitasvezesacompreensãodeumtextovaialémdoque
está escrito, é preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a men-
sagem que se teve a intenção de passar.
Análise textual
2
Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem,
quepodeserformalouinformal.
O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas
especificamenteàescrita,enquantoalinguagemfaladaémaisflexíveleseadap-
talivrementeàsdiversassituações.
Apósaleituradeumtexto,cabeaoleitorverificarsecompreendeuamensa-
gem do autor.
Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de
responderalgumasquestõescomo:
a) Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê?
b) Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando res-
ponder?
c) Qual é o tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico?
d) Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a
resposta do autor à questão abordada no texto?
e)Quaissãoasideiassecundáriasouargumentosqueauxiliamafundamen-
tadas? Os argumentos são convincentes?
Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise
temática, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente
as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sinteti-
zam as ideias do autor.
ANÁLISE INTERPRETATIVA
Apósaanálisetemáticadeumtexto,faz-senecessáriointerpretá-lo,ouseja,
éprecisoformarumaideiaprópriasobreotextolido,lernasentrelinhas,explo-
rar toda riqueza dos argumentos expostos.
Nestemomento,oleitordeverefletircriticamentesobreasideiasapresenta-
das no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é importante identificar
claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros auto-
res que escreveram sobre o mesmo tema.
Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do
autor, bem como no contexto de outros textos.
Tambéménecessárioidentificarasteorias,correntes,validade,originalida-
3 4
de,profundidadeeamplitudedotema.Parafazeraanáliseinterpretativadeum
texto, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão.
Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições
de produzir conhecimento, fazendo novas proposições.
ANÁLISETEXTUAL
O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos
elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o
seujulgamentocrítico.
Existealgumadiferençaentrecompreendereinterpretarumtexto?
Existeumagrandediferençaentrecompreendereinterpretarumtexto.Para
compreenderumtexto,oleitordeveidentificarqualéaregênciaverbalempre-
gada – compreendendo, então, o significado exato das palavras – identificar as
referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o
texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto
quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.
Agrandemaioriadaspessoasacreditaqueémuitodifícillereinterpretarum
texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e
filtros.
Porém, cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito,
está dito e não pode ser modificado.
PARAQUEVOCÊ INTERPRETEADEQUADAMENTE
UM TEXTO, SIGAALGUMAS REGRAS
PFazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto.
PIdentificaraspalavrasdesconhecidasedescobrirseusignificadonodicio-
nário.
P Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está
tentandotransmitir.
PIdentificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e
Recapitulando
Como você viu neste capítulo, a intelecção de texto envolve uma
série de aspectos que precisam ser observados.
Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual foi a re-
gência verbal empregada – compreendendo o significado exato das pa-
lavras – e identificar as referências históricas, políticas, ou geográficas,
usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é con-
cluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou
opinando sobre o seu conteúdo.
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensa-
gem construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto
claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas,
sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da
voz passiva. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma
ordenada e lógica, com início, meio e fim.
A análise temática permite ao leitor elaborar esquemas coerentes e
que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a
elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor.
Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo,
ou seja, formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas,
explorar toda riqueza dos argumentos expostos.
Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter
lido outras obras sobre o mesmo tema em questão.
Que numa prova de um concurso ou processo seleti-
vo o que deve ser levado em consideração, na hora
de fazer a intelecção de um texto, é o que o autor diz
e nada mais!
Você
sabia?
5 6
eventuaismalícias.
P Não criticar as ideias do autor.
PLer cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central.
PQuando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos.
Então,vocêjátinhautilizadoalgumadessasregras?Émuitoimportanteaplicá-
las no seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios.
COERÊNCIATEXTUAL
O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem
construídaqueformaumtodosignificativo.“Apalavratextoorigina-sedover-
bo tecer: trata-se de um particípio – o mesmo que tecido.Assim,umtextoéum
tecido de palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13).
Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem
construídas,semambiguidades,redundâncias,modismoseempregoexcessivo
da voz passiva.
A coerência1
textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as
ideias apresentadas no texto.
Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógi-
ca,cominício,meioefim.Seusfatostambémdevemserapresentadosdeforma
coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.
É comum encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso
ocorre porque tanto a coerência quanto a coesão2
não estão sendo aplicadas.
Observe a frase a seguir: Fazendo sucesso com seu novo restaurante
que oferece pratos típicos, o Empresário José da Silva, localizado na
Rua dosAndradas, 265.Quem está localizado? O empresário ou o restauran-
te?
A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a constru-
ção das ideias de maneira bem elaborada.
“A maneira como são articuladas as ideias por meio das
palavras e das frases é que determina se há uma unida-
de de sentido ou apenas um amontoado de frases des-
conexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p. 371).
Segundo Cegalla (2000, p. 590) um bom texto deve ter:
P Correção gramatical – respeito às normas linguísticas.
P Concisão – dizer muito em poucas palavras.
P Clareza
P Precisão – empregar o termo adequado e de forma acertada.
P Naturalidade – evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos
aoleitor.
P Originalidade – evitar a vulgaridade e a imitação.
P Nobreza – evitar o uso de termos chulos.
P Harmonia– sercoloridoeelegante(usocriteriosodefigurasdelingua-
gem).
COESÃOTEXTUAL
A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma
adequada:
Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a
suacoesãotextual:
Pregênciasincorretas;
Pconcordâncias incorretas;
Pfrases inacabadas;
Pinadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes.
A coerência é também resultante da adequação
do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja,
àquilo o que o texto faz referência, que precisa
ser conhecido pelo receptor.
Você
sabia ?
1
Refere-se à unidade do tema.
2
É a conexão entre os elementos ou as partes do texto.
7 8
Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários
recursos linguísticos para unir orações e parágrafos.
Os mais conhecidos são:
P Conjunção – e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, por-
tanto, pois, como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc.
P Preposições – a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segun-
do etc.
P Pronomes – eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc.
P Advérbios – sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo,
além, não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc.
Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, vo-
cabulário rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância
para que o texto tenha coesão e clareza textual.
Se esses recursos forem mal empregados, o texto se tornará ambíguo e in-
coerente. Mas como um texto se torna ambíguo e incoerente?
A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o em-
prego de palavras de duplo sentido e por problemas de construção das frases.
A redundância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou des-
necessária.
Lembre-se,vocêécapazdeconstruirereconstruirosignificadodeumtexto
por meio da integração das novas informações com os conhecimentos prévios.
Portanto,acompreensãotextualdependetambémdoconhecimentodomundo.
ESTRUTURAINTERNAE TIPOS DE PARÁGRAFOS
Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda
alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto
por vários períodos que apresentam uma única ideia.
O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e
terminacomumsinaldepontuação–pontofinal,exclamaçãoououtroequiva-
lente.
VOCÊ SABE QUALADIFERENÇAENTRE FRASE E ORAÇÃO?
Aoração é a frase que contém um ou mais verbos.Afrase é um enunciado
com sentido completo, que pode ou não conter um verbo.
Podemos considerar o parágrafo como um pequeno texto e que deve ter um
tema delimitado (o quê?) e um objetivo claro (para quê?). Como todo o texto,
o parágrafo pode ser curto ou longo e deve apresentar introdução, desenvolvi-
mento e conclusão.
Como o parágrafo é um microtexto, estes podem ser narrativos, descriti-
vos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaboran-
do.Confiraaseguircaracterísticasquepodemauxiliarvocênaidentificaçãode
cada tipo de texto.
NARRAÇÃO
Prelato de fatos.
PPresença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo.
PApresentação de um conflito.
P USO de verbos de ação.
PGeralmente, é mesclada de descrições.
PO diálogo direto e o indireto são frequentes.
Não se deve usar parágrafos demasiadamente
longos, pois dificultam a transmissão de uma
ideia de forma clara e objetiva. Os parágrafos
longos podem confundir ou dispersar a atenção
do leitor.
Você
sabia ?
O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente,
composto por uma sequência de frases organizadas
em um ou mais períodos, que apresentam um ponto
de vista ou uma ideia básica.
Fique
alerta
9 10
DESCRIÇÃO
P Relato de pessoas, ambientes, objetos.
PPredomínio de atributos.
P Uso de verbos de ligação.
PEmpregofrequentedemetáforas,comparaçõeseoutrasfigurasdelingua-
gem.
PResultaemumaimagemfísicaoupsicológica.
DISSERTAÇÃO
PDefesadeumargumento:
a)Apresentação de uma tese que será defendida.
b)Desenvolvimentoouargumentação.
c) Fechamento.
PPredomíniodalinguagemobjetiva.
P Prevalece a denotação.
Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem,
organizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o prin-
cipal elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim.
Observe que quem conta a história é alguém de fora, que apenas narra os
fatos,sememitiropiniões.
Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações,
lugares etc.Adescrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou
dissertativo,poisauxiliaoleitoraimaginaracenaouolocal.
Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observa-
dor.Adescriçãoéutilizada,principalmente,emrelatóriosdeexperimentosque
você realiza nos laboratórios.
Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto,
queeledefendeouquestiona,apresentandoargumentosqueembasamseuponto
devista.
Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu
ponto de vista.
Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo correta-
mente, para deixar sua ideia clara e objetiva.
UNIDADE INTERNA
Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvi-
do. Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se
muda de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados
em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de
tal forma que o leitor compreenda o texto.
Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza.
Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor
do texto. Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta,
pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural deles. Em alguns ca-
sos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão
de ideias seja apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o
tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto
que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro
do parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebus-
cados.
Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal,
umdesenvolvimentoeumaconclusão.
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE
CADAUMADESSAS ETAPAS
Introdução ou tópico frasal
Apresentar, em uma ou duas frases curtas, a ideia principal do parágrafo
deixando claro o seu objetivo.
11 12
Desenvolvimento
Amplia-seotópicofrasalapresentandoasideiasqueesclarecemouembasam
a ideia central do parágrafo.
Conclusão
Retorna-se a ideia central analisando-se os diversos aspectos apresentados
nodesenvolvimento,fazendoumaamarraçãoentretodosostópicosabordados
no parágrafo.
Conceito é aquilo que a mente concebe ou enten-
de: uma ideia ou noção, representação geral e
abstrata de uma realidade.
Você
sabia ?
A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as caracte-
rísticas,qualidadesouespecificaçõesdeseresanimadosouinanimados(pesso-
as, impressões, coisas, locais, cenários, odores, ruídos ou processos) a partir
de um determinado ponto de vista.
A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem de tal
forma que o leitor possa visualizar em sua mente, o que o autor está querendo
transmitir.
Aintençãodoautordessetipodetextoépermitirqueoleitorpossavisualizar
mentalmente a cena descrita, a fim de localizá-la, identificá-la ou qualificá-la,
segundo os objetivos do texto.
Diante de duas estantes diferentes, pode-se identificá-las por meio do subs-
tantivo: estante. Essa palavra identifica o objeto, mas não o descreve.Aestante
pode ser pequena, grande, antiga, moderna, quebrada.
Oobjetivodadescriçãoétransmitiraoleitoraimagem,percebidapeloautor
dotextoe,porisso,osadjetivoseatributossãoelementosimportantesnacons-
trução desse tipo de texto.
Um texto descritivo utiliza verbos de ligação. Os verbos de ligação não
indicamação,fazemaligaçãoentreosujeito(serdequemsefala)esuascarac-
terísticas(predicativosdosujeito).
O texto descritivo também deve ser figurativo, relatando propriedades e as-
pectos simultâneos dos elementos não existindo relação de anterioridade e
posterioridade entre os enunciados, ou seja, não existe progressão temporal.
Então, o que é preciso para que um texto descritivo tenha qualidade? Para
que um texto descritivo tenha qualidade deve-se:
a)utilizarlinguagemclaraedireta;
b) escrever o texto com riqueza de detalhes;
Descrição
13 14
c) separar os detalhes físicos dos psicológicos.
Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto,
ser ou acesso) e um conjunto de dados pertinentes ao tema.
SegundoInfante(1998)paraescreverumtextodescritivoénecessáriofazer
um plano de trabalho respondendo questões como:
a) Quais são os dados que serão usados?
b) Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo?
c) Qual a melhor ordem a ser seguida?
d) Que tipo de impressão geral deve ser transmitido?
e)Qualafinalidadedotexto?(informar,convencer,transmitirimpressõesou
comunicaremoçõesaoleitor?).
Vale lembrar que a seleção dos dados pode ser limitada pela falta de conhe-
cimento do assunto por parte do observador, pelo local onde ele se encontra,
bem como, por fatores psicológicos.
SegundoInfante(1998)ostextosdescritivosnormalmenteestãoincorpora-
dos aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do
ponto de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados
paraodesenvolvimentodaargumentação).
Segundo Cestari (2011) todos os seres existentes no mundo físico, psicoló-
gicoouimagináriopodemserdescritos.
Paracompreendermelhorvejaalgunsexemplos:
a) Mundo físico: Kika era uma simpática dash-hound, de olhos castanhos
epelobrilhante.
b) Mundo psicológico: “A bondade era morna e leve, cheirava a carne
crua guardada há muito tempo.” (Clarice Lispector).
c) Mundo imaginário: Eu sou a Moça Fantasma que espera na rua do
Chumbo o carro da madrugada.
Da mesma forma, segundo Cestari (2011) pode-se descrever física e psico-
logicamente tanto pessoas quanto personagens.
a) Física: fornece características exteriores como altura, cor dos olhos, ca-
belo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes.
Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura
mediana, magra. Parecia um anjo.
a) Psicológica – apresenta o modo de ser da pessoa ou personagem, seus
hábitos, atitudes e personalidade, características interiores.
Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a
realidade.
Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma
seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audi-
ção,visão,olfato,paladaretato)epodemsofrerlimitações,conformevocêviu
anteriormente.
P Visuais: A mulher vestia um vestido desbotado de malha surrada e
as unhas tinham o esmalte descascado nas pontas encardidas.
P Auditivas: Da sala de aula ao lado, a única com luz acesa, vinha um
som abafado de vozes de mulheres reclamando.
P Olfativas: As ruas da cidade exalavam um cheiro forte de mofo e
podre depois daquela tragédia que se abateu sobre ela.
P Táteis: Ficou com nojo ao sentir uma coisa quente, mole e viscosa
debaixo de seu pé.
P Gustativas: O brigadeiro tem um sabor de morango com um toque
de vinho.
Seu estado de espírito, seu ponto de vista sobre o
tema abordado e os objetivos que se pretende atin-
gir, influenciarão na seleção dos dados e na organi-
zação do texto. Apenas a descrição técnica tem ob-
jetividade absoluta e não pode ser influenciada pelo
pensamento do autor.
Fique
alerta
15 16
A descrição pode ser de duas formas. Confira:
a) Subjetiva: quando o texto apresenta-se com uma visão pessoal do autor.
b) Objetiva: quando o texto apresenta-se de forma concreta, sem juízo de
valor.Exemplo:adescriçãotécnica.
DESCRIÇÃO DE OBJETO, PROCESSO EAMBIENTE
Quer saber qual a diferença entre descrição de objeto, processo e ambiente?
Acompanheatentamenteaseguir.
A descrição de objeto, normalmente, é estática e tem a finalidade de identi-
ficar. As qualidades fundamentais desse tipo de descrição são:
a)objetividade;
b)simplicidade;
c) precisão.
Na descrição de objeto podem ser empregadas a linguagem denotativa e a
conotativa.
Adescriçãodeprocesso,normalmentetécnica,utilizaalinguagemprecisae
científicaparadescrever:
Pprocessos;
Paparelhos;
Pexperiências;
Pmecanismos;
Prelatórios;
Preceitasculinárias;
Pfórmulasderemédios.
Nesse tipo de texto, as informações devem ser apresentadas com palavras e
frases claras e objetivas, de forma que o leitor compreenda o texto de forma
inequívoca. Ela também exige que o autor do texto tenha um conhecimento
profundo do assunto ou da observação feita.
Esse tipo de texto pode vir acompanhado de mapas, desenhos, fotos, dia-
gramas ou fluxogramas para auxiliar o leitor a compreender a mensagem do
autor.
A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou lo-
calizaroleitor,tantopelanecessidadedeprecisãoinformativa,quantoparadar
verossimilhança1
.
Nesse tipo de descrição, as informações fornecidas caracterizam o objeto
do texto e não apresentam a opinião do leitor sobre a paisagem.
Conhecendo cada um dos tipos de descrição, você poderá elaborar um
texto de acordo com a necessidade e objetivos. Explore todas as informações
disponíveis até o momento. Lembre-se de que a construção do conhecimento
acontece por diversas formas de aprendizagem.
Ao escrever um texto, você pode usar tanto o signi-
ficado real da palavra (denotação), quanto o senti-
do figurado (conotação). Quando duas ou mais pa-
lavras tem significados diferentes e as grafias idên-
ticas, são chamadas de homônimos.
Fique
alerta
1
ligação, nexo ou harmonia entre fatos, idéias etc. numa obra literária, ainda que os elemen-
tos imaginosos ou fantásticos sejam determinantes no texto; coerência.
17 18
No cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e
expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumenta-
ção.
É a atitude linguística da dissertação que permite fazer
uso da linguagem a fim de expor ideias, desenvolver
raciocínios, encadear argumentos, atingir conclusões. Os
textos dissertativos são produtos dessa atitude e partici-
pam ativamente do nosso cotidiano falado e escrito. (IN-
FANTE, 2000, p. 159).
Adissertaçãoéotipodetextomaisutilizadonosmeiosacadêmicoeempre-
sarial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese.
O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é,
por meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias
opiniões e/ou chegar a conclusões.
Segundo Campedelli e Souza (2000, p. 187) um texto dissertativo possui as
seguintescaracterísticas:
P É um texto temático:
– tudo nele evolui a partir de um raciocínio.
P É um texto que analisa e interpreta.
P Aposta para relações lógicas de ideias:
– faz comparações.
– mostra correspondências.
–analisaconsequências.
Uma dissertação se divide em três partes: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
INTRODUÇÃO
P Definir a questão, situando o problema, descrevendo a tese que será
defendidanodesenvolvimento.
P Indicar o caminho a seguir.
DESENVOLVIMENTO
P Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia
proposta na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências,
comparações e ligações a fim de comprovar a tese.
CONCLUSÃO
P Deve ser breve e marcante.
P Retomar a tese.
P Recapitular as ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fe-
chamento ao texto.
ARGUMENTAÇÃO
O texto dissertativo apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. Para
defender um ponto de vista é preciso saber argumentar.
Dissertação
Na lógica, um argumento é um conjunto de uma
ou mais sentenças declarativas, também conhe-
cidas como proposições, ou ainda, premissas,
acompanhadas de uma outra frase declarativa
conhecida como conclusão.
Você
sabia ?
19 20
Segundo Sarmento (2004, p. 412) existem quatro tipos de argumentos:
P Argumentação com base em citação: o autor usa uma frase de al-
guém conceituado no assunto para amparar a sua argumentação. Ou seja,
cita-se a frase de outro autor para fundamentar a argumentação e dar
credibilidade e prestígio ao novo texto que está sendo produzido.
P Argumentação com base no senso comum: apoia-se nos conceitos
reconhecidos pela sociedade como um todo.
P Argumentação com base em evidências: usa-se dados ou estatísti-
cas que comprovem a tese a ser desenvolvida, dando credibilidade ao texto.
P Argumentação com base no raciocínio lógico: apresenta-se uma
sequência lógica dos fatos – primeiro as causas e depois os efeitos.
ConformeSerafini(1977)paraelaborarumtexto,existemalgumasregras:
a) TENHA UM PLANO
Distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas.
Identifique as características da redação que são:
Pdestinatário;
Pobjetivo do texto;
Pgênero do texto (conto, diálogo, poesia, narrativo, descritivo, de opinião
etc.);
Pextensão do texto;
Pcritérios de avaliação.
b) ORDENEAS IDEIAS
PSelecioneasinformações.
PRegistre os seus pensamentos.
PNão se preocupe inicialmente se as ideias não têm ligação entre si.
P Faça a associação de ideias.
POrganize as ideias em mapas conceituais.
PFaça um roteiro.
PDefina a sua tese ou pontos de vista a serem apresentados no texto.
c) ORGANIZE O TEXTO E REDIJA
PO parágrafo é composto por vários períodos, explorando uma única ideia
do roteiro.
P Faça a conexão dos parágrafos.
P Observe a pontuação.
PElabore a introdução e a conclusão.
d) REVISÃO
P Faça a revisão do conteúdo.
PReveja a ortografia e a pontuação.
P Redija o texto sem erros e sem rasuras.
PSaber argumentar em um texto dissertativo para atingir o objetivo não é
tarefafácil.
Que nas dissertações não se deve desenvolver pe-
ríodos muito longos e nem muito curtos. Muito
menos utilizar expressões como “eu acho” ou
“quem sabe um dia”, porque mostram dúvidas
sobre seus próprios argumentos.
Você
sabia ?
Esse material é parte integrante de:
SENAI/DEPARTAMENTO REGIONALDE SANTACATARINA. Comu-
nicação oral e escrita. Brasília: SENAI/DN, 2012.

Contenu connexe

Tendances

Tendances (20)

Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTAAULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
 
Gênero notícia
Gênero notíciaGênero notícia
Gênero notícia
 
Como elaborar uma resenha
Como elaborar uma resenhaComo elaborar uma resenha
Como elaborar uma resenha
 
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdfFICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
FICHA - TIPOLOGIAS TEXTUAIS - Gabarito.pdf
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
 
Diferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumentoDiferença entre tese e argumento
Diferença entre tese e argumento
 
LINGUA PORTUGUESA- DESCRITORES
LINGUA PORTUGUESA- DESCRITORESLINGUA PORTUGUESA- DESCRITORES
LINGUA PORTUGUESA- DESCRITORES
 
Analise textual
Analise textualAnalise textual
Analise textual
 
Oficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoOficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º ano
 
Tipologia textual
Tipologia textualTipologia textual
Tipologia textual
 
Tipos de sujeito
Tipos de sujeitoTipos de sujeito
Tipos de sujeito
 
Oficina de Gêneros Textuais em sala de aula
Oficina de Gêneros Textuais em sala de aulaOficina de Gêneros Textuais em sala de aula
Oficina de Gêneros Textuais em sala de aula
 
Resumo - gênero textual
Resumo - gênero textualResumo - gênero textual
Resumo - gênero textual
 
Coesão Textual
Coesão TextualCoesão Textual
Coesão Textual
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto
 
Romance
RomanceRomance
Romance
 
SLIDES – TIRINHAS.
SLIDES – TIRINHAS.SLIDES – TIRINHAS.
SLIDES – TIRINHAS.
 
10. tipos de argumento
10. tipos de argumento10. tipos de argumento
10. tipos de argumento
 

En vedette

Analise textual online
Analise textual onlineAnalise textual online
Analise textual onlineplanejando
 
Revisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualRevisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualgiseldagb
 
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso entremeios e fronteiras
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso   entremeios e fronteiras Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso   entremeios e fronteiras
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso entremeios e fronteiras Diego Moreau
 
Dissertação analise unicamp 2004
Dissertação analise unicamp 2004Dissertação analise unicamp 2004
Dissertação analise unicamp 2004Tia Jana Professora
 
Alves , rubem entre a ciencia e a sapiencia
Alves , rubem   entre a ciencia e a sapienciaAlves , rubem   entre a ciencia e a sapiencia
Alves , rubem entre a ciencia e a sapienciabicalhoale
 
Lista funcao quadratica
Lista funcao quadraticaLista funcao quadratica
Lista funcao quadraticalittlevic4
 
Resumo completo analise textual aulas 1 10
Resumo completo analise textual aulas 1 10Resumo completo analise textual aulas 1 10
Resumo completo analise textual aulas 1 10Janair E Edvonaldo
 
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2Pablo Siqueira
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativolegrindie
 
504 interpretação de textos apostila amostra.
504 interpretação de textos  apostila amostra.504 interpretação de textos  apostila amostra.
504 interpretação de textos apostila amostra.Ajudar Pessoas
 
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011Ivanir Marcelina
 
Compreensão de textos
Compreensão de textosCompreensão de textos
Compreensão de textosLindiomar Rios
 
Texto dissertativo / argumentativo - A estrutura
Texto dissertativo / argumentativo - A estruturaTexto dissertativo / argumentativo - A estrutura
Texto dissertativo / argumentativo - A estruturaRobson Melo
 

En vedette (20)

Analise textual online
Analise textual onlineAnalise textual online
Analise textual online
 
Revisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textualRevisaoa Av2 de analise textual
Revisaoa Av2 de analise textual
 
Análise textual av1
Análise textual av1Análise textual av1
Análise textual av1
 
teste Aula 01
teste Aula 01teste Aula 01
teste Aula 01
 
Analise textual online
Analise textual onlineAnalise textual online
Analise textual online
 
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso entremeios e fronteiras
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso   entremeios e fronteiras Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso   entremeios e fronteiras
Apostila Análise Textual - Língua uso e discurso entremeios e fronteiras
 
Dissertação analise unicamp 2004
Dissertação analise unicamp 2004Dissertação analise unicamp 2004
Dissertação analise unicamp 2004
 
Esquema redação
Esquema redaçãoEsquema redação
Esquema redação
 
Alves , rubem entre a ciencia e a sapiencia
Alves , rubem   entre a ciencia e a sapienciaAlves , rubem   entre a ciencia e a sapiencia
Alves , rubem entre a ciencia e a sapiencia
 
Lista funcao quadratica
Lista funcao quadraticaLista funcao quadratica
Lista funcao quadratica
 
Resumo completo analise textual aulas 1 10
Resumo completo analise textual aulas 1 10Resumo completo analise textual aulas 1 10
Resumo completo analise textual aulas 1 10
 
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
ANÁLISE TEXTUAL: "O escritor multimídia" e Roteiro"- Literatura - G2
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativo
 
504 interpretação de textos apostila amostra.
504 interpretação de textos  apostila amostra.504 interpretação de textos  apostila amostra.
504 interpretação de textos apostila amostra.
 
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011
Leitura e escrita 1º e 2º anos iza_locatelli_2011
 
Análise de Textos
Análise de TextosAnálise de Textos
Análise de Textos
 
Compreensão de textos
Compreensão de textosCompreensão de textos
Compreensão de textos
 
Texto dissertativo / argumentativo - A estrutura
Texto dissertativo / argumentativo - A estruturaTexto dissertativo / argumentativo - A estrutura
Texto dissertativo / argumentativo - A estrutura
 
Text Ayrton Senna
Text Ayrton Senna Text Ayrton Senna
Text Ayrton Senna
 
português instrumental
  português instrumental  português instrumental
português instrumental
 

Similaire à Análise textual

Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Elenjusse Martins
 
Apostila de portugues com nova ortografia
Apostila de portugues com nova ortografiaApostila de portugues com nova ortografia
Apostila de portugues com nova ortografiaSalomao Severo da Silva
 
ideias principais das secudnarias.pdf
ideias principais das secudnarias.pdfideias principais das secudnarias.pdf
ideias principais das secudnarias.pdfKarlianaArruda1
 
A documentação como método de estudo.ppt
A documentação como método de estudo.pptA documentação como método de estudo.ppt
A documentação como método de estudo.pptFranciscaKeilaSilvad
 
6 diretrizes para leitura
6  diretrizes para leitura6  diretrizes para leitura
6 diretrizes para leituraNão Quero
 
Desenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitoraDesenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitoraFatima Costa
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO Sônia Maciel Alves
 
1ª série E. M. - Interpretação de Texto
1ª série E. M. - Interpretação de Texto1ª série E. M. - Interpretação de Texto
1ª série E. M. - Interpretação de TextoAngélica Manenti
 
9º ano E. F. II - Interpretação de Texto
9º ano E. F. II - Interpretação de Texto9º ano E. F. II - Interpretação de Texto
9º ano E. F. II - Interpretação de TextoAngélica Manenti
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo7 de Setembro
 
Interpretação de Textos - slides final.pptx
Interpretação de Textos - slides final.pptxInterpretação de Textos - slides final.pptx
Interpretação de Textos - slides final.pptxElkeTicianeVieiraSak
 
Como escrever texto_científico
Como escrever texto_científicoComo escrever texto_científico
Como escrever texto_científicomatemagico10lula
 
Aula 12 interpretação e ordenação textual
Aula 12   interpretação e ordenação textualAula 12   interpretação e ordenação textual
Aula 12 interpretação e ordenação textualJ M
 
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2Thomas Willams
 
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdfELIVELSON MAIA
 

Similaire à Análise textual (20)

1 lingua portuguesa
1 lingua portuguesa1 lingua portuguesa
1 lingua portuguesa
 
Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto
 
Apostila de portugues com nova ortografia
Apostila de portugues com nova ortografiaApostila de portugues com nova ortografia
Apostila de portugues com nova ortografia
 
ideias principais das secudnarias.pdf
ideias principais das secudnarias.pdfideias principais das secudnarias.pdf
ideias principais das secudnarias.pdf
 
A documentação como método de estudo.ppt
A documentação como método de estudo.pptA documentação como método de estudo.ppt
A documentação como método de estudo.ppt
 
6 diretrizes para leitura
6  diretrizes para leitura6  diretrizes para leitura
6 diretrizes para leitura
 
Desenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitoraDesenvolvendo competencia.leitora
Desenvolvendo competencia.leitora
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
 
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana LuisaLingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
 
1ª série E. M. - Interpretação de Texto
1ª série E. M. - Interpretação de Texto1ª série E. M. - Interpretação de Texto
1ª série E. M. - Interpretação de Texto
 
Metodologia Cientifica 2.pptx
Metodologia Cientifica 2.pptxMetodologia Cientifica 2.pptx
Metodologia Cientifica 2.pptx
 
Análise textual2
Análise textual2Análise textual2
Análise textual2
 
9º ano E. F. II - Interpretação de Texto
9º ano E. F. II - Interpretação de Texto9º ano E. F. II - Interpretação de Texto
9º ano E. F. II - Interpretação de Texto
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
Interpretação de Textos - slides final.pptx
Interpretação de Textos - slides final.pptxInterpretação de Textos - slides final.pptx
Interpretação de Textos - slides final.pptx
 
Como escrever texto_científico
Como escrever texto_científicoComo escrever texto_científico
Como escrever texto_científico
 
A redaç o cient fica
A redaç o cient ficaA redaç o cient fica
A redaç o cient fica
 
Aula 12 interpretação e ordenação textual
Aula 12   interpretação e ordenação textualAula 12   interpretação e ordenação textual
Aula 12 interpretação e ordenação textual
 
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2
Apostila CBTU - Língua portuguesa - Part #2
 
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf
01-apostila-versao-digital-lingua-portuguesa-015.909.942-05-1657644533.pdf
 

Dernier

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 

Dernier (20)

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 

Análise textual

  • 1. ANÁLISE TEMÁTICA A primeira leitura que o ser humano faz é a leitura do mundo que o rodeia. O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o desenvolvimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até a leitura de textos escritos. A primeira leitura que se faz de qualquer texto é senso- rial. O leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação, trata-a como um objeto em si, observando-a, apalpan- do-a, avaliando seu aspecto físico e a sensação tátil que desperta. (INFANTE, 1998, p.49). Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeira- mente interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna maisfácileprodutivo.Muitasvezesacompreensãodeumtextovaialémdoque está escrito, é preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a men- sagem que se teve a intenção de passar. Análise textual 2 Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem, quepodeserformalouinformal. O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas especificamenteàescrita,enquantoalinguagemfaladaémaisflexíveleseadap- talivrementeàsdiversassituações. Apósaleituradeumtexto,cabeaoleitorverificarsecompreendeuamensa- gem do autor. Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de responderalgumasquestõescomo: a) Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê? b) Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando res- ponder? c) Qual é o tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico? d) Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta do autor à questão abordada no texto? e)Quaissãoasideiassecundáriasouargumentosqueauxiliamafundamen- tadas? Os argumentos são convincentes? Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise temática, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sinteti- zam as ideias do autor. ANÁLISE INTERPRETATIVA Apósaanálisetemáticadeumtexto,faz-senecessáriointerpretá-lo,ouseja, éprecisoformarumaideiaprópriasobreotextolido,lernasentrelinhas,explo- rar toda riqueza dos argumentos expostos. Nestemomento,oleitordeverefletircriticamentesobreasideiasapresenta- das no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é importante identificar claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros auto- res que escreveram sobre o mesmo tema. Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, bem como no contexto de outros textos. Tambéménecessárioidentificarasteorias,correntes,validade,originalida-
  • 2. 3 4 de,profundidadeeamplitudedotema.Parafazeraanáliseinterpretativadeum texto, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão. Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições de produzir conhecimento, fazendo novas proposições. ANÁLISETEXTUAL O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o seujulgamentocrítico. Existealgumadiferençaentrecompreendereinterpretarumtexto? Existeumagrandediferençaentrecompreendereinterpretarumtexto.Para compreenderumtexto,oleitordeveidentificarqualéaregênciaverbalempre- gada – compreendendo, então, o significado exato das palavras – identificar as referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo. Agrandemaioriadaspessoasacreditaqueémuitodifícillereinterpretarum texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros. Porém, cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito, está dito e não pode ser modificado. PARAQUEVOCÊ INTERPRETEADEQUADAMENTE UM TEXTO, SIGAALGUMAS REGRAS PFazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto. PIdentificaraspalavrasdesconhecidasedescobrirseusignificadonodicio- nário. P Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está tentandotransmitir. PIdentificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e Recapitulando Como você viu neste capítulo, a intelecção de texto envolve uma série de aspectos que precisam ser observados. Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual foi a re- gência verbal empregada – compreendendo o significado exato das pa- lavras – e identificar as referências históricas, políticas, ou geográficas, usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é con- cluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo. O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensa- gem construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, com início, meio e fim. A análise temática permite ao leitor elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor. Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar toda riqueza dos argumentos expostos. Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão. Que numa prova de um concurso ou processo seleti- vo o que deve ser levado em consideração, na hora de fazer a intelecção de um texto, é o que o autor diz e nada mais! Você sabia?
  • 3. 5 6 eventuaismalícias. P Não criticar as ideias do autor. PLer cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central. PQuando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos. Então,vocêjátinhautilizadoalgumadessasregras?Émuitoimportanteaplicá- las no seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios. COERÊNCIATEXTUAL O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construídaqueformaumtodosignificativo.“Apalavratextoorigina-sedover- bo tecer: trata-se de um particípio – o mesmo que tecido.Assim,umtextoéum tecido de palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13). Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas,semambiguidades,redundâncias,modismoseempregoexcessivo da voz passiva. A coerência1 textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias apresentadas no texto. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógi- ca,cominício,meioefim.Seusfatostambémdevemserapresentadosdeforma coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto. É comum encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocorre porque tanto a coerência quanto a coesão2 não estão sendo aplicadas. Observe a frase a seguir: Fazendo sucesso com seu novo restaurante que oferece pratos típicos, o Empresário José da Silva, localizado na Rua dosAndradas, 265.Quem está localizado? O empresário ou o restauran- te? A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a constru- ção das ideias de maneira bem elaborada. “A maneira como são articuladas as ideias por meio das palavras e das frases é que determina se há uma unida- de de sentido ou apenas um amontoado de frases des- conexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p. 371). Segundo Cegalla (2000, p. 590) um bom texto deve ter: P Correção gramatical – respeito às normas linguísticas. P Concisão – dizer muito em poucas palavras. P Clareza P Precisão – empregar o termo adequado e de forma acertada. P Naturalidade – evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos aoleitor. P Originalidade – evitar a vulgaridade e a imitação. P Nobreza – evitar o uso de termos chulos. P Harmonia– sercoloridoeelegante(usocriteriosodefigurasdelingua- gem). COESÃOTEXTUAL A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma adequada: Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a suacoesãotextual: Pregênciasincorretas; Pconcordâncias incorretas; Pfrases inacabadas; Pinadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes. A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor. Você sabia ? 1 Refere-se à unidade do tema. 2 É a conexão entre os elementos ou as partes do texto.
  • 4. 7 8 Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários recursos linguísticos para unir orações e parágrafos. Os mais conhecidos são: P Conjunção – e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, por- tanto, pois, como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc. P Preposições – a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segun- do etc. P Pronomes – eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc. P Advérbios – sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além, não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc. Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, vo- cabulário rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para que o texto tenha coesão e clareza textual. Se esses recursos forem mal empregados, o texto se tornará ambíguo e in- coerente. Mas como um texto se torna ambíguo e incoerente? A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o em- prego de palavras de duplo sentido e por problemas de construção das frases. A redundância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou des- necessária. Lembre-se,vocêécapazdeconstruirereconstruirosignificadodeumtexto por meio da integração das novas informações com os conhecimentos prévios. Portanto,acompreensãotextualdependetambémdoconhecimentodomundo. ESTRUTURAINTERNAE TIPOS DE PARÁGRAFOS Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e terminacomumsinaldepontuação–pontofinal,exclamaçãoououtroequiva- lente. VOCÊ SABE QUALADIFERENÇAENTRE FRASE E ORAÇÃO? Aoração é a frase que contém um ou mais verbos.Afrase é um enunciado com sentido completo, que pode ou não conter um verbo. Podemos considerar o parágrafo como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um objetivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e deve apresentar introdução, desenvolvi- mento e conclusão. Como o parágrafo é um microtexto, estes podem ser narrativos, descriti- vos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaboran- do.Confiraaseguircaracterísticasquepodemauxiliarvocênaidentificaçãode cada tipo de texto. NARRAÇÃO Prelato de fatos. PPresença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo. PApresentação de um conflito. P USO de verbos de ação. PGeralmente, é mesclada de descrições. PO diálogo direto e o indireto são frequentes. Não se deve usar parágrafos demasiadamente longos, pois dificultam a transmissão de uma ideia de forma clara e objetiva. Os parágrafos longos podem confundir ou dispersar a atenção do leitor. Você sabia ? O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Fique alerta
  • 5. 9 10 DESCRIÇÃO P Relato de pessoas, ambientes, objetos. PPredomínio de atributos. P Uso de verbos de ligação. PEmpregofrequentedemetáforas,comparaçõeseoutrasfigurasdelingua- gem. PResultaemumaimagemfísicaoupsicológica. DISSERTAÇÃO PDefesadeumargumento: a)Apresentação de uma tese que será defendida. b)Desenvolvimentoouargumentação. c) Fechamento. PPredomíniodalinguagemobjetiva. P Prevalece a denotação. Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, organizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o prin- cipal elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim. Observe que quem conta a história é alguém de fora, que apenas narra os fatos,sememitiropiniões. Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, lugares etc.Adescrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dissertativo,poisauxiliaoleitoraimaginaracenaouolocal. Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observa- dor.Adescriçãoéutilizada,principalmente,emrelatóriosdeexperimentosque você realiza nos laboratórios. Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, queeledefendeouquestiona,apresentandoargumentosqueembasamseuponto devista. Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto de vista. Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo correta- mente, para deixar sua ideia clara e objetiva. UNIDADE INTERNA Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvi- do. Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se muda de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma que o leitor compreenda o texto. Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor do texto. Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta, pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural deles. Em alguns ca- sos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias seja apresentada de maneira harmoniosa. O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebus- cados. Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, umdesenvolvimentoeumaconclusão. CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE CADAUMADESSAS ETAPAS Introdução ou tópico frasal Apresentar, em uma ou duas frases curtas, a ideia principal do parágrafo deixando claro o seu objetivo.
  • 6. 11 12 Desenvolvimento Amplia-seotópicofrasalapresentandoasideiasqueesclarecemouembasam a ideia central do parágrafo. Conclusão Retorna-se a ideia central analisando-se os diversos aspectos apresentados nodesenvolvimento,fazendoumaamarraçãoentretodosostópicosabordados no parágrafo. Conceito é aquilo que a mente concebe ou enten- de: uma ideia ou noção, representação geral e abstrata de uma realidade. Você sabia ? A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as caracte- rísticas,qualidadesouespecificaçõesdeseresanimadosouinanimados(pesso- as, impressões, coisas, locais, cenários, odores, ruídos ou processos) a partir de um determinado ponto de vista. A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem de tal forma que o leitor possa visualizar em sua mente, o que o autor está querendo transmitir. Aintençãodoautordessetipodetextoépermitirqueoleitorpossavisualizar mentalmente a cena descrita, a fim de localizá-la, identificá-la ou qualificá-la, segundo os objetivos do texto. Diante de duas estantes diferentes, pode-se identificá-las por meio do subs- tantivo: estante. Essa palavra identifica o objeto, mas não o descreve.Aestante pode ser pequena, grande, antiga, moderna, quebrada. Oobjetivodadescriçãoétransmitiraoleitoraimagem,percebidapeloautor dotextoe,porisso,osadjetivoseatributossãoelementosimportantesnacons- trução desse tipo de texto. Um texto descritivo utiliza verbos de ligação. Os verbos de ligação não indicamação,fazemaligaçãoentreosujeito(serdequemsefala)esuascarac- terísticas(predicativosdosujeito). O texto descritivo também deve ser figurativo, relatando propriedades e as- pectos simultâneos dos elementos não existindo relação de anterioridade e posterioridade entre os enunciados, ou seja, não existe progressão temporal. Então, o que é preciso para que um texto descritivo tenha qualidade? Para que um texto descritivo tenha qualidade deve-se: a)utilizarlinguagemclaraedireta; b) escrever o texto com riqueza de detalhes; Descrição
  • 7. 13 14 c) separar os detalhes físicos dos psicológicos. Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou acesso) e um conjunto de dados pertinentes ao tema. SegundoInfante(1998)paraescreverumtextodescritivoénecessáriofazer um plano de trabalho respondendo questões como: a) Quais são os dados que serão usados? b) Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo? c) Qual a melhor ordem a ser seguida? d) Que tipo de impressão geral deve ser transmitido? e)Qualafinalidadedotexto?(informar,convencer,transmitirimpressõesou comunicaremoçõesaoleitor?). Vale lembrar que a seleção dos dados pode ser limitada pela falta de conhe- cimento do assunto por parte do observador, pelo local onde ele se encontra, bem como, por fatores psicológicos. SegundoInfante(1998)ostextosdescritivosnormalmenteestãoincorpora- dos aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados paraodesenvolvimentodaargumentação). Segundo Cestari (2011) todos os seres existentes no mundo físico, psicoló- gicoouimagináriopodemserdescritos. Paracompreendermelhorvejaalgunsexemplos: a) Mundo físico: Kika era uma simpática dash-hound, de olhos castanhos epelobrilhante. b) Mundo psicológico: “A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo.” (Clarice Lispector). c) Mundo imaginário: Eu sou a Moça Fantasma que espera na rua do Chumbo o carro da madrugada. Da mesma forma, segundo Cestari (2011) pode-se descrever física e psico- logicamente tanto pessoas quanto personagens. a) Física: fornece características exteriores como altura, cor dos olhos, ca- belo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes. Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura mediana, magra. Parecia um anjo. a) Psicológica – apresenta o modo de ser da pessoa ou personagem, seus hábitos, atitudes e personalidade, características interiores. Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a realidade. Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audi- ção,visão,olfato,paladaretato)epodemsofrerlimitações,conformevocêviu anteriormente. P Visuais: A mulher vestia um vestido desbotado de malha surrada e as unhas tinham o esmalte descascado nas pontas encardidas. P Auditivas: Da sala de aula ao lado, a única com luz acesa, vinha um som abafado de vozes de mulheres reclamando. P Olfativas: As ruas da cidade exalavam um cheiro forte de mofo e podre depois daquela tragédia que se abateu sobre ela. P Táteis: Ficou com nojo ao sentir uma coisa quente, mole e viscosa debaixo de seu pé. P Gustativas: O brigadeiro tem um sabor de morango com um toque de vinho. Seu estado de espírito, seu ponto de vista sobre o tema abordado e os objetivos que se pretende atin- gir, influenciarão na seleção dos dados e na organi- zação do texto. Apenas a descrição técnica tem ob- jetividade absoluta e não pode ser influenciada pelo pensamento do autor. Fique alerta
  • 8. 15 16 A descrição pode ser de duas formas. Confira: a) Subjetiva: quando o texto apresenta-se com uma visão pessoal do autor. b) Objetiva: quando o texto apresenta-se de forma concreta, sem juízo de valor.Exemplo:adescriçãotécnica. DESCRIÇÃO DE OBJETO, PROCESSO EAMBIENTE Quer saber qual a diferença entre descrição de objeto, processo e ambiente? Acompanheatentamenteaseguir. A descrição de objeto, normalmente, é estática e tem a finalidade de identi- ficar. As qualidades fundamentais desse tipo de descrição são: a)objetividade; b)simplicidade; c) precisão. Na descrição de objeto podem ser empregadas a linguagem denotativa e a conotativa. Adescriçãodeprocesso,normalmentetécnica,utilizaalinguagemprecisae científicaparadescrever: Pprocessos; Paparelhos; Pexperiências; Pmecanismos; Prelatórios; Preceitasculinárias; Pfórmulasderemédios. Nesse tipo de texto, as informações devem ser apresentadas com palavras e frases claras e objetivas, de forma que o leitor compreenda o texto de forma inequívoca. Ela também exige que o autor do texto tenha um conhecimento profundo do assunto ou da observação feita. Esse tipo de texto pode vir acompanhado de mapas, desenhos, fotos, dia- gramas ou fluxogramas para auxiliar o leitor a compreender a mensagem do autor. A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou lo- calizaroleitor,tantopelanecessidadedeprecisãoinformativa,quantoparadar verossimilhança1 . Nesse tipo de descrição, as informações fornecidas caracterizam o objeto do texto e não apresentam a opinião do leitor sobre a paisagem. Conhecendo cada um dos tipos de descrição, você poderá elaborar um texto de acordo com a necessidade e objetivos. Explore todas as informações disponíveis até o momento. Lembre-se de que a construção do conhecimento acontece por diversas formas de aprendizagem. Ao escrever um texto, você pode usar tanto o signi- ficado real da palavra (denotação), quanto o senti- do figurado (conotação). Quando duas ou mais pa- lavras tem significados diferentes e as grafias idên- ticas, são chamadas de homônimos. Fique alerta 1 ligação, nexo ou harmonia entre fatos, idéias etc. numa obra literária, ainda que os elemen- tos imaginosos ou fantásticos sejam determinantes no texto; coerência.
  • 9. 17 18 No cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumenta- ção. É a atitude linguística da dissertação que permite fazer uso da linguagem a fim de expor ideias, desenvolver raciocínios, encadear argumentos, atingir conclusões. Os textos dissertativos são produtos dessa atitude e partici- pam ativamente do nosso cotidiano falado e escrito. (IN- FANTE, 2000, p. 159). Adissertaçãoéotipodetextomaisutilizadonosmeiosacadêmicoeempre- sarial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e/ou chegar a conclusões. Segundo Campedelli e Souza (2000, p. 187) um texto dissertativo possui as seguintescaracterísticas: P É um texto temático: – tudo nele evolui a partir de um raciocínio. P É um texto que analisa e interpreta. P Aposta para relações lógicas de ideias: – faz comparações. – mostra correspondências. –analisaconsequências. Uma dissertação se divide em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. INTRODUÇÃO P Definir a questão, situando o problema, descrevendo a tese que será defendidanodesenvolvimento. P Indicar o caminho a seguir. DESENVOLVIMENTO P Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia proposta na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências, comparações e ligações a fim de comprovar a tese. CONCLUSÃO P Deve ser breve e marcante. P Retomar a tese. P Recapitular as ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fe- chamento ao texto. ARGUMENTAÇÃO O texto dissertativo apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. Para defender um ponto de vista é preciso saber argumentar. Dissertação Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais sentenças declarativas, também conhe- cidas como proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida como conclusão. Você sabia ?
  • 10. 19 20 Segundo Sarmento (2004, p. 412) existem quatro tipos de argumentos: P Argumentação com base em citação: o autor usa uma frase de al- guém conceituado no assunto para amparar a sua argumentação. Ou seja, cita-se a frase de outro autor para fundamentar a argumentação e dar credibilidade e prestígio ao novo texto que está sendo produzido. P Argumentação com base no senso comum: apoia-se nos conceitos reconhecidos pela sociedade como um todo. P Argumentação com base em evidências: usa-se dados ou estatísti- cas que comprovem a tese a ser desenvolvida, dando credibilidade ao texto. P Argumentação com base no raciocínio lógico: apresenta-se uma sequência lógica dos fatos – primeiro as causas e depois os efeitos. ConformeSerafini(1977)paraelaborarumtexto,existemalgumasregras: a) TENHA UM PLANO Distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas. Identifique as características da redação que são: Pdestinatário; Pobjetivo do texto; Pgênero do texto (conto, diálogo, poesia, narrativo, descritivo, de opinião etc.); Pextensão do texto; Pcritérios de avaliação. b) ORDENEAS IDEIAS PSelecioneasinformações. PRegistre os seus pensamentos. PNão se preocupe inicialmente se as ideias não têm ligação entre si. P Faça a associação de ideias. POrganize as ideias em mapas conceituais. PFaça um roteiro. PDefina a sua tese ou pontos de vista a serem apresentados no texto. c) ORGANIZE O TEXTO E REDIJA PO parágrafo é composto por vários períodos, explorando uma única ideia do roteiro. P Faça a conexão dos parágrafos. P Observe a pontuação. PElabore a introdução e a conclusão. d) REVISÃO P Faça a revisão do conteúdo. PReveja a ortografia e a pontuação. P Redija o texto sem erros e sem rasuras. PSaber argumentar em um texto dissertativo para atingir o objetivo não é tarefafácil. Que nas dissertações não se deve desenvolver pe- ríodos muito longos e nem muito curtos. Muito menos utilizar expressões como “eu acho” ou “quem sabe um dia”, porque mostram dúvidas sobre seus próprios argumentos. Você sabia ? Esse material é parte integrante de: SENAI/DEPARTAMENTO REGIONALDE SANTACATARINA. Comu- nicação oral e escrita. Brasília: SENAI/DN, 2012.