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CENTRO EDUCACIONAL DE NITERÓI (CEN) – Escola
Experimental

                  DESDE 1960 FAZENDO A DIFERENÇA




                                         HISTÓRIA


Fundamentação para o 2º segmento (do 6º ao 9º ano) :



Estamos desenvolvendo , a partir do ano de 2009, uma mudança de enfoque no ensino de História no
CEN, passando de uma visão linear e cronológica para uma visão temática. Desta forma viveremos,
ainda por mais dois anos, uma transição do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.



      A abordagem temática, nos parece a mais adequada a uma escola com a filosofia do CEN e vem
sendo adotada, além dos Parãmentros Curriculares Nacionais, por diversas escolas do país (por
exemplo, Santo Inácio, Rainha da Paz, Nobel, Mobile, etc).

   Romper com o ensino tradicional de História é um desejo expresso pela maioria dos professores de
História, que através de suas experiências, já realizam contribuições nesse sentido.

    Mas que pressupostos podem contribuir para uma ruptura com o ensino tradicional de História?




    Para nós, destacam-se os seguintes pressupostos para esta ruptura:
1. À perspectiva de uma história linear e evolutiva deve-se tratar o ensino de História como
processo, em que a seleção de temas ou conteúdos a serem estudados privilegiem a análise da
experiência humana e a compreensão das mudanças ou transformações que ocorreram na sociedade, ao
longo do tempo.




     2. Em vez de uma História baseada numa sucessão de fatos isolados e fragmentados, propõe-se a
seleção de temas que possibilitem a apreensão da realidade na sua totalidade, de forma dinâmica e
contraditória.




    3. À ideia da História como estudo do passado, professores e alunos devem tomar sempre o seu
presente como ponto de partida para a busca e a compreensão do conhecimento histórico.




     4. A um ensino de História pautado na memorização dos fatos sem significado propõe-se uma
prática de ensino que o instrumentalize na compreensão e interpretação da realidade social
contribuindo para a construção de sua identidade como sujeito da História.




     Nesse sentido, os conteúdos devem superar uma organização baseada em seqüências obrigatórias e
ir à direção de temas levantados a partir da realidade social presente, vinculada à realidade social dos
alunos e articulado ao universo das relações sociais.



      A experiência do aluno permeará o procedimento histórico relacionado ao ensino. Esse
procedimento histórico comporta alguns elementos que fazem parte da construção do conhecimento
histórico, tais como: explicação histórica, construção de conceitos históricos, o trabalho com as
temporalidades históricas, o uso escolar de documentos históricos e a apropriação das novas
tecnologias da informação e de seus produtos.

Só assim os educandos se tornarão conhecedores de sua própria história e da pluralidade de histórias
presentes e passadas, aprendendo a realizar análises, inferências e interpretações acerca da sociedade
atual.
Outra questão a ser analisada na produção do conhecimento histórico é a de que o fato histórico
não é uma verdade dada, pronta e acabada, mas algo que também é construído pelo historiador. E essa
transposição didática do conhecimento histórico em saber histórico é a problematização. Mas o que é
problematizar?




            [...]Problematizar é construir uma problemática acerca do passado, a




            partir de um objeto de estudo, tendo como referência o cotidiano




            e a realidade presente daqueles que vivem a História, bem como




            as questões postas pelos historiadores. [...] O importante é




            adquirir o hábito de colocar questões a respeito do presente e do




            passado [...] É preciso ir além, levantando hipóteses acerca do
conteúdo estudado, incitando o aluno a buscar um caminho para




            reconstruir o percurso do conhecimento sobre o passado e o




             presente. (SCHMIDT, In KUENZER, 2002, p. 208).




      As questões apresentadas na problematização referem-se ao próprio conhecimento prévio
dos alunos, à sua cultura experimental, às representações que eles construíram acerca do conteúdo
estudado e à memória histórica que eles possuem.



    Ensinar História a partir da experiência do aluno significa fazer com que ele se veja como partícipe
do processo histórico. Significa fazê-lo entender que a sua história é resultado de um movimento
dinâmico e processual da história da humanidade e compreender que ele também faz a História.



     É função do ensino de História fazer com que alunos e professores, a partir do diálogo entre
presente e passado, possam identificar as possibilidades de intervenção e participação na realidade em
que vivem.



     No ensino da História, o trabalho metodológico deve abordar a temporalidade. É preciso destacar,
de um lado, a importância de se trabalhar com a cronologia, como um instrumental para a localização
dos acontecimentos no tempo. De outro lado, propor o resgate simultâneo do passado e a análise da
história do presente, sendo as relações presente-passado      observadas a partir de noções de
sucessão, duração, simultaneidade, semelhanças e diferenças, mudanças e permanências,
continuidades e rupturas.



     Nesse processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos, a construção da narrativa
histórica é fundamental.
Segundo Ivo Mattozzi (2004), após a seleção do tema, o professor construirá uma narrativa através
de três formas: narração, descrição e argumentação, seguindo-se a explicação e a problematização.



     A narração é uma reconstrução que representa o processo histórico relativo às mudanças e
transformações por meio de acontecimentos que levem a um contexto inicial e a um final.



      A descrição representa as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos.



    A argumentação, explicação e problematização fazem com que a narrativa histórica seja a
construção de uma resposta para a problemática.

A explicação é à busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas, e
aargumentação é a resposta à problemática, a qual é constituída pela narração e descrição.



     Para que o conhecimento histórico seja produzido é preciso que se busque resposta para as
problematizações propostas através do uso de documentos.



      Nas correntes historiográficas tomadas como referência para a elaboração das Diretrizes
Curriculares de História do Estado do Paraná (2006), por exemplo, foi rompida a idéia do documento
escrito como única fonte confiável para o estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado:
imagens, objetos materiais, oralidade e os mais diversos documentos escritos são tomados como
vestígios do passado, a partir dos quais é possível produzir o conhecimento histórico. As imagens,
livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas
também são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos para a construção do
conhecimento histórico.



     Os conteúdos estruturantes de relações de trabalho, relações de poder e relações culturais devem
estar articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas.
Ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que mais bem responda a
problemática, o professor constitui o tema, o qual se desdobra nos conteúdos específicos que
fundamentam a resposta para a problemática. Mas, o que se entende por tematização?



      Para esta indagação, Ivo Mattozzi (2004) diz que :




           (...) o passado não pode representar-se em toda a sua complexidade,




           e o historiador se vê na obrigação de recortar um aspecto,




           fenômeno, processo, acontecimento, personagem...e instituí-lo




           como um fato histórico sobre o que focaliza o texto (MATTOZZI,




           2004, p. 43).




   Para tematizar um fato é preciso ter em mente três dimensões:
1. Ressaltar o aspecto ou os aspectos que se quer representar.




            2. Inscrever o fato em um período bem definido, com referências fixas do ponto de vista
temporal.




            3. Adotar um âmbito territorial de observação do fenômeno tematizado.




    A importância da tematização deve se ver refletida no ensino através de atos de mediação que
ajudem os alunos a entender que temas tem que estudar, que significado querem transmitir, qual a
arquitetura temática que torna possível a compreensão e a construção do fato histórico.




     (Parte do acima descrito foi adaptado de A HISTÓRIA TEMÁTICA E A QUESTÃO DE
GÊNERO: A MULHER NA SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA, de Marli Ossovski Podolan,
que pode ser encontrado em : www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/426-4.pdf)



A nova estruturação do ensino de História no 2º segmento do CEN : a transição de 2008 a 2011*



Devido a introdução do horário parcial na escola, resolvemos, em benefício especialemnte desses
alunos e , também, por considerarmos que os alunos do 6º e 7º ano de escolaridade ainda precisam de
um apoio maior, em busca de sua autonomia de estudos – além de alguns outros alunos serem, por sua
vez, novos no CEN - , introduzir, experimentalmente, um livro didático de História Temática, no 6º e
7º anos. O 8º e o 9º ano não adotarão livros didáticos.



N
a proposta apresentada ao final de 2008 e aprovada pela coordenação/direção, as temáticas gerais,
ficam assim distribuídas :



6

º ano : Temporalidade e Culturas

7

º ano : Diversidade e Conflitos

8

º ano : Terra e Propriedade

9

º ano : Cidadania



Como em todo processo de transição, corremos riscos e teremos problemas na adaptação programática
e curricular. Em 2010, por exemplo, o risco de vivermos, com alunos do 8º ano uma repetição de certos
assuntos é concreta, mas, como o ENFOQUE é diferente, consideramos perfeitamente possível
demonstrar, na prática, que são apenas assuntos vistos e trabalhados de outra forma.

Por fim, é preciso sempre lembrar que, desde há muito o ensino de História no CEN não segue os
programas “tradicionais”, pois a “prática” do CEN não é tradicional. Nos últimos 20 anos, ao menos,
jamais houve uma adaptação do programa a um livro ou a uma coleção, mas sempre uma adaptação de
diferentes livros, em diferentes momentos, à pedagogia resultante da proposta filosófica do CEN. Isso
significa, do ponto de vista da metodologia, que a temporalidade rígida dos livros didáticos e seu
sequenciamento ficam subordinados ao ritmos da turma real e concreta e do professor , e , não , à
chamada “ditadura” do mercado pasteurizado e uniformizado, na contramão de tudo o que se sabe ser
pedagogicamente recomendável e eficiente do ponto de vista não do resultado, mas da formação
integral do ser.



*

A fundamentação teórica para o Ensino Médio é aquela já presente na página da escola na internet.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA PARA HISTÓRIA TEMÁTICA 2009

  • 1. CENTRO EDUCACIONAL DE NITERÓI (CEN) – Escola Experimental DESDE 1960 FAZENDO A DIFERENÇA HISTÓRIA Fundamentação para o 2º segmento (do 6º ao 9º ano) : Estamos desenvolvendo , a partir do ano de 2009, uma mudança de enfoque no ensino de História no CEN, passando de uma visão linear e cronológica para uma visão temática. Desta forma viveremos, ainda por mais dois anos, uma transição do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A abordagem temática, nos parece a mais adequada a uma escola com a filosofia do CEN e vem sendo adotada, além dos Parãmentros Curriculares Nacionais, por diversas escolas do país (por exemplo, Santo Inácio, Rainha da Paz, Nobel, Mobile, etc). Romper com o ensino tradicional de História é um desejo expresso pela maioria dos professores de História, que através de suas experiências, já realizam contribuições nesse sentido. Mas que pressupostos podem contribuir para uma ruptura com o ensino tradicional de História? Para nós, destacam-se os seguintes pressupostos para esta ruptura:
  • 2. 1. À perspectiva de uma história linear e evolutiva deve-se tratar o ensino de História como processo, em que a seleção de temas ou conteúdos a serem estudados privilegiem a análise da experiência humana e a compreensão das mudanças ou transformações que ocorreram na sociedade, ao longo do tempo. 2. Em vez de uma História baseada numa sucessão de fatos isolados e fragmentados, propõe-se a seleção de temas que possibilitem a apreensão da realidade na sua totalidade, de forma dinâmica e contraditória. 3. À ideia da História como estudo do passado, professores e alunos devem tomar sempre o seu presente como ponto de partida para a busca e a compreensão do conhecimento histórico. 4. A um ensino de História pautado na memorização dos fatos sem significado propõe-se uma prática de ensino que o instrumentalize na compreensão e interpretação da realidade social contribuindo para a construção de sua identidade como sujeito da História. Nesse sentido, os conteúdos devem superar uma organização baseada em seqüências obrigatórias e ir à direção de temas levantados a partir da realidade social presente, vinculada à realidade social dos alunos e articulado ao universo das relações sociais. A experiência do aluno permeará o procedimento histórico relacionado ao ensino. Esse procedimento histórico comporta alguns elementos que fazem parte da construção do conhecimento histórico, tais como: explicação histórica, construção de conceitos históricos, o trabalho com as temporalidades históricas, o uso escolar de documentos históricos e a apropriação das novas tecnologias da informação e de seus produtos. Só assim os educandos se tornarão conhecedores de sua própria história e da pluralidade de histórias presentes e passadas, aprendendo a realizar análises, inferências e interpretações acerca da sociedade atual.
  • 3. Outra questão a ser analisada na produção do conhecimento histórico é a de que o fato histórico não é uma verdade dada, pronta e acabada, mas algo que também é construído pelo historiador. E essa transposição didática do conhecimento histórico em saber histórico é a problematização. Mas o que é problematizar? [...]Problematizar é construir uma problemática acerca do passado, a partir de um objeto de estudo, tendo como referência o cotidiano e a realidade presente daqueles que vivem a História, bem como as questões postas pelos historiadores. [...] O importante é adquirir o hábito de colocar questões a respeito do presente e do passado [...] É preciso ir além, levantando hipóteses acerca do
  • 4. conteúdo estudado, incitando o aluno a buscar um caminho para reconstruir o percurso do conhecimento sobre o passado e o presente. (SCHMIDT, In KUENZER, 2002, p. 208). As questões apresentadas na problematização referem-se ao próprio conhecimento prévio dos alunos, à sua cultura experimental, às representações que eles construíram acerca do conteúdo estudado e à memória histórica que eles possuem. Ensinar História a partir da experiência do aluno significa fazer com que ele se veja como partícipe do processo histórico. Significa fazê-lo entender que a sua história é resultado de um movimento dinâmico e processual da história da humanidade e compreender que ele também faz a História. É função do ensino de História fazer com que alunos e professores, a partir do diálogo entre presente e passado, possam identificar as possibilidades de intervenção e participação na realidade em que vivem. No ensino da História, o trabalho metodológico deve abordar a temporalidade. É preciso destacar, de um lado, a importância de se trabalhar com a cronologia, como um instrumental para a localização dos acontecimentos no tempo. De outro lado, propor o resgate simultâneo do passado e a análise da história do presente, sendo as relações presente-passado observadas a partir de noções de sucessão, duração, simultaneidade, semelhanças e diferenças, mudanças e permanências, continuidades e rupturas. Nesse processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos, a construção da narrativa histórica é fundamental.
  • 5. Segundo Ivo Mattozzi (2004), após a seleção do tema, o professor construirá uma narrativa através de três formas: narração, descrição e argumentação, seguindo-se a explicação e a problematização. A narração é uma reconstrução que representa o processo histórico relativo às mudanças e transformações por meio de acontecimentos que levem a um contexto inicial e a um final. A descrição representa as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos. A argumentação, explicação e problematização fazem com que a narrativa histórica seja a construção de uma resposta para a problemática. A explicação é à busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas, e aargumentação é a resposta à problemática, a qual é constituída pela narração e descrição. Para que o conhecimento histórico seja produzido é preciso que se busque resposta para as problematizações propostas através do uso de documentos. Nas correntes historiográficas tomadas como referência para a elaboração das Diretrizes Curriculares de História do Estado do Paraná (2006), por exemplo, foi rompida a idéia do documento escrito como única fonte confiável para o estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos materiais, oralidade e os mais diversos documentos escritos são tomados como vestígios do passado, a partir dos quais é possível produzir o conhecimento histórico. As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas também são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos para a construção do conhecimento histórico. Os conteúdos estruturantes de relações de trabalho, relações de poder e relações culturais devem estar articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas.
  • 6. Ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que mais bem responda a problemática, o professor constitui o tema, o qual se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a resposta para a problemática. Mas, o que se entende por tematização? Para esta indagação, Ivo Mattozzi (2004) diz que : (...) o passado não pode representar-se em toda a sua complexidade, e o historiador se vê na obrigação de recortar um aspecto, fenômeno, processo, acontecimento, personagem...e instituí-lo como um fato histórico sobre o que focaliza o texto (MATTOZZI, 2004, p. 43). Para tematizar um fato é preciso ter em mente três dimensões:
  • 7. 1. Ressaltar o aspecto ou os aspectos que se quer representar. 2. Inscrever o fato em um período bem definido, com referências fixas do ponto de vista temporal. 3. Adotar um âmbito territorial de observação do fenômeno tematizado. A importância da tematização deve se ver refletida no ensino através de atos de mediação que ajudem os alunos a entender que temas tem que estudar, que significado querem transmitir, qual a arquitetura temática que torna possível a compreensão e a construção do fato histórico. (Parte do acima descrito foi adaptado de A HISTÓRIA TEMÁTICA E A QUESTÃO DE GÊNERO: A MULHER NA SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA, de Marli Ossovski Podolan, que pode ser encontrado em : www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/426-4.pdf) A nova estruturação do ensino de História no 2º segmento do CEN : a transição de 2008 a 2011* Devido a introdução do horário parcial na escola, resolvemos, em benefício especialemnte desses alunos e , também, por considerarmos que os alunos do 6º e 7º ano de escolaridade ainda precisam de um apoio maior, em busca de sua autonomia de estudos – além de alguns outros alunos serem, por sua vez, novos no CEN - , introduzir, experimentalmente, um livro didático de História Temática, no 6º e 7º anos. O 8º e o 9º ano não adotarão livros didáticos. N
  • 8. a proposta apresentada ao final de 2008 e aprovada pela coordenação/direção, as temáticas gerais, ficam assim distribuídas : 6 º ano : Temporalidade e Culturas 7 º ano : Diversidade e Conflitos 8 º ano : Terra e Propriedade 9 º ano : Cidadania Como em todo processo de transição, corremos riscos e teremos problemas na adaptação programática e curricular. Em 2010, por exemplo, o risco de vivermos, com alunos do 8º ano uma repetição de certos assuntos é concreta, mas, como o ENFOQUE é diferente, consideramos perfeitamente possível demonstrar, na prática, que são apenas assuntos vistos e trabalhados de outra forma. Por fim, é preciso sempre lembrar que, desde há muito o ensino de História no CEN não segue os programas “tradicionais”, pois a “prática” do CEN não é tradicional. Nos últimos 20 anos, ao menos, jamais houve uma adaptação do programa a um livro ou a uma coleção, mas sempre uma adaptação de diferentes livros, em diferentes momentos, à pedagogia resultante da proposta filosófica do CEN. Isso significa, do ponto de vista da metodologia, que a temporalidade rígida dos livros didáticos e seu sequenciamento ficam subordinados ao ritmos da turma real e concreta e do professor , e , não , à chamada “ditadura” do mercado pasteurizado e uniformizado, na contramão de tudo o que se sabe ser pedagogicamente recomendável e eficiente do ponto de vista não do resultado, mas da formação integral do ser. * A fundamentação teórica para o Ensino Médio é aquela já presente na página da escola na internet.