3. O arquétipo do mago nos ensina sobre a criação, sobre nossa
capacidade de criar aquilo que jamais existiu, sobre afirmação de
nosso papel co-criadores do universo.
Nós criamos nosso mundo e, por conseguinte, somos responsáveis
por nossas próprias vidas.
4. As origens do que
sabemos e de nossa
tecnologia está na mente
de homens como o velho
aborígene. Ele, e todos
como ele nas sociedades
tribais e antigas, tinham
acesso à energia do
Mago. E é essa energia
que impulsiona a nossa
civilização moderna.
5. Todo conhecimento que exige um trabalho especial para ser adquirido é
domínio da energia do Mago. Seja o aprendiz de um mestre em eletricidade,
descobrindo os mistérios da alta voltagem; seja o estudante de medicina
estudando os segredos do corpo humano; seja o estagiário numa das escolas
de psicanálise. Todos estão exatamente na mesma posição.
6. Uma imagem clássica do Mago no
baralho de Tarô mostra um Mago
captando energia da Terra e do
Céu. O Céu – inspiração, sonhos,
visão – é equilibrado pelos fatos
terrenos da nossa existência
cotidiana.
Apesar da compreensão de que
somos uma pequena parte da
atividade de criação, afirmar a co-
criação com Deus é um ato de
grande autoafirmação.
Quando começamos a nos
responsabilizar por nossas vidas e
por nossa ação no mundo,
descobrimos que nós mesmos
somos o Mago.
7. Os antigos magos eram alquimistas. O ofício dos alquimistas conecta
0s aspectos terrestres - para a transmutação da matéria - , human0s
- pela busca da transformação interna - e cósmicos - por
compreender que sua energia deve ser aprimorada em conjunto
com suas experiências.
8. O poder do Mago tem por objetivo transformar a realidade através
de uma modificação da consciência. Isto requer técnicas atigas de
aprofundamento da cosnciência, de desenvolvimento psíquico e de
aperfeiçoamento da intuição.
9. É preciso abandonar a
concepção de que o Mago
é alguém que faz magia
para conquistar alguém
ou algo. Esta é a visão do
Órfão, que foge da
responsabilidade da
própria vida.
10. Uma eficiente maneira de transformar a sua vida é modificar a
maneira de atribuir nomes às experiências. As afirmações atuam no
nível mental e a mente influencia a matéria.
11. Os Magos frequentemente
usam rituais para alterar a
consciência ou transmutar
a realidade. Os rituais
também podem ser usados
na cura ou os
transformação como um
meio de concentrar atenção
das pessoas na modificação
desejada e de fazer com que
a consciência de todos os
envolvidos se concentre em
eliminar a realidade antiga
e saudar a chegada de uma
realidade nova e bem-
vinda.
12. O arquétipo do Mago é muito forte nos
políticos carismáticos, nos líderes
empresariais e em todo o campo do
marketing, que trabalha a influência da
consciência humana sobre o
comportamento.
13. Para o mago, o sagrado não é algo que está acima de nós, e sim algo
manente a nós mesmos, à natureza, à sociedade, à Terra e ao
cosmos. Senso de ligação com o todo e uma compreensão de que
aquilo que está dentro de nós contém tudo que está fora de nós
mesmos.
14. O Mago aprende que não somos
vítimas da vida; somos parte da
expansão dela, não ocultando
nossas naturezas para viver
segundo algum ideal de
perfeição, mas permitindo-nos
ser quem somos.
15. Isso implica abandonar a
ilusão de que podemos
forçar a vida a ajustar-se
a nossos scripts.
Os Magos descobrem que a força, numa nível mais profundo, não
funciona; que, se não fluírem com o universo, mas lutarem contra
ele, nem toda perseverança, habilidade, coragem ou sabedoria do
mundo os ajudarão a conseguir o que querem.
16. A disciplina exigida é a
clareza e força de vontade
para agir de acordo com
o seu ser interior mais
sábio. Essa disciplina
funciona num contexto
mais humilde . Os Magos
sabem que não são o
centro do universo.
17. O Mago é o arquétipo da reflexão.
E, por conseguinte, da energia da
introversão. O que entendemos
por introversão não é timidez,
mas sim a capacidade de se
afastar das tormentas internas e
externas e entrar em contato com
as verdades e os recursos
internos profundos.
18. A influência mútua entre o mundo interior e exterior funciona
através da sincronicidade, as “coincidências significativas”, que atua
como um campo magnético, atraindo para nós experiências que
correspondem às nossas realidades interiores
19. Os Magos permitem-se a confiar numa
força superior. “Assim seja!” e “Seja
feita a tua vontade” são expressões de
harmonia com o poder divino.
20. Os Magos são
geralmente
desafiados em
tempos de grande
transformação e
tumulto.
Os Magos são motivados pelo desejo de transformação pessoal e pela
oportunidade de mudar as pessoas, as organizações e a época.
21. Para isso, precisam liberar seus
demônios no mundo.
Muitos de nós não aprendemos a reconhecer e afirmar nossas
próprias necessidades. O Mago trabalha isto com mais
autoconhecimento e capacidade de auto expressão e afirmação.
22. Quando um indivíduo ou a sociedade está pronta para crescer, a
tarefa do mago consiste em permitir que elementos anteriormente
reprimidos ou negados aflorem.
23. Quanto mais as pessoas negam os aspectos desarmônicos das
sociedades, mais a falta de equilíbrio existe. O Mago tem o dever de
revelar aspectos destrutivos do meio que vive e buscar o significado.
Sua proeza está em transformar a realidade.
24. Quando o Mago afirma o seu poder, essa simples decisão faz com
que a sua influência se propague pelo mundo. Se comportar
simplesmente de forma autêntica faz as mudanças acontecerem.
25. Muitas pessoas temem ser honestos, porque ser honesto é tornar-se
vulnerável na hierarquia social. A honestidade é muito ameaçadora,
Significa expor nossas próprias imperfeições. No entanto, nas mãos
do Mago, a honestidade pode ser transformadora.
26. Ser honesto e franco a cada
momento implica em ser
profundamente vulnerável.
Porém, a honestidade não permite
a manipulação e o controle, mas a
intimidade, o amor e
ocasionalmente momentos
mágicos de transcendência.
27. Os Magos transcendem as concepções dualista e estáticas do bem e do mal
para ver a vida como um processo. As pessoas ajudam a promover ou
perturbar esse processo com as escolhas que fazem em suas vidas.
28. Para as mulheres chegarem ao
estágio do Mago é preciso ousar
em afirmar suas identidades
como Guerreiras, porque já são
socializadas para serem abertas
e receptivas.
Depois que declararem seu poder e autonomia poderão acolher o
feminino que verdadeiramente combinam com elas . Nessa
conjuntura, a feminilidade significa algo muito mais poderoso do
que a feminilidade convencional.
29. Como a concepção tradicional de masculinidade afastam os homens
da intimidade e da sensibilidade, eles precisam a superar ou
abandonar temporariamente os estágios do Guerreiro e do Caçador,
que são associados socialmente à masculinidade.
30. Assim, poderão refletir sobre quem
verdadeiramente são além de homens
guerreiros e caçadores . E mais, poderão
trabalhar pela comunhão humana com
outras mulheres guerreiras e caçadoras.
31. O Mago é um andrógino que integrou ambos os lados.
Quando os velhos papéis são abandonados em prol do novo
crescimento, homens e mulheres são mais capazes de transformar
seus mundos e possibilitar uma comunidade onde todos se
amparam e se valorizam.
32. A afirmação de nosso poder
pessoal e de nossas vocações
resulta no tipo mais básico de
magia: nós nos desenvolvemos e,
com isso, enriquecemos o mundo
à nossa volta.
33. Assim, a atmosfera interior do Mago de permissão e afirmação que
cria um clima no qual o que precisa acontecer acontece. Talvez você
já tenha conhecido pessoas assim: quando elas estão presentes as
coisas funcionam aparentemente sem esforços.
34. Características Principais
DESEJO BÁSICO: Conhecer as leis fundamentais do funcionamento
do mundo ou do Universo.
META: Tornar os sonhos realidade.
MEDO: Consequências negativas inesperadas.
Resposta ao problema: Transformá-lo ou curá-lo.
TAREFA: Sintonia do self com o cosmo
ARMADILHA: Tornar-se manipulador.
DOM: Poder pessoal
35. MOTIVAÇÃO: Pressentimentos, Intuição
NÍVEL1: Momentos mágicos e experiências de transformação extra-
sensoriais ou sincrônicas.
NÍVEL2: Inspiração para agir com base nas suas visões e sonhos e torna-
los reais, a experiência de fluxo.
NÍVEL3: Uso consciente do conhecimento de que cada coisa está ligada a
todas as outras; desenvolvimento da arte de transformar realidades
físicas através modificação de realidades mentais, emocionais e
espirituais.
SOMBRA: Manipulação, atração de negatividade, transformação de
ocorrências positivas em negativas e espera de milagres.
Níveis de Mago
36. Catalisador/Agente de mudança: vê oportunidades para a mudança ou
fornece impulso para a transformação inovadora
Idealista: vê possibilidades e desenvolve uma visão clara do futuro
Curador: Efeitos indivíduo ou grupo de cura
Intuitivo: Usa sincronicidades / palpites / serendipidade para definir um
rumo
Feiticeiro: tem um talento para resultados inesperados, fortuitos
Subtipos
37. Bibliografia
PEARSON, Carol S. O herói interior: Seis arquétipos que orientam
nossa vida. Editora Cultrix. São Paulo, 1997.
PEARSON, Carol S. O despertar do herói interior: A presença do
doze arquétipos nos processos de autodescoberta e de
transformação do mundo. Editora Pensamento. São Paulo, 1998.
MARK, Margaret; PEARSON, Carol S. O herói e o fora-da-lei:
Como construir marcas extraordinárias usando o poder dos
arquétipos. Editora Cultrix. São Paulo, 2011.
GILLETE, David; MOORE, Robert. Rei, Guerreiro, Mago, Amante.
A redescoberta dos arquétipos do masculino. Editora Campus,
1993.
38. Apresentação sobre o Arquétipo do Mago criada por Lorena Souza, Fábio
Espiga, Raiana Márcia, Madana Ribas, Ricardo Pinto, Laércio Santos, Sol
Mascarenhas e Tamara Novais.
Ao utilizar a apresentação, insira os devidos créditos bibliográficos e de
criação.
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