1) Quatro jovens judeus foram levados cativos para a Babilônia, onde foram submetidos a um processo de aculturamento pelo rei Nabucodonosor. Destes, Daniel se destaca por sua fidelidade e integridade a Deus.
2) Daniel propôs uma dieta alternativa ao chefe dos eunucos para evitar se contaminar com as iguarias oferecidas aos deuses babilônicos.
3) Daniel é apresentado como um modelo de excelência para a juventude por manter sua fé e integridade mesmo em meio à
8. Introdução
A lição de hoje retrata a história de quatro jovens
judeus levados cativos para a Babilônia. Dos quatro
rapazes - Daniel, Hananias, Misael e Azarias - a
pessoa de Daniel é quem tem maior ênfase nessa
narrativa. A sua fidelidade a Deus e integridade moral
são demonstradas em meio a uma cultura pagã. Fruto
da formação moral e espiritual recebida de seus pais,
as atitudes de Daniel fizeram-no desafiar a ordem do
rei da Babilônia, a maior autoridade do mundo de
outrora. Estamos no século 21, um tempo marcado
pelo paganismo. Ao lermos a história de Daniel e a de
seus amigos, somos desafiados a ter firmeza de
caráter. Adotando uma postura moral que jamais
negue a fé e a ética cristãs no mundo. A integridade
moral de Daniel tem muito a nos ensinar.
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10. 1. A situação moral e política de Judá.
Após a deposição do seu irmão Jeoacaz,
Jeoaquim (Dn 1.1) ascendeu ao trono de Judá
por intermédio de Neco, o faraó do Egito (2 Rs
23.34). Perversidades e rebeliões contra Deus
fizeram parte do antecedente histórico do rei
de Judá. No ano 606 a.C., Nabucodonosor
invadiu e dominou a cidade de Jerusalém
levando para a Babilônia os tesouros do
Templo. Mas as pretensões de Nabucodonosor
não eram somente de cunho material, e sim
igualmente cultural, pois ele levou os nobres da
casa real versados no conhecimento, dentre
os quais estavam Daniel, Hananias, Misael e
Azarias.
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12. 2. A situação espiritual de Judá.
Depois da grande reforma política e religiosa
em Judá, promovida pelo rei Josias, os filhos
deste se desviaram do Deus de Israel. Os
sacerdotes, a casa real e todo o povo
perverteram-se espiritualmente. O rei
Zedequias, por exemplo, "endureceu a sua
cerviz e tanto se obstinou no seu coração,
que se não converteu ao Senhor, Deus de
Israel" (2 Cr 36.13). Judá permitiu que a casa
de Deus fosse profanada pelas abominações
gentílicas. O reino do Sul conseguiu
entristecer o coração do Senhor!
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14. 3. O império babilônico arrasa o reino de Judá.
A sequência do texto do primeiro versículo diz: "veio
Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou" (v.1).
Houve três incursões do rei da Babilônia contra Judá. Na
primeira, o império babilônico levou os tesouros da casa do
Senhor. Isto ocorreu no terceiro ano do reinado de Jeoaquim
(ano 606 a.C.). Na segunda incursão, no oitavo ano do reinado
de Jeoaquim, Nabucodonosor deportou os nobres da casa real
(ano 597 a.C.). A última incursão deu-se no ano 586 a.C.,
quando o templo de Jerusalém foi saqueado, destruído e
queimado, bem como os muros da cidade santa, derrubados
(2 Rs 25.8-21). Nabucodonosor levou os utensílios da Casa de
Deus para o santuário da divindade babilônica, Marduque,
chamado também de Bel, a quem o rei babilônico atribuía
todas as conquistas imperiais.
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18. 1. A tentativa de aculturamento dos jovens hebreus
(1.3,4).
Os teóricos da psicologia definem caráter como "a
parte enrijecida da personalidade de uma pessoa". Os
jovens hebreus tinham um caráter ilibado, mediante a
educação e o testemunho observado em seus pais. Para
obter apoio daqueles jovens e usar a inteligência deles
ao seu favor, Nabucodonosor sabia que,
obrigatoriamente, teria de moldá-los, aculturando-os nas
ciências dos caldeus. Porém, muito cedo os babilônios
perceberam que a formação cultural e, sobretudo,
religiosa dos jovens hebreus, era forte. Não seria fácil
fazê-los esquecer de suas convicções de fé. Por isso,
Nabucodonosor os submeteu a processo de
aculturamento. Para esta finalidade, o imperador caldeu
elaborou um programa cultural que fosse eficaz na
extinção da cultura judaica: Os jovens hebreus
participariam da mesa do rei (1.5).
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20. 2. O caráter colocado à prova (1.5-8).
Daniel e os seus amigos foram colocados à prova em
uma cultura diferente de uma terra igualmente
estranha. A formação desses jovens chocava-se com
a cultura babilônica. Em outras palavras, eles eram
firmes em seu caráter! Em especial, no caso de
Daniel, o seu caráter íntegro tinha a ver com a sua
personalidade. Ele assentara em seu coração não se
contaminar com as iguarias do rei que, como se sabe,
eram oferecidas aos deuses de Babilônia. Daniel e os
seus companheiros, apesar de serem bem jovens,
demonstraram maturidade suficiente para reconhecer
que o exílio babilônico era fruto do pecado cometido
pelo povo de Judá e seus governantes.
21. O mundo hoje oferece um banquete
vistoso para contaminar os discípulos
de Cristo. Entretanto, devemos nos
ater ao exemplo de Daniel e dos seus
amigos. Aprendamos com eles, pois
as suas vidas não consistiam em
meras tradições religiosas, mas em
uma profunda comunhão com Deus.
Eles eram fiéis ao Deus de Israel e
guardavam a sua Palavra no
coração para não pecar contra Ele
(Sl 119.11).
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25. 1. Uma firme resolução: não se contaminar (Dn
1.8).
Quando Aspenaz, chefe dos eunucos,
recebeu ordens de Nabucodonosor para
preparar os jovens hebreus, ele os reuniu e
deu-lhes ordens quanto à dieta diária (1.5). Em
seguida, trocou-lhes os nomes hebreus por
outros babilônicos: Daniel foi chamado
"Beltessazar"; Hananias, "Sadraque"; Misael,
"Mesaque" e Azarias, "Abede- Nego". Porém,
cuidadosa e inteligentemente, Daniel propôs
outra dieta a Aspenaz e o convenceu. Como
as iguarias do rei da Babilônia eram oferecidas
aos deuses, Daniel e seus amigos não quiseram
se contaminar. Essa corajosa atitude
representava muito e tinha um profundo
significado na fé de Daniel e dos seus amigos.
Eles sabiam que seriam protegidos do mal!
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27. 2. Daniel, um modelo de excelência.
Mesmo sendo levado muito jovem para o
exílio babilônico, Daniel conhecia
verdadeiramente o Deus do seu povo. Daniel
tinha convicção de que alimento algum, por
melhor que fosse, teria mais valor que o
relacionamento entre ele e Deus. A exemplo
de outros jovens descritos na Bíblia - Samuel (1
Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1 Sm 16.12) e
Timóteo (2 Tm 3.15) -, Daniel é um modelo de
excelência para a juventude que busca uma
vida de retidão e compromisso com o
Evangelho e a sua ética. A devoção de Daniel
é inspiradora para todos que desejam conciliar
a vida cultural, em uma sociedade sem Deus,
com uma vida de oração e de compromisso
com o Evangelho (Dn 6.10).
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29. 3. Daniel: modelo de integridade x sociedade
corrupta. A imponência dos templos
babilônicos, o poder político do Estado e a
classe sacerdotal dos caldeus escondiam o
processo de corrupção sistemática que, mais
tarde, culminaria na queda daquele império.
Em meio a toda aquela cultura pagã, o jovem
Daniel manteve-se íntegro, crente, honrando a
Deus nas atividades políticas e respeitando as
autoridades superiores. Ele cumpriu os deveres
esperados de um bom cidadão babilônico.
Todavia, quando Daniel foi desafiado pelos
ministros do império a abandonar a fé, o
profeta não se dobrou, antes, continuou
perseverante na fé uma vez dada aos santos.
Mesmo que isto custasse a sua integridade
física. Daniel manteve-se fiel!
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34. Conclusão.
Como preservar um caráter puro em
meio a uma sociedade corrompida?
Esta pergunta pode ser respondida à luz
da vida de Daniel e seus amigos. Elas
estimulam-nos a ver a vida com o olhar
de Deus, o nosso Pai. Fomos chamados
por Deus a ser sal da terra e luz deste
mundo. Para isso, precisamos guardar o
nosso coração e viver uma vida de
comunhão com Deus. Testemunhando
o Evangelho para todos quantos
necessitam desta verdade libertadora.