O documento discute a eutanásia, definindo-a como provocar a morte indolor daqueles que sofrem. Apresenta casos reais de eutanásia passiva e ativa, voluntária e involuntária. Finalmente, mostra os resultados de uma pesquisa sobre as perspectivas éticas de estudantes sobre a eutanásia.
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
Eutanásia_EFA Sec Beiriz
1. Escola EB 2,3 de Beiriz
Controvérsias Éticas:
Actividade integradora dos Cursos EFA Secundário Abril 2009
2. Etimologicamente, eutanásia (do grego “eu”, boa,
e “thanatos”, morte) não significa outra coisa que
boa morte, simplesmente morrer bem.
Mas esta palavra adquiriu outro sentido, mais
específico: provocar a morte indolor aos que
sofrem.
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3. É quando alguém, através da sua acção,
provoca a morte deliberada de um paciente.
É quando alguém, por omissão, priva o paciente
dos cuidados básicos e essenciais à manutenção
da sua vida.
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4. É quando o paciente manifesta conscientemente
a sua vontade de morrer.
É quando o paciente não manifesta o seu desejo
de morrer, quer por impossibilidade de se
manifestar quer por desconhecimento das
intenções.
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5. Consiste em atrasar o mais possível o momento da morte, por
todos os meios, proporcionados ou não, ainda que não haja
esperança alguma de cura e ainda que isso signifique infligir ao
moribundo uns sofrimentos a mais para além dos que já
padece, e que, obviamente, não conseguirão afugentar a morte
inevitável, mas somente atrasá-la umas horas ou uns dias em
condições lamentáveis para o enfermo.
Verifica-se quando um médico ou outra pessoa fornece ao
doente a substância que lhe irá causar a morte sem, no
entanto, participar directamente na acção.
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6. Involuntária Passiva
Em Fevereiro de 1990, com 26 anos,
Terri Schiavo sofreu um ataque cardíaco
do qual resultou em falta de oxigenação
do cérebro e, como consequência, uma
severa lesão cerebral irreversível.
Apesar dos danos cerebrais, Terri mantinha a respiração, a pressão arterial e os
batimentos cardíacos autonomamente. No entanto, necessitava de um tubo de
alimentação ligado ao seu estômago para garantir a sua sobrevivência. Permaneceu
durante quase quinze anos em estado vegetativo .
Em 19 de Março de 2005, os médicos deixaram de lhe ministrar a alimentação
implicando uma morte agonizante que só viria a acontecer 14 dias mais tarde.
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7. Voluntária Passiva
Em 1992, com 19 anos, sofreu um
acidente de trânsito que a colocou num
coma considerado irreversível.
Os pais entraram numa batalha
judicial que pretendia a eutanásia
sustentada na argumentação de que Eluana teria declarado o desejo a morrer em vez
de viver uma vida vegetativa.
A decisão judicial, inicialmente, foi no sentido de negar a suspensão da alimentação
assistida, contudo, o recurso ao Supremo Tribunal Italiano levou à autorização do fim
da alimentação artificial.
Finalmente, aos 36 anos, Eluana, que foi transferida para a clínica “La Quiete” em
Udine, no norte de Itália, no dia 3, onde uma equipa de voluntários retirariam
gradualmente os suportes artificiais de vida, acabou por morrer no dia 9 de Fevereiro
de 2009. A autópsia revelou que a causa da morte foi paragem cardíaca provocada
pela desidratação.
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8. Voluntária Activa
Suicídio Assistido
Ramón Sampedro nasceu a 15 de Janeiro de 1943 em
Xuño, uma pequena aldeia da província de La Coruña.
Ramón percorreu o mundo num navio mercante norueguês onde exercia a função
de mecânico.
A tetraplegia surgiu aos 25 anos com um mergulho mal calculado de cimo de uma
rocha para o mar. A maré baixa e o impacto contra a areia provocaram a fractura da
sétima vértebra cervical.
Durante trinta anos esteve sempre preso a uma cama onde manifestou a intenção e
o desejo de pôr fim a sua própria vida. Em tribunal, lutou pelo direito à eutanásia sem
sucesso.
Em 1998, com 55 anos, deixou como herança a filmagem da sua própria morte. Na
imagem apenas se vê uma mão que coloca um copo com cloreto de potássio e que
Ramón bebeu através de uma palhinha.
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9. Estes resultados não têm carácter científico,
contudo, houve a preocupação de tornar a amostra
o mais credível possível, sustentando-se na
diversidade de alguns critérios que julgamos
importantes, tais como: o género, a idade, as
habilitações literárias e crença religiosa.
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10. Na sua opinião a Eutanásia é…
9
2.6
11.5
76.9
Uma morte assistida Um homicídio
Prolongamento da Vida Cuidados Paliativos de Saúde
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11. Concorda com a Eutanásia?
24.4
75.6
Sim Não
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12. Qual o tipo de Eutanásia que considera ser mais
legítima?
16.7
7.7
1.3
74.3
Voluntária Involuntária Todas Nenhuma
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13. Qual a melhor forma de a aplicar?
21.8
59
19.2
Administração de substância
Cessação de cuidados básicos à manutenção da vida
Em nenhuma circunstância
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14. Se o paciente estiver impossibilitado de manifestar o
desejo de morrer, quem deverá permitir a aplicação?
3.9
9.1
14.3
72.7
Tribunais Familiares Médicos Comissão de bio-ética
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15. Em que situações a eutanásia poderia ser aplicada?
4.5 4.5
20.5
48.9
21.6
Doença crónica em fase terminal
Doença incurável
Doença grave em que o doente se sente infeliz e inútil
Doença degenerativa
Nenhuma
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16. Considera ser necessário haver um referendo?
11.5
88.5
Sim Não
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17. Considera ter ao seu dispor toda a informação
necessária para responder às suas dúvidas sobre a
Eutanásia?
24.7
40.3
35
Sim Não Alguma
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18. Escola EB 2,3 de Beiriz
Controvérsias Éticas:
Professor Doutor Jorge Cunha
(Director da Faculdade de Teologia do Porto – Universidade Católica Portuguesa)
Doutor José Júlio Rocha
(Professor de Teologia Moral no Seminário Maior de Angra)
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