Qualidade na oferta da Educação Superior na modalidade a Distância: O Estado ...
MBA PUC Minas - Luciano Sathler
1. MBA GESTÃO AVANÇADA DE PESSOAS
TEMAS EMERGENTES EM GESTÃO
AVANÇADA DE PESSOAS : ASPECTOS
DA ORGANIZAÇÃO
GESTÃO CORPORATIVA
PROF. LUCIANO SATHLER
11.4366-5570
luciano.sathler@metodista.br
www.lucianosathler.pro.br
4. GOVERNANÇA CORPORATIVA
enquanto o conjunto de arranjos
institucionais que regem as
relações entre acionistas – ou
outros grupos – e as
administrações das empresas
LETHBRIDGE, E. Governança corporativa. Revista do BNDES, Rio de
Janeiro, n.8, dezembro de 1997.
5. GOVERNANÇA SOCIETÁRIA
tem a função de estabelecer os
vínculos necessários entre os donos
do capital, acionistas ou cotistas, no
sentido de definir a estrutura e a
organização da empresa com vistas
a valorizar os capitais aplicados.
RODRIGUES, J. A.; MENDES, G. M. Governança corporativa: estratégia
para geração de valor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
8. TEORIA DA AGÊNCIA
Em qualquer tipo de organização,
em todos os níveis de gestão,
sempre há necessidade de se
manter pessoas (agents) com
autoridade para tomar decisões,
com vistas ao atingimento dos fins
propostos.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior,
agency costs and ownership structure, 1976, Journal of Financial Economics,
October, 1976, V.3, N. 4, 305-360.
9. TEORIA DA AGÊNCIA
Essas pessoas são selecionadas e
recebem delegação para atuar em
nome de outros (principals), que
podem ser acionistas, controladores
ou mesmo a sociedade.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior, agency
costs and ownership structure, 1976, Journal of Financial Economics, October, 1976,
V.3, N. 4, 305-360.
10. TEORIA DA AGÊNCIA
Essa relação pressupõe alguns custos
(agency costs), tais como os gastos
de monitoramento dos agents pelos
principals; os gastos dos agents para
manter uma relação próxima com os
principals; e as perdas residuais
dessa relação.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior, agency
costs and ownership structure, 1976, Journal of Financial Economics, October, 1976,
V.3, N. 4, 305-360.
11. Remuneração
Tomada de decisão
Shareholders Gestores
que maximiza a
(principais) (agentes)
riqueza dos acionistas
Serviços
Governança Corporativa
Governança Corporativa é o Tomada de decisão
conjunto de mecanismos de incentivo e controle que que maximiza a
visa harmonizar a relação entre shareholders e utilidade pessoal
gestores pela redução dos problemas de agência, dos gestores
numa situação de separação entre
propriedade e gestão
Mecanismos Externos Mecanismos Internos Adaptado de FAMÁ, R.; BARROS,
L.A.B.C.; SILVEIRA, A.M.
Estrutura de governança e
- Mercado de Aquisição hostil
valor nas companhias
- Mercado de trabalho abertas brasileiras. In RAE, v.
- Conselho de Administração
competitivo 43, n. 3, julho-setembro 2003.
- Sistema de remuneração
- Relatórios contábeis
- Sistema de seleção
periódicos fiscalizados
- Estrutura de propriedade
externamente (auditoria e
(posse de ações por
agentes do mercado
gestores ou conselheiros)
financeiro)
12. QUEM A GOVERNANÇA CORPORATIVA
COMPROMETE
Shareholders
OUTROS
STAKEHOLDERS
ACIONISTA EXECUTIVOS ACIONISTAS
MAJORITÁRIO ALTA MINORITÁRIOS
DIREÇÃO
13. Governança Corporativa trata da
relação entre as empresas, seus
stakeholders e a sociedade; podendo ser
compreendida como a combinação de leis,
regulamentações, procedimentos e
práticas voluntárias do setor privado que
habilitam a companhia a atrair capital, ter
uma performance eficiente, ser capaz de
alcançar seus objetivos corporativos,
cumprir suas obrigações legais e as
expectativas gerais da sociedade
GREGORY, H. J. The globalisation of corporate governance. Banco Mundial,
2000.
14. Abordagem shareholder oriented
• Objetivos corporativos mais estritamente vinculados aos
interesses dos acionistas: máximo retorno do capital
investido
• Indicadores de desempenho centrados em demonstrações
patrimoniais e financeiras
• Oportunidades de crescimento e riscos corporativos:
identificações e avaliações como focos complementares da
governança
• Direito de propriedade inquestionável: conflitos de
agência como raízes das práticas de governança
• Proprietários representados nos órgãos internos de
governança
• Gestores avaliados pelas decisões que maximizem a
riqueza dos proprietários
• Modelo anglo-saxão
15. Abordagem stakeholder oriented
• Conciliação de conjunto ampliado de interesses como
objetivo corporativo
• Proprietários e outros stakeholders representados mos
órgãos internos de governança
• Leque mais aberto de públicos-alvo integrados nos
propósitos estratégicos das corporações
• Além dos resultados patrimoniais e financeiros – ainda
que se mantenham essenciais – atenção voltada também
para um conjunto ampliado de indicadores de
desempenho
• Modelo nipo-germânico
Adaptado de ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança corporativa:
corporativa
fundamentos, desenvolvimento e tendências, 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
16. ACIONISTAS
GOVERNOS COMUNIDADE
STAKEHOLDERS
ORGANIZAÇÃO
EMPREGADOS CLIENTES
FORNECEDORES
17.
18. MODELOS DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
ANGLO-SAXÃO – Participações
acionárias mais pulverizadas e bolsas
de valores desenvolvidas que
garantem liquidez. O mercado sinaliza
a aprovação, ou não, da
administração pela valorização das
ações. Exige transparência e controle
rígido sobre informações
privilegiadas.
19. MODELOS DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
NIPO-GERMÂNICO – Propriedade mais
concentrada e participações acionárias
de longo prazo, muitas vezes
‘cruzadas’. Esse tipo de compromisso
leva à busca de informações junto às
administrações
20. DESAFIOS COM O MODELO
ANGLO-SAXÃO
1. Ênfase no curto prazo (investidor
institucional)
2. Teoria dos mercados eficientes: o
preço das ações embute todas as
informações disponíveis sobre as suas
possibilidades
3. Poder nas empresas (agents) e
remuneração variável – opções - que
distancia a cúpula empresarial da base
21. DESAFIOS COM O MODELO
ANGLO-SAXÃO
4. Comitês de Remuneração
subordinados ao CEO
5. Falta de independência dos Conselhos
de Administração em relação aos CEOs
6. Forte risco de Assimetria da
Informação
22. TIPOS DE RISCOS DA
GOVERNANÇA CORPORATIVA
1. FALHA ESTRATÉGICA – mesmo com a
aprovação do Conselho de
Administração, o CEO e Diretores
Executivos levam a empresa a
cometer erros estratégicos que
ameaçam sua sobrevivência.
23. TIPOS DE RISCOS DA
GOVERNANÇA CORPORATIVA
2. FALHA DE CONTROLE – o Conselho
de Administração não tem acessos
instrumentos e métricas que
permitam controlar as variáveis
essenciais à saúde empresarial. Ou
não faz o uso adequado dos mesmos.
24. TIPOS DE RISCOS DA
GOVERNANÇA CORPORATIVA
3. FALHA ÉTICA – o Conselho de
Administração não leva em
consideração aspectos éticos
relacionados aos demais stakeholders
ou coaduna com manipulações dos
diretores-executivos.
25. TIPOS DE RISCOS DA
GOVERNANÇA CORPORATIVA
4. FALHAS DE RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL – o Conselho de
Administração entra em conflito com
o CEO e diretores-executivos,
afetando o desempenho empresarial.
Adaptado de KIEL, G. C.; NICHOLSON, G. J. Evaluating boards
and directors. Corporate Governance, V. 13, N. 5, 09.2005
26. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS PARA
A REALIDADE BRASILEIRA
ACESSO A CAPITAL - Oferta pública ou
privada de ações, financiamentos de
longo prazo e reinversão de recursos
oriundos do fluxo de capital
AÇÃO ORDINÁRIA – confere direito de
voto nas assembléias da sociedade além
do direito de participar dos resultados da
empresa.
27. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS PARA
A REALIDADE BRASILEIRA
AÇÃO PREFERENCIAL – confere
determinadas vantagens de natureza
financeira ou política em troca de
restrições parciais ou totais no exercício do
poder de voto
TAG ALONG – melhores condições aos
acionistas minoritários em caso de
alienação de controle
28. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
PARA A REALIDADE
BRASILEIRA
CONSELHO DE FAMÍLIA – em
sociedades familiares, um
pequeno grupo formado para
discussão de assuntos familiares e
organização das expectativas em
relação à sociedade
29. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS PARA
A REALIDADE BRASILEIRA
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – eleito
pelos sócios, sem perder de vista os
demais stakeholders, o objeto social e a
sustentabilidade da sociedade no longo
prazo.
CONSELHO CONSULTIVO – em sociedades
fechadas em desenvolvimento ou com
controle familiar
30. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
PARA A REALIDADE BRASILEIRA
CONSELHEIROS INDEPENDENTES,
EXTERNOS E INTERNOS
1. Independentes
2. Externos: sem vínculo atual com a
sociedade mas que não são
independentes
3. Internos: diretores ou funcionários
da empresa
31. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
PARA A REALIDADE
BRASILEIRA
AUDITORIA INDEPENDENTE
CONSELHO FISCAL – órgão não-
obrigatório que fiscaliza os atos da
administração, opina sobre
determinadas questões e dá
informações aos sócios
32. CÓDIGO DE CONDUTA: PRINCIPAIS
ASSUNTOS
1. Cumprimento das leis e pagamento de
tributos
2. Pagamentos ou recebimentos
questionáveis
3. Conflito de interesses
4. Informações privilegiadas
5. Recebimento de presentes
6. Discriminação no ambiente de trabalho
7. Doações
33. CÓDIGO DE CONDUTA:
PRINCIPAIS ASSUNTOS
8. Meio ambiente
9. Assédio moral ou sexual
10. Segurança no trabalho
11. Atividades políticas
12. Relações com a comunidade
13. Uso de álcool e drogas
14. Direito à privacidade
34. CÓDIGO DE CONDUTA: PRINCIPAIS
ASSUNTOS
15. Nepotismo
16. Exploração do trabalho adulto ou
infantil
17.Política de negociação das ações da
empresa
18.Processos judiciais e arbitragem
19.Mútuos entre partes relacionadas
20.Prevenção e tratamento de fraudes
Código das melhores práticas de governança corporativa - IBGC
35. ÉTICA vem de ethos, que significa
comportamento, modo de ser, caráter, e
que trata da moral relacionada ao núcleo
da liberdade pessoal do ser humano, uma
vez que reflete sua relação com a
sociedade.
Não existe uma ética exclusiva ao
contexto do trabalho. Somos
responsáveis por nossas opções e
decisões, as suas respectivas
justificativas e razões, além de assumir
as conseqüências do próprio ato.
36. Dispomos de quatro princípios de moral:
1. FILOSÓFICO: fazer o bem pelo bem mesmo,
por respeito à lei
2. RELIGIOSO: fazer porque é a vontade de
Deus, por amor a Deus
3. HUMANO: fazer porque teu bem estar o
requer, por amor próprio
4. POLÍTICO: fazer porque demanda a
prosperidade da sociedade e de suas partes,
por amor à sociedade e por consideração a ti
Georg C. Lichtenberg (1742 – 1799)
37. a
tic
rá
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om ras
Ec B
RS no
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as
en
Ap
38. RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL é
uma ética que permeia o relacionamento da
organização com todos os grupos de interesse
que influenciam ou são impactados pela sua
atuação – ‘stakeholders’ e ‘shareholders’ –
assim como no que se refere ao meio-ambiente
e à promoção de ações de inserção social. O
bem-estar público como preocupação também
do Setor Privado.
Adaptado de ORCHIS; YUNG; MORALES; in ETHOS. Responsabilidade
social das empresas: a contribuição das universidades. São Paulo:
Peirópolis, 2002.
39. RESPONSABILIDADE SOCIAL
DOIS TIPOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO – BRASIL
1. A empresa que considera essas ações como
um investimento social, um bem em si
mesmo, gerador de resultados para a
mesmo
comunidade ou a população-alvo;
2. A empresa que concebe tais ações como
investimento negocial cujo retorno efetiva-
se na imagem da marca e no desempenho
do produto
FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração: práticas de
responsabilidade social entre empresas e terceiro setor, p.77.
São Paulo: Editora Gente, 2002.
40. Os intangíveis têm valor. O valor está na
habilidade e no conhecimento das pessoas
que administram uma empresa e daqueles
que trabalham para ela.
Principais intangíveis que agregam valor a
uma empresa: liderança, estratégia,
comunicações, marca, reputação, alianças e
redes, tecnologia, capital humano, cultura
organizacional, inovação, capital intelectual,
capacidade de adaptação.
LOW, J.; KALAFUT, P.C. Vantagem invisível: como os intangíveis
vel
conduzem o desempenho da empresa. Porto Alegre: Bookman, 2003.