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Linha 7 Passos
                                           Sete sapatilhas Capezio e
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                                           nivel técnico e sapatilhas
                                            afim de prevenir lesões.

             Edição 05                              Novidades
                                            Confira as novidades da
                                       Capezio para Jazz, Sapateado,
Para onde vai o Jazz?                              Ballet e Hip Hop
Caio Nunes libera sua sabedoria e
opinião sobre esta modalidade.




                                        Festivais e Cultura
                                              Entenda tudo sobre os
                                                 principais festivais
                                                           de dança
                                                             do país




A Divindade da Dança                                    E mais...
Matérias com Bispo John e Karina    O Ballet Raymonda, Coreologia, e
Bernassi                                                   Opiniões
Max tênis Colorido e nova
                            coleção de Jazz
                            by Caio Nunes

                                                 Nova CK40, Novo corte,
www.capezio.com.br




                                                novo cetim, alta resistência
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                     Novas estampas
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                                                     SH 19, Novo sapateado
                                                     Steven Harper leve,
                                                     moderno e colorido
                       | @capeziobrazil
JMCOM
                   Glove foot, a sapatilha que
                      cai como luva no seu pé




                                Botinha de aquecimento,
surpreenda-se!                  macacões e polainas
                                coloridas e novo casaquinho!



do
       Linha 7 passos
       Sete sapatilhas e
       uma perfeita para você
Esta edição da Capezio Magazine está cheia de boas novas! Cara nova, Ma-
térias Interessantes, Opiniões e Produtos de Lançamento. A ideia é trazer a
vocês, bailarinos e bailarinas de todas as modalidades de dança, a relevância
deste segmento no Brasil.
   Por meio da democratização de conteúdos de debate, educativos e contri-
butivos para todas as modalidades, a Capezio Magazine visa incentivar em
vocês o interesse cultural sobre essa Arte da qual sempre tivemos paixão, a
Dança!

                                                            Luiz Cavalcante
                                                Diretor da Capezio do Brasil
Revista Capezio Magazine
    Rua Agostinho Gomes, 1537                       Diretor
    Ipiranga, São Paulo – SP,                Luiz Cavalcante
    CEP: 04206-000
                                         Conselho Editorial
    +55 11 2272-9677
                                            Luiz Cavalcante
    www.capezio.com.br/magazine
                                              Rodnei Elorza
    magazine@capezio.com.br              Maurício de Oliveira
                                            Julia Cavalcante

                                               Editora Chefe
                                              Julia Cavalcante

                                              Editor de Arte
                                           Rodrigo Guergolet

03- Repertório                                       Redação
                                                  Caio Nunes
05- Teatro Musical                           João de Holanda
07- Festivais, e                             Julia Cavalcante
                                                   Jonh Gaspi
Cultura                                           Juliana Mel
13- Estudos da Dança                         Karina Bernassi
                                             Luiz Cavalcante
15- Presença                                Pedro Kraszczuk
17- Opinião                                Rodrigo Guergolet
                                               Steven Harper

                                                         Arte
                                                 Yoshi Suzuki

                                                        Fotos
                                                  Viviani Reis
                                                   Alceu Bett
                                                  Nádia Kafka
19- Divindade da
Dança                                                   Capa
                                  Rodrigo Guergolet (Criação)
23- Capa                             Viviani Reis (Fotografia)
27- Ortopedia                         Karina Motta (Modelo)

30- Sessão Capezio                               Publicidade
                                               Rodnei Elorza
                                               Gisele Caetano

                                                                 02
Repertório               Por: Juliana Mel




     A história do Ballet Raymonda




     Uma Aventura Medieval com um Toque                                            A História:
                  Oriental
                                                               Contado em três atos, o ballet começa no palácio em
     Foi a partir da fusão de duas culturas distintas, a Me-   que vive Raymonda, onde estão sendo feitos os pre-
     dieval e a Oriental, que nasceu o ballet Raymonda,        parativos para sua festa de aniversário. A condessa
     uma história que se passa na Hungria durante a 5ª         Sybil de Daurice, tia de Raymonda, adentra no sa-
     Cruzada, chefiada pelo rei húngaro André II. Com          lão e mostra a todos cortesãos a estátua da Dama
     libreto original escrito por Lydia Pashkova, o ballet     Branca, uma antepassada que castiga todos aqueles
     narra a história de uma jovem amada por dois ho-          que não respeitam as tradições de sua família. Em
     mens, o cavaleiro Jean de Brienne, noivo da protago-      seguida, o cavaleiro Jean de Brienne chega ao palá-
     nista, e Abderakhman, um cavaleiro sarraceno que se       cio para se despedir de Raymonda, pois irá lutar nas
     apaixona perdidamente por ela.                            Cruzadas. Ele promete a sua amada estar presente
        Por não conter grandes emoções, o libreto não          em sua festa.
     agradou muito Ivan Vsevolojsky, diretor do Teatro            Durante a noite, o fantasma da Dama Branca sur-
     Imperial de St. Petersburg, e o mesmo tentou rees-        ge para Raymonda e ela é conduzida ao Reino Mágico
     creve-lo juntamente com Marius Petipa. Segundo al-        da Fantasia, onde se encontra com Jean de Brienne e
     gumas anotações de Petipa que foram encontradas,          dançam alegremente por muito tempo... Entretanto
     Abderakhman levaria Raymonda a força para seu             seu noivo repentinamente desaparece, dando lugar a
     reino, situado na Espanha, e ela participaria desse       um estranho cavaleiro oriental que faz à Raymonda
     ato utilizando trajes típicos. Petipa porém teve que      uma apaixonada declaração de amor. Assustada, ela
     renunciar e trabalhar com base no projeto original.       desfalece, acordando no dia seguinte com a impres-
     A música do ballet foi composta por Aleksandr Gla-        são de que tudo aquilo poderia ser uma premonição.
     zunov e sua estreia se deu no ano de 1898.                   No segundo ato acontece a festa de aniversário de
                                                               Raymonda. Os convidados vão chegando ao palácio
03
e Raymonda imediatamente nota a presença do cava-
leiro sarraceno Abderakhman e sua enorme comitiva.
Percebendo que se tratava do cavaleiro de seu sonho, a
moça fica assustada.
    Abderakhman entretém a todos com danças típicas
de sua terra e oferece a jovem poder e riquezas em tro-
ca de sua mão, porém a moça o repele. Enfurecido, ele
toma a decisão de leva-la à força para seu reino. Nesse
momento, entram no palácio Jean de Brienne e os ou-
tros cavaleiros que voltaram das Cruzadas. Tendo co-
nhecimento da situação, Jean inicia um duelo com seu
rival, acabando vencedor, podendo dessa forma conti-
nuar feliz na companhia de sua amada.
    O ballet termina com o casamento de Raymonda
e Jean de Brienne, que é comemorado com um
grande baile húngaro.
    A Peça ao Longo dos Tempos:
    Embora Raymonda seja uma das grandes
relíquias do período clássico, são bem poucas
as companhias que encenam a peça completa.
É muito comum vermos a encenação do Grand
Pas Classique Húngaro do 3º Ato em galas, como a
realizada pelo Les Trockadero de Monte-Carlo,
que montaram sua própria versão do 3º ato do
ballet de Glazunov, intitulada “O Casamen-
to de Raymonda”.
    George Balanchine, um grande admira-
dor desse compositor, também criou sua pró-
pria versão utilizando alguns trechos da peça, e
intitulou como “Raymonda Variations”.
    Entre as companhias que montam a obra integral
estão o Kirov/Mariinsky, com coreografia de Marius
Petipa revisada por Konstantin Sergeyev, o Bolshoi
com coreografia e libreto revisado por Yuri Grigo-
rovich e a Ópera de Paris, com coreografia de Ru-
dolf Nureyev.
                                                          Repertório
    Em 2011, Sergey Vikharev fez uma reconstrução
completa, tanto coreográfica como cenográfica, para
o ballet do Teatro Alla Scala de Milão, que acredito
ser uma das mais belas versões já criadas para Ray-
monda.
    Neste ano, Cecília Kerche se apresentará com a
escola do Teatro Bolshoi no Brasil o 3º ato completo de
Raymonda, na versão de Yuri Grigorovich, na Noite
de Abertura do Festival de Dança de Joinville.




    www.capezio.com.br/magazine
Teatro Musical
                                                                                             da Redação
A Dança do Leão
   No início do ano que vem um novo ritmo, cores         des saltos, piruetas e passos de dança afro. As core-
primitivas, batidas ancestrais e movimentos afros        ografias, por sua vez, seguem a cartilha ditada por
prometem tomar conta do palco do Teatro Abril, em        Garth Fagan, premiado profissional que nasceu em
São Paulo, onde o musical “O Rei Leão” ganhará re-       Kingston, Jamaica e por mais de 33 anos percorreu o
montagem sob a batuta da produtora Time for Fun.         mundo com a Cia Garth Fagan Dance. Fagan também
   Após acumular mais de 19 produções internacio-        é conhecido por criar sua própria linguagem de dança
nais, com bilheteria de R$ 4,8 bilhões, o espetáculo     moderna, afro-caribenhos e ballet. Coreografou para
continua a reinar como um fenômeno cultural e de         Alvin Ailey American Dance Theater, Dance Theatre
popularidade – e desembarca no país disposto a exi-      of Harlem, Jose Limon Company, 50º Anniversary of
bir uma nova faceta do teatro musical, pautada no        New York City Ballet, entre outros. Ainda em cena, a
afro jazz, com coreografias e movimentação cênica        descontração e espontaneidade que marcam a dança
inéditas em solo nacional nesta seara.                   africana, mescladas a ações corporais que se comple-
   Com elenco local formado por talentos genuina-        tam com máscaras, figurino típico, maquiagem apu-
mente brasileiros, o espetáculo terá em seu casting      rada e apetrechos por vezes circenses para compor
atores, cantores e bailarinos de todas as regiões do     personagens denotam o alto rigor técnico.
país. A expectativa é a de que 59 profissionais este-       Julie Taymor, aclamada diretora da versão original,
jam em cena para apresentar a sexta produção mais        deixou seu legado a partir deste espetáculo, traduzido
duradoura na história dos musicais da Broadway e         em oito línguas diferentes (japonês, alemão, coreano,
uma das seis produções na história do teatro a per-      francês, holandês, mandarim, espanhol, e agora, por-
manecer em cartaz por dez anos ou mais.                  tuguês). Com agressividade e fervor, músicas de El-
   A tarefa de recriar em cena leões, zebras, girafas,   ton John e Tim Rice, ela mistura elementos de arte e
babuínos e demais personagens que integram a his-        artesanato africano para retratar personagens antro-
tória produzida pela Disney Theatrical Productions       pomórficos , dando a embalagem do show que faz de
não será fácil. Dos bailarinos é exigida base clássica   “O Rei Leão” um marco na história dos musicais.
apurada para movimentos que se traduzem em gran-

  No ritmo do afro jazz, musical “O Rei
  Leão” desembarca no país em março de
  2013




 05                                                                      www.capezio.com.br/magazine
06
Festival de Dança de Joinville
       Foto:Alceu Beth Agencia Espetaculum




                           Festivais, Galas e Cultura

                                                        A Capezio Maga-
                                                        zine, realizou um
                                                        levantamento dos
                                                        principais festivais
                                                        de dança do Bra-
                                                        sil, e traz pra você
                                                        as contribuições de
                                                        cada um deles para
                                                        o desenvolvimento
                                                        dessa arte no nosso
                                                                        país.
     Passo de Arte
     Foto: Reginaldo Azevedo




                               Gala ENDA
                               Foto Renato Hatushi

07                                                   www.capezio.com.br/magazine
Promodança                             Festival Passo de Arte
                                                      O Passo de Arte completa 20 anos em 2012
   Por meio do Instituto Gama de Arte e sob
                                                   e acontece de 07 a 17 de julho em Indaiatuba
a autorização de Jonh Cranko do Stutgard
                                                   (SP). Em todos esses anos, contou com o apoio
Ballet, o Festival Cidade de Santos Dançar
                                                   da Capezio.
a Vida, que acontece entre os dias 05 a 15 de
julho, seleciona bailarinos para essa escola nos      O projeto cresceu e se tornou um dos maio-
workshops clássicos, lecionados por Valléria       res do Brasil, tendo Regionais no Rio de Janei-
Mattos, Alfredo Ligabue e Jair Moraes.             ro, Espirito Santo, Minas Gerais, São Paulo e
                                                   Fortaleza, que são festivais com premiações
                                                   próprias e seletivas para a competição Inter-
   Também no mesmo festival há uma oficina         nacional.
de Improvisação e Criação Coreográfica com
Marcelo Cardoso Gama que indica professores           Ao todo mais de 6.000 bailarinos disputa-
e bailarinos para uma residência em Moscou,        ram estas regionais, concorreram a prêmios em
Essen e Leipzig.                                   dinheiro e vagas para a 20ª Competição Inter-
                                                   nacional.

Há também um workshop de 5 dias com o pro-            Com essa estrutura, o Passo de Arte prima
fessor Li Yaming (Pacific Dancearts and Coas-      por descobrir e proporcionar oportunidades de
tal City Ballet) de ballet clássico e alongamen-   profissionalização a jovens talentos da dança.
to, oferecendo bolsas para o Canadá. Sem limite
de idade, no entanto, com limite de vagas.            A estrutura do Passo de Arte promove aos
                                                   bailarinos e coreógrafos a oportunidade de
                                                   conquistar bolsas de estudos em escolas e com-
  Para mais informações, basta contatar a
                                                   panhias nacionais e internacionais.
Promodança por meio do telefone (11) 2249-
7318; ou então mande um e-mail para promo-
                                                       Este ano em comemoração aos 20 anos, os
dancasp@yahoo.com.br.
                                                   principais convidados serão o ballet Grand De-
                                                   file coreografado por Carlos dos Santos Jr e o
                                                   Grupo Raça com For You de Edy Wilson.




                                                                                                     08
Gala Clássica Internacional                            ENDA
        A Gala Clássica Internacional tem como
     objetivo proporcionar ao público brasileiro um            O tradicional Encontro Nacional da Dan-
     pouco sobre a arte do Ballet Clássico Mundial          ça (ENDA) é promovido todos os anos pelo
     em um só espetáculo, promovendo um inter-              SINDDANÇA - Sindicato dos Profissionais da
     câmbio entre bailarinos estudantis com baila-          Dança (SP). Neste ano, será realizado no im-
     rinos profissionais internacionais.                    portante Memorial Da América Latina, hoje
                                                            uma das grandes casas de espetáculos da capi-
                                                            tal paulista. O SINDDANÇA vem, há tempos,
                                                            levando o ENDA para teatros de grande porte,
        Esta Gala foi uma iniciativa de Priscilla           com estrutura do mais alto nível, trazendo aos
     Yokoi para proporcionar conhecimento aos               bailarinos nacionais a oportunidade de dançar
     estudantes brasileiros. “Neste evento, eles podem      em um palco de grande estilo.
     dividir o palco com profissionais globais do Ballet
     Clássico no mesmo dia. Dessa forma, ocorre uma
     tremenda troca de experiências que contribui para         O ENDA foi idealizado para ser justamente
     o desenvolvimento da carreira de um brasileiro que     o Grande Palco daqueles que, por longos anos,
     ainda esteja em sua fase inicial.”, relata Priscila.   trabalham duro na busca de suas performances
                                                            perfeitas. Muitos desses bailarinos revelados
                                                            no ENDA atuam profissionalmente no Brasil
        Em sua segunda edição, que ocorre segundo           e no exterior.
     semestre de 2012, a Gala Clássica Internacio-
     nal proporcionará a 150 estudantes de 12 a 18
     anos workshops gratuitos, com maitres inter-             Do Encontro Nacional da Dança nasceu a
     nacionais e audição para a Escola Bolshoi do           Grande Gala ENDA, uma gala que reúne os
     Brasil.                                                campeões do festival em palcos como Teatro
                                                            Municipal, Teatro Alfa, Memorial da América
                                                            Latina e tantos outros.




09
Festival Contemporâneo                             1º Festival Internacional
                                                   de Goias
   O Festival Contemporâneo de Dança de São           O Festival Internacional de Dança de Goi-
Paulo está na sua 5ª Edição e será realizado no    ás foi criado para disponibilizar maior acesso a
mês de novembro de 2012. Em 2011, o festival       bons palcos, espetáculos e workshops aos gran-
apresentou inúmeras novidades, visando difun-      des talentos que se desenvolvem no Brasil, país
dir a dança contemporânea proveniente de di-       em que a dança tem se destacado como uma das
versas partes do mundo, contando com artistas      artes mais promissoras. A sua primeira edição
e coreógrafos marroquinos, suecos, espanhóis,      foi neste ano, apresentada com muito profis-
alemães e brasileiros. Em destaque, ficou o solo   sionalismo e seriedade e pôde trazer ao Brasil
Dance for Nothing de Eszter Salamon (artista       grandes nomes da dança internacional, grupos
húngara, radicada em Berlim), que foi compos-      de diversos estados, prêmios em dinheiro e bol-
to com base na obra de John Cage Lecture of        sas de estudos no exterior.
Nothing.
                                                      Com a presença de grandes nomes da dan-
   O Festival visa abrir a nossa concepção so-     ça internacional e com jurados e convidados de
bre a dança contemporânea, levantando críti-       alto nível, o Festival conquista seu espaço no
cas e visões diferenciadas sobre os conceitos e    cenário cultural brasileiro, pretendendo, a cada
as expressões artísticas da dança.                 ano, inovar e criar possibilidades de divulgar o
                                                   Brasil no exterior, bem como facilitar o ingres-
   Para isso, são oferecidos workshops, pales-
                                                   so de bailarinos em grandes escolas e compa-
tras e debates com artistas, coreógrafos, filó-
                                                   nhias mundiais.
sofos e dramaturgos renomados do Brasil e do
mundo.

   Para mais informações, acesse o site
   festivalcontemporaneodedanca.com




 www.capezio.com.br/magazine
Festivais, Galas e Cultura



                            Festival de Dança de Joinville
        Consagrado, o Festival de Dança de Joinville completa 30 anos em seu apogeu. Historicamente,
      nada menos que 3,5 milhões de pessoas passaram por Joinville para assistir aos espetáculos de
      dança que integram o calendário do maior Festival do mundo que se faz presente no Livro dos
      Recordes.


         Dia 18 de julho serão abertas as cortinas para a 30ª Edição, que seguirá até o dia 28, com uma
      completa agenda de eventos e espetáculos, além de 1.800 vagas para cursos, oficinas e workshops.
      Haverá 2.579 coreografias, com destaque e premiação em troféus, títulos, medalhas e viagens para
      estudo e aprimorações.


         As atrações convidadas para a Noite de Abertura e Noite de Gala representam uma celebração a
      todos que passaram pelo palco de Joinville – palco sinônimo de trampolim para a carreira e sucesso
      nacional e internacional de muitos bailarinos. Ana Botafogo e Cecília Kerche estarão na noite que
      abre a comemoração. Ana fará uma homenagem à Isadora Duncan (precursora do balé moderno,
      um símbolo para o feminismo); e Cecília vai se juntar a Escola do Teatro Bolshoi com o 3º Ato do
      ballet de repertório Raymonda.


         Para a Noite de Gala, o destaque vai para grupos e bailarinos que fizeram história no Festival.
      O coreógrafo Ricardo Scheir será o responsável pela montagem que une bailarinos de 15 grupos
      de dança, formando um espetáculo inédito, desde a dança primitiva, passando pelas crianças do
      Meia-Ponta, o início da profissionalização da dança, os clássicos do balé, o balé moderno e suas
      projeções.


         A edição 2012 inclui o lançamento de um livro sobre os 30 anos do Festival, um documentário
      e a inauguração da calçada da fama, com 150 estrelas que irão eternizar figuras da dança que pas-
      saram pelo palco do Festival de Joinville.




11                                                                      www.capezio.com.br/magazine
Estudo da Dança
                                     Por: Rodrigo Guergolet



     História? Pré-História? Coreologia!




13                                  www.capezio.com.br/magazine
A dança foi sempre muito presente na cultu-         tes em diversos lugares do mundo, por exemplo,
ra das mais várias civilizações do mundo, sendo        a escrita apareceu primeiramente no Oriente pró-
utilizada com diversas funções incluindo estética,     ximo, na Mesopotâmia há cerca de 40 séculos an-
mágico-religiosa, utilitária e teórico-cognitivo.      tes da era cristã, diferente da América, Austrália
   Na atualidade vemos a dança como uma arte           e África central, que só conheceram a escrita no
de cena, que usa dos movimentos corporais para         século XV, com a colonização europeia, findando
expressar sentimentos por meio de signos, e pode       a pré-história milênios depois do Egito, da Grécia
ter várias funções semióticas, por exemplo, a mo-      e da própria Mesopotâmia.
vimentação corporal no palco tem a função esté-            Estabelecendo um paralelo entre as localida-
tica, dentro do espetáculo teatral, ajuda a concei-    des para linguagens artísticas, podemos afirmar
tuar a peça, e em uma instituição religiosa tem a      que o teatro, por exemplo, passa a ter história
função de louvar a “Deus” como vemos na belissi-       apenas em 556 a.C. quando temos noticias de um
ma matéria de Karina Bernassi nesta revista.           autor de teatro.
   A dança tem grandes relações com a história             Seguindo essa linha de raciocínio por um lado,
das culturas de todas as sociedades e por esse mo-     as Artes Visuais são naturalmente um registro
tivo há muitos tipos de dança ativos no mundo          gráfico e assim podem ser consideradas história
hoje, assim, como houve diversos tipos de dan-         desde seu nascimento. Ainda na mesma linha po-
                           ça extintos na história,    demos afirmar que a música só passou a ser histó-
                           que nem chegamos a          ria com o nascimento das partituras, que foi siste-
                           ter conhecimento.           matizada somente em 1030 por Guido D ’Arezzo,
                               Muitos historiado-      e só então difundida e unificada.
                           res afirmam (mesmo              Podemos então concluir que a dança é a única
                           que algumas linhas          linguagem artística que não está englobada den-
                           do estudo da história       tro da esfera da história, sendo classificada então
                           não concordem), que a       como pré-história, tendo em vista que ela nunca
                           história é dividida em      foi realmente sistematizada em uma forma de es-
                           duas grandes áreas, a       crita formal. Alguns teóricos da dança como Del
                           pré-história e a histó-     Sarte, Meyerhold e Laban começaram trabalhos
                           ria. A primeira consis-     bem sólidos nesse aspecto, no entanto, as tentati-
                           te no estudo de uma         vas resultaram em complexas escritas não muito
                           sociedade que não teve      difundidas no meio, como Rudolf Laban, que de-
                           escrita formal, sendo       senvolveu a escrita mais próxima do sucesso, no
                           o objeto de estudo as       entanto, não muito precisa e pouco disseminadas
                           obras de pintura, es-       no mundo.
                           cultura, arquitetura e          Segundo a autora Ligia Trindade há no Brasil
                           qualquer documento          apenas um coreologo (profissional especializado
                           arqueológico que possa      em escrita de dança), credenciado para exercer
                           facilitar o entendimen-     essa função no Brasil. Emilio Martins frequentou
                           to desses povos. Por        por três anos e se formou no curso de Coreologia
                           outro lado a história é     do Benesh Notation de Londres sendo considera-
                           o estudo das sociedades     do segundo a autora o único profissional especia-
                           que possuem uma es-         lizado nesta área.
                           crita formal e por isso
                           um registro mais claro
                           e gráfico dos aconteci-
                           mentos.
                               Devido a essa divi-
                           são, a história se repar-
                           tiu em tempos diferen-


   www.capezio.com.br/magazine                                                                         14
Presença
                                                                                                   da Redação


      Ocorreu na Câmara Municipal dos vereadores de São Paulo uma Sessão em
      Homenagem ao dia do Ballet Classico e às personalidades da dança clássica.


    A Solenidade foi apresentada por Priscila Yokoi          São Paulo é carente de uma Cia de Ballet Clássico,
com o objetivo de incentivar a prática do ballet clás-       o que faz com que muitos bailarinos desistam da
sico entre adultos e crianças, além de estimular os          profissão, devido à falta de emprego, ou optem por
bailarinos brasileiros a permanecerem em nosso pais          seguir carreira no exterior. “Isso é muito triste, meu
e lutarem por criações de Cias de Ballet Clássico.           desejo e de muitos é que São Paulo possa fazer par-
“Mais do que uma prática do corpo, o ballet é capaz de       te dessa cultura maravilhosa proporcionada pelo ballet
disciplinar mente e espírito, permitindo que por meio da     clássico”, destaca.
arte as pessoas se expressem como indivíduos, o que pode         Nesse dia foi divulgado o projeto para criação
ser passado para os outros aspectos de suas vidas”, comen-   do Dia do Ballet Clássico contando com apoio da
ta Priscilla.                                                vereadora Edir Sales, que em 11 de junho, durante
    O ballet clássico não é apenas uma arte, mas tam-        Sessão Solene na Câmara Municipal de São Paulo
bém uma profissão. Entretanto, atualmente centenas           foram entregues 16 diplomas e 5 placas de Prata
de bailarinos brasileiros se vêem sem perspectivas           aos profissionais colaboradores do Ballet, para ho-
diante de um mercado de trabalho absolutamente               menageá-los pela persistência, força e coragem de
restrito. Entre os inúmeros desafios, Priscilla co-          permanecerem nessa modalidade tão escassa e ain-
menta que, ao contrário de outras cidades do mundo,          da assim dando muitos frutos pelo nosso Brasil.




 15
Referencias
Opinião - Pina 3D
                                                                                Por: Julia Cavalcante
    Assisti à Pré-Estreia do Filme Pina 3D, com sede
de obter mais conhecimento. Geralmente, costumo
fazer um pouco de pesquisas antes de assistir a um
filme, principalmente a um filme no qual estaria com
tamanha expectativa de ver. Mas, desta vez, não foi
isso o que aconteceu. E, como resultado, o filme me
pegou de surpresa quando vi que o formato era de
um documentário sobre a contribuição de Pina para
cada um de seus bailarinos, e para a dança e dança-
teatro. Sinceramente, no momento eu não sabia quais
eram as coreografias ali envolvidas, me recordei ape-
nas de duas das quais já havia assistido no You Tube,
coincidentemente.
    Primeiramente, posso dizer que um documentário
sobre a dança em 3D é coisa de gênio. Naturalmen-
te, pessoas imaginariam que um filme do tipo 007
em três dimensões certamente se lançaria antes de
Pina no cinema... Mas, Wim Wenders foi gênio em
reconhecer que, de fato, não há como expressar a
essência de Pina apenas nos palco ou então numa
telinha de duas dimensões, ainda que fosse num
formato de documentário.
    Os takes da filmagem, ora focados, ora abertos,                            Pina Bausch 1940 – 2009
ora na frente de seus olhos devido aos efeitos visuais,                        Foto: Wilfried Krüger
formaram um composto que faz o espectador, ou pelo
                                                              Somos privilegiados por possuir em nossa histó-
menos a mim, transcender.
                                                          ria alguém que nos demonstrasse este Dom. Isso é
    Muito da transcendência que senti no filme reside
                                                          divino! Mas, mais privilegiados do que nós, foram os
no fato de eu realmente ter sido pega de surpresa por
                                                          seus bailarinos, que tiveram a oportunidade de dan-
ele. Com isso, noto que consegui captar um pouco
                                                          çar uma auto-tradução.
mais sobre a essência de Pina Bausch, pois de fato
                                                              Acredito que Carlos Drummond de Andrade ex-
não estava preocupada com os títulos e outras críti-
                                                          pressou, na poesia Sentimento do Mundo, uma per-
cas que poderiam surgir após a pré-estreia.
                                                          feita sintonia com o que Pina transmitiu com suas
    Como todos sabem, Pina Bausch foi uma grande
                                                          vivências:
tradutora do ser humano, possuía uma sensibilida-
                                                              “Tenho duas mãos e o sentimento do mundo, mas
de que, desde a antiguidade, já estaria em extinção.
                                                          estou cheio de escravos, minhas lembranças escor-
Em outras palavras, uma artista rara. Seus alunos da
                                                          rem e o corpo transige na confluência do amor.”
Tanztheater Wuppertal deixaram claro em seus de-
                                                              Salve Carlos Drummond de Andrade! Salve Pina
poimentos a facilidade que Pina tinha em ler a poesia
                                                          Bausch!
que existia dentro de cada um deles, e de fazer daqui-
lo uma arte. Tudo isso, sem deixar, evidentemente,
de expressar em suas coreografias os temas ou con-
flitos da sociedade atual como (des)equilíbrio, paixão,
temores, monotonia e outros.

 17                                                                       www.capezio.com.br/magazine
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Divindade da Dança
                                                                            Por Bispo Jonh Gaspi


A influência da dança no mundo espiritual
I Co 15: 44 “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo
                    natural, há também corpo espiritual”.
   Falar da Interferência da Dança no mundo espiri-     entregue por Deus para nós, porque não entrega-lo
tual é falar da essência verdadeira da Dança entregue   como forma de adoração?
por Deus para a expressão corporal do homem, ou            A expressão da Dança é uma maneira de expri-
seja, descobriremos o verdadeiro sentido e razão da     mir sentimentos e emoções do nosso interior e quan-
nossa Dança.                                            do direcionamos isso ao Senhor entraremos no que
   Quando falamos de mundo espiritual, entendemos
que existe um Deus Soberano e criador de todas as
coisas e que podemos adorá-Lo com as manifestações
do nosso corpo.
   O ser humano é trino (corpo, alma e espírito) e
quando nos atentamos para esta verdade, enxerga-
mos a capacidade do homem em ter contato com o
seu criador de diversas formas, e uma delas é a mani-
festação da dança. Quando estudamos a comunicação
espiritual do homem com Deus desde os primórdios,
percebemos que a dança e a expressão corporal é
utilizada para ser um instrumento de adoração. A
grande maioria das religiões e culturas se manifes-
tam com danças para se comunicar com seu “deus”.
   É interessante como Jesus e João Batista (no ven-
tre de Maria e Isabel), ao se encontrarem, se movi-
mentaram espiritualmente de modo que ambas ficam
cheias do Espírito Santo, com isso, podemos perceber
na palavra de Deus que a essência do movimento esta
no mover do Espírito de Deus. Lc 1:41 “Ao ouvir Isa-
bel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu
ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.”
   A bíblia diz que Deus nos criou e criou todas as
coisas não somente para existir, mas para o Seu lou-
vor e adoração. Cl 1:16 “porque Nele foram criadas
todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, ... tudo foi criado por Ele e para Ele”.
   A expectativa do criador é receber em louvor o que
Ele criou e Deus tem recebido também a manifesta-
ção da dança para Sua adoração. Se temos este dom

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chamamos de “Mundo Espiritual”, e a partir deste         des experiências com Deus.
momento sentiremos muito além do que nossa alma             O homem pode utilizar a sua dança para ado-
pode sentir, pois estaremos movendo nosso corpo          rar a Deus demonstrando:
em direção ao sagrado. Claro, que isto irá depender      1 – Adoração (com movimentos de prostração e con-
da nossa intenção e vontade de agradar e adorar o        tração) – LC 7:38 “e estando por detrás, debruçada
Senhor com nosso corpo. A palavra diz em Fp 3:21         aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés
“que transformará o corpo da nossa humilhação, para      com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua
ser conforme o corpo da sua glória, segundo o seu        cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsa-
eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas” ou    mo.”
seja, quando nos derramamos aos pés de Jesus, com        2 – Alegria e Júbilo (com grandes saltos e giros) – II
um coração quebrantado e contrito, Ele se agrada e       Sm 6:14 “e Davi dançava com todas as suas forças
entramos em Sua presença. Sl 51:17 “Os sacrifícios       diante do Senhor...”
para Deus são o espírito quebrantado; a um coração       3 – Intercessões (com atitudes corporais voltadas a
quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”         um sentido específico para abençoar e edificar vidas)
    Estamos em uma geração onde as igrejas cristãs       – Ex 17:11 “E acontecia que, quando Moisés levanta-
têm desenvolvido e resgatado esta forma de adorar a      va a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abai-
Deus em seus cultos, utilizando a dança como forma       xava a sua mão, Amaleque prevalecia.”
de adoração e atitudes proféticas. Hoje são milhares     4 – Guerras (Movimentos corporais intensos de lu-
de dançarinos no Brasil e no mundo todo que tem se       tas onde se manifesta o posicionamento espiritual de
despertado para esta atitude espiritual e vivido gran-   um homem como guerreiro do Senhor) – II Cr 20:21
                                                         “Josafá ordenou cantores para o Senhor , que, vesti-
                                                         dos de ornamentos sagrados e marchando à frente do
                                                         exército, louvassem a Deus.”
                                                         5 – Diversos propósitos de Deus (a dança que é di-
                                                         recionada pelo Espírito Santo e é conduzida para um
                                                         fim espiritual específico) Ec 3:4 “Tempo de chorar,
                                                         e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dan-
                                                         çar” A palavra em I Co 6:09 diz “Ou não sabeis que o
                                                         vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita
                                                         em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
                                                         mesmos?”
                                                            Quando nos consagramos para isso, podemos vi-
                                                         ver uma dança espiritual diante de Deus.
                                                            Para refletir: para quem tem sido dedicada a nos-
                                                         sa dança? Será que este dom que foi entregue por
                                                         Deus para nós somente tem sido para satisfazer nos-
                                                         sas vontades, egos, realizações pessoais? Creio que é
                                                         tempo olhar para Jesus, e depois derramarmos nosso
                                                         corpo, alma e espírito em adoração para Aquele que é
                                                         o único digno de toda honra e toda Glória.
                                                            Será que dançar para um grande público, em uma
                                                         grande Cia. ou em um lindo e conhecido teatro são as
                                                         maiores experiências que um dançarino pode ter? 	
                                                            Dançar para o Senhor é construir um altar de ex-
                                                         periências sobrenaturais através da dança, é entregar
                                                         os movimentos, gestos e cada expressão do nosso
                                                         corpo em forma de adoração. Se você nunca fez isto,
                                                         não perca tempo, e viva a maior experiência da sua
                                                         vida.


                                                                                                           20
Divindade da Dança
     Revisão: Alessandro Cristo
                                                                                                         Por Karina Bernassi
     Fonte: PINHEIRO DIOGO, Adriana. Adoração Criativa. Goias: Vinha Editora, 2007




     Dança do Altar
           A igreja Cristã se moderniza e resgata todas as formas de artes, para
                            expandir sua mensagem ao mundo.


        A história recente da igreja cristã é situada nas                        daica. Desta nova versão da Festa dos Tabernáculos
     décadas de 50 e 60 e mostra a propagação da dan-                            (1982), participaram músicos, cantores e bailarinos
     ça, teatro e música como formas de evangelismo. Foi                         cristãos de todo o mundo.
     com o movimento do protestantismo avivado, que                                 Foram esses profissionais que, em 1994, trouxe-
     ascendia nos Estados Unidos nessa época, que a dan-                         ram ao Brasil a visão de como se pode cultuar a Deus
     ça cristã começou a ser praticada em locais públicos                        por meio da dança. Sua técnica tinha por base a dança
     como praças e escolas, além de igrejas em pequenas                          clássica e depois evoluiu em movimentos contempo-
     comunidades. A dança e a música cristãs são resulta-                        râneos, até chegar no que conhecemos por dança ex-
     dos de uma fusão de influências de grandes corais de                        perimental ou criativa.
     vozes afro-americanas que entoavam suas canções ao
     som do blues e do jazz com roupas e danças extrava-                             No Brasil
     gantes dividindo opiniões entre os religiosos ortodo-
     xos da época. Porém, há apenas 20 anos que a dança                              Após 1995, houve o que se pode chamar de “des-
     passou a fazer parte dos cultos, com a participação de                      pertar” de muitos bailarinos profissionais cristãos
     bailarinos ao lado dos músicos nos períodos de cele-                        dentro das igrejas. Quase ao mesmo tempo, em co-
     bração ou adoração.                                                         munidades de diferentes denominações pelo país, es-
        A literatura especializada data em 1982 a primei-                        ses bailarinos se apropriaram da dança experimental,
     ra vez que isso aconteceu. Foi em Jerusalém (Israel),                       utilizando tecidos, fitas e outros adereços para en-
     na primeira Festa dos Tabernáculos promovida pela                           fatizar movimentos espontâneos que aumentassem a
     Embaixada Cristã, já que a celebração mantém-se                             fluência na adoração a Deus.
     desde os tempos bíblicos até hoje como tradição ju-




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Foto: Viviane Reis                                                  Pr. Geraldo Dias
Pra. Adriana Pinheiro e Isabel Coimbra                                  Bailarino clássico profissional, recebeu
                                                                    seu chamado profético na festa cristã dos
                                                                    Tabernáculos em Jerusalém. Ministrou
                                                                    seminários com danças por todo o Brasil.
                                                                    Montou a Companhia de Dança Proféti-
                                                                    ca.


                                                                       As coreografias

                                                                        Como o intuito da dança cristã é adorar
                                                                     a Cristo, seja no louvor, no ensino ou no
                                                                     evangelismo, valores bíblicos devem dire-
                                                                     cionar os temas a serem coreo-
   Precursores                                           grafados, a forma de dançar e até mesmo
                                                         o figurino. A técnica, no entanto, seja qual
Pra. Adriana Pinheiro                                    for a modalidade, continua a mesma.
   A Companhia Rhema, da qual faz parte, difundiu            Os grupos costumam utilizar cores e
pelo país sua visão e entendimento espiritual e artís-   formas como elementos simbólicos. Ob-
tico sobre o bailarino adorador, por meio de apostilas   viamente, cada elemento não possui um
e seminários que se propagaram pelas igrejas de todo     significado único, e variam de acordo com
o país e em eventos do exterior.                         o momento e objetivo da dança. Uma cena
                                                         em roda pode significar unidade entre as
Isabel Coimbra                                           pessoas e, ao mesmo tempo, proteção de
    Sua Companhia Mudança, parte do ministério de        Deus. Dançar vestido de vermelho remete




                                                                                                       Divindade da Dança
louvor “Diante do Trono”, de Minas Gerais alcançou       à ideia da cobertura pelo sangue de Cris-
grande reconhecimento nacional em igrejas evangé-        to, da proteção contra o mal e da aliança
licas de diferentes denominações, e fez com que au-      com Deus. A cor amarela lembra o ouro,
mentasse a aceitação da dança em comunidades até         o que traz à lembrança o caráter de Deus.
então fechadas para essa linguagem artística.            A cor prata aponta para a redenção reali-
                                                         zada por Jesus Cristo na cruz do Calvário.
                                                         O verde pode significar o óleo da unção,

                                                                          como marca da presença
                                                                          de Deus.
                                                                             Objetos      também
                                                                          ajudam na adoração.
                                                                          Símbolos judaicos, por
                                                                          exemplo, fazem parte
                                                                          do culto de algumas
                                                                          igrejas     evangélicas,
                                                                          como o candelabro.
                                                                          No       protestantismo,
                                                                          esse objeto está ligado
                                                                          a Jesus Cristo, como
                                                                          representação da luz do
                                                                          mundo. Por isso, é usado
                                                                          com frequência por
                                                                          alguns grupos de dança.

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Capa
                                                                                Por Caio Nunes




O Jazz não Morreu

    O Jazz chegou fortemente influenciado pelos           executados na música jazz ou não. Muito da dança
sons de palmas no final dos anos de 1800, quando          Jazz de hoje foi herdada pela mãe de todas as danças
os tambores eram proibidos nas comunidades afro-          – Ballet Clássico.
americanas que chegaram aos Estados Unidos em                Poderíamos citar além de Jack Cole, outros nomes
navios negreiros. Estes sons e movimentos passaram        preciosos do Jazz como Bob Fosse, Gus Giordano,
a influenciar fortemente a Broadway e Hollywood. Os       Alvin Ailey, Luigi, Bill “Bojangles” Robinson, Jerome
negros dançavam para manter a saúde e ridicularizar       Robbins, John Gregory, Katherine Dunham, Matt
os brancos que costumavam dançar as polcas, as            Mattox e Jo Jo Smith, entre outros que somaram na
valsas e as quadrilhas. Já em outra fase, os negros       essência do Jazz no mundo.
muitas vezes iam às ruas e aos becos de Nova Iorque
em uma forma improvisada de dançar.                       No Brasil
    Jack Cole é, por alguns, considerado o pai da dança      Nos anos 70 /80, o Jazz obteve um grande boom
Jazz. Ele trouxe os movimentos isolados podendo ser       no Brasil, houve uma novela chamada Baila Comigo

 23                                                                       www.capezio.com.br/magazine
exibida pela TV Globo onde a             Deborah Bastos, Dinah Perry, Jhean
abertura dessa novela era a atriz Beth   Alex, Tania e Nadia Nardini entre
Faria e bailarinos dançando uma          outros.
movimentação muito jazzística com           Eu me lembro que no Rio de
explosão de energia. O mestre querido    Janeiro, no bairro de Copacabana,
Lennie Dalle (o qual eu devo muito       em uma avenida principal se
e me ensinou muitas coisas em seus       concentravam várias academias de
cursos e na própria montagem dos Dzi     dança. Em seus intervalos, a classe
Croquetts, companhia da qual eu fiz      se encontrava, cruzando as ruas
parte) assinava parte da coreografia     ou andando pelo bairro com
da novela. O Lennie chegou ao Brasil     malhas e roupas de aula de jazz
trazido pelo empresário Aberlado         dance, torços na cabeça e sempre
Figueiredo no final dos anos 60 para     muito felizes, com a sensação de
montar shows e, a partir daí, tudo       liberdade.
mudou.                                      Jazz é isso, é liberdade, garra,
   Em algumas academias existiam         forca, felicidade! E é claro que sempre
livros com pessoas em uma lista de       com um bom acabamento, com uma
espera para poderem fazer aulas          boa técnica.
de jazz. E isso pode ter acontecido
com Vilma Vernon, Marly Tavares,         E hoje?
Carlota Portella, Rosely Rodrigues,        Hoje em dia no Brasil, o jazz
Joyce Kermann, Rose Calheiros,           caminha muito bem, obrigado!
                                                                                   24
Capa
   Temos em nosso País grandes talentos do Jazz          enquanto
atuando em nível nacional e internacional. Apenas do     outros se
eixo SP/RJ, temos Edy Wilson pela direção do grupo
Raça, Erika Novaschi como importante coreógrafa de
Lyrical Jazz e pelo Grupo Galpão 1, Cristina Cará pela
direção coreógrafa da Companhia de Jazz Cristina         apaixonaram
Cará, Edson Santos como professor e coreógrafo de        pelo ballet contemporâneo. O movimento
Modern Jazz e diretor da Cia. Independente de Dança      contemporâneo, sem dúvida nenhuma trouxe
de SP, Marly Tavares como professora reconhecida         grandes resultados e influências para a dança
pela sua carreira “jazzística”, Ana Araújo com seu       no Brasil, inclusive nos meus trabalhos. Mas a
trabalho em São José dos Campos, Kiko Guarabyra          composição deste movimento com a mistura de
como professor e coreógrafo de grandes eventos           gêneros do Jazz com outras modalidades trouxe
em teatros no Rio de Janeiro, Carlotta Portella pela     o atraso e o enfraquecimento do Jazz no Brasil. E
escola e pelo grupo Vacilou Dançou, os três irmãos       isso não foi por falta de potencial, mas por falta de
Nardini no grupo Bandança, Regina Sauer com a            pessoas que quisessem abraçar a ideia. Ou seja, nessa
escola e companhia Nós da Dança, a companhia de          fase, o Jazz por aqui ficou atrasado e ganhou rótulo
dança Entre os Dentes que é minha, Camila Juste          de “meio careta”. As salas de aulas já não eram tão
pela escola e grupo com forte no trabalho no jazz        cheias, havia apenas aquelas pessoas que acreditavam
em São Paulo, e muitos outros. Na TV, Juan Carlos        no crescimento (formadores de opiniões) e nunca
Berardi foi o percursor em coreografar e dar uma         perderam a sua essência com dignidade, humildade e
grande continuidade com o Jazz nas redes televisivas     pesquisa de um estudo mais aprofundado.

                            nacionais. A partir dele,    A Retomada
                            as portas se abriram            Essa tendência de Musicais no Brasil (coisa que
                            para muitos de nós,          sempre foi forte nos USA) reaqueceu um pouco o
                             como Beth Oliosi,           Jazz por aqui.
                              Joyce Kermann, Ligia          No trajeto do jazz, algumas pessoas migraram
                               de Castro, Oswald         para outras modalidades talvez por carência,
                               Berry, Fly, Silvio        afinidade ou por precisarem ter mais resultados e
                               Lemgruber e eu, que       reconhecimento. Eu me coloco em exceção, pois eu
                               já estou há 28 anos       trabalho e sempre trabalhei com o que amo. Nunca
                               com trabalhos na TV,      desisti de acreditar e investir nessa maravilhosa arte
                              Palcos e Cinema.           de dançar! E assim como eu, muitas pessoas seguem,
                                                         acreditam e investem...
                               O Jazz caiu?                 Sabemos que a Persistência é amiga fiel. Por isso,
                                   No final dos          é muito bom poder ver o nosso Jazz bombando (de
                                 anos 90 para 2000,      uma forma diferente) novamente!
                               alguns líderes do            Com a dança nas novelas, cinema, e teatro musical,
                            Jazz deixaram de fazer       a linha de shows está representada, na sua maioria,
                          pesquisas em busca das         pelo Jazz e isso vem trazendo um grande mercado
                       tendências desta modalidade.      de trabalho, voltado aos bailarinos, atores e cantores
                      Houve uma mistura de gêneros       nacionais. Eventos, Festivais e Congressos específicos
                      por alguns “encabeçadores”         de Jazz estão acontecendo e trazendo esta modalidade
 25                                                                       www.capezio.com.br/magazine
a um novoo crescimento. No Rio de Janeiro existe        o que a internet pode apresentar e, com isso, copiam
o CQID de Jazz, Curso de qualificação profissional      obras equivocadas. É importante sabermos aproveitar
para instrutores de dança na modalidade Jazz o qual     apenas o que a tendência dita e o que aborda com
eu trabalho em cima de um programa de aula básico       verdade as nossas necessidades e, a partir disso,
para os níveis infantil, infanto juvenil e adulto. Os   criar.
CQID´s são regulamentados pela Lei Federal LDB
9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).        Criação predileta
Temos tido um bom resultado, e alguns excelentes           Eu tenho obras feitas que gosto muito, seja pelo
professores alunos que trazem muito material ée         processo de criação, pelo processo de montagem, ou
uma troca artisticamente engrandecedora.                outros fatores. Mas é claro e natural que haja alguns
    Eu costumo viajar quase todos os anos para          trabalhos que eu repenso e me cobro bastante, chego
reciclar. O tipo de aula de Teatro Musical que eu       até a me julgar e achar que eu não acertei tanto. Eu
desenvolvo no Brasil é diferente das que eu pratico     diria que 95% eu amo muito e 5% eu desconfio de
lá fora. Eu não tento reproduzir                        momentos talvez ingratos ou de erros.
fielmente as coreografias dos                                       Além do meu enorme contato com as
musicais apresentados em NY, eu                                           Escolas de Danca, eu sou um
crio movimentações que possam                                                    homem de TV, Cinema e
narrar uma história                                                              Teatro. Por isso, os produtos
com sensualidade e                                                              que eu faço com imagens
que consigam ter a minha                                                       possuem efeitos visuais que
assinatura para um Jazz                                                        pode valorizar ou derrubar o
Musical.                                                                      meu trabalho. Como um dos
    A tendência é cada vez mais                                               prediletos, eu posso destacar
eventos de dança onde o Jazz possa                                            o que eu fiz em Paris,
mostrar que não foi uma fasehouve fases                                      chamado Brasil 500
de altos e baixos e sim uma dança, uma                                       Anos. Gosto também
técnica que vem evoluindo com o mundo!                                            do trabalho 40
                                                                                    anos TV Globo
Nos festivais                                                                       e    Dercy      de
    No Brasil, ainda não temos Festivais onde se        Verdade. No cinema, Os Normais (2) ficou
encontram todas as modalidades de Jazz (Modern          divertidíssimo. No teatro, o Musical Aida. E
Jazz, Afro Jazz, Lyrical Jazz, Soul Jazz, Rock Jazz,    em ballet, essa minha última obra chamada
Jazz de Rua, Free Style e etc.) Por isso, precisamos    Rakataca.
ficar atentos para inscrever os nossos trabalhos
e tomar cuidado com as misturas de técnicas. É               Paixão por coreografar
claro que se podem misturar as técnicas de jazz              É uma sensação maravilhosa poder
em uma coreografia. Mas desde que isso não seja          conduzir um artista até ele achar o
apresentado em uma competição! Talvez essa               caminho e a cara do que eu gostaria que
mistura fique belíssima dentro de um espetáculo,         ele representasse. Tem bailarinos que
seja ele profissional ou não; afinal tudo é dança!       conseguem acertar o que eu imaginava
    Para uma competição em festivais, é preciso          ou, até mesmo, acrescentar significado
mostrar que se está dentro de uma modalidade             harmônico ao que eu criei. Isso tudo é
técnica com criatividade, terminações corretas e         bom demais: o composto de coreografar,
acabamentos. Muitas vezes, os diretores e coreógrafos    dançar, sentir e ver que o bailarino e o
são os principais culpados, pois acabam priorizando      público encontraram uma identificação
o conjunto da obra e não se preocupam na direção         não tem preço! Não digo que isso seja
técnica do bailarino.                                    normal, pois normal não somos apenas
                                                                                                      Capa



                                                         por termos escolhido essa profissão
Crítica Construtiva                                      (risos).
  Muitas pessoas acham que ter referência é copiar
Ortopedia


QUAL A MELHOR SAPATILHA
   DE PONTA PRA MIM?
                                                          por Dr. João de Hollanda, ortopedista especializado
                                                         em traumatologia do grupo de ortopedia do Hospital
                                                                                  Santa Casa de São Paulo.
   Não existe uma sapatilha de ponta que seja ideal     sapatilha inadequada pode gerar sobrecargas não
para todas as bailarinas, a melhor sapatilha depende    apenas nos pés, mas também nos joelhos, quadris e
das características próprias dos pés, da força muscu-   coluna. , e sSempre que uma bailarina estiver se quei-
lar e da experiência que a bailarina tem para dançar    xando de uma dor nestes lugares deve ser pensado
nas pontas. Assim, a sapatilha que sua amiga ou pro-    se a sapatilha que ela está usando está adequada.
fessora achar que seja a melhor para elaé melhor para
um não necessariamente será a melhor para você e        O pé da bailarina
para todas as outras pessoas. , eE se uma bailarina
profissional usa determinada sapatilha isso não sig-       O pé possui um arco natural que pode ser maior
nifica que aquela sapatilha seja melhor do que as ou-   ou menor de acordo com a pessoa. Quando o arco é
tras.                                                   maior, o pé é chamado de cavo, e quando o arco é me-
   A escolha errada de uma sapatilha, além de pre-      nor ele é chamado de plano. Bailarinas com pé cavo
judicar a bailarina tecnicamente, pode levar a sobre-   tendem a ter maior flexibilidade do pé, facilitando o
cargas nos músculos e articulações e provocar lesões.   exercício na ponta, e de modo geral apresentam um
O mau alinhamento do corpo devido ao uso de uma             colo mais acentuado do que aquelas que têm
                                                            pés planos.
                                                                Os pés podem ainda serem do tipo egípcio,
                                                            grego ou quadrado. Pés egípcios são aqueles
                                                            em que o dedão é maior do que todos os ou-
                                                            tros dedos, pés gregos apresentam o segundo
                                                            dedo maior do que os demais, e o pé quadrado
                                                            apresenta os três dedos aproximadamente do
                                                            mesmo tamanho. Além disso, os pés quadrados
                                                            tendem a ser mais largos e com menor mobi-
                                                            lidade na região metatarsiana, e os pés gregos
                                                            e egípcios tendem a ser mais estreitos e com
                                                            maior mobilidade neste local.


 27                                                                      www.capezio.com.br/magazine
Técnica                                                 será necessário para subir na ponta e para realizar
                                                        exercícios de elevè e relevèe, desta forma bailarinas
   Antes de mais nada, é importante entender que os iniciantes devem escolher sapatilhas de gáspea mais
exercícios de ponta devem ser feitos de forma natu- baixa e palmilhas mais flexíveis. Bailarinas mais ex-
ral, não adianta subir na ponta e quando estiver na perientes podem escolher sapatilhas de gáspea mais
ponta dos pés não ser capaz de fazer nada. Assim, no
                                                        alta ou mais baixa e palmilhas mais duras
começo a bailarina deve usar uma sapatilha que seja
                                                        ou mais flexiveisflexíveis, de acordo com
fácil de subir e ficar na ponta. Bailarinas mais expe-
                                                        o gosto pessoal e com o estilo da dança
rientes geralmente têm mais força no pé e maior faci-
                                                        que está sendo ensaiado ou apresenta-
lidade para fazer os exercícios, podendo então trocar
                                                        do. Danças que envolvem muitos saltos
para sapatilhas mais exigentes tecnicamente. Tentar
                                                        exigem maior flexibilidade da sapatilha,
usar estas sapatilhas desde o começo, além de preju-
                                                        e danças como um pas-de-deux ou que
dicar as condições físicas das bailarinas, irá frustrá-
                                                        apresentem muitos giros e movimentos
las, uma vez que terão dificuldades mesmo para os
                                                        mais lentos exigem sapatilhas mais rígi-
exercícios mais básicos.
                                                        das e que sustentem melhor o pé.
Características das sapatilhas
                                                         Largura do box
   As principais características que as bailarinas de-
                                                            As sapatilhas podem ter palmilhasser
vem levar em conta na escolha da sapatilha são a al-
                                                         mais largas ou mais estreitas eno Box
                                                                                                      Ortopedia
tura da gáspea, a largura do Box, a largura da forma
                                                         mais largos ou mais estreitos, e o uso de
e a rigidez da palmilha. Outras características como
                                                         cada tipo de sapatilha deve depender do
os tipos de costura e o formato do decote influenciam
                                                         formato do pé da bailarina. O importante
na estética da sapatilha, mas não devem ser os fatores
                                                         é que a sapatilha se adapte bem ao pé, e a
prioritários da escolha.
                                                         bailarina não sinta o pé nem muito solto
                                                         nem muito apertado.
Altura da gáspea e rigidez da palmi-
lha
   Quanto mais alta for a gáspea e mais dura for a
palmilha, maior a rigidez da sapatilha e mais força
Pg35- Linha 7 Passos
                                    Sete sapatilhas Capezio e
Pg41 - Capezio Gospel
                                      uma perfeita para você
A história da linha do Peixinho e
perspectivas




                                    Pg37– Caio Nunes para
                                               Capezio Jazz
                                     Lançamento de coleção
Pg33– NOVA CK40
                                       para Jazz com cores e
Biodegradável e alta
                                                 movimento.
durabilidade




Pg32 – Novo Sapato Steven
Harper
Lindo, Despojado e
profissional


                                                                32
ONDE
                                  COMPRAR?
                                              CAPEZIO PORTO ALEGRE /RS
                                               R:Vigário José Inacio, 508 Loja 212
                                            Centro-Porto Alegre-Rs - Cep: 90020-110
                                                      Tel: (51) 3212-1368
            CAPEZIO OSWALDO CRUZ /SP                                               CAPEZIO JOINVILLE /SC
                     R: Avenida Brasil, 523                                     R: Visconde De Taunay, 166 Sala 05
        Centro - Osvaldo Cruz - Sp Cep: 17700-000                             Centro - Joinville - Sc Cep: 89201-420
                      Tel: (18) 3528-6997                                                Tel: (47) 3439-3845
                 CAPEZIO AUGUSTA /SP                                             CAPEZIO UBERLANDIA /MG
             R. Augusta, 2767 Lj.11 Cerq. César                             R. Machado De Assis, 501 Lj 7 E 9 Centro
                São Paulo Sp Cep 01412-100                                       Uberlandia Mg Cep 38400-112
                       Fone 3088-6066                                                   Fone (34) 3255-7499
                    CAPEZIO ITAIM /SP                                            CAPEZIO NOVA IGUAÇU /RJ
           R. Joao Cachoeira, 225 Vl N. Conceição                         Av Mal. Floriano Peixoto,1480 Lj 142 Centro
                São Paulo Sp Cep 04535-010                                       Nova Iguaçu Rj Cep 26220-060
                       Fone 3079-9801                                                   Fone (21) 2767-0055
                  CAPEZIO CENTRO /SP                                                 CAPEZIO MOEMA /SP
               R. 07 De Abril, 125 Loja: Nº20                                          Av Moaci, 435 Moema
                São Paulo Sp Cep 01043-000                                         São Paulo Sp Cep 04083-000
                     Fone/Fax 3129-7127                                                    Fone 5041-9744
                 CAPEZIO SANTANA /SP                                              CAPEZIO FORTALEZA / CE
                R: Alfredo Pujol,381 Santana                               Av Dom Luis, 300 Lj 152 1º Piso - Meireles
                São Paulo Sp Cep 02017-110                                         Fortaleza Ce Cep 60160-230
                        Fone 2959-8184                                                  Fone (85) 3264-9490
                     CAPEZIO ABC /SP                                                CAPEZIO TATUAPE /SP
     Rua: Reginaldo De Lima,152 Bairro: Pq. São Diogo                                 R. Itapura, 1529 Tatuape
             S.B. Do Campo Sp Cep 09732-550                                        São Paulo Sp Cep 03310-000
                        Fone 4123-4349                                                     Fone 2295-2839
              CAPEZIO SANTO ANDRÉ /SP                                                CAPEZIO RECIFE /PE
               Av Lino Jardim, 580 Vila Bastos                             Av Herculano Bandeira, 513 1ª And. Sala 12
               Santo Andre Sp Cep 09041-030                                   Bairro Pina Recife Pe Cep 51110-131
                        Fone 4994-2895                                                  Fone (81) 3325-1236
               CAPEZIO GUARULHOS /SP                                               CAPEZIO BROOKLIN /SP
           R. Timoteo Penteado, 5 Loja 07 Térreo                             R. Barão Do Triunfo, 502 Lj, 10 Brooklin
       Vl Progresso Guarulhos Sp Cep 07094-000                                     São Paulo Sp Cep 04602-002
                        Fone 2463-3675                                                     Fone 5044-5481
         CAPEZIO SÃO JOSÉ RIO PRETO /SP                                                 CAPEZIO ABC /SP
       R. Antonio De Godoy, 3676 Bairro Redentora                               R: Visconde De Taunay, 166 Sala 05
              S.J. Rio Preto Sp Cep 15015-100                                 Centro - Joinville - Sc Cep: 89201-420
                     Fone (17) 3232-5039                                                 Tel: (47) 3439-3845
                CAPEZIO RIO PRETO /SP                                            CAPEZIO COPACABANA /RJ
                    Rua João Penteado,646                                   R. Barata Ribeiro, 370 Lj 112 Copacabana
       Ribeirão Preto Sp Cep 14025-010-Boullevard                               Rio De Janeiro Rj Cep 22040-001
                    Fonefax (16) 3636-7604                                              Fone (21) 2235-5503
                CAPEZIO FLAMENGO /RJ                                             CAPEZIO BRASILIA ASA SUL
      R. Marques De Abrantes, 177 Lj 112 Flamengo                                Shcs Eq 302/303 Bl A N6 Lj 115
              Rio De Janeiro Rj Cep 22230-061                               Fashion Mall Brasilia Df Cep 70338-400
                     Fone (21) 2554-8554                                                Fone (61) 3321-1216
          CAPEZIO BELO HORIZONTE /MG                                                  CAPEZIO BAURU /SP
          R. Antonio De Albuquerque, 749 Lj 6 E 8                               Rua:15 De Novembro,13- 59 Centro
       Savassi Belo Horizonte Mg Cep 30112-010                                        Bauru Sp Cep: 17015-042
                     Fone (31) 3225-3383                                                Fone: (14) 3227-2232
        CAPEZIO BRASILIA ASA NORTE /DF                                              CAPEZIO CURITIBA /PR
         Scln, Quadra 308 Bl B Loja 07 Asa Norte                        Rua:Barão De Antonina, 269 Bairro: São Francisco
                 Brasilia Df Cep 70747-520                                          Curitiba Pr Cep:80530-050
                     Fone (61) 3349-5117                                                Fone: (41) 3225-3592
                CAPEZIO SALVADOR / BA                                              CAPEZIO LONDRINA /PR
        Av Otavio Mangabeira, 815 Lj 36 Pituba Sol                               Rua Paranaguá, 921 Lj 03 Centro
                 Salvador Ba Cep 41830-050                                         Londrina Pr Cep 86020-030
                     Fone: (71) 3347-7533                                               Fone: (43) 3324-6905
                   CAPEZIO PENHA / SP                                           CAPEZIO OSVALDO CRUZ /SP
             R. Cap. Avelino Carneiro, 232 Penha                          Estrada Vicinal Osvaldo Cruz Parapuã S/Nº
                São Paulo Sp Cep 03603-010                              Bairro: Ibc - Osvaldo Cruz Sp Cep: 17700-000
                        Fone 2641-7499                                                  Fone: (18) 3528-4688
                 CAPEZIO GOIANIA /GO                                                 CAPEZIO MARILIA /SP
       Av 85, 1853 Sala 10 Gal. Via Maria - Marista                                Rua: Xv De Novembro Nº 523
                 Goiânia Go Cep 74160-010                                       Centro Marília Sp Cep: 17500-050
                     Fone (62) 3241-1669                                               Fone: (14) 3422-2765
             CAPEZIO PORTO ALEGRE /RS                                                      BIRIGUI /SP
           R. Mostardeiro, 120 Lj 05 Rio Branco                             R: Maestro Antonio Passarelli, 160 Centro
              Porto Alegre Rs Cep 90430-000                                    Birigui - São Paulo - Cep: 16200-004
                     Fone (51) 3222-2826                                                 Tel: (18) 3641-4616
31
Por Steven Harper
                                                                                             Seção Capezio
Revisado pela Redação




                                      CAPEZIO
                                            TAP
         Sapateado fresquinho por aí... Desenvolvido para Steven Harper, a Capezio lança o
              mais novo sapato para TAP voltado ao público avançado e profissional.
                   Steven nos conta sobre esse sapato que não sai dos seus pés.




    O momento chegou! O              vido pensando no meu estilo,        Mas, para quem quer, existe
 novo sapato da Capezio é lindo      que é, digamos, “leve”. Eu faço     também a versão com e chapi-
 e atende ao sapateador avança-      poucos toe sands ou outros          nhas mais densas, que tornam
 do e profissional. Tenho usado      movimentos que submetem o           o sapato mais pesado.
 direto em aulas e shows, com        sapato a muita pressão. Preci-          É um sapato bonito, elegan-
 muita satisfação!                   so de um sapato que não pese        te, de linhas modernas e que
    Cada sapateador tem seu          no meu pé, que seja ágil, fle-      atende tanto a homens quanto
 estilo e precisa encontrar o sa-    xível, confortável e com tona-      mulheres.
 pato que melhor o atende.           lidade de som clara. Por isso,
    Esse sapato foi desenvol-        pedi que viesse com sola leve.

     www.capezio.com.br/magazine                                                                       32
Por Julia Cavalcante
                                       Seção Capezio
Revisado pela Redação




                             CAPEZIO
                             BALLET

Linha 7 Passos, sete sapa-
tilhas e uma perfeita para
você!

07 Cerrito
183 Partner Estudante
175 Contempora
182 Partner Box
179 Fouettè
180 Partner
181 Partner Mushilan
Capezio + Mercado
      A Capezio possui uma ampla variedade de sapatilhas de
      ponta, cada uma voltada para um tipo de pé e direcio-
      nadas a todos os níveis técnicos do ballet.
      Após análise com bailarinas em teatros e academias,
      notamos a dificuldade que a maioria delas tem em en-
      contrar a sapatilha perfeita para seus pés. Geralmente,
      a bailarina usa a sapatilha que está mais acostumada a
      calçar. E pensa: “Se eu tiver que passar para outra ponta,
      vou estranhar no começo, mas, já que tudo na vida é assim,
      depois acostumo novamente.” Porém, para o ballet, deve
      ser diferente. Cada bailarina precisa de uma sapatilha
      que se adapte a sua necessidade. O instrumento prin-
      cipal de uma bailarina é a sapatilha de ponta. Sem
      a ponta, não se tem bailarina clássica.
      Para auxiliar essas bailarinas e professores na decisão
      de compra da sapatilha perfeita, a Capezio viabiliza
      para você informações provenientes de estudos junto
      à fábrica, à profissionais da dança, engenheiros e or-
      topedistas, democratizando o conhecimento a todas as
      bailarinas e professores do Brasil por meio da Linha 7
      Passos.
       
      A Linha 7 Passos
      Cada perfil de pé possui alguns poucos tipos de sapati-
      lha que vestem perfeitamente.
      Por isso, a Capezio decidiu incentivar o aprofundamen-
      to de um estudo para o casamento perfeito entre o pé
      e a sapatilha de ponta. Com o auxílio de profissionais
      como Priscilla Yokoi (bailarina profissional indepen-
      dente), Pedro Kraszczuk (engenheiro, bailarino e pro-
      fessor), Danilo (modelista de sapatilhas da Capezio) e
      Dr. João Hollanda (ortopedista do grupo de trauma-
      tologia da Santa Casa de São Paulo), conseguimos dar
      início a essa história.
      Portanto, a Linha 7 Passos traz as sete melhores sa-
      patilhas da Capezio, e informa quais as especificações
      de cada uma delas e para que tipo de pé e nível técnico
      elas se direcionam. A linha conta com a versatilidade
      da Capezio, nos quesitos altura de gáspea, resistência
      de palmilha e largura de Box. São 7 sapatilhas e uma
      perfeita para você.Faça sua pesquisa, consultando nos-
      sos folhetos e website.

www.capezio.com.br/magazine                                        34
Por Caio Nunes
                                                                                             Seção Capezio
Revisado pela Redação




                                      CAPEZIO
                                           JAZZ
                    Anunciamos Caio Nunes para Capezio Jazz. A Capezio está
                    lançando uma linha para Jazz com bolsa, casacos, calças, short-
                    saia, blusinhas, estampas, e max-tênis colorido, tudo assinado por
                    Caio Nunes, o nosso mais novo parceiro. Caio revela como se
                    deu essa parceria e quais as vantagens dessa nova linha: linda,
                                          colorida e atualizada.

  Eu sempre fui fã da Capezio...        Eu sempre curti moda, e           Esse lançamento da Linha de
    Um tempo atrás eu e Luiz         sempre adorei criar os figuri-        Roupas para Jazz é apenas
  Cavalcante (Diretor Capezio)        nos dos meus ballets. Gosto         um início dessa nova fase da
  conversamos sobre a possibi-         tanto que até no Show do              Capezio e Caio Nunes.
  lidade de criarmos uma linha        Zezé Di Camargo e Luciano           Confira as peças que criamos
     direcionada ao Jazz. Até         eu assinei o figurino do Bal-        nos stands e lojas da Cape-
    que conseguimos conciliar          let ao qual eu coreografei.         zio, tem tênis, casaquinho,
    as agendas e começar essa                                             vestido, blusinha, calça, bolsa
             parceria.                                                           e tudo o mais....




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“Pensamos em ter vários outros pro-
dutos e trazer muitas novidades para o
 Jazz em nosso País. Quando o propó-
sito é o mesmo: A DANÇA, surgem-se
grandes parcerias. Foi assim que acon-
       teceu entre mim e o Luiz”


  “O objetivo é poder levar às pessoas
   mais opções de roupas confortáveis
 para essa modalidade, roupas que pos-
 sam levar inspirações na qualidade dos
            seus movimentos.
 Que possamos, com essa nova linha da
 Capezio, ter um olhar contemporâneo
do jazz, onde o bailarino (a) se olhe no
espelho e se sinta lindo (a), se sinta bem
  e possa mostrar beleza da sua roupa
           junto a sua dança!”




www.capezio.com.br/magazine                  38
Por Pedro Kraszczuk
                                                                                          Seção Capezio
Revisado pela Redação




                                      CECÍLIA
                                   KERCHE
                Com produção e distribuição da Capezio, a Cecília Kerche lança a NOVA
               CK40. A sapatilha espetacológica! O bailarino, professor, marido de Cecília e
              engenheiro especialista em sapatilhas, Pedro Kraszczuk conta sobre essa nova
                               obra clássica e milimetricamente calculada!




                                                   A sapatilha CK40 sempre foi muito conhecida no mer-
                                                   cado. Mas a decisão de desenvolver a NOVA CK 40 se
                                                   deu por três fatores:

                                                   1º Descoberta de uma cola à base de água, tronando
                                                   a sapatilha ecologicamente correta, o que contribui
                                                   para uma vida mais saudável tanto para a bailarina
                                                   como ao nosso planeta.

                                                   2º A CK 40 ANTIGA é uma classe de sapatilhas que
                                                   chamamos de ensacada e na NOVA CK40, o Box é
                                                   palmilhado na sola, oferecendo maior conforto e fle-
                                                   xibilidade.

                                                   3º Cecilia Kerche é única e especial, criei a NOVA
                                                   CK40 para ser exclusiva e diferenciar os produtos da
                                                   marca CK das demais.
          Em estudo, Cecília e Gracy Kerche
                                                   Na nossa nova sapatilha, a inteligência está na baila-
                                                   rina que a usa!

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A sapatilha NOVA CK40 che-
ga no mercado com cetim mais
brilhoso, decote princesa e pal-
  milha de alta durabilidade.

A sapatilha pode ser usada por
pés gregos, egípcios e quadra-
dos, pois, sob encomenda, sua
forma pode vir com largura B,
C, D ou E. Nas lojas, você vai
encontrar a sapatilha de largu-
ra D, com palmilha normal, re-
  forçada ou super reforçada.
Por Luiz Cavalcante
                                                                                             Seção Capezio
Revisado pela Redação




                                     GOSPEL
               Em setembro de 2011, a Capezio lançou uma nova marca para a entrada de
               uma linha de produtos para bailarinos cristãos. Chama-se Capezio Gospel.
                Luiz Cavalcante, evangélico e evangelista, idealizador da linha, conta-nos
                                          sobre sua inspiração.




    A Dança Cristã é um mo-          igrejas evangélicas, eu pedi            Este evento já proporcionou
 vimento que está em fase de         diante de Deus que me fosse          um grande passo para a dança
 multiplicação, colocando o          dado um logo para lançar uma         cristã; primeiro por meio da
 Brasil em uma das primeiras         linha de produtos que identi-        visibilidade diante de grava-
 posições do mundo com a lin-        ficasse os bailarinos cristãos.      doras, lojistas, ministérios e
 guagem cristã na dança. Isso        Isso foi no começo de 2011           igrejas que ainda não aceitam
 é para que todos os brasileiros     e depois, as portas foram se         a dança como forma de adora-
 se atentem de que podemos           abrindo... Nós tivemos a opor-       ção; segundo pela realização
 dançar em todas as modalida-        tunidade de patrocinar a 1ª          de contatos importantes que
 des com o principal objetivo        Arena da Dança na 10ª Feira          fizeram lotar as agendas dos
 de louvar o Senhor, mesmo           de Negócios Expo-Cristã. Foi         ministérios com workshops e
 que seja apenas dentro de nos-      a primeira vez que todos os          espetáculos pelo Brasil todo.
 sos corações.                       ministérios de dança puderam         O trabalho deles está muito
    Ciente deste movimento,          unir suas forças em função de        bom.
 que envolve o Brasil todo nas       um único objetivo.


 41                                                                    www.capezio.com.br/magazine
Seção Capezio




 O Peixinho                        nhasse o peixe na terra queria     Senhor através da dança.
     O peixe significa vida em     deixar claro que ele era Cris-
 Cristo! Jesus falou para o        tão.                               Tempo de dançar
 apóstolo Pedro que ele seria         Por essas duas razões: (i)
 um pescador de vidas no texto     como forma de identificação           O Slogan Tempo de Dan-
 de Lucas 5.10: “Não temas, de     dos bailarinos cristãos, e (ii)    çar tem um significado muito
 agora em diante, serás pescador   como forma de edificação e         forte. Este foi o texto bíblico
 de homens.”.                      atração da Vida, a Capezio fez     revelado para mim no desen-
     Além disso, o peixe era (e    uso do peixinho no seu logo        volvimento desta linha. Em
 ainda é) um símbolo de identi-    gospel.                            Eclesiastes 3.10, Deus revela
 ficação dos cristãos no tempo        Quando se observa o nos-        que há tempo para todo o pro-
 do Império Romano. Diante         so logo do Gospel, entende-se      pósito debaixo do céu, e agora
 de uma reunião entre tribos       que tudo o que foi feito é para    já é tempo de dançar para a
 diferentes, o homem que dese-     honrar e glorificar o nome do      honra e glória do Senhor.“


                                                                     O Logo
                                                                     “O logotipo é composto de 3 fa-
                                                                     tores: Capezio, Peixinho e Tempo
                                                                     de dançar, sendo que este compos-
                                                                     to significa Verdadeira Vida para
                                                                     a Dança Hoje, engrandecendo o
                                                                     nosso Deus.”

                                                                     Os Produtos
                                                                     “É importante que os bailarinos
                                                                     cristãos sejam vistos de forma
                                                                     diferente tanto para o mundo da
                                                                     dança como para o mundo cristão.
                                                                     É preciso que eles tenham essa
                                                                     identidade. Por isso, os produtos
                                                                     foram desenvolvidos especialmen-
                                                                     te para aqueles que, assim como
                                                                     nós, acreditam que já é Tempo de
                                                                     Dançar para a honra e glória do
                                                                     Senhor.”
Reverence Kerche
       Cecilia




Nesta edição, o nosso Reveren-
ce à uma das grandes divas do
ballet clássico, Cecília Kerche.
Obrigado pela sua carreira,
que abriu portas a bailarinos
brasileiros no exterior; obri-
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  • 2. Max tênis Colorido e nova coleção de Jazz by Caio Nunes Nova CK40, Novo corte, www.capezio.com.br novo cetim, alta resistência e biodegrada’vel. Esta um show! Novas estampas Use capezio e s SH 19, Novo sapateado Steven Harper leve, moderno e colorido | @capeziobrazil
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  • 4. Esta edição da Capezio Magazine está cheia de boas novas! Cara nova, Ma- térias Interessantes, Opiniões e Produtos de Lançamento. A ideia é trazer a vocês, bailarinos e bailarinas de todas as modalidades de dança, a relevância deste segmento no Brasil. Por meio da democratização de conteúdos de debate, educativos e contri- butivos para todas as modalidades, a Capezio Magazine visa incentivar em vocês o interesse cultural sobre essa Arte da qual sempre tivemos paixão, a Dança! Luiz Cavalcante Diretor da Capezio do Brasil
  • 5. Revista Capezio Magazine Rua Agostinho Gomes, 1537 Diretor Ipiranga, São Paulo – SP, Luiz Cavalcante CEP: 04206-000 Conselho Editorial +55 11 2272-9677 Luiz Cavalcante www.capezio.com.br/magazine Rodnei Elorza magazine@capezio.com.br Maurício de Oliveira Julia Cavalcante Editora Chefe Julia Cavalcante Editor de Arte Rodrigo Guergolet 03- Repertório Redação Caio Nunes 05- Teatro Musical João de Holanda 07- Festivais, e Julia Cavalcante Jonh Gaspi Cultura Juliana Mel 13- Estudos da Dança Karina Bernassi Luiz Cavalcante 15- Presença Pedro Kraszczuk 17- Opinião Rodrigo Guergolet Steven Harper Arte Yoshi Suzuki Fotos Viviani Reis Alceu Bett Nádia Kafka 19- Divindade da Dança Capa Rodrigo Guergolet (Criação) 23- Capa Viviani Reis (Fotografia) 27- Ortopedia Karina Motta (Modelo) 30- Sessão Capezio Publicidade Rodnei Elorza Gisele Caetano 02
  • 6. Repertório Por: Juliana Mel A história do Ballet Raymonda Uma Aventura Medieval com um Toque A História: Oriental Contado em três atos, o ballet começa no palácio em Foi a partir da fusão de duas culturas distintas, a Me- que vive Raymonda, onde estão sendo feitos os pre- dieval e a Oriental, que nasceu o ballet Raymonda, parativos para sua festa de aniversário. A condessa uma história que se passa na Hungria durante a 5ª Sybil de Daurice, tia de Raymonda, adentra no sa- Cruzada, chefiada pelo rei húngaro André II. Com lão e mostra a todos cortesãos a estátua da Dama libreto original escrito por Lydia Pashkova, o ballet Branca, uma antepassada que castiga todos aqueles narra a história de uma jovem amada por dois ho- que não respeitam as tradições de sua família. Em mens, o cavaleiro Jean de Brienne, noivo da protago- seguida, o cavaleiro Jean de Brienne chega ao palá- nista, e Abderakhman, um cavaleiro sarraceno que se cio para se despedir de Raymonda, pois irá lutar nas apaixona perdidamente por ela. Cruzadas. Ele promete a sua amada estar presente Por não conter grandes emoções, o libreto não em sua festa. agradou muito Ivan Vsevolojsky, diretor do Teatro Durante a noite, o fantasma da Dama Branca sur- Imperial de St. Petersburg, e o mesmo tentou rees- ge para Raymonda e ela é conduzida ao Reino Mágico creve-lo juntamente com Marius Petipa. Segundo al- da Fantasia, onde se encontra com Jean de Brienne e gumas anotações de Petipa que foram encontradas, dançam alegremente por muito tempo... Entretanto Abderakhman levaria Raymonda a força para seu seu noivo repentinamente desaparece, dando lugar a reino, situado na Espanha, e ela participaria desse um estranho cavaleiro oriental que faz à Raymonda ato utilizando trajes típicos. Petipa porém teve que uma apaixonada declaração de amor. Assustada, ela renunciar e trabalhar com base no projeto original. desfalece, acordando no dia seguinte com a impres- A música do ballet foi composta por Aleksandr Gla- são de que tudo aquilo poderia ser uma premonição. zunov e sua estreia se deu no ano de 1898. No segundo ato acontece a festa de aniversário de Raymonda. Os convidados vão chegando ao palácio 03
  • 7. e Raymonda imediatamente nota a presença do cava- leiro sarraceno Abderakhman e sua enorme comitiva. Percebendo que se tratava do cavaleiro de seu sonho, a moça fica assustada. Abderakhman entretém a todos com danças típicas de sua terra e oferece a jovem poder e riquezas em tro- ca de sua mão, porém a moça o repele. Enfurecido, ele toma a decisão de leva-la à força para seu reino. Nesse momento, entram no palácio Jean de Brienne e os ou- tros cavaleiros que voltaram das Cruzadas. Tendo co- nhecimento da situação, Jean inicia um duelo com seu rival, acabando vencedor, podendo dessa forma conti- nuar feliz na companhia de sua amada. O ballet termina com o casamento de Raymonda e Jean de Brienne, que é comemorado com um grande baile húngaro. A Peça ao Longo dos Tempos: Embora Raymonda seja uma das grandes relíquias do período clássico, são bem poucas as companhias que encenam a peça completa. É muito comum vermos a encenação do Grand Pas Classique Húngaro do 3º Ato em galas, como a realizada pelo Les Trockadero de Monte-Carlo, que montaram sua própria versão do 3º ato do ballet de Glazunov, intitulada “O Casamen- to de Raymonda”. George Balanchine, um grande admira- dor desse compositor, também criou sua pró- pria versão utilizando alguns trechos da peça, e intitulou como “Raymonda Variations”. Entre as companhias que montam a obra integral estão o Kirov/Mariinsky, com coreografia de Marius Petipa revisada por Konstantin Sergeyev, o Bolshoi com coreografia e libreto revisado por Yuri Grigo- rovich e a Ópera de Paris, com coreografia de Ru- dolf Nureyev. Repertório Em 2011, Sergey Vikharev fez uma reconstrução completa, tanto coreográfica como cenográfica, para o ballet do Teatro Alla Scala de Milão, que acredito ser uma das mais belas versões já criadas para Ray- monda. Neste ano, Cecília Kerche se apresentará com a escola do Teatro Bolshoi no Brasil o 3º ato completo de Raymonda, na versão de Yuri Grigorovich, na Noite de Abertura do Festival de Dança de Joinville. www.capezio.com.br/magazine
  • 8. Teatro Musical da Redação A Dança do Leão No início do ano que vem um novo ritmo, cores des saltos, piruetas e passos de dança afro. As core- primitivas, batidas ancestrais e movimentos afros ografias, por sua vez, seguem a cartilha ditada por prometem tomar conta do palco do Teatro Abril, em Garth Fagan, premiado profissional que nasceu em São Paulo, onde o musical “O Rei Leão” ganhará re- Kingston, Jamaica e por mais de 33 anos percorreu o montagem sob a batuta da produtora Time for Fun. mundo com a Cia Garth Fagan Dance. Fagan também Após acumular mais de 19 produções internacio- é conhecido por criar sua própria linguagem de dança nais, com bilheteria de R$ 4,8 bilhões, o espetáculo moderna, afro-caribenhos e ballet. Coreografou para continua a reinar como um fenômeno cultural e de Alvin Ailey American Dance Theater, Dance Theatre popularidade – e desembarca no país disposto a exi- of Harlem, Jose Limon Company, 50º Anniversary of bir uma nova faceta do teatro musical, pautada no New York City Ballet, entre outros. Ainda em cena, a afro jazz, com coreografias e movimentação cênica descontração e espontaneidade que marcam a dança inéditas em solo nacional nesta seara. africana, mescladas a ações corporais que se comple- Com elenco local formado por talentos genuina- tam com máscaras, figurino típico, maquiagem apu- mente brasileiros, o espetáculo terá em seu casting rada e apetrechos por vezes circenses para compor atores, cantores e bailarinos de todas as regiões do personagens denotam o alto rigor técnico. país. A expectativa é a de que 59 profissionais este- Julie Taymor, aclamada diretora da versão original, jam em cena para apresentar a sexta produção mais deixou seu legado a partir deste espetáculo, traduzido duradoura na história dos musicais da Broadway e em oito línguas diferentes (japonês, alemão, coreano, uma das seis produções na história do teatro a per- francês, holandês, mandarim, espanhol, e agora, por- manecer em cartaz por dez anos ou mais. tuguês). Com agressividade e fervor, músicas de El- A tarefa de recriar em cena leões, zebras, girafas, ton John e Tim Rice, ela mistura elementos de arte e babuínos e demais personagens que integram a his- artesanato africano para retratar personagens antro- tória produzida pela Disney Theatrical Productions pomórficos , dando a embalagem do show que faz de não será fácil. Dos bailarinos é exigida base clássica “O Rei Leão” um marco na história dos musicais. apurada para movimentos que se traduzem em gran- No ritmo do afro jazz, musical “O Rei Leão” desembarca no país em março de 2013 05 www.capezio.com.br/magazine
  • 9. 06
  • 10. Festival de Dança de Joinville Foto:Alceu Beth Agencia Espetaculum Festivais, Galas e Cultura A Capezio Maga- zine, realizou um levantamento dos principais festivais de dança do Bra- sil, e traz pra você as contribuições de cada um deles para o desenvolvimento dessa arte no nosso país. Passo de Arte Foto: Reginaldo Azevedo Gala ENDA Foto Renato Hatushi 07 www.capezio.com.br/magazine
  • 11. Promodança Festival Passo de Arte O Passo de Arte completa 20 anos em 2012 Por meio do Instituto Gama de Arte e sob e acontece de 07 a 17 de julho em Indaiatuba a autorização de Jonh Cranko do Stutgard (SP). Em todos esses anos, contou com o apoio Ballet, o Festival Cidade de Santos Dançar da Capezio. a Vida, que acontece entre os dias 05 a 15 de julho, seleciona bailarinos para essa escola nos O projeto cresceu e se tornou um dos maio- workshops clássicos, lecionados por Valléria res do Brasil, tendo Regionais no Rio de Janei- Mattos, Alfredo Ligabue e Jair Moraes. ro, Espirito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Fortaleza, que são festivais com premiações próprias e seletivas para a competição Inter- Também no mesmo festival há uma oficina nacional. de Improvisação e Criação Coreográfica com Marcelo Cardoso Gama que indica professores Ao todo mais de 6.000 bailarinos disputa- e bailarinos para uma residência em Moscou, ram estas regionais, concorreram a prêmios em Essen e Leipzig. dinheiro e vagas para a 20ª Competição Inter- nacional. Há também um workshop de 5 dias com o pro- Com essa estrutura, o Passo de Arte prima fessor Li Yaming (Pacific Dancearts and Coas- por descobrir e proporcionar oportunidades de tal City Ballet) de ballet clássico e alongamen- profissionalização a jovens talentos da dança. to, oferecendo bolsas para o Canadá. Sem limite de idade, no entanto, com limite de vagas. A estrutura do Passo de Arte promove aos bailarinos e coreógrafos a oportunidade de conquistar bolsas de estudos em escolas e com- Para mais informações, basta contatar a panhias nacionais e internacionais. Promodança por meio do telefone (11) 2249- 7318; ou então mande um e-mail para promo- Este ano em comemoração aos 20 anos, os dancasp@yahoo.com.br. principais convidados serão o ballet Grand De- file coreografado por Carlos dos Santos Jr e o Grupo Raça com For You de Edy Wilson. 08
  • 12. Gala Clássica Internacional ENDA A Gala Clássica Internacional tem como objetivo proporcionar ao público brasileiro um O tradicional Encontro Nacional da Dan- pouco sobre a arte do Ballet Clássico Mundial ça (ENDA) é promovido todos os anos pelo em um só espetáculo, promovendo um inter- SINDDANÇA - Sindicato dos Profissionais da câmbio entre bailarinos estudantis com baila- Dança (SP). Neste ano, será realizado no im- rinos profissionais internacionais. portante Memorial Da América Latina, hoje uma das grandes casas de espetáculos da capi- tal paulista. O SINDDANÇA vem, há tempos, levando o ENDA para teatros de grande porte, Esta Gala foi uma iniciativa de Priscilla com estrutura do mais alto nível, trazendo aos Yokoi para proporcionar conhecimento aos bailarinos nacionais a oportunidade de dançar estudantes brasileiros. “Neste evento, eles podem em um palco de grande estilo. dividir o palco com profissionais globais do Ballet Clássico no mesmo dia. Dessa forma, ocorre uma tremenda troca de experiências que contribui para O ENDA foi idealizado para ser justamente o desenvolvimento da carreira de um brasileiro que o Grande Palco daqueles que, por longos anos, ainda esteja em sua fase inicial.”, relata Priscila. trabalham duro na busca de suas performances perfeitas. Muitos desses bailarinos revelados no ENDA atuam profissionalmente no Brasil Em sua segunda edição, que ocorre segundo e no exterior. semestre de 2012, a Gala Clássica Internacio- nal proporcionará a 150 estudantes de 12 a 18 anos workshops gratuitos, com maitres inter- Do Encontro Nacional da Dança nasceu a nacionais e audição para a Escola Bolshoi do Grande Gala ENDA, uma gala que reúne os Brasil. campeões do festival em palcos como Teatro Municipal, Teatro Alfa, Memorial da América Latina e tantos outros. 09
  • 13. Festival Contemporâneo 1º Festival Internacional de Goias O Festival Contemporâneo de Dança de São O Festival Internacional de Dança de Goi- Paulo está na sua 5ª Edição e será realizado no ás foi criado para disponibilizar maior acesso a mês de novembro de 2012. Em 2011, o festival bons palcos, espetáculos e workshops aos gran- apresentou inúmeras novidades, visando difun- des talentos que se desenvolvem no Brasil, país dir a dança contemporânea proveniente de di- em que a dança tem se destacado como uma das versas partes do mundo, contando com artistas artes mais promissoras. A sua primeira edição e coreógrafos marroquinos, suecos, espanhóis, foi neste ano, apresentada com muito profis- alemães e brasileiros. Em destaque, ficou o solo sionalismo e seriedade e pôde trazer ao Brasil Dance for Nothing de Eszter Salamon (artista grandes nomes da dança internacional, grupos húngara, radicada em Berlim), que foi compos- de diversos estados, prêmios em dinheiro e bol- to com base na obra de John Cage Lecture of sas de estudos no exterior. Nothing. Com a presença de grandes nomes da dan- O Festival visa abrir a nossa concepção so- ça internacional e com jurados e convidados de bre a dança contemporânea, levantando críti- alto nível, o Festival conquista seu espaço no cas e visões diferenciadas sobre os conceitos e cenário cultural brasileiro, pretendendo, a cada as expressões artísticas da dança. ano, inovar e criar possibilidades de divulgar o Brasil no exterior, bem como facilitar o ingres- Para isso, são oferecidos workshops, pales- so de bailarinos em grandes escolas e compa- tras e debates com artistas, coreógrafos, filó- nhias mundiais. sofos e dramaturgos renomados do Brasil e do mundo. Para mais informações, acesse o site festivalcontemporaneodedanca.com www.capezio.com.br/magazine
  • 14. Festivais, Galas e Cultura Festival de Dança de Joinville Consagrado, o Festival de Dança de Joinville completa 30 anos em seu apogeu. Historicamente, nada menos que 3,5 milhões de pessoas passaram por Joinville para assistir aos espetáculos de dança que integram o calendário do maior Festival do mundo que se faz presente no Livro dos Recordes. Dia 18 de julho serão abertas as cortinas para a 30ª Edição, que seguirá até o dia 28, com uma completa agenda de eventos e espetáculos, além de 1.800 vagas para cursos, oficinas e workshops. Haverá 2.579 coreografias, com destaque e premiação em troféus, títulos, medalhas e viagens para estudo e aprimorações. As atrações convidadas para a Noite de Abertura e Noite de Gala representam uma celebração a todos que passaram pelo palco de Joinville – palco sinônimo de trampolim para a carreira e sucesso nacional e internacional de muitos bailarinos. Ana Botafogo e Cecília Kerche estarão na noite que abre a comemoração. Ana fará uma homenagem à Isadora Duncan (precursora do balé moderno, um símbolo para o feminismo); e Cecília vai se juntar a Escola do Teatro Bolshoi com o 3º Ato do ballet de repertório Raymonda. Para a Noite de Gala, o destaque vai para grupos e bailarinos que fizeram história no Festival. O coreógrafo Ricardo Scheir será o responsável pela montagem que une bailarinos de 15 grupos de dança, formando um espetáculo inédito, desde a dança primitiva, passando pelas crianças do Meia-Ponta, o início da profissionalização da dança, os clássicos do balé, o balé moderno e suas projeções. A edição 2012 inclui o lançamento de um livro sobre os 30 anos do Festival, um documentário e a inauguração da calçada da fama, com 150 estrelas que irão eternizar figuras da dança que pas- saram pelo palco do Festival de Joinville. 11 www.capezio.com.br/magazine
  • 15.
  • 16. Estudo da Dança Por: Rodrigo Guergolet História? Pré-História? Coreologia! 13 www.capezio.com.br/magazine
  • 17. A dança foi sempre muito presente na cultu- tes em diversos lugares do mundo, por exemplo, ra das mais várias civilizações do mundo, sendo a escrita apareceu primeiramente no Oriente pró- utilizada com diversas funções incluindo estética, ximo, na Mesopotâmia há cerca de 40 séculos an- mágico-religiosa, utilitária e teórico-cognitivo. tes da era cristã, diferente da América, Austrália Na atualidade vemos a dança como uma arte e África central, que só conheceram a escrita no de cena, que usa dos movimentos corporais para século XV, com a colonização europeia, findando expressar sentimentos por meio de signos, e pode a pré-história milênios depois do Egito, da Grécia ter várias funções semióticas, por exemplo, a mo- e da própria Mesopotâmia. vimentação corporal no palco tem a função esté- Estabelecendo um paralelo entre as localida- tica, dentro do espetáculo teatral, ajuda a concei- des para linguagens artísticas, podemos afirmar tuar a peça, e em uma instituição religiosa tem a que o teatro, por exemplo, passa a ter história função de louvar a “Deus” como vemos na belissi- apenas em 556 a.C. quando temos noticias de um ma matéria de Karina Bernassi nesta revista. autor de teatro. A dança tem grandes relações com a história Seguindo essa linha de raciocínio por um lado, das culturas de todas as sociedades e por esse mo- as Artes Visuais são naturalmente um registro tivo há muitos tipos de dança ativos no mundo gráfico e assim podem ser consideradas história hoje, assim, como houve diversos tipos de dan- desde seu nascimento. Ainda na mesma linha po- ça extintos na história, demos afirmar que a música só passou a ser histó- que nem chegamos a ria com o nascimento das partituras, que foi siste- ter conhecimento. matizada somente em 1030 por Guido D ’Arezzo, Muitos historiado- e só então difundida e unificada. res afirmam (mesmo Podemos então concluir que a dança é a única que algumas linhas linguagem artística que não está englobada den- do estudo da história tro da esfera da história, sendo classificada então não concordem), que a como pré-história, tendo em vista que ela nunca história é dividida em foi realmente sistematizada em uma forma de es- duas grandes áreas, a crita formal. Alguns teóricos da dança como Del pré-história e a histó- Sarte, Meyerhold e Laban começaram trabalhos ria. A primeira consis- bem sólidos nesse aspecto, no entanto, as tentati- te no estudo de uma vas resultaram em complexas escritas não muito sociedade que não teve difundidas no meio, como Rudolf Laban, que de- escrita formal, sendo senvolveu a escrita mais próxima do sucesso, no o objeto de estudo as entanto, não muito precisa e pouco disseminadas obras de pintura, es- no mundo. cultura, arquitetura e Segundo a autora Ligia Trindade há no Brasil qualquer documento apenas um coreologo (profissional especializado arqueológico que possa em escrita de dança), credenciado para exercer facilitar o entendimen- essa função no Brasil. Emilio Martins frequentou to desses povos. Por por três anos e se formou no curso de Coreologia outro lado a história é do Benesh Notation de Londres sendo considera- o estudo das sociedades do segundo a autora o único profissional especia- que possuem uma es- lizado nesta área. crita formal e por isso um registro mais claro e gráfico dos aconteci- mentos. Devido a essa divi- são, a história se repar- tiu em tempos diferen- www.capezio.com.br/magazine 14
  • 18. Presença da Redação Ocorreu na Câmara Municipal dos vereadores de São Paulo uma Sessão em Homenagem ao dia do Ballet Classico e às personalidades da dança clássica. A Solenidade foi apresentada por Priscila Yokoi São Paulo é carente de uma Cia de Ballet Clássico, com o objetivo de incentivar a prática do ballet clás- o que faz com que muitos bailarinos desistam da sico entre adultos e crianças, além de estimular os profissão, devido à falta de emprego, ou optem por bailarinos brasileiros a permanecerem em nosso pais seguir carreira no exterior. “Isso é muito triste, meu e lutarem por criações de Cias de Ballet Clássico. desejo e de muitos é que São Paulo possa fazer par- “Mais do que uma prática do corpo, o ballet é capaz de te dessa cultura maravilhosa proporcionada pelo ballet disciplinar mente e espírito, permitindo que por meio da clássico”, destaca. arte as pessoas se expressem como indivíduos, o que pode Nesse dia foi divulgado o projeto para criação ser passado para os outros aspectos de suas vidas”, comen- do Dia do Ballet Clássico contando com apoio da ta Priscilla. vereadora Edir Sales, que em 11 de junho, durante O ballet clássico não é apenas uma arte, mas tam- Sessão Solene na Câmara Municipal de São Paulo bém uma profissão. Entretanto, atualmente centenas foram entregues 16 diplomas e 5 placas de Prata de bailarinos brasileiros se vêem sem perspectivas aos profissionais colaboradores do Ballet, para ho- diante de um mercado de trabalho absolutamente menageá-los pela persistência, força e coragem de restrito. Entre os inúmeros desafios, Priscilla co- permanecerem nessa modalidade tão escassa e ain- menta que, ao contrário de outras cidades do mundo, da assim dando muitos frutos pelo nosso Brasil. 15
  • 20. Opinião - Pina 3D Por: Julia Cavalcante Assisti à Pré-Estreia do Filme Pina 3D, com sede de obter mais conhecimento. Geralmente, costumo fazer um pouco de pesquisas antes de assistir a um filme, principalmente a um filme no qual estaria com tamanha expectativa de ver. Mas, desta vez, não foi isso o que aconteceu. E, como resultado, o filme me pegou de surpresa quando vi que o formato era de um documentário sobre a contribuição de Pina para cada um de seus bailarinos, e para a dança e dança- teatro. Sinceramente, no momento eu não sabia quais eram as coreografias ali envolvidas, me recordei ape- nas de duas das quais já havia assistido no You Tube, coincidentemente. Primeiramente, posso dizer que um documentário sobre a dança em 3D é coisa de gênio. Naturalmen- te, pessoas imaginariam que um filme do tipo 007 em três dimensões certamente se lançaria antes de Pina no cinema... Mas, Wim Wenders foi gênio em reconhecer que, de fato, não há como expressar a essência de Pina apenas nos palco ou então numa telinha de duas dimensões, ainda que fosse num formato de documentário. Os takes da filmagem, ora focados, ora abertos, Pina Bausch 1940 – 2009 ora na frente de seus olhos devido aos efeitos visuais, Foto: Wilfried Krüger formaram um composto que faz o espectador, ou pelo Somos privilegiados por possuir em nossa histó- menos a mim, transcender. ria alguém que nos demonstrasse este Dom. Isso é Muito da transcendência que senti no filme reside divino! Mas, mais privilegiados do que nós, foram os no fato de eu realmente ter sido pega de surpresa por seus bailarinos, que tiveram a oportunidade de dan- ele. Com isso, noto que consegui captar um pouco çar uma auto-tradução. mais sobre a essência de Pina Bausch, pois de fato Acredito que Carlos Drummond de Andrade ex- não estava preocupada com os títulos e outras críti- pressou, na poesia Sentimento do Mundo, uma per- cas que poderiam surgir após a pré-estreia. feita sintonia com o que Pina transmitiu com suas Como todos sabem, Pina Bausch foi uma grande vivências: tradutora do ser humano, possuía uma sensibilida- “Tenho duas mãos e o sentimento do mundo, mas de que, desde a antiguidade, já estaria em extinção. estou cheio de escravos, minhas lembranças escor- Em outras palavras, uma artista rara. Seus alunos da rem e o corpo transige na confluência do amor.” Tanztheater Wuppertal deixaram claro em seus de- Salve Carlos Drummond de Andrade! Salve Pina poimentos a facilidade que Pina tinha em ler a poesia Bausch! que existia dentro de cada um deles, e de fazer daqui- lo uma arte. Tudo isso, sem deixar, evidentemente, de expressar em suas coreografias os temas ou con- flitos da sociedade atual como (des)equilíbrio, paixão, temores, monotonia e outros. 17 www.capezio.com.br/magazine
  • 21. ESTÚDIO DE DANÇA MÁRCIA PEE Av. Damasceno Vieira, 1068, Vila Mascote, SP FONE: (11) 5564-6934 Ballet Clássico e Contemporâneo, Baby Class, Jaz, ritmos Latinos, Dança de Salão, Dança do Ventre e Street Dance KELLY ALBUQUERQUE Av. Castanheiras, 820, Salas 206 à 211, Bis Center (big Box) - Águas Claras/DF FONE: (61) 3965-7060/3144-0526 Baby-class, Jazz, Street-Dance, Ballet Clássico (infantil e Adulto), Dança de Salão e Forró STUDE SEASONS SHCGN CLR 703 -W3 - B1.D, 51, Sobreloja - Asa Norte/DF FONE: (61) 99799210 Ballet Clássico (do iniciante ao profissional), Ballet iniciante para adultos, Psico- Ballet, Baby-class, Exame da Royal Academy of Dance, Jazz, Contemporâneo, Danças Medievais e Irlandesas. CURSO DE BALLET REGINA CORVELLO SHIS EQL 06/08, Lote A - LAGO SUL BRASÍLIA-DF FONE: (61) 9694-5653 Ballet Clássico - Nível iniciante ao Avançado, Ballet adulto iniciante, Baby-class. email:reginacorvello@hotmail.com ENSAIO BALLET STUDIO DE DANÇA R. Sargento Manuel Barbosa e Silva, 323, Jardim Marajoara/SP FONE: (11) 3289-4473 E-MAIL: ensaioballet@gmail.com Ballet Clássico Infantil e Adulto, Ballet Contemporâneo, Jazz e Brincadança. Onde Aprender? www.capezio.com.br/magazine
  • 22. Divindade da Dança Por Bispo Jonh Gaspi A influência da dança no mundo espiritual I Co 15: 44 “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”. Falar da Interferência da Dança no mundo espiri- entregue por Deus para nós, porque não entrega-lo tual é falar da essência verdadeira da Dança entregue como forma de adoração? por Deus para a expressão corporal do homem, ou A expressão da Dança é uma maneira de expri- seja, descobriremos o verdadeiro sentido e razão da mir sentimentos e emoções do nosso interior e quan- nossa Dança. do direcionamos isso ao Senhor entraremos no que Quando falamos de mundo espiritual, entendemos que existe um Deus Soberano e criador de todas as coisas e que podemos adorá-Lo com as manifestações do nosso corpo. O ser humano é trino (corpo, alma e espírito) e quando nos atentamos para esta verdade, enxerga- mos a capacidade do homem em ter contato com o seu criador de diversas formas, e uma delas é a mani- festação da dança. Quando estudamos a comunicação espiritual do homem com Deus desde os primórdios, percebemos que a dança e a expressão corporal é utilizada para ser um instrumento de adoração. A grande maioria das religiões e culturas se manifes- tam com danças para se comunicar com seu “deus”. É interessante como Jesus e João Batista (no ven- tre de Maria e Isabel), ao se encontrarem, se movi- mentaram espiritualmente de modo que ambas ficam cheias do Espírito Santo, com isso, podemos perceber na palavra de Deus que a essência do movimento esta no mover do Espírito de Deus. Lc 1:41 “Ao ouvir Isa- bel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.” A bíblia diz que Deus nos criou e criou todas as coisas não somente para existir, mas para o Seu lou- vor e adoração. Cl 1:16 “porque Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, ... tudo foi criado por Ele e para Ele”. A expectativa do criador é receber em louvor o que Ele criou e Deus tem recebido também a manifesta- ção da dança para Sua adoração. Se temos este dom 19 www.capezio.com.br/magazine
  • 23. chamamos de “Mundo Espiritual”, e a partir deste des experiências com Deus. momento sentiremos muito além do que nossa alma O homem pode utilizar a sua dança para ado- pode sentir, pois estaremos movendo nosso corpo rar a Deus demonstrando: em direção ao sagrado. Claro, que isto irá depender 1 – Adoração (com movimentos de prostração e con- da nossa intenção e vontade de agradar e adorar o tração) – LC 7:38 “e estando por detrás, debruçada Senhor com nosso corpo. A palavra diz em Fp 3:21 aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés “que transformará o corpo da nossa humilhação, para com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua ser conforme o corpo da sua glória, segundo o seu cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsa- eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas” ou mo.” seja, quando nos derramamos aos pés de Jesus, com 2 – Alegria e Júbilo (com grandes saltos e giros) – II um coração quebrantado e contrito, Ele se agrada e Sm 6:14 “e Davi dançava com todas as suas forças entramos em Sua presença. Sl 51:17 “Os sacrifícios diante do Senhor...” para Deus são o espírito quebrantado; a um coração 3 – Intercessões (com atitudes corporais voltadas a quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” um sentido específico para abençoar e edificar vidas) Estamos em uma geração onde as igrejas cristãs – Ex 17:11 “E acontecia que, quando Moisés levanta- têm desenvolvido e resgatado esta forma de adorar a va a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abai- Deus em seus cultos, utilizando a dança como forma xava a sua mão, Amaleque prevalecia.” de adoração e atitudes proféticas. Hoje são milhares 4 – Guerras (Movimentos corporais intensos de lu- de dançarinos no Brasil e no mundo todo que tem se tas onde se manifesta o posicionamento espiritual de despertado para esta atitude espiritual e vivido gran- um homem como guerreiro do Senhor) – II Cr 20:21 “Josafá ordenou cantores para o Senhor , que, vesti- dos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus.” 5 – Diversos propósitos de Deus (a dança que é di- recionada pelo Espírito Santo e é conduzida para um fim espiritual específico) Ec 3:4 “Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dan- çar” A palavra em I Co 6:09 diz “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” Quando nos consagramos para isso, podemos vi- ver uma dança espiritual diante de Deus. Para refletir: para quem tem sido dedicada a nos- sa dança? Será que este dom que foi entregue por Deus para nós somente tem sido para satisfazer nos- sas vontades, egos, realizações pessoais? Creio que é tempo olhar para Jesus, e depois derramarmos nosso corpo, alma e espírito em adoração para Aquele que é o único digno de toda honra e toda Glória. Será que dançar para um grande público, em uma grande Cia. ou em um lindo e conhecido teatro são as maiores experiências que um dançarino pode ter? Dançar para o Senhor é construir um altar de ex- periências sobrenaturais através da dança, é entregar os movimentos, gestos e cada expressão do nosso corpo em forma de adoração. Se você nunca fez isto, não perca tempo, e viva a maior experiência da sua vida. 20
  • 24. Divindade da Dança Revisão: Alessandro Cristo Por Karina Bernassi Fonte: PINHEIRO DIOGO, Adriana. Adoração Criativa. Goias: Vinha Editora, 2007 Dança do Altar A igreja Cristã se moderniza e resgata todas as formas de artes, para expandir sua mensagem ao mundo. A história recente da igreja cristã é situada nas daica. Desta nova versão da Festa dos Tabernáculos décadas de 50 e 60 e mostra a propagação da dan- (1982), participaram músicos, cantores e bailarinos ça, teatro e música como formas de evangelismo. Foi cristãos de todo o mundo. com o movimento do protestantismo avivado, que Foram esses profissionais que, em 1994, trouxe- ascendia nos Estados Unidos nessa época, que a dan- ram ao Brasil a visão de como se pode cultuar a Deus ça cristã começou a ser praticada em locais públicos por meio da dança. Sua técnica tinha por base a dança como praças e escolas, além de igrejas em pequenas clássica e depois evoluiu em movimentos contempo- comunidades. A dança e a música cristãs são resulta- râneos, até chegar no que conhecemos por dança ex- dos de uma fusão de influências de grandes corais de perimental ou criativa. vozes afro-americanas que entoavam suas canções ao som do blues e do jazz com roupas e danças extrava- No Brasil gantes dividindo opiniões entre os religiosos ortodo- xos da época. Porém, há apenas 20 anos que a dança Após 1995, houve o que se pode chamar de “des- passou a fazer parte dos cultos, com a participação de pertar” de muitos bailarinos profissionais cristãos bailarinos ao lado dos músicos nos períodos de cele- dentro das igrejas. Quase ao mesmo tempo, em co- bração ou adoração. munidades de diferentes denominações pelo país, es- A literatura especializada data em 1982 a primei- ses bailarinos se apropriaram da dança experimental, ra vez que isso aconteceu. Foi em Jerusalém (Israel), utilizando tecidos, fitas e outros adereços para en- na primeira Festa dos Tabernáculos promovida pela fatizar movimentos espontâneos que aumentassem a Embaixada Cristã, já que a celebração mantém-se fluência na adoração a Deus. desde os tempos bíblicos até hoje como tradição ju- 21
  • 25. Foto: Viviane Reis Pr. Geraldo Dias Pra. Adriana Pinheiro e Isabel Coimbra Bailarino clássico profissional, recebeu seu chamado profético na festa cristã dos Tabernáculos em Jerusalém. Ministrou seminários com danças por todo o Brasil. Montou a Companhia de Dança Proféti- ca. As coreografias Como o intuito da dança cristã é adorar a Cristo, seja no louvor, no ensino ou no evangelismo, valores bíblicos devem dire- cionar os temas a serem coreo- Precursores grafados, a forma de dançar e até mesmo o figurino. A técnica, no entanto, seja qual Pra. Adriana Pinheiro for a modalidade, continua a mesma. A Companhia Rhema, da qual faz parte, difundiu Os grupos costumam utilizar cores e pelo país sua visão e entendimento espiritual e artís- formas como elementos simbólicos. Ob- tico sobre o bailarino adorador, por meio de apostilas viamente, cada elemento não possui um e seminários que se propagaram pelas igrejas de todo significado único, e variam de acordo com o país e em eventos do exterior. o momento e objetivo da dança. Uma cena em roda pode significar unidade entre as Isabel Coimbra pessoas e, ao mesmo tempo, proteção de Sua Companhia Mudança, parte do ministério de Deus. Dançar vestido de vermelho remete Divindade da Dança louvor “Diante do Trono”, de Minas Gerais alcançou à ideia da cobertura pelo sangue de Cris- grande reconhecimento nacional em igrejas evangé- to, da proteção contra o mal e da aliança licas de diferentes denominações, e fez com que au- com Deus. A cor amarela lembra o ouro, mentasse a aceitação da dança em comunidades até o que traz à lembrança o caráter de Deus. então fechadas para essa linguagem artística. A cor prata aponta para a redenção reali- zada por Jesus Cristo na cruz do Calvário. O verde pode significar o óleo da unção, como marca da presença de Deus. Objetos também ajudam na adoração. Símbolos judaicos, por exemplo, fazem parte do culto de algumas igrejas evangélicas, como o candelabro. No protestantismo, esse objeto está ligado a Jesus Cristo, como representação da luz do mundo. Por isso, é usado com frequência por alguns grupos de dança. www.capezio.com.br/magazine
  • 26. Capa Por Caio Nunes O Jazz não Morreu O Jazz chegou fortemente influenciado pelos executados na música jazz ou não. Muito da dança sons de palmas no final dos anos de 1800, quando Jazz de hoje foi herdada pela mãe de todas as danças os tambores eram proibidos nas comunidades afro- – Ballet Clássico. americanas que chegaram aos Estados Unidos em Poderíamos citar além de Jack Cole, outros nomes navios negreiros. Estes sons e movimentos passaram preciosos do Jazz como Bob Fosse, Gus Giordano, a influenciar fortemente a Broadway e Hollywood. Os Alvin Ailey, Luigi, Bill “Bojangles” Robinson, Jerome negros dançavam para manter a saúde e ridicularizar Robbins, John Gregory, Katherine Dunham, Matt os brancos que costumavam dançar as polcas, as Mattox e Jo Jo Smith, entre outros que somaram na valsas e as quadrilhas. Já em outra fase, os negros essência do Jazz no mundo. muitas vezes iam às ruas e aos becos de Nova Iorque em uma forma improvisada de dançar. No Brasil Jack Cole é, por alguns, considerado o pai da dança Nos anos 70 /80, o Jazz obteve um grande boom Jazz. Ele trouxe os movimentos isolados podendo ser no Brasil, houve uma novela chamada Baila Comigo 23 www.capezio.com.br/magazine
  • 27. exibida pela TV Globo onde a Deborah Bastos, Dinah Perry, Jhean abertura dessa novela era a atriz Beth Alex, Tania e Nadia Nardini entre Faria e bailarinos dançando uma outros. movimentação muito jazzística com Eu me lembro que no Rio de explosão de energia. O mestre querido Janeiro, no bairro de Copacabana, Lennie Dalle (o qual eu devo muito em uma avenida principal se e me ensinou muitas coisas em seus concentravam várias academias de cursos e na própria montagem dos Dzi dança. Em seus intervalos, a classe Croquetts, companhia da qual eu fiz se encontrava, cruzando as ruas parte) assinava parte da coreografia ou andando pelo bairro com da novela. O Lennie chegou ao Brasil malhas e roupas de aula de jazz trazido pelo empresário Aberlado dance, torços na cabeça e sempre Figueiredo no final dos anos 60 para muito felizes, com a sensação de montar shows e, a partir daí, tudo liberdade. mudou. Jazz é isso, é liberdade, garra, Em algumas academias existiam forca, felicidade! E é claro que sempre livros com pessoas em uma lista de com um bom acabamento, com uma espera para poderem fazer aulas boa técnica. de jazz. E isso pode ter acontecido com Vilma Vernon, Marly Tavares, E hoje? Carlota Portella, Rosely Rodrigues, Hoje em dia no Brasil, o jazz Joyce Kermann, Rose Calheiros, caminha muito bem, obrigado! 24
  • 28. Capa Temos em nosso País grandes talentos do Jazz enquanto atuando em nível nacional e internacional. Apenas do outros se eixo SP/RJ, temos Edy Wilson pela direção do grupo Raça, Erika Novaschi como importante coreógrafa de Lyrical Jazz e pelo Grupo Galpão 1, Cristina Cará pela direção coreógrafa da Companhia de Jazz Cristina apaixonaram Cará, Edson Santos como professor e coreógrafo de pelo ballet contemporâneo. O movimento Modern Jazz e diretor da Cia. Independente de Dança contemporâneo, sem dúvida nenhuma trouxe de SP, Marly Tavares como professora reconhecida grandes resultados e influências para a dança pela sua carreira “jazzística”, Ana Araújo com seu no Brasil, inclusive nos meus trabalhos. Mas a trabalho em São José dos Campos, Kiko Guarabyra composição deste movimento com a mistura de como professor e coreógrafo de grandes eventos gêneros do Jazz com outras modalidades trouxe em teatros no Rio de Janeiro, Carlotta Portella pela o atraso e o enfraquecimento do Jazz no Brasil. E escola e pelo grupo Vacilou Dançou, os três irmãos isso não foi por falta de potencial, mas por falta de Nardini no grupo Bandança, Regina Sauer com a pessoas que quisessem abraçar a ideia. Ou seja, nessa escola e companhia Nós da Dança, a companhia de fase, o Jazz por aqui ficou atrasado e ganhou rótulo dança Entre os Dentes que é minha, Camila Juste de “meio careta”. As salas de aulas já não eram tão pela escola e grupo com forte no trabalho no jazz cheias, havia apenas aquelas pessoas que acreditavam em São Paulo, e muitos outros. Na TV, Juan Carlos no crescimento (formadores de opiniões) e nunca Berardi foi o percursor em coreografar e dar uma perderam a sua essência com dignidade, humildade e grande continuidade com o Jazz nas redes televisivas pesquisa de um estudo mais aprofundado. nacionais. A partir dele, A Retomada as portas se abriram Essa tendência de Musicais no Brasil (coisa que para muitos de nós, sempre foi forte nos USA) reaqueceu um pouco o como Beth Oliosi, Jazz por aqui. Joyce Kermann, Ligia No trajeto do jazz, algumas pessoas migraram de Castro, Oswald para outras modalidades talvez por carência, Berry, Fly, Silvio afinidade ou por precisarem ter mais resultados e Lemgruber e eu, que reconhecimento. Eu me coloco em exceção, pois eu já estou há 28 anos trabalho e sempre trabalhei com o que amo. Nunca com trabalhos na TV, desisti de acreditar e investir nessa maravilhosa arte Palcos e Cinema. de dançar! E assim como eu, muitas pessoas seguem, acreditam e investem... O Jazz caiu? Sabemos que a Persistência é amiga fiel. Por isso, No final dos é muito bom poder ver o nosso Jazz bombando (de anos 90 para 2000, uma forma diferente) novamente! alguns líderes do Com a dança nas novelas, cinema, e teatro musical, Jazz deixaram de fazer a linha de shows está representada, na sua maioria, pesquisas em busca das pelo Jazz e isso vem trazendo um grande mercado tendências desta modalidade. de trabalho, voltado aos bailarinos, atores e cantores Houve uma mistura de gêneros nacionais. Eventos, Festivais e Congressos específicos por alguns “encabeçadores” de Jazz estão acontecendo e trazendo esta modalidade 25 www.capezio.com.br/magazine
  • 29. a um novoo crescimento. No Rio de Janeiro existe o que a internet pode apresentar e, com isso, copiam o CQID de Jazz, Curso de qualificação profissional obras equivocadas. É importante sabermos aproveitar para instrutores de dança na modalidade Jazz o qual apenas o que a tendência dita e o que aborda com eu trabalho em cima de um programa de aula básico verdade as nossas necessidades e, a partir disso, para os níveis infantil, infanto juvenil e adulto. Os criar. CQID´s são regulamentados pela Lei Federal LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Criação predileta Temos tido um bom resultado, e alguns excelentes Eu tenho obras feitas que gosto muito, seja pelo professores alunos que trazem muito material ée processo de criação, pelo processo de montagem, ou uma troca artisticamente engrandecedora. outros fatores. Mas é claro e natural que haja alguns Eu costumo viajar quase todos os anos para trabalhos que eu repenso e me cobro bastante, chego reciclar. O tipo de aula de Teatro Musical que eu até a me julgar e achar que eu não acertei tanto. Eu desenvolvo no Brasil é diferente das que eu pratico diria que 95% eu amo muito e 5% eu desconfio de lá fora. Eu não tento reproduzir momentos talvez ingratos ou de erros. fielmente as coreografias dos Além do meu enorme contato com as musicais apresentados em NY, eu Escolas de Danca, eu sou um crio movimentações que possam homem de TV, Cinema e narrar uma história Teatro. Por isso, os produtos com sensualidade e que eu faço com imagens que consigam ter a minha possuem efeitos visuais que assinatura para um Jazz pode valorizar ou derrubar o Musical. meu trabalho. Como um dos A tendência é cada vez mais prediletos, eu posso destacar eventos de dança onde o Jazz possa o que eu fiz em Paris, mostrar que não foi uma fasehouve fases chamado Brasil 500 de altos e baixos e sim uma dança, uma Anos. Gosto também técnica que vem evoluindo com o mundo! do trabalho 40 anos TV Globo Nos festivais e Dercy de No Brasil, ainda não temos Festivais onde se Verdade. No cinema, Os Normais (2) ficou encontram todas as modalidades de Jazz (Modern divertidíssimo. No teatro, o Musical Aida. E Jazz, Afro Jazz, Lyrical Jazz, Soul Jazz, Rock Jazz, em ballet, essa minha última obra chamada Jazz de Rua, Free Style e etc.) Por isso, precisamos Rakataca. ficar atentos para inscrever os nossos trabalhos e tomar cuidado com as misturas de técnicas. É Paixão por coreografar claro que se podem misturar as técnicas de jazz É uma sensação maravilhosa poder em uma coreografia. Mas desde que isso não seja conduzir um artista até ele achar o apresentado em uma competição! Talvez essa caminho e a cara do que eu gostaria que mistura fique belíssima dentro de um espetáculo, ele representasse. Tem bailarinos que seja ele profissional ou não; afinal tudo é dança! conseguem acertar o que eu imaginava Para uma competição em festivais, é preciso ou, até mesmo, acrescentar significado mostrar que se está dentro de uma modalidade harmônico ao que eu criei. Isso tudo é técnica com criatividade, terminações corretas e bom demais: o composto de coreografar, acabamentos. Muitas vezes, os diretores e coreógrafos dançar, sentir e ver que o bailarino e o são os principais culpados, pois acabam priorizando público encontraram uma identificação o conjunto da obra e não se preocupam na direção não tem preço! Não digo que isso seja técnica do bailarino. normal, pois normal não somos apenas Capa por termos escolhido essa profissão Crítica Construtiva (risos). Muitas pessoas acham que ter referência é copiar
  • 30. Ortopedia QUAL A MELHOR SAPATILHA DE PONTA PRA MIM? por Dr. João de Hollanda, ortopedista especializado em traumatologia do grupo de ortopedia do Hospital Santa Casa de São Paulo. Não existe uma sapatilha de ponta que seja ideal sapatilha inadequada pode gerar sobrecargas não para todas as bailarinas, a melhor sapatilha depende apenas nos pés, mas também nos joelhos, quadris e das características próprias dos pés, da força muscu- coluna. , e sSempre que uma bailarina estiver se quei- lar e da experiência que a bailarina tem para dançar xando de uma dor nestes lugares deve ser pensado nas pontas. Assim, a sapatilha que sua amiga ou pro- se a sapatilha que ela está usando está adequada. fessora achar que seja a melhor para elaé melhor para um não necessariamente será a melhor para você e O pé da bailarina para todas as outras pessoas. , eE se uma bailarina profissional usa determinada sapatilha isso não sig- O pé possui um arco natural que pode ser maior nifica que aquela sapatilha seja melhor do que as ou- ou menor de acordo com a pessoa. Quando o arco é tras. maior, o pé é chamado de cavo, e quando o arco é me- A escolha errada de uma sapatilha, além de pre- nor ele é chamado de plano. Bailarinas com pé cavo judicar a bailarina tecnicamente, pode levar a sobre- tendem a ter maior flexibilidade do pé, facilitando o cargas nos músculos e articulações e provocar lesões. exercício na ponta, e de modo geral apresentam um O mau alinhamento do corpo devido ao uso de uma colo mais acentuado do que aquelas que têm pés planos. Os pés podem ainda serem do tipo egípcio, grego ou quadrado. Pés egípcios são aqueles em que o dedão é maior do que todos os ou- tros dedos, pés gregos apresentam o segundo dedo maior do que os demais, e o pé quadrado apresenta os três dedos aproximadamente do mesmo tamanho. Além disso, os pés quadrados tendem a ser mais largos e com menor mobi- lidade na região metatarsiana, e os pés gregos e egípcios tendem a ser mais estreitos e com maior mobilidade neste local. 27 www.capezio.com.br/magazine
  • 31. Técnica será necessário para subir na ponta e para realizar exercícios de elevè e relevèe, desta forma bailarinas Antes de mais nada, é importante entender que os iniciantes devem escolher sapatilhas de gáspea mais exercícios de ponta devem ser feitos de forma natu- baixa e palmilhas mais flexíveis. Bailarinas mais ex- ral, não adianta subir na ponta e quando estiver na perientes podem escolher sapatilhas de gáspea mais ponta dos pés não ser capaz de fazer nada. Assim, no alta ou mais baixa e palmilhas mais duras começo a bailarina deve usar uma sapatilha que seja ou mais flexiveisflexíveis, de acordo com fácil de subir e ficar na ponta. Bailarinas mais expe- o gosto pessoal e com o estilo da dança rientes geralmente têm mais força no pé e maior faci- que está sendo ensaiado ou apresenta- lidade para fazer os exercícios, podendo então trocar do. Danças que envolvem muitos saltos para sapatilhas mais exigentes tecnicamente. Tentar exigem maior flexibilidade da sapatilha, usar estas sapatilhas desde o começo, além de preju- e danças como um pas-de-deux ou que dicar as condições físicas das bailarinas, irá frustrá- apresentem muitos giros e movimentos las, uma vez que terão dificuldades mesmo para os mais lentos exigem sapatilhas mais rígi- exercícios mais básicos. das e que sustentem melhor o pé. Características das sapatilhas Largura do box As principais características que as bailarinas de- As sapatilhas podem ter palmilhasser vem levar em conta na escolha da sapatilha são a al- mais largas ou mais estreitas eno Box Ortopedia tura da gáspea, a largura do Box, a largura da forma mais largos ou mais estreitos, e o uso de e a rigidez da palmilha. Outras características como cada tipo de sapatilha deve depender do os tipos de costura e o formato do decote influenciam formato do pé da bailarina. O importante na estética da sapatilha, mas não devem ser os fatores é que a sapatilha se adapte bem ao pé, e a prioritários da escolha. bailarina não sinta o pé nem muito solto nem muito apertado. Altura da gáspea e rigidez da palmi- lha Quanto mais alta for a gáspea e mais dura for a palmilha, maior a rigidez da sapatilha e mais força
  • 32.
  • 33. Pg35- Linha 7 Passos Sete sapatilhas Capezio e Pg41 - Capezio Gospel uma perfeita para você A história da linha do Peixinho e perspectivas Pg37– Caio Nunes para Capezio Jazz Lançamento de coleção Pg33– NOVA CK40 para Jazz com cores e Biodegradável e alta movimento. durabilidade Pg32 – Novo Sapato Steven Harper Lindo, Despojado e profissional 32
  • 34. ONDE COMPRAR? CAPEZIO PORTO ALEGRE /RS R:Vigário José Inacio, 508 Loja 212 Centro-Porto Alegre-Rs - Cep: 90020-110 Tel: (51) 3212-1368 CAPEZIO OSWALDO CRUZ /SP CAPEZIO JOINVILLE /SC R: Avenida Brasil, 523 R: Visconde De Taunay, 166 Sala 05 Centro - Osvaldo Cruz - Sp Cep: 17700-000 Centro - Joinville - Sc Cep: 89201-420 Tel: (18) 3528-6997 Tel: (47) 3439-3845 CAPEZIO AUGUSTA /SP CAPEZIO UBERLANDIA /MG R. Augusta, 2767 Lj.11 Cerq. César R. Machado De Assis, 501 Lj 7 E 9 Centro São Paulo Sp Cep 01412-100 Uberlandia Mg Cep 38400-112 Fone 3088-6066 Fone (34) 3255-7499 CAPEZIO ITAIM /SP CAPEZIO NOVA IGUAÇU /RJ R. Joao Cachoeira, 225 Vl N. Conceição Av Mal. Floriano Peixoto,1480 Lj 142 Centro São Paulo Sp Cep 04535-010 Nova Iguaçu Rj Cep 26220-060 Fone 3079-9801 Fone (21) 2767-0055 CAPEZIO CENTRO /SP CAPEZIO MOEMA /SP R. 07 De Abril, 125 Loja: Nº20 Av Moaci, 435 Moema São Paulo Sp Cep 01043-000 São Paulo Sp Cep 04083-000 Fone/Fax 3129-7127 Fone 5041-9744 CAPEZIO SANTANA /SP CAPEZIO FORTALEZA / CE R: Alfredo Pujol,381 Santana Av Dom Luis, 300 Lj 152 1º Piso - Meireles São Paulo Sp Cep 02017-110 Fortaleza Ce Cep 60160-230 Fone 2959-8184 Fone (85) 3264-9490 CAPEZIO ABC /SP CAPEZIO TATUAPE /SP Rua: Reginaldo De Lima,152 Bairro: Pq. São Diogo R. Itapura, 1529 Tatuape S.B. Do Campo Sp Cep 09732-550 São Paulo Sp Cep 03310-000 Fone 4123-4349 Fone 2295-2839 CAPEZIO SANTO ANDRÉ /SP CAPEZIO RECIFE /PE Av Lino Jardim, 580 Vila Bastos Av Herculano Bandeira, 513 1ª And. Sala 12 Santo Andre Sp Cep 09041-030 Bairro Pina Recife Pe Cep 51110-131 Fone 4994-2895 Fone (81) 3325-1236 CAPEZIO GUARULHOS /SP CAPEZIO BROOKLIN /SP R. Timoteo Penteado, 5 Loja 07 Térreo R. Barão Do Triunfo, 502 Lj, 10 Brooklin Vl Progresso Guarulhos Sp Cep 07094-000 São Paulo Sp Cep 04602-002 Fone 2463-3675 Fone 5044-5481 CAPEZIO SÃO JOSÉ RIO PRETO /SP CAPEZIO ABC /SP R. Antonio De Godoy, 3676 Bairro Redentora R: Visconde De Taunay, 166 Sala 05 S.J. Rio Preto Sp Cep 15015-100 Centro - Joinville - Sc Cep: 89201-420 Fone (17) 3232-5039 Tel: (47) 3439-3845 CAPEZIO RIO PRETO /SP CAPEZIO COPACABANA /RJ Rua João Penteado,646 R. Barata Ribeiro, 370 Lj 112 Copacabana Ribeirão Preto Sp Cep 14025-010-Boullevard Rio De Janeiro Rj Cep 22040-001 Fonefax (16) 3636-7604 Fone (21) 2235-5503 CAPEZIO FLAMENGO /RJ CAPEZIO BRASILIA ASA SUL R. Marques De Abrantes, 177 Lj 112 Flamengo Shcs Eq 302/303 Bl A N6 Lj 115 Rio De Janeiro Rj Cep 22230-061 Fashion Mall Brasilia Df Cep 70338-400 Fone (21) 2554-8554 Fone (61) 3321-1216 CAPEZIO BELO HORIZONTE /MG CAPEZIO BAURU /SP R. Antonio De Albuquerque, 749 Lj 6 E 8 Rua:15 De Novembro,13- 59 Centro Savassi Belo Horizonte Mg Cep 30112-010 Bauru Sp Cep: 17015-042 Fone (31) 3225-3383 Fone: (14) 3227-2232 CAPEZIO BRASILIA ASA NORTE /DF CAPEZIO CURITIBA /PR Scln, Quadra 308 Bl B Loja 07 Asa Norte Rua:Barão De Antonina, 269 Bairro: São Francisco Brasilia Df Cep 70747-520 Curitiba Pr Cep:80530-050 Fone (61) 3349-5117 Fone: (41) 3225-3592 CAPEZIO SALVADOR / BA CAPEZIO LONDRINA /PR Av Otavio Mangabeira, 815 Lj 36 Pituba Sol Rua Paranaguá, 921 Lj 03 Centro Salvador Ba Cep 41830-050 Londrina Pr Cep 86020-030 Fone: (71) 3347-7533 Fone: (43) 3324-6905 CAPEZIO PENHA / SP CAPEZIO OSVALDO CRUZ /SP R. Cap. Avelino Carneiro, 232 Penha Estrada Vicinal Osvaldo Cruz Parapuã S/Nº São Paulo Sp Cep 03603-010 Bairro: Ibc - Osvaldo Cruz Sp Cep: 17700-000 Fone 2641-7499 Fone: (18) 3528-4688 CAPEZIO GOIANIA /GO CAPEZIO MARILIA /SP Av 85, 1853 Sala 10 Gal. Via Maria - Marista Rua: Xv De Novembro Nº 523 Goiânia Go Cep 74160-010 Centro Marília Sp Cep: 17500-050 Fone (62) 3241-1669 Fone: (14) 3422-2765 CAPEZIO PORTO ALEGRE /RS BIRIGUI /SP R. Mostardeiro, 120 Lj 05 Rio Branco R: Maestro Antonio Passarelli, 160 Centro Porto Alegre Rs Cep 90430-000 Birigui - São Paulo - Cep: 16200-004 Fone (51) 3222-2826 Tel: (18) 3641-4616 31
  • 35. Por Steven Harper Seção Capezio Revisado pela Redação CAPEZIO TAP Sapateado fresquinho por aí... Desenvolvido para Steven Harper, a Capezio lança o mais novo sapato para TAP voltado ao público avançado e profissional. Steven nos conta sobre esse sapato que não sai dos seus pés. O momento chegou! O vido pensando no meu estilo, Mas, para quem quer, existe novo sapato da Capezio é lindo que é, digamos, “leve”. Eu faço também a versão com e chapi- e atende ao sapateador avança- poucos toe sands ou outros nhas mais densas, que tornam do e profissional. Tenho usado movimentos que submetem o o sapato mais pesado. direto em aulas e shows, com sapato a muita pressão. Preci- É um sapato bonito, elegan- muita satisfação! so de um sapato que não pese te, de linhas modernas e que Cada sapateador tem seu no meu pé, que seja ágil, fle- atende tanto a homens quanto estilo e precisa encontrar o sa- xível, confortável e com tona- mulheres. pato que melhor o atende. lidade de som clara. Por isso, Esse sapato foi desenvol- pedi que viesse com sola leve. www.capezio.com.br/magazine 32
  • 36. Por Julia Cavalcante Seção Capezio Revisado pela Redação CAPEZIO BALLET Linha 7 Passos, sete sapa- tilhas e uma perfeita para você! 07 Cerrito 183 Partner Estudante 175 Contempora 182 Partner Box 179 Fouettè 180 Partner 181 Partner Mushilan
  • 37. Capezio + Mercado A Capezio possui uma ampla variedade de sapatilhas de ponta, cada uma voltada para um tipo de pé e direcio- nadas a todos os níveis técnicos do ballet. Após análise com bailarinas em teatros e academias, notamos a dificuldade que a maioria delas tem em en- contrar a sapatilha perfeita para seus pés. Geralmente, a bailarina usa a sapatilha que está mais acostumada a calçar. E pensa: “Se eu tiver que passar para outra ponta, vou estranhar no começo, mas, já que tudo na vida é assim, depois acostumo novamente.” Porém, para o ballet, deve ser diferente. Cada bailarina precisa de uma sapatilha que se adapte a sua necessidade. O instrumento prin- cipal de uma bailarina é a sapatilha de ponta. Sem a ponta, não se tem bailarina clássica. Para auxiliar essas bailarinas e professores na decisão de compra da sapatilha perfeita, a Capezio viabiliza para você informações provenientes de estudos junto à fábrica, à profissionais da dança, engenheiros e or- topedistas, democratizando o conhecimento a todas as bailarinas e professores do Brasil por meio da Linha 7 Passos.   A Linha 7 Passos Cada perfil de pé possui alguns poucos tipos de sapati- lha que vestem perfeitamente. Por isso, a Capezio decidiu incentivar o aprofundamen- to de um estudo para o casamento perfeito entre o pé e a sapatilha de ponta. Com o auxílio de profissionais como Priscilla Yokoi (bailarina profissional indepen- dente), Pedro Kraszczuk (engenheiro, bailarino e pro- fessor), Danilo (modelista de sapatilhas da Capezio) e Dr. João Hollanda (ortopedista do grupo de trauma- tologia da Santa Casa de São Paulo), conseguimos dar início a essa história. Portanto, a Linha 7 Passos traz as sete melhores sa- patilhas da Capezio, e informa quais as especificações de cada uma delas e para que tipo de pé e nível técnico elas se direcionam. A linha conta com a versatilidade da Capezio, nos quesitos altura de gáspea, resistência de palmilha e largura de Box. São 7 sapatilhas e uma perfeita para você.Faça sua pesquisa, consultando nos- sos folhetos e website. www.capezio.com.br/magazine 34
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  • 40. Por Caio Nunes Seção Capezio Revisado pela Redação CAPEZIO JAZZ Anunciamos Caio Nunes para Capezio Jazz. A Capezio está lançando uma linha para Jazz com bolsa, casacos, calças, short- saia, blusinhas, estampas, e max-tênis colorido, tudo assinado por Caio Nunes, o nosso mais novo parceiro. Caio revela como se deu essa parceria e quais as vantagens dessa nova linha: linda, colorida e atualizada. Eu sempre fui fã da Capezio... Eu sempre curti moda, e Esse lançamento da Linha de Um tempo atrás eu e Luiz sempre adorei criar os figuri- Roupas para Jazz é apenas Cavalcante (Diretor Capezio) nos dos meus ballets. Gosto um início dessa nova fase da conversamos sobre a possibi- tanto que até no Show do Capezio e Caio Nunes. lidade de criarmos uma linha Zezé Di Camargo e Luciano Confira as peças que criamos direcionada ao Jazz. Até eu assinei o figurino do Bal- nos stands e lojas da Cape- que conseguimos conciliar let ao qual eu coreografei. zio, tem tênis, casaquinho, as agendas e começar essa vestido, blusinha, calça, bolsa parceria. e tudo o mais.... 38 www.capezio.com.br/magazine
  • 41. “Pensamos em ter vários outros pro- dutos e trazer muitas novidades para o Jazz em nosso País. Quando o propó- sito é o mesmo: A DANÇA, surgem-se grandes parcerias. Foi assim que acon- teceu entre mim e o Luiz” “O objetivo é poder levar às pessoas mais opções de roupas confortáveis para essa modalidade, roupas que pos- sam levar inspirações na qualidade dos seus movimentos. Que possamos, com essa nova linha da Capezio, ter um olhar contemporâneo do jazz, onde o bailarino (a) se olhe no espelho e se sinta lindo (a), se sinta bem e possa mostrar beleza da sua roupa junto a sua dança!” www.capezio.com.br/magazine 38
  • 42. Por Pedro Kraszczuk Seção Capezio Revisado pela Redação CECÍLIA KERCHE Com produção e distribuição da Capezio, a Cecília Kerche lança a NOVA CK40. A sapatilha espetacológica! O bailarino, professor, marido de Cecília e engenheiro especialista em sapatilhas, Pedro Kraszczuk conta sobre essa nova obra clássica e milimetricamente calculada! A sapatilha CK40 sempre foi muito conhecida no mer- cado. Mas a decisão de desenvolver a NOVA CK 40 se deu por três fatores: 1º Descoberta de uma cola à base de água, tronando a sapatilha ecologicamente correta, o que contribui para uma vida mais saudável tanto para a bailarina como ao nosso planeta. 2º A CK 40 ANTIGA é uma classe de sapatilhas que chamamos de ensacada e na NOVA CK40, o Box é palmilhado na sola, oferecendo maior conforto e fle- xibilidade. 3º Cecilia Kerche é única e especial, criei a NOVA CK40 para ser exclusiva e diferenciar os produtos da marca CK das demais. Em estudo, Cecília e Gracy Kerche Na nossa nova sapatilha, a inteligência está na baila- rina que a usa! 39 www.capezio.com.br/magazine
  • 43. A sapatilha NOVA CK40 che- ga no mercado com cetim mais brilhoso, decote princesa e pal- milha de alta durabilidade. A sapatilha pode ser usada por pés gregos, egípcios e quadra- dos, pois, sob encomenda, sua forma pode vir com largura B, C, D ou E. Nas lojas, você vai encontrar a sapatilha de largu- ra D, com palmilha normal, re- forçada ou super reforçada.
  • 44. Por Luiz Cavalcante Seção Capezio Revisado pela Redação GOSPEL Em setembro de 2011, a Capezio lançou uma nova marca para a entrada de uma linha de produtos para bailarinos cristãos. Chama-se Capezio Gospel. Luiz Cavalcante, evangélico e evangelista, idealizador da linha, conta-nos sobre sua inspiração. A Dança Cristã é um mo- igrejas evangélicas, eu pedi Este evento já proporcionou vimento que está em fase de diante de Deus que me fosse um grande passo para a dança multiplicação, colocando o dado um logo para lançar uma cristã; primeiro por meio da Brasil em uma das primeiras linha de produtos que identi- visibilidade diante de grava- posições do mundo com a lin- ficasse os bailarinos cristãos. doras, lojistas, ministérios e guagem cristã na dança. Isso Isso foi no começo de 2011 igrejas que ainda não aceitam é para que todos os brasileiros e depois, as portas foram se a dança como forma de adora- se atentem de que podemos abrindo... Nós tivemos a opor- ção; segundo pela realização dançar em todas as modalida- tunidade de patrocinar a 1ª de contatos importantes que des com o principal objetivo Arena da Dança na 10ª Feira fizeram lotar as agendas dos de louvar o Senhor, mesmo de Negócios Expo-Cristã. Foi ministérios com workshops e que seja apenas dentro de nos- a primeira vez que todos os espetáculos pelo Brasil todo. sos corações. ministérios de dança puderam O trabalho deles está muito Ciente deste movimento, unir suas forças em função de bom. que envolve o Brasil todo nas um único objetivo. 41 www.capezio.com.br/magazine
  • 45. Seção Capezio O Peixinho nhasse o peixe na terra queria Senhor através da dança. O peixe significa vida em deixar claro que ele era Cris- Cristo! Jesus falou para o tão. Tempo de dançar apóstolo Pedro que ele seria Por essas duas razões: (i) um pescador de vidas no texto como forma de identificação O Slogan Tempo de Dan- de Lucas 5.10: “Não temas, de dos bailarinos cristãos, e (ii) çar tem um significado muito agora em diante, serás pescador como forma de edificação e forte. Este foi o texto bíblico de homens.”. atração da Vida, a Capezio fez revelado para mim no desen- Além disso, o peixe era (e uso do peixinho no seu logo volvimento desta linha. Em ainda é) um símbolo de identi- gospel. Eclesiastes 3.10, Deus revela ficação dos cristãos no tempo Quando se observa o nos- que há tempo para todo o pro- do Império Romano. Diante so logo do Gospel, entende-se pósito debaixo do céu, e agora de uma reunião entre tribos que tudo o que foi feito é para já é tempo de dançar para a diferentes, o homem que dese- honrar e glorificar o nome do honra e glória do Senhor.“ O Logo “O logotipo é composto de 3 fa- tores: Capezio, Peixinho e Tempo de dançar, sendo que este compos- to significa Verdadeira Vida para a Dança Hoje, engrandecendo o nosso Deus.” Os Produtos “É importante que os bailarinos cristãos sejam vistos de forma diferente tanto para o mundo da dança como para o mundo cristão. É preciso que eles tenham essa identidade. Por isso, os produtos foram desenvolvidos especialmen- te para aqueles que, assim como nós, acreditam que já é Tempo de Dançar para a honra e glória do Senhor.”
  • 46. Reverence Kerche Cecilia Nesta edição, o nosso Reveren- ce à uma das grandes divas do ballet clássico, Cecília Kerche. Obrigado pela sua carreira, que abriu portas a bailarinos brasileiros no exterior; obri- gado pela sua elegância, que mantém viva a importância técnica e artística para o bal- let no Brasil; e obrigado pelos seus produtos, que, assim como você, primam pela qualidade.
  • 47. DANCE COM OS NOVOS PRODUTOS www.capezio.com.br JMCOM Gospel Line