Este projeto educativo descreve a visão e estratégias da Escola Básica dos 2o e 3o Ciclos de Santo António para os próximos 4 anos. A escola serve a freguesia de Santo António no Funchal e tem como lema "Orientar Saberes, Preparar para a Cidadania". O documento apresenta o contexto da escola e da comunidade, identifica áreas prioritárias como o sucesso escolar e comportamentos de risco, e estabelece metas e estratégias para melhorar o desempenho e bem-
Projeto Educativo 2014-2018 Escola Básica Santo António
1. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
1
Projeto Educativo Escola
Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo
António
2014/2018
LEMA:ORIENTAR SABERES, PREPARARPARA A CIDADANIA
2. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
2
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................4
1.1. O Projeto Educativo ........................................................................................................................4
1.2. Metodologia....................................................................................................................................4
2. Contextualização e identidade cultural...............................................................................................5
2.1. O meio envolvente..........................................................................................................................5
2.2. A Escola...........................................................................................................................................6
2.2.1. Estrutura organizacional ..........................................................................................................8
2.2.2. Oferta formativa e atividades de complemento curricular .....................................................8
2.2.3. Serviços especializados de Apoio Educativo............................................................................9
2.2.4. Parcerias/Protocolos ..............................................................................................................10
2.2.5. Recursos humanos .................................................................................................................10
2.2.6. Recursos físicos ......................................................................................................................11
2.2.7. Recursos financeiros ..............................................................................................................12
2.2.8. Cultura organizacional da escola............................................................................................12
3. Missão, visão e valores ......................................................................................................................13
3.1. Missão...........................................................................................................................................13
3.2. Visão..............................................................................................................................................13
3.3. Valores ..........................................................................................................................................13
4. Objetivos organizacionais..................................................................................................................13
5. Identificação das áreas de intervenção.............................................................................................14
5.1. Resultados do inquérito................................................................................................................14
5.2. Análise SWOT................................................................................................................................20
5.3. Áreas de intervenção....................................................................................................................21
5.4. Fundamentação............................................................................................................................21
6. Plano de intervenção .........................................................................................................................27
6.1. Metas que nos propomos alcançar..............................................................................................27
7. Avaliação.............................................................................................................................................30
8. Nota final............................................................................................................................................30
Bibliografia..............................................................................................................................................31
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Índice de Figuras
Figura 1- Mapa do Concelho do Funchal ....................................................................................................5
Figura 2- Edifício principal da quinta – casa-mãe.......................................................................................6
Figura 3- Edifício da Escola..........................................................................................................................7
Figura 4- Organograma da escola...............................................................................................................8
Figura 5- Alunos matriculados por ano de escolaridade no ano lectivo 2014/2015................................10
Figura 6- Grau de satisfação dos alunos, pessoal docente e não docente em relação à escola..............14
Figura 7- Perceção dos alunos sobre a imagem da escola .......................................................................15
Figura 8 - Perceção do pessoal docente sobre a imagem da escola ........................................................15
Figura 9 - Perceção do pessoal não docente sobre a imagem da escola .................................................15
Figura 10 - Opinião dos alunos sobre a turma a que pertencem .............................................................16
Figura 11- Perceção dos alunos sobre as aulas.........................................................................................16
Figura 12- Opinião do pessoal não docente sobre os alunos...................................................................17
Figura 13- Relação dos alunos com outros intervenientes.......................................................................17
Figura 14 - Relação dos professores com outros intervenientes .............................................................18
Figura 15- Relação do Pessoal Não Docente com outros intervenientes.................................................18
Figura 16- Relação de parentesco Encarregados de Educação/Alunos....................................................19
Figura 17- Áreas de intervenção...............................................................................................................21
Índice de Tabelas
Tabela 1- Dados da RAM, concelhoe freguesia.............................................................................................. 5
Tabela 2- Problemáticas dos alunos da Educação Especial.............................................................................. 9
Tabela 3- Evolução do número de alunos.....................................................................................................10
Tabela 4- Alunos apoiados pela ASE.............................................................................................................11
Tabela 5- Habilitações dos pais/encarregados de educação...........................................................................19
Tabela 6 - Análise SWOT..............................................................................................................................20
Tabela 7- Número de conselhos de turma de natureza disciplinar..................................................................21
Tabela 8 - Comportamentos desviantes .......................................................................................................21
Tabela 9 - Evolução das transições de 2010/2011 a 2013/2014 .....................................................................22
Tabela 10 - Percentagem média de alunos que transitam com nível negativo – ano letivo 2012/2013 .............22
Tabela 11- Percentagem média de alunos que transitam com nível negativo – ano letivo 2013/2014 ..............23
Tabela 12- Número de transições em 2012/2013 e em 2013/2014 ................................................................23
Tabela 13 - Percentagem de alunos que transitaram sem níveis negativos em 2012/2013 e 2013/2014...........23
Tabela 14 - Número de alunos do 2º ciclo com planos de recuperação e acompanhamento............................24
Tabela 15 - Número de alunos do 3º ciclo com planos de recuperação e acompanhamento............................24
Tabela 16 - Número de alunos com planos de recuperação com transição.....................................................24
Tabela 17 - Áreas de intervenção prioritárias, fundamentação e estratégias ..................................................25
Tabela 18 - Áreas de Intervenção, objetivos, metas,indicadores de avaliação e meios de verificação..............27
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1. Introdução
1.1. O ProjetoEducativo
Em termos legais, o Projeto Educativo é o documento que consagra a orientação educativa da
escola, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de quatro
anos, no qual se explicitamos princípios, os valores, as metas e as estratégias, segundo os quais a escola
se propõe cumprir a sua função educativa (Decreto Legislativo Regional nº 4/2000/M, de 31 de janeiro,
artigo 3º, alterado pelo Decreto Legislativo Regional nº 21/2006/M, de 21 de junho).
Neste pressuposto, o Projeto Educativo é um dos documentos-charneira da gestão escolar e
consagra o devir da escola enquanto organização. Na opinião de Silva (1999): “O Projecto Educativo é a
expressão do poder e da liberdade dos actores escolares no que se refere à mudança da realidade
escolar e à manifestação de uma acção estratégica com vista à introdução de mudanças no cenário
escolar.” (p. 81). Com efeito, é no Projeto Educativo que se concretizam as estratégias definidas e
adotadas pela escola. Representa a possibilidade de se enveredar por outros rumos, de mudar os
conceitos e as práticas escolares e as mentalidades dos atores. Encarna a possibilidade da passagemda
intenção à prática, correspondendo também à bússola da gestão estratégica e meio de antecipação e
viabilizaçãodos planos elaborados. Assim,será legítimo afirmar que o Projeto Educativo é o instrumento
que, por excelência, consubstancia o grau de autonomia; implementa as mudanças; define as condições
de liderança e é a força motriz que dinamiza os processos organizacionais.
Este Projeto visa promover, numa união de esforços, uma cultura de sucesso educativo e escolar
para todos os alunos, assimcomo atitudes e comportamentos adequados à aprendizagem, fomentando
os valores de cidadania.
1.2. Metodologia
Reportando-se um Projeto Educativo à singularidade de cada escola, afigura-se essencial para a
sua construção a análise do contexto interno, de modo a tornar bem explícita não só a imagem que a
comunidade educativa tem de si mesma, mas também as suas expetativas. Nesta decorrência, a
metodologia usada para a identificação das áreas de intervenção foi diversificada.
Procedeu-se à aplicação de inquéritos aos alunos, ao corpo docente e não docente e aos
representantes dos encarregados de educação do ano letivo de 2014-2015. A informação assimobtida
foi complementada pela consulta de outros documentos organizacionais (Balanço Social, plataforma
Place, Plano Anual de Turma, atas, relatórios de direção de turma, pautas e outros), cujo contributo foi
considerado pertinente para um estudo mais aprofundado da realidade escolar. Numa perspetiva
evolutiva, foram observados dados compreendidos entre o ano letivo 2010/2011 e 2013/2014.
Recorreu-se, ainda, a uma análise SWOT, ferramenta que permite identificar os pontos fortes e fracos
da organização, assim como as ameaças e as oportunidades presentes no exterior.
Finalmente, identificadas as áreas de intervenção e enunciadas as metas a atingir de acordo com
os valores educacionais a promover, fundamenta-se a ação educativa subjacente ao plano de ação
delineado, em consonância com as especificidades da escola.
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2. Contextualização e identidade cultural
2.1. O meioenvolvente
A população escolar é oriunda da freguesia de Santo António. Implantada na zona Nordeste alta
do concelho do Funchal, a freguesia de Santo António (Figura 1) ocupa uma vasta área e confronta a
Norte com o concelho de Santana, a Sul com a freguesia de São Pedro, a Oeste com a freguesia de São
Martinho e concelho de Câmara de Lobos e a Leste com a freguesia de São Roque.
Nesta freguesia, notam-se estilos de vida diferentes, devido à sua extensão, registando-se estilos
de vida mais urbanos nas zonas mais baixas e características rurais nas zonas mais altas, próximas à
montanha. De uma forma geral, os aglomerados existentes nas
zonas altas apresentam um nível socioeconómico mais baixo.
É ainda de considerar, nesta freguesia, a existência de
oito bairros de habitação social, estando quatro destes no
pelouro do Instituto de Habitação da Madeira e sendo os
restantes da responsabilidade do pelouro do Departamento de
Habitação da Câmara Municipal do Funchal. Através da
observação do mapa, podemos verificar que é a freguesia mais
extensa e mais populosa do concelho do Funchal.
Segundo dados do Recenseamento Geral da população
de 2011 (Tabela 1) a freguesia de Santo António tinha 27 383
habitantes. A variação de população entre censos (2001 e
2011), em Santo António, foi de cerca de 25%, o que é muito
significativo. No Funchal, foi de 7,6%. Isto é, se a cidade do
Funchal aumentou 7931 habitantes, 5 452 registaram-se na freguesia de Santo António. A escola deu
resposta a este crescimento populacional da primeira década deste século, que agora mostra sinais de
estagnação, o que se reflete na redução do número de alunos, nomeadamente no 5º ano.
Tabela 1- Dados da RAM, concelho e freguesia
Fonte: INE. Censos 2011-RAM
A freguesia é constituída pelos seguintes sítios: Água de Mel, Álamos, Alecrins, Barreira,
Boliqueime, Casa Branca, Casas, Casas Próximas, Chamorra, Courelas, Curral Velho, Encruzilhadas,
Indicadores
Área geográfica
População
Residente
% de Homens % de Mulheres Nº de Famílias
Nº de
Alojamentos
Nº de
Edifícios
RAM 267 785 47,15% 52,84% 92 823 129 158 91 961
Funchal 111 892 46,52% 52,46% 39 855 51 922 29 244
Santo António 27 383 47,64% 52,35% 9 027 10 926 6 311
Figura 1- Mapa do Concelho do Funchal
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Engenho Velho, Fajã, Fontes, Jamboto, Ladeira, Laranjal, Levada do Cavalo, Lombinho, Lombo dos
Aguiares, Lugar do Meio, Madalena, Penteada, Pico dos Barcelos, Pico do Cardo, Pilar, Pinheiro das
Voltas, Pomar do Miradouro, Preces, Quinta das Freiras, Quinta do Leme, Ribeira Grande, Ribeirinho,
Romeiras, Salão, Santa Quitéria, Santo Amaro, Tanque, Terra Chã, Trapiche, Três Paus e Vasco Gil.
A freguesia de Santo António possui um variado número de instituições de caráter educativo,
cultural, recreativo e desportivo, nomeadamente:
- Arquivo Regional da Madeira;
- Escolas do 1º Ciclo: Escola da Ladeira, do Boliqueime;
- Biblioteca Municipal do Funchal;
- Centro Cívico de Santo António;
- Centro de Saúde de Santo António;
- Serviço local de Segurança Social de Santo António;
- Centro de Formação de Deficientes da Quinta do Leme
- Centro Social e Paroquial da Graça;
- Cine-Teatro de Santo António;
- Clube de Futebol Andorinha de Santo António;
- Clube Sport Marítimo;
- Corpo Nacional de Escutas;
- Direção Regional de Qualificação Profissional;
- Grupo Cultural de Santo António;
- Grupo de Campismo de Santo António;
- Juventude Católica Antoniana;
- Junta de Freguesia de Santo António
- Piscinas da Penteada.
2.2. A Escola
A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo António, embora seja uma escola de construção
recente (1997), surgiu da necessidade de uma outra escola de 2º ciclo, e com muitos anos, se expandir
– a Escola da Achada - de onde herdou algum do seu corpo docente e não docente. Foi construída, de
raiz, para ser uma escola técnico-profissional, nos terrenos de uma antiga quinta – a Quinta Josefina -
Figura 2- Edifício principal da quinta – casa-mãe
7. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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em cujos jardins se encontra a casa-mãe (Figura 2), que, depois de recuperada acolhe os Serviços
Administrativos, os gabinetes dos Diretores de Turma e o Conselho Executivo.
O edifício da Escola (Figura 3) é constituído por duas alas, tendo uma delas seis pisos e a outra
dois. Esta diferenciação e número de pisos devem-se ao facto do projeto ter sido implantado numa
encosta de declive acentuado. Acrescente-se que este género de estrutura se revela como uma séria
condicionante do eficaz funcionamento da escola, na medida em que obriga a uma circulação interna
na vertical.
Pelas suas dimensões e pelo facto de permitir aos alunos frequentar, na sua freguesia, o 2º e 3º
ciclos, é vista como um ponto de referência para a freguesia. A população, normalmente, designa-a por
“escola da Madalena” por ter sido esse o seu primeiro nome. Note-se que, nos seus curtos anos de
existência, a designação da escola passou por várias alterações.
As características do meio em que a escola está inserida (heterogeneidade do tecido social) e o
nível etário dos alunos exigem que, a par do rigor que a educação terá sempre que ter, haja também
alguma flexibilidade que facilite a integração, a interação e a aceitação da própria escola no meio que a
rodeia. A missão assumida pela escola obriga a que esteja atenta ao meio que a envolve, combatendo o
insucesso e o abandono escolar dos alunos, pelo que, além de alargar o seu leque de oferta em cursos
especiais de formação, faculta apoio psicológico e mantém um contacto estreito e recorrente com os
organismos oficiais: Segurança Social, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, Centro de Saúde,
entre outros.
Por ser uma escola com boas infraestruturas e um razoável desenvolvimento tecnológico,
oferece, para além dos currículos oficiais, várias áreas de complemento à formação dos alunos.
Figura 3- Edifício da Escola
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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2.2.1. Estruturaorganizacional
A estrutura organizacional da escola inclui as estruturas de gestão e direção e as estruturas de
gestão intermédia conforme Figura 4.
Figura 4- Organograma da escola
2.2.2. OfertaFormativae atividades de complemento curricular
No ano letivo 2014-2015, a escola tem vinte e seis turmas de ensino regular (2º e 3º ciclos), três
turmas de Percursos Curriculares Alternativos (duas turmas do 6º ano e uma do 8º ano), assimcomo
três Cursos de Educação e Formação do tipo 2: de Práticas Comerciais (em conclusão); de Eletricidade
de Instalações e outro de Operador de Informática (primeiro ano).
É um objetivo da escola oferecer apoio pedagógico acrescido aos alunos com mais dificuldades
de aprendizagem nas disciplinas de Matemática, Português, Físico-Química, Francês e Inglês.
CONSELHO DA
COMUNIDADE
EDUCATIVA
CONSELHO
ADMINISTRATIVO
Docentes
Rep. Pessoal Não
Docente
Rep. Autarquia
Rep. Centro de
Saúde
Rep. Segurança
Social
Rep.
Encarregados de
Educação
Rep. Educação
Especial
Rep. Alunos
CONSELHO
EXECUTIVO
Serviço Especializado
de Apoio Educativo
(SPO e Ed. Especial)
Pessoal Não
Docente Pessoal Docente Alunos
CONSELHO
PEDAGÓGICO
Coordenações de
Ciclo
Diretores de
Turma
Conselhos de
Turma
Representantes
Encarregados de
Educação
Delegados de
Turma
Departamentos
Curriculares
Grupos
Disciplinares
Atividades Não
Curriculares
Comissão de
Formação
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Como complemento à formação dos alunos, a escola oferece os clubes: Europeu, de Música, de
Matemática (“Construmatic”) e o Ateliê de Pintura, assim como os projetos:
Educação para a Sexualidade e Afetos;
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos;
Rede de Bufetes Escolares Saudáveis;
Educação e Prevenção Rodoviária;
Baú de Leitura;
Parlamento Jovem;
Eco Escolas;
Modalidades Artísticas – Cordofones e Artes Plásticas;
Desporto Escolar: núcleos de futebol; badminton; MDO (Modalidades
Multidesportivas de Outdoor); ténis de mesa e dança.
2.2.3. Serviços especializados de ApoioEducativo
Educação Especial (apoio individualizado /personalizado)
A Educação Especial é uma modalidade de apoio específico para alunos com severas dificuldades
de aprendizagem ou com necessidades educativas especiais (NEE), que revelam um grande
distanciamento de competências relativamente às do ano que frequentam. Permite um apoio
personalizado a estes alunos, centralizado na sua especificidade individual ou no programa educativo
individual traçado para os alunos com NEE.
Estão sinalizados setenta e um alunos como pertencentes à Educação Especial, usufruindo de
apoios individualizados ou personalizados devido a graves dificuldades de aprendizagem e de aquisição
de competências, de acordo com a tabela seguinte:
Tabela 2- Problemáticas dos alunos da Educação Especial no ano letivo 2014/2015
Problemáticas Nº de alunos
Perturbaçãodo Espectrodo Autismo 2
Dificuldades no FuncionamentoIntelectual 47
Desordem por déficedeatenção e hiperatividade 3
Perturbaçãode Hiperatividadecom DéficedeAtenção 2
Perturbações Emocionais e comportamento graves 2
Perturbaçãoda Linguageme da Fala 1
Perturbações das Aptidões Motoras 1
Perturbações Emocionais 3
Dislexia 5
Disgrafia 1
Prader-Willi 1
EscleroseTuberosa 1
Paralisia Cerebral 1
Síndrome Fetal Alcoólico 1
Total: 71
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2.2.4. Parcerias/Protocolos
Para a concretização dos seus objetivos, a escola tem desenvolvido parcerias e estabelecido
protocolos com algumas entidades, salientando-se:
- Câmara Municipal do Funchal;
- Centro de Saúde de Santo António;
- Serviço Local de Segurança Social;
- Escola de Dança do Funchal – ensino artístico especializado;
- Estação de Biologia Marinha;
- Jardim Botânico do Funchal;
- Junta de Freguesia de Santo António;
- Parque Natural da Madeira;
- Polícia de Segurança Pública – Escola Segura;
- Universidade da Madeira.
2.2.5. Recursos Humanos
Alunos
Conforme se pode observar na Tabela 3, nos últimos quatro anos letivos, verifica-se um
decréscimo progressivo no número de alunos inscritos, facto aliado a fatores como a evolução negativa
da natalidade e a emigração, acentuado no presente ano letivo pela redução de alunos no 5º ano de
escolaridade.
Tabela 3- Evolução do número de alunos
Anos letivos 2º Ciclo 3º Ciclo Total
2010/2011 304 377 681
2011/2012 314 421 735
2012/2013 307 416 723
2013/2014 269 439 708
2014/2015 220 410 630
Figura 5- Alunos matriculados por ano de escolaridade no ano lectivo 2014/2015
5º Ano, 91
6º Ano, 129
7º Ano, 142
8º Ano, 122
9º Ano, 108
CEF, 38
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No ano letivo 2014/2015, matricularam-se 630 alunos, com maior incidência no 7º ano de
escolaridade.
Tabela 4- Alunos apoiados pela ASE
Ano Letivo Escalão 1 Escalão 2 Sem escalão Total de alunos
2010-2011 241 175 265 681
2011-2012 238 206 287 731
2012-2013 224 212 293 729
2013-2014 244 189 261 694
2014-2015 216 191 223 630
A nível socioeconómico, há um considerável número de alunos que provêm de famílias com
fracos recursos, situação agravada pela atual conjuntura económica. Os apoios financeiros são
proporcionados aos alunos seguindo os dispositivos legais, plasmados por portaria regional, e
assegurados através dos serviços de Ação Social Escolar. O facto de a escola servir uma população
economicamente mais desfavorecidapoderá constatar-sepelo número de alunos que usufrui de escalão
da Ação Social Escolar (Tabela 4) ao longo dos anos e que abrange cerca de 2/3 da população escolar
(65%).
Pessoal docente
No ano letivo 2014-2015, a escola conta com 96 docentes, sendo 54 do Quadro de Escola, 31 do
Quadro de Zona Pedagógica, 5 do quadro de vinculação à RAM e 6 contratados, o que confere, através
de um quadro de estabilidade, a garantia de continuidade pedagógica. O corpo docente é,
maioritariamente, feminino, com uma média de idade de 44 anos, natural e residente no concelho do
Funchal, com 11 a 20 anos de serviço, encontrando-se na escola há mais de nove anos.
Pessoal não docente
Do quadro de pessoal não docente fazem parte 44 trabalhadores, sendo 6 do género masculino
e 38 do género feminino, distribuídos pelas categorias de técnico superior (2), técnico de informática
(1), assistentes técnicos (12) e assistentes operacionais (29). No que diz respeito às habilitações
literárias, há quatro licenciados. A média de idade situa-se nos 51 anos.
Há três trabalhadores subsidiados colocados pelo Centro de Emprego ao abrigo do Programa
Ocupacional dos Trabalhadores Subsidiados.
2.2.6. Recursos físicos
A escolapossui quatro laboratórios de informática, salade sessões,papelaria,cantina, duas salas
de convívio com bufete, dois polidesportivos, ginásio, para além das 25 salas de aula, algumas delas
equipadas com videoprojetor ou quadros interativos (smartboards). Constam ainda do património da
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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escola alguns computadores portáteis e um laboratório móvel. Atenta à importância das novas
tecnologias, e numa perspetiva de inovação, está disponível o acesso à plataforma Moodle.
Para ocupação dos tempos livres, os alunos têm ao seu dispor jogos na sala de convívio e uma
biblioteca com um considerável acervo de livros. O jardim é, igualmente, um espaço onde os alunos
podem descontrair ou jogar ping-pong.
2.2.7. Recursos financeiros
O orçamento da escola abrange duas áreas: o Fundo Escolar, dotado de autonomia
administrativa e financeira, que abrange todas as despesas relacionadas comalunos, e o Funcionamento
Normal, que abarca as despesas com o funcionamento da organização.
A escola lida com falta de liquidez, o que cria constrangimentos e obriga a aguçar o engenho na
procura de recursos financeiros para colmatar as suas carências quotidianas.Destadecorrência, algumas
parcerias ou protocolos foram estabelecidos.
2.2.8. Culturaorganizacional da escola
A cultura organizacional da escola é uma realidade complexa mas, simultaneamente, passível de
ser interpretada e compreendida. As escolas evidenciam a sua cultura através de artefactos verbais,
visuais, simbólicos e comportamentais que as singularizam, assimcomo crenças, valores e pressupostos
que fundamentam as perceções, atitudes e expetativas dos seus membros. A cultura de uma escola é
engendrada na e pela multiplicidade de relações estabelecidas pela dinâmica dos seus interlocutores,
possuidora da plasticidade suficiente, que tanto inibe como dinamiza os contextos.
Apesar de estaser uma escolarecente, apresenta, já, um conjunto, quiçáapreciável, de símbolos,
rituais, cerimónias, eventos e confraternizações que, além de dar identidade à própria instituição,
promovem ainda o proliferar de relações informais que caracterizam a sua própria dinâmica. Em suma,
estaescola,como todas as outras, tem uma cultura organizacional própria que também aqui surge como
resultado de um processo permanente de inovação, adaptação e evolução. A exemplo do que refere a
literatura (Torres, 2004), a escola investe nas suas dimensões simbólicas, dinamizando cerimónias e
outras iniciativas com o intuito de reforçar a sua identidade cultural. Estes momentos de partilha e as
interações produzidas constituem o berço e a forma (aqui entendida como molde) para a cultura
organizacional da escola.
Na perceção dos docentes, prevalece uma Cultura de Objetivos e uma Cultura de Apoio,
correspondendo às exigências impostas à escola atual: é o local de partilha, de colaboração, de
ensinamentos democráticos, mas também o locus de produtividade, do mostrar resultados numa
vertente empresarial de eficiência e eficácia de acordo com uma cultura de mérito própria de uma
sociedade moderna e competitiva. Esta dupla vertente é compreensível na perspetiva de que estes tipos
de cultura se completam e complementam, numa lógica de escola bricolage de que fala Gomes (1993).
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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3. Missão, visão e valores
Os elementos estruturantes em que assenta a estratégia de qualquer organização são: a Missão
(Porque existimos?), a Visão (O que queremos ser?), os Valores (O que é importante para nós) e os
Objetivos, com os indicadores, as metas e as fontes de verificação. Cabe à visão e à missão suportarem
a ação estratégica da organização, sobretudo quando está em causa uma estratégia de mudança.
3.1. Missão
A Escola Básica dos 2º e 3 º ciclos de Santo António tem como missão assegurar aos alunos os
conhecimentos, competências e saberes necessários para o prosseguimento de estudos, alémde educar
para os valores e para o exercício de uma cidadania plena, desenvolvendo o espírito crítico, estético,
cultural e científico.
O lema é: ORIENTARSABERES, PREPARARPARA A CIDADANIA.
3.2. Visão
Numa ideia de futuro, a escola quer ser reconhecida pela qualidade do ensino que oferece, na
perspetiva da formação integral dos alunos, assim como pela inovação nas práticas educativas.
3.3. Valores
A qualidade organizacional pressupõe um conjunto de valores que influenciame orientam aação
dos membros da comunidade escolar. Assim, a escola privilegia os seguintes valores:
Responsabilidade
Disciplina
Empenho/Dedicação
Solidariedade
Tolerância
4. Objetivos organizacionais
A escola, como organização, tem por principais objetivos:
Melhorar o sucesso escolar e educativo;
Promover atitudes e comportamentos adequados às aprendizagens;
Fomentar os valores de cidadania.
14. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
14
5. Identificação das áreas de intervenção
5.1. Resultados doinquérito
Nesta secção, são apresentados alguns resultados considerados pertinentes do inquérito
efetuado aos alunos, aos representantes dos Encarregados de Educação e a todo o corpo docente e não
docente no ano letivo de 2014-2015.
Num universo de 539 alunos, responderam ao inquérito 485 alunos, o que corresponde a 90%
de respostas. Atendendo ao ainda breve contacto com a realidade escolar, os alunos de 5º ano não
foram considerados.
De um total de 96 professores, responderam ao inquérito 62 (65%).
No conjunto de 47 funcionários, responderam 35 (74%).
Num universo de 64 representantes de Encarregados de Educação, responderam 47 (73%).
PERCEÇÃO DOS ALUNOS, PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE
Grau de satisfação relativamente à escola
ALUNOS PESSOAL DOCENTE PESSOAL NÃO DOCENTE
Figura 6- Grau de satisfação dos alunos, pessoal docente e não docente em relação à escola
Como se pode constatar na Figura 6, a grande maioria dos inquiridos manifesta um grau de
satisfação com a escola.
11%
63%
26%
Pouco
Satisfatória
Satisfatória
Muito
Satisfatória
55%
45%
Satisfatória
Muito
Satisfatória
11%
63%
26%
Pouco
Satisfatória
Satisfatória
Muito
Satisfatória
15. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
15
Imagem da escola
Figura 7- Perceção dos alunos sobre a imagem da escola
Pela análisedaFigura 7, verificou-se que os alunos têm uma boa imagem da escola,vendo-a como
uma escola organizada (82%); como não violenta (78%); como um bom local de trabalho (85%) e como
um bom espaço de convívio (86%). No item rigor na disciplina, 62% pronunciaram-se favoravelmente e
38% não concordaram. Esta última percentagem poderá causaralguma preocupação na medida em que,
se, por um lado, podemos inferir da não necessidade desse rigor, por outro, poderão esses 38% querer
manifestar a ausência da sua aplicação.
Figura 8 - Perceção do pessoal docente sobre a imagem da escola
De destacar a concordância de todos os professores em que a escola é organizada; não é uma
escola violenta (95%) e quase todos os professores inquiridos a consideram um bom local de trabalho
(95%) e um bom espaço de convívio (90%). Em relação ao rigor na disciplina, só 56% manifestam
concordância.
Figura 9 - Perceção do pessoal não docente sobre a imagem da escola
0
100
200
300
400
500
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Uma escola
organizada
Uma escola
violenta
Um bom
local de
trabalho
Uma escola
rigorosa na
disciplina
Um bom
espaço de
convívio
397
88 109
376 414
71
301
184
418
67
0
20
40
60
80
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Uma escola
organizada
Uma escola
violenta
Um bom local
de trabalho
Uma escola
rigorosa na
disciplina
Um bom
espaço de
convívio
62
0 3
59 59
3
35 27
56
6
0
20
40
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Uma escola
organizada
Uma escola
violenta
Um bom local
de trabalho
Uma escola
rigorosa na
disciplina
Um bom
espaço de
convívio
31
4 6
29 31
4
16
19
25
10
16. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
16
Em relação ao pessoal não docente, a grande maioria dos inquiridos considera a escola como
organizada (89%); não violenta (83%) e um bom local de trabalho (89%). Para 71% dos participantes no
inquérito, a escola é um bom espaço de convívio. É ainda de realçar que 54% consideram que a escola
não é rigorosa na disciplina.
Opinião dos alunos sobre a turma a que pertencem
Figura 10 - Opinião dos alunos sobre a turma a que pertencem
Relativamente à opinião que os alunos têm sobre a sua turma, podemos considerar como muito
positivo o facto de 93% afirmarem ser “uma turma de que gostam”, aliado aos valores obtidos nos itens
ser “um grupo unido” (71%) e “onde se trabalha bem” (78%). Por outro lado, deverá ter-se em
consideração o facto de cerca de 1/3 dos alunos achar que a sua turma tem mau comportamento.
Opinião dos alunos sobre as aulas
Figura 11- Perceção dos alunos sobre as aulas
No que diz respeito à opinião sobre as aulas, 90% consideram-nas importantes e um bom espaço
de aprendizagem. Para 84% dos inquiridos, as aulas são interessantes; contudo, ficam divididos em
relação ao item aulas com muito barulho, verificando-se que 45% consideram que as aulas são
barulhentas e 55% que não o são.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Uma turma de que
gostas
Uma turma com
mau
comportamento
Um grupo unido Um grupo onde se
trabalha bem
449
36
166
319 342
143
378
107
0
100
200
300
400
500
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
Um espaço onde
aprendo bem
Com interesse Com muito
barulho
Importantes
435
50
404
81
217
268
436
49
17. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
17
Opinião do pessoal não docente sobre os alunos
Figura 12- Opinião do pessoal não docente sobre os alunos
Analisando a Figura 12, notamos que o pessoal não docente não caracteriza os alunos pela
agressividade, não deixando de reconhecer que o grau de obediência e respeito, colaboração e simpatia
encontrado é francamente inferior ao desejável. Esta perceção é reveladora do tipo de contacto e
relacionamento mais específicos que o pessoal não docente mantém com os alunos num ambiente
exterior às aulas.
Relações com outros intervenientes
Figura 13- Relação dos alunos com outros intervenientes
Manifesta-se um considerável grau de satisfação relativamente às relações dos alunos com os
intervenientes da comunidade escolar (Figura 13), destacando-se a relação “muito satisfatória” com o
conselho executivo (49%) e com os professores (49%) e, de modo ainda mais evidente, com os respetivos
diretores de turma (57%) e com os seus colegas (57%).
0
5
10
15
20
25
30
Nenhum
Pouca
Muita
Nenhum
Pouca
Muita
Nenhum
Pouca
Muita
Nenhum
Pouca
Muita
Agressividade Obediência e
Respeito
Simpatia Colaboração
2
26
7
3
22
10
1
19
15
0
23
12
0
50
100
150
200
250
300
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
Alunos –
Assistentes
Operacionais
Alunos -
Pessoal
ASE
Alunos –
Conselho
Executivo
Alunos -
Professores
Alunos -
Pessoal
Serviços
Administrativos
Alunos -
Diretores
de Turma
Alunos - Alunos
36
232
196
21 32
231
204
18 30
196
239
20 30
202
237
16 24
214217
30 20
172
276
17 26
162
277
20
18. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
18
Figura 14 - Relação dos professores com outros intervenientes
Na relação dos professores com os outros intervenientes da comunidade escolar (Figura 14),
destaca-se a que é estabelecida com o conselho executivo e com os seus alunos (0% de opiniões
desfavoráveis relativamente a ambas). Dos dados recolhidos neste âmbito, resulta ainda bem claro que
a relação humana dos professores com os seus colegas,com os assistentes operacionais e com o pessoal
administrativo se situa a um nível manifestamente satisfatório.
Figura 15- Relação do Pessoal Não Docente com outros intervenientes
No que diz respeito às relações com outros intervenientes na comunidade escolar (Figura 15), o
pessoal não docente revela um elevado grau de satisfação, de modo mais evidente com o pessoal
administrativo e com o conselho executivo, mas também com os professores e mesmo com os seus
colegas, em geral. Quanto à relação com os alunos, não deixa de surpreender que, apesar das
observações já registadas, esta seja considerada satisfatória por 80% dos inquiridos.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
Professores –
Conselho
Executivo
Professores -
Professores
Professores -
Alunos
Professores –
Assistentes
Operacionais
Professores -
Pessoal
Administrativo
Professores -
Encarregados
de Educação
0
17
45
0
3
34
25
0 0
39
22
1 2
36
23
1 1
26
34
1
7
35
12
8
0
5
10
15
20
25
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
PoucoSatisfatória
Satisfatória
MuitoSatisfatória
SemOpinião
Pessoal Não
Docente-
Pessoal Não
Docente
PessoalNão
Docente –
Conselho
Executivo
Pessoal Não
Docente -
Alunos
Pessoal Não
Docente -
Professores
Pessoal Não
Docente -
Pessoal
Administrativo
4
21
8
2 2
21
12
0
6
18
10
1
5
18
11
1 2
18
15
0
19. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
19
PERCEÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO SOBRE OS SEUS
EDUCANDOS
Neste ponto, foram efetuadas duas análises: uma tendo por base dados das fichas biográficas
dos alunos e outra resultante dos inquéritos aos representantes dos encarregados de educação.
Tabela 5- Habilitações dos pais/encarregados de educação
1º CICLO 2º CICLO 3º CICLO SECUNDÁRIO BACHARELATO LICENCIATURA MESTRADO
Pai 145 142 141 67 2 11 -
Mãe 88 140 153 120 4 23 1
Total 233 (23%) 282 (27%) 294 (28,4%) 187 (18%) 6 (0,6%) 34 (3,3%) 1 (0,1%)
Regista-se que, no que diz respeito às habilitações literárias, dos 1037 pais/encarregados de
educação dos quais existe informação, há uma prevalência significativa do ensino básico (78,4%).
Figura 16- Relação de parentesco Encarregados de Educação/Alunos
Verifica-se que, maioritariamente, as mães (88%) são os encarregados de educação dos seus
educandos.
Dos 47 (73%) representantes dos Encarregados de Educação que responderam ao inquérito,
destacam-se algumas das suas opiniões. Todos achamque os contributos da escola para a formação dos
seus educandos são bastantes satisfatórios. Consideram que os seus educandos reconhecem facilmente
os seus erros e que nenhum deles recorre a linguagem imprópria na relação familiar, nem adotam
atitudes violentas. Noventa e oito por cento dos inquiridos julgam que os seus educandos mostram
satisfação relativamente ao trabalho realizado e à noção do dever cumprido.
No plano da autonomia, 36% consideram-nos pouco capazes, adotando, por vezes, uma atitude
de inferioridade, geradora de desmotivação. No plano do estudo, 49% dos inquiridos acham que
interrompem frequentemente os seus trabalhos, se distraem com estímulos exteriores e manifestam
enfado perante as atividades escolares (trabalhos de casa, leitura …).
0
100
200
300
400
500
600
60
555
9 5 1
20. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
20
5.2. Análise SWOT
O recurso à análise SWOT permite identificar as forças (strengths) e fraquezas (weaknesses) –
fatores internos – e as oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) – fatores externos - da
organização.
As forças ou pontos fortes são os aspetos positivos, aquilo que se está a fazer bem, enquanto as
fraquezas ou pontos fracos correspondem ao oposto. O ideal será os pontos fortes compensarem os
pontos fracos da organização. As oportunidades contribuem para a melhoria do desempenho da
organização, enquanto as ameaças,pelo contrário, desestabilizam,não permitindo atingir essepatamar.
A Tabela 6 evidencia os fatores que foram identificados.
Tabela 6 - Análise SWOT
Competência e empenho da
generalidade dos docentes
Dinâmica de alguns grupos
disciplinares
Oferta de Apoio Pedagógico
Acrescido
Organização da escola
Clima organizacional
Estabilidade do corpo docente
Diversidade de atividades/projetos de
complemento curricular
Empenho do pessoal não docente
Pontos Fortes
Cumprimento de regras por parte dos
alunos
Baixas expetativas dos alunos
Articulação entre ciclos
Participação/Acompanhamento dos
Encarregados de Educação
Condições acústicas e físicas do edifício
Resistência à mudança
Ausência de espaços de lazer para os
alunos
Reduzido número de assistentes
operacionais
Comunicação
Falta de equipamentos/recursos
Diferença entre os resultados da
avaliação interna e externa
Pontos Fracos
Incremento de parcerias/protocolos
Reconhecimento por parte da
comunidade local
Oportunidades
Programas longos
Condição socioeconómica
desfavorecida das famílias
Conjuntura económica
Critérios na atribuição de passes
sociais
Ameaças
21. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
21
5.3.Áreas de intervenção
Feito um diagnóstico da situação da escola tendo por base os resultados dos inquéritos, a análise
SWOT e a consulta de documentação (Balanço Social, plataforma Place, Plano Anual de Turma, atas,
relatórios de direção de turma e pautas), foram identificadas três áreas de intervenção prioritárias:
Figura 17- Áreas de intervenção
5.4.Fundamentação
INDISCIPLINA
Tabela 7- Número de conselhos de natureza disciplinar
Ano letivo
2010-2011
Ano letivo
2011/2012
Ano letivo
2012/2013
Ano letivo
2013/2014
29 38 22 *
* No ano letivo 2013-2014,com a publicação de um novo Estatuto do Aluno, a aplicação demedidas corretivas e
sancionatórias não careceda decisão do Conselho de Turma de natureza disciplinar.
Os números indicados na Tabela 7 revelam a necessidade de se incidir atenção nesta área de
intervenção.
Tabela 8 - Comportamentos Desviantes
Ano letivo 2010-2011 Ano letivo 2011/2012 Ano letivo 2012/2013 Ano letivo 2013/2014
2616 1928 1331 404
Verificou-se um decréscimo acentuado do número dos comportamentos desviantes ao longo dos
anos letivos. Nos três primeiros anos letivos, foram contabilizadas todas as participações e
comunicações.
No ano letivo 2013-14, foram contabilizadas apenas as participações disciplinares – 202 emcada
ciclo, referentes a 134 alunos (19% do valor total dos alunos da escola).
INDISCIPLINA
MOTIVAÇÃOPARA O ESTUDO
NÍVEL DE SUCESSO EDUCATIVO
22. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
22
MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO / NÍVEL DE SUCESSO EDUCATIVO
No ano letivo 2013/2014, 23 das 34 turmas identificaram a motivação para o estudo como uma
área de intervenção prioritária.
Tabela 9 - Evolução das transições de 2010/2011 a 2013/2014
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
5º ano 131(87%) 118 (83%) 131 (91%) 92 (88%)
6º ano 122 (85%) 114 (78%) 142 (88%) 118 (77%)
7º ano 96 (71%) 108 (73%) 118 (89%) 95 (73%)
8º ano 70 (60%) 97 (82%) 108 (89%) 100 (79%)
9º ano 64 (72%) 59 (69%) 74 (76%) 96 (91%)
Da análise da evolução das transições de nível de escolaridade nos últimos 4 anos letivos (tabela
9) destacam-se os seguintes aspetos:
- No 5º ano, a percentagem das transições de nível situou-se acima dos 80%, sendo o limite
mínimo 83%, em 2011/2012 e o máximo 92%, em 2013/2014.
- No 6º ano, a percentagem mais baixa (78%) ocorreu em 2011/2012 e a mais alta (88%) em
2012/2013.
- No 7º ano, verifica-se uma quebra assinalável no número de alunos aprovados. A percentagem
das transições situa-se abaixo dos 74%, com exceção dos 89% conseguidos no ano letivo 2012/2013.
- No 8º ano, as percentagens de aprovações situaram-se acima dos 78%, sendo o ano letivo de
2010/2011 um ano excecional com uma percentagem de somente 60%.
- O 9º ano é o nível em que se verificam alterações mais significativas entre o início e o final do
período em análise: de 69% em 2011/2012 a 91% de aprovações em 2013/2014.
DISCIPLINAS COM MAIORES PERCENTAGENS DE ALUNOS QUE TRANSITAM COM NÍVEL NEGATIVO
(2012/2013 e 2013/2014)
Tabela 10 - Percentagem de alunos que transitam com nível negativo – Ano letivo 2012/2013
5º ANO 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
1ª MAT 18% MAT 26% MAT 17% MAT 44% MAT 42%
2ª ET 10% ING 8% PORT 14% FQ 23% FQ 19%
3ª HGP 9% PORT 6% FQ 11% FR 13% HIST 18%
No ano letivo 2012/2013, nos 2º e 3º ciclos, o nível negativo da disciplina de Matemática é o que
mais ocorre, se considerados os alunos que transitam com níveis negativos. É de realçar que essa
percentagem é superior a 40%, tanto no 8º como no 9º ano.
23. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
23
No 2º ciclo, também se regista algum insucesso nas disciplinas de História e Geografia de
Portugal, Educação Tecnológica, Inglês e Português com valores inferiores a 10%. No 3º ciclo, os valores em
análise são mais elevados nas disciplinas de Físico Química, Português, Francês e História.
Tabela 11- Percentagem de alunos que transitam com nível negativo – Ano letivo 2013/2014
5º ANO 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
1ª MAT 14% MAT 26% MAT 24% MAT 34% MAT 44%
2ª ET 5% ET 11% FQ 12% FR 13% FR 14%
3ª PORT/CN 4% ING 7% ET 10% FQ/HIST 9% FQ/ING 8%
No ano letivo 2013/2014, a disciplina de Matemática continua a ser a que apresenta maiores
valores de alunos que transitam com nível negativo. Relativamente ao ano letivo anterior, ocorreu uma
redução nos 5º e 8º anos e um aumento nos 7º e 9º anos.
No que diz respeito a outras disciplinas, observa-se que os valores no 2º ciclo não ultrapassam
os 11% em ET no 6º ano, enquanto, no 3º ciclo, as percentagens mais elevadas se verificam na disciplina de
Francês no 8º e no 9º ano (13% e 14%, respetivamente).
TRANSIÇÕES SEM NÍVEIS NEGATIVOS
(2012/2013 e 2013/2014
Tabela 12- Número de transições em 2012/2013 e em 2013/2014
Tabela 13 - Percentagem de alunos que transitaram sem níveis negativos em 2012/2013 e 2013/2014
Pela análisedaTabela13, constatamos que há um número relativamente reduzido de alunos que
transitam sem níveis negativos, sobretudo nos 8º e 9º anos de escolaridade.
2012/2013 2013/2014
Nº ALUNOS QUE
TRANSITARAM
Nº ALUNOS QUE
TRANSITARAM SEM
NÍVEIS NEGATIVOS
Nº ALUNOS QUE
TRANSITARAM
Nº ALUNOS QUE
TRANSITARAM SEM
NÍVEIS NEGATIVOS
5º ANO 130 85 92 69
6º ANO 123 75 117 73
7º ANO 118 62 92 59
8º ANO 108 48 100 45
9º ANO 74 26 96 39
2012/2013 2013/2014
% DO Nº DEALUNOS QUE
TRANSITARAM SEM
NÍVEIS NEGATIVOS
% DO Nº DEALUNOS QUE
TRANSITARAM SEM NÍVEIS
NEGATIVOS
5º ANO 65% 75%
6º ANO 61% 62%
7º ANO 53% 64%
8º ANO 44% 45%
9º ANO 35% 41%
24. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
24
Tabela 14 - Número de alunos do 2º ciclo com planos de recuperação e acompanhamento
2º CICLO
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Universo de alunos 304 307 306 257
Alunos com planos de
recuperação
108 36% 121 39% 92 30% * *
Alunos com planos de
acompanhamento
38 (13%) 49 16% 46 15% 101 40%
Tabela 15 - Número de alunos do 3º ciclo com planos de recuperação e acompanhamento
3º CICLO
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Universo de alunos 357 380 350 361
Alunos com planos de
recuperação
248 (69%) 250 66% 213 61% * *
Alunos com planos de
acompanhamento
57 (16%) 101 27% 48 14%
204 57%
*No ano letivo 2013/2014,os planos derecuperação passarama ser designados por planos deacompanhamento. Estes
passarama poder ser aplicadosemqualquer altura do ano letivo.
Tabela 16 - Número de alunos com planos de recuperação com transição
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014
Nº Alunos
com plano de
recuperação
Nº Alunos
com plano
que
transitaram
Nº Alunos
com planode
recuperação
Nº Alunos
com plano
que
transitaram
Nº Alunos
com plano de
recuperação
Nº Alunos
com plano
que
transitaram
Nº Alunos
com plano de
acompanha-
mento
Nº Alunos com
plano de
acompanha-
mento que
transitaram
2º Ciclo 108 55 (68%) 121 72 (60%) 92 62 (67%) 101 60 (59%)
3º Ciclo 248 136 (55%) 250 177 (71%) 213 172 (81%) 204 130 (64%)
Pela análisedas tabelas anteriores, podemos constatar que há um número significativodealunos
com planos de recuperação, sendo no 3º ciclo (superior a 60%) esse valor aproximadamente o dobro do
verificado no 2º ciclo, o que é bastante revelador do agravar das dificuldades dos alunos na transição de
ciclo. Refira-se que os planos de acompanhamento são aplicados aos alunos com três ou mais níveis
negativos ou com níveis negativos em Português e Matemática, cumulativamente.
Acrescente-se que, no que respeita aos alunos com planos de acompanhamento, se verifica um
aumento na taxa de transição.
25. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Tabela 17 - Áreas de intervenção prioritárias, fundamentação e estratégias
Áreas de
Intervenção
Prioritárias
Fundamentação Estratégias
INDISCIPLINA
- Falta de civismo na linguagem, nas
regras de convivênciae desrespeitopelos
espaços exteriores;
- Falta de recursos humanos para a
substituição do pessoal não docente
(vigilância norecreio e acompanhamento
na cantina);
- Elevado número de participações
disciplinares;
- Condição socioeconómica desfavorecida
das famílias;
- Alguma indiferença e/ou
desconhecimentorelativamente à
organização da escola e às suas regras de
funcionamento (RI).
1. Promoção de atitudese hábitos positivos de relaçãosócio
– afetiva através do respeito pelos outros, nomeadamente
pelo respeito à(s) diferença(s);
2. Combate aos hábitos culturaisnocivos aodesenvolvimento
físico e intelectual;
3. Divulgação/análise dasprincipaissecções doRegulamento
Interno, nomeadamente direito, deveres e medidas
disciplinares, a ser entregue no início do ano letivo a
discentes, docentes e encarregados de educação;
4. Criação de momentos de reflexão, com vista a uma
uniformização das práticase dasregras comportamentais;
5.Acompanhamento especializado de casos considerados
problemáticos;
6. Sensibilizaçãopara umusoadequado da linguagem verbal,
dentro e fora do espaço escolar;
7. Realização de ações de sensibilização sobre métodos e
hábitos de trabalho e regras de civismo;
8.Realização de açõesde sensibilizaçãopara a importância da
preservação do espaço escolar;
9. Cumprimento do RI da Escola, sujeitando-se o infrator às
sanções previstas no mesmo;
10. Diversificação da oferta formativa através de Percursos
Curriculares Alternativos e Cursos de Educação e Formação;
11.Atuação da equipa da disciplina na valorização das boas
práticas de comportamento e conduta.
MOTIVAÇÃOPARAOESTUDO
A nível da escola:
- Conteúdos programáticos afastados da
realidade vivenciada pelos alunos;
- Um número considerável de alunos com
falta de hábitos de trabalhoe métodos de
estudo, empenho, concentração e
responsabilidade;
- Elevado número de alunos com planos
de acompanhamento;
- Muitos alunos com dificuldades de
aprendizagem persistentes.
A nível pessoal e familiar:
- Nível de escolaridade médio/baixo;
- Insuficiente envolvimento dos
Encarregados de Educação nasatividades
escolares;
- Apatia dos alunos na construção do seu
própriosucessoescolar e profissional;
- Baixas expetativas em relação à escolae
à necessidade de valorização científica e
cultural.
1. Desenvolvimento da autoestima, pelo reforço positivo da
participação nas atividades escolares;
2. Divulgação de trabalhos dos alunos por toda a Comunidade
Escolar;
3. Diversificação de metodologias na apresentação dos
conteúdos programáticos nomeadamente pela rentabilização
dos recursos existentes na Escola ;
4. Realizaçãode visitas de estudo comocomplemento prático
dos conteúdos programáticos;
5. Organização de atividades lúdico- formativas;
6. Envolvimento dos pais e encarregados de educação nas
atividades promovidas pela escola e no acompanhamento
diário no estudo dos seus educandos ;
7. Estabelecimento de protocolos/parcerias com entidades/
instituições com vistaà viabilização de projetos coletivos e/ou
individuais;
8. Realização de açõesde sensibilizaçãopara reconhecimento
da importância de uma formação humanista, científica e
tecnológica como condição fundamental ao exercício da
cidadania;
9. Garantia de apoio educativo a alunos com necessidades
específicas;
10. Promoção de encontros com alunos com vista aodebate
de problemas e aoseuenvolvimentona procura de soluções
para os mesmos;
11. Reconhecimentodo mérito pela atribuiçãode certificados
e/ou divulgação das boas práticas.
26. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Áreas de
Intervenção
Prioritárias
Fundamentação Estratégias
NÍVELDOSUCESSOEDUCATIVO
A nível escolar:
Percentagem elevada de notas
negativas em Matemática;
Transições com elevado número de
alunos com negativas em algumas
disciplinas;
Elevado número de planos de
acompanhamento pedagógico;
Grande número de alunos com NEE
e/ou com dificuldades de
aprendizagem;
Elevado número de alunos com
fragilidades no acompanhamento
familiar e apoiados por entidades
externas à escola;
- Conteúdos programáticos muito
extensos e complexos.
1. Articulação dasmetas, dos programas das disciplinase das
áreas não curriculares;
2. Conjugação de opções e prioridades metodológicas na
articulação curricular;
3. Uniformização de critérios de avaliação para as diversas
disciplinas bem como dos elementos a contemplar na
avaliação das áreas não disciplinares;
4. Análise /reflexão dos resultados da avaliaçãoe estratégias
promotoras de sucesso ao nível dos diferentes
intervenientes;
5. Valorização da correção da Língua Portuguesa, enquanto
instrumento imprescindível à eficácia da comunicação nas
diferentes disciplinas, tanto aonível da oralidade comoaoda
escrita;
6. Garantia de apoio educativo a alunos com necessidades
específicas;
7. Apelo à importância dos apoios educativos junto dos
alunos com dificuldades de aprendizagem;
8. Incremento, junto dos encarregados de educação, da
importância da frequência dos apoios educativos
disponibilizados pela escola ;
9. Maior aproximação entre a Escola e os encarregados de
educação.
27. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
27
6. Plano de Intervenção
6.1. Metas que nos propomos alcançar
Feito o retrato da escola e conhecidas as expetativas daqueles que a ela estão ligados, resta-nos
traçar as Metas e os Objetivos que nos propomos alcançar e que permitam a exequibilidade do nosso
Projeto Educativo:
Tabela 18 - Áreas de intervenção, objetivos, metas, indicadores de avaliação e meios de verificação
Áreas de
intervenção
Objetivos Metas
Indicadores de
Avaliação
Meios de
Verificação
INDISCIPLINA
Promover um bom
relacionamento
humano dentro e
fora da sala de aula
Em cada ano letivo,
assegurar o cumprimento do
código de conduta em, pelo
menos, 80% dos alunos.
Número de alunos
que têm um
comportamento e
atitude cívica
exemplares.
Registos das
atitudes e
comportamentos
Promover a
disciplina
Diminuir em 5% o número
de participações no final de
cada ano letivo.
Grelhas com o
número de alunos
com
comportamentos
desviantes
Relatório da
Equipa de
Promoção da
Disciplina
Promover a
cidadania
Realizar anualmenteuma
atividade/ação de
formação/projeto.
Número de
turmas/alunos
envolvidos
Balanço do Plano
Anual de Escola
Realizar anualmenteuma
iniciativaquepromova
práticas decolaboração e
solidariedade.
Número de
turmas/alunos
envolvidos
Balanço do Plano
Anual de Escola
MOTIVAÇÃOPARAOESTUDO
Incentivar e apoiar
as formas de
participação dos
alunos nas
atividades da escola
No quadriénio 2014-2018,
estarem, anualmente,
inscritosnos
projetos/clubes,20%dos
alunos da escola.
Número de alunos
participantes por
projeto/clube.
Registo total do
número de
alunos
participantes
Motivar para o
Estudo
Participar/Dinamizar uma
atividadelúdico-formativa
como complemento prático
de conteúdos
programáticos.
Número de
turmas/alunos
envolvidos
Balanço do Plano
Anual de Escola
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Áreas de
intervenção
Objetivos Metas
Indicadores de
Avaliação
Meios de
Verificação
SUCESSOEDUCATIVO
Aumentar os níveis
positivos na
disciplina de
Português nos 2º e
3º ciclos
Em cada ano letivo do
quadriénio dois mil e
catorze, dois mil e dezoito,
nos diferentes anos de
escolaridadedos segundo e
terceiro ciclos,deverá
observar-sesempre
evolução no sucesso,tendo
como referência a avaliação
do primeiro período.
Número de alunos
de cada um dos anos
dos 2º e 3º ciclosdo
ensino básico que
apresentaramuma
evolução na
avaliação na
disciplina de
Português.
Pautas de
avaliação
interna.
Assegurar a taxa de
sucesso na
disciplina de
Português.
Em cada ano letivo, no final
dos 6º e do 9º anos,os
alunos deverão atingir um
sucesso,na Avaliação Final
(a qual inclui a avaliação
interna e a avaliação
externa) acima dos 55%.
Número de alunos
dos 6º e 9º anos.
Pautas de
avaliação final.
Em cada ano letivo, no final
dos 5º, 7º e 8º anos,a taxa
de sucesso deverá situar-se
acima dos 65%.
Número de alunos
dos 5º, 7º e 8º anos.
Reduzir a
quantidade de
níveis negativos na
disciplina de
Matemática nos 2º
e 3º ciclos
Em cada ano letivo, nos
diferentes anos de
escolaridadedos 2ºe 3º
ciclos,deverá observar-se
uma evolução no sucesso,
tendo como referência a
avaliação do 1º período
situada no intervalo entre
0% e 5%.
Número de alunos
de cada um dos anos
de escolaridadeque
apresentaramuma
evolução na
avaliação na
disciplina de
Matemática.
Pautas de
avaliação
interna.
Melhorar a taxa de
sucesso em
Matemática de 2º e
3ºciclos nas Provas
Finais de Ciclo
Em cada ano letivo, no final
de ciclo,6ºe 9º anos,a
percentagem de níveis
positivos na avaliação
externa deverá ser de, pelo
menos, 55% da percentagem
de níveis positivos da
Número de alunos
que obtiveram
positiva na avaliação
interna e externa.
Pautas de
avaliação interna
e externa dos 6º
e 9º anos.
29. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Áreas de
intervenção
Objetivos Metas
Indicadores de
Avaliação
Meios de
Verificação
avaliação interna no 6ºano e
de 50% no 9º ano.
SUCESSOEDUCATIVO
Manter / melhorar
as percentagens de
níveis positivos nas
restantes
disciplinas
Em cada ano letivo, deverão
manter-se / melhorar as
percentagens de positivas.
Número de alunos
de cada um dos anos
de escolaridadeque
mantiveram ou
apresentaramuma
evolução na
avaliação.
Registo das
classificações
disponíveis na
escola (pauta /
tabela de registo
de níveis
atribuídos)
Aperfeiçoar a
qualidade de
sucesso na
transição do ano
escolar
Em cada ano letivo,
aumentar em 2% o nº de
alunos quetransitamsem
níveis negativos.
Número de alunos
que estão nesta
situação.
Pautas
Aumentar o nº de alunos
que obtêm Diploma de
Mérito no final de cada ano
letivo.
Promover a
aquisição de
objetivos
específicos de
acordo com as
necessidades
educativas de cada
aluno
Atingir 75% dos objetivos
específicos previstos no
Plano de Intervenção, em
cada ano letivo.
Número de
objetivos atingidos
Registos nos
Planos de
Intervenção dos
professores de
Educação
Especial
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ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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7. Avaliação
Requerendo o Projeto Educativo uma permanente avaliação de caráter formativo, de modo a,
numa lógica de autoavaliação, possibilitar uma eventual reorientação ou ajustamento, no decorrer do
seu desenvolvimento, prevê-se que a avaliação do projeto contemple a coerência do mesmo com os
problemas identificados, a eficiência na gestão dos recursos e dos meios envolvidos e a eficácia das
ações programadas, face aos resultados obtidos.
Assim, propõe-se que esta integre:
Avaliação intermédia – (Para autorregulação do desenvolvimento do projeto) – Incidindo
na avaliaçãodo Plano Anual de Escola e complementada através da recolha de informações,
de modo a cobrir todas as áreas de ação consideradas prioritárias neste Projeto Educativo.
Avaliação final – (Para certificação dos resultados obtidos) – Mediante a recolha de
informação, junto da comunidade educativa, a qual terá como suporte técnico um inquérito
similar ao utilizado na fase de diagnóstico deste projeto e complementado por outros
elementos considerados relevantes.
No que respeita ao acompanhamento do processo de avaliação, prevê-se a formação de um
grupo de trabalho (a nomear pelo Conselho Executivo), responsável pela recolha de informação,
nomeadamente, quanto ao andamento, faseamento e pertinência das atividades desenvolvidas.
Deverá, ainda, este grupo proceder à elaboração de um relatório anual que, depois de
devidamente apresentado e apreciado em Conselho Pedagógico, será submetido à aprovação do
Conselho da Comunidade Educativa.
Divulgação dos resultados da avaliação – Será efetuada anualmente.
8. Nota final
A preocupação fundamental é, agora, tornar exequíveis as estratégias que permitam atingir os
objetivos traçados, em conformidade com as expetativas da Comunidade Educativa. Para tal, é
absolutamente necessárioque nos envolvamos todos numa prática pedagógica(desde os Planos de Aula
passando pelos Planos Anuais de Turma e, naturalmente, pelo Plano Anual de Escola) construída numa
linha de coerência, de modo a sustentar o edifício, cuja primeira pedra aqui se lança.
31. PROJETO EDUCATIVO 2014-2018
ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS DE SANTO ANTÓNIO
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Bibliografia
Alves, José Matias. (2003). Organização, Gestão e Projetos Educativos das Escolas. (6ª edição). Porto:
Edições Asa.
Brito, Carlos. (1998). Gestão Escolar Participada, Na escola todos somos gestores. (4ª edição). Lisboa:
Coleção Educação Hoje, Texto Editora.
Carvalho, Adalberto Dias; Almeida, Leandro; Araújo, Manuela. (1993). A Construção do Projeto de
Escola. Porto: Porto Editora.
Costa, Jorge Adelino. (1999). Gestão Escolar, Participação, Autonomia, Projeto Educativo de Escola. (5ª
edição). Lisboa: Texto Editora.
Dias, Alfredo Gomes et al. (1998). Autonomia das Escolas, um desafio. (1ª edição). Lisboa: Texto
Editora.
Freitas, C. Varela et al. (2001). Gestão Flexível do Currículo, contributos para uma reflexão crítica. (1ª
edição). Lisboa: Texto Editora.
Gomes, R. (1993). Culturas de escola e identidades dos professores. Lisboa: Educa.
Leite, Elvira et al. (2001). Trabalhos de Projeto. Vol.1. 4ª edição. Lisboa: coleção Ser Professor. Edições
Afrontamento.
Lemos, Jorge. (2001). Autonomia e Gestão das Escolas. Legislação anotada, texto de apoio à
elaboração / revisão do regulamento interno. (3ª edição). Porto: Porto Editora.
Lopes, Amélia. (2001). Mal estar na docência, visões, razões e soluções. Cadernos do CRIAP, nº 22.
Lisboa: Asa Editores II, S.A.
Silva, Eugénio. (1999). Gestão estratégica e Projecto Educativo. In J. Machado e G. Campinho (Orgs),
Actas do Seminário Escola e Projecto. (p. 63-103). Braga: Centro de Formação de Associação de
Escolas Braga/Sul. Consultado a 9 de Maio de 2010. Disponível em:
http://www.cfae-braga-sul.rcts.pt/publica/Escola%20e%20Projecto.pdf
Torres, L. (2004). Cultura organizacional em contexto educativo – Sedimentos culturais e processos de
construção do simbólico numa escola do secundário. Braga: Universidade do Minho.
Nota: Além da bibliografia supracitada, foram consultados diversos Projetos Educativos de Escola, de outros
Estabelecimentos de Ensino da RAMe de Portugal Continental.
Legislação
Decreto Legislativo Regional nº 4/2000/M, de 31 de janeiro, alterado pelo Decreto Legislativo Regional nº
21/2006/M, de 21 de junho.