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Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 1 
CI1405 
AS GERAÇÕES DE PROFISSIONAIS E SUA PERCEPÇÃO SOBRE 
SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA 
Lucas Amaral Lauriano, João Henrique Dutra Bueno e Heiko Spitzeck 
INTRODUÇÃO 
Em 2014 o Núcleo de Sustentabilidade da Fundação 
Dom Cabral lançou a segunda edição da pesquisa 
Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil, 
com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento 
da sustentabilidade corporativa no país. O estudo 
foi realizado através de um questionário quantitativo 
online, disponibilizado entre os meses de abril e 
maio de 2013. As perguntas feitas aos respondentes 
se dividem em sete diferentes blocos de questões, 
aglomeradas de acordo com o propósito de cada 
questionamento. A seguir é possível observar os 
sete grandes assuntos considerados na avaliação. 
A pesquisa contou com a participação de 602 profissionais 
de mais de 400 empresas de todas as regiões brasileiras 
e setores da economia. 
Nas respostas dos profissionais notamos diferenças 
significativas na percepção da sustentabilidade de 
acordo com sua idade e nível hierárquico. Para a análise 
parte-se do pressuposto de que a preocupação com o 
tema de sustentabilidade aumenta ao longo da carreira. 
Desta forma, supõe-se que: 
•• Profissionais jovens e em início de carreira 
possuem níveis mais baixos de percepção da 
sustentabilidade corporativa, devido ao fato 
de, geralmente, estarem mais distantes dos 
processos gerenciais. 
•• A percepção da sustentabilidade corporativa nas 
empresas aumenta de acordo com a evolução 
na faixa etária e cargos ocupados, na medida 
em que os profissionais começam a se envolver 
com a gestão, de maneira geral.
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 2 
•• Líderes possuem percepção da sustentabilidade 
corporativa muito forte, por serem eles os 
responsáveis pela existência e estímulo de processos 
voltados ao tema dentro das organizações. 
1 Os respondentes deveriam apontar sua idade e seu cargo 
dentro da empresa. 
Com o objetivo de verificar as hipóteses supracitadas, 
a amostra foi subdividida em categorias, de acordo 
com a idade e nível hierárquico, como demonstrado 
abaixo:1 
Idade (anos) Até 25 26-35 36-45 46-55 Acima de 55 
Quantidade de 
respondentes 35 160 163 153 91 
Cargos ocupados 
Estagiário e 
cargos de nível 
júnior. 
Transição entre 
cargos de nível 
júnior e pleno. 
Majoritariamente 
cargos de nível 
pleno. 
Transição entre 
cargos de nível 
pleno e sênior. 
Majoritariamente 
cargos de nível 
sênior. 
Total: 602 
A partir dessa divisão da amostra, cada um dos grupos 
de perguntas utilizados na pesquisa Estado da Gestão 
para a Sustentabilidade no Brasil foi analisado de forma 
a verificar as diferenças e similaridades nas respostas de 
acordo com a idade e nível hierárquico. Essa avaliação é 
o principal insumo deste caderno de ideias. Na próxima 
seção, os principais resultados encontrados serão 
apresentados, para que, em seguida, algumas conclusões 
sejam apontadas, e as hipóteses aqui colocadas sejam 
avaliadas. Por fim, algumas implicações para a gestão 
empresarial serão discutidas, e os próximos passos e 
oportunidades de estudo comentados. 
AVALIAÇÃO POR IDADE 
Ao considerar os sete grandes blocos de perguntas utilizadas e separar a amostra de acordo com a idade dos 
profissionais respondentes, obtêm-se as seguintes médias: 
Bloco de pergunta Média 
Até 25 Média 26 - 35 Média 
36- 45 
Média 
46-55 
Média acima de 
55 
Conceito de 
sustentabilidade 5,97 5,96 5,89 6,01 6,02 
Intenção 
estratégica 5,44 5,51 5,23 5,63 5,75 
Estrutura 4,76 4,32 3,92 4,39 4,59 
Capacidade de 
resposta 5,2 5,11 4,75 5,01 5,12 
Relacionamento 
com stakeholders 4,58 4,38 4,37 4,46 4,53 
Transparência 4,89 4,45 4,06 4,3 4,41 
Liderança 4,79 4,34 4,07 4,35 4,42 
Avaliação global 5,21 5,04 4,83 5,08 5,18 
Nota mínima possível: 1 
Nota máxima possível: 7
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 3 
Por essa tabela é possível observar as seguintes 
tendências: 
•• Os profissionais com mais de 55 anos se 
destacam na avaliação de todos os aspectos, 
sendo que aqueles voltados ao discurso para a 
sustentabilidade, como o conceito que a empresa 
possui, e o que a sustentabilidade representa 
para a empresa, são os mais fortes. 
•• Profissionais com até 25 anos, em início de 
carreira, possuem a percepção mais forte para 
a sustentabilidade corporativa nos aspectos 
voltados à aplicação da sustentabilidade nos 
negócios. Esses aspectos avaliam como as 
questões de sustentabilidade são geridas pelas 
organizações. 
•• Profissionais entre 36 e 45 anos de idade, que 
em geral ocupam cargos de nível pleno nas 
organizações, possuem as médias mais baixas 
quando comparadas com o restante da amostra 
em todos os aspectos avaliados. 
Por ora, esses pontos serão apenas colocados, para 
que na próxima seção alguns desdobramentos desses 
resultados sejam discutidos. Outra análise possível de 
ser realizada é a avaliação de perguntas específicas 
relacionadas a cada um dos aspectos, o que é feito na 
tabela seguinte. 
Bloco de 
pergunta Perguntas Média 
Até 25 
Média 
26 - 35 
Média 
36- 45 
Média 
46-55 
Média 
Acima de 
55 
Variação 
Conceito de 
sustentabili-dade 
Muitas empresas fazem muito mais por suas 
comunidades do que se sabe ou se comenta. 3,89 4,34 4,49 4,72 4,70 0,83 
A sustentabilidade deveria ser totalmente voluntária – 
não deveria ser regida por leis/regulações 3,31 3,41 3,28 3,63 3,75 0,47 
A sustentabilidade faz uma contribuição tangível para o 
resultado líquido da empresa 5,57 5,53 5,33 5,40 5,49 0,24 
A maioria das empresas promove a sustentabilidade, 
porém não está verdadeiramente engajada nela. 5,66 4,95 4,79 4,96 4,79 0,87 
Intenção 
estraté-gica 
Faz parte das tradições e valores de nossa empresa. 5,43 5,48 5,01 5,51 5,77 0,76 
Faz parte de nossa estratégia de negócios. 5,37 5,63 5,32 5,76 5,88 0,56 
Permite-nos participar do debate sobre políticas 
públicas. 5,43 5,33 4,83 5,33 5,48 0,65 
Estrutura 
A sustentabilidade é parte integrante do nosso 
processo de planejamento empresarial. 5,51 5,01 4,49 5,15 5,44 1,02 
Temos uma pessoa ou uma equipe responsável por 
questões de sustentabilidade. 5,69 5,23 4,53 5,05 4,98 1,16 
Temos políticas e regulamentos sobre sustentabilidade. 5,14 4,82 4,36 4,80 4,88 0,78 
Capacida-de 
de resposta 
Acompanhamos o que nossos competidores estão 
fazendo com relação a produtos e oferta de serviços 
sustentáveis. 
5,03 4,91 4,38 4,75 4,71 0,65 
Investimos recursos em P&D em novos produtos e 
serviços sustentáveis. 4,89 4,26 3,73 4,01 4,45 1,16 
Relacionamento com 
stakeholders 
Discutimos com os colaboradores a sustentabilidade 
na empresa. 4,77 4,8 4,31 4,60 5,02 0,71 
Discutimos a sustentabilidade fora da empresa, com 
as partes interessadas (e.g., fornecedores, clientes, 
reguladores, ONGs etc.). 
4,74 4,72 4,38 4,67 4,74 0,36 
Apoiamos práticas de equilíbrio da vida profissional 
com a vida privada para todos os colaboradores, 
incluindo os tercerizados. 
4,63 4,93 4,60 5,03 4,97 0,43 
Remuneramos e/ou reconhecemos os colaboradores 
por ideias que resultam em benefícios econômicos, 
sociais e ambientais. 
5,51 4,33 4,41 4,58 4,86 1,18 
Transpa-rência 
Medimos o impacto de nossas iniciativas sociais sobre 
os negócios. 4,66 4,29 3,96 4,04 4,31 0,70 
Medimos o impacto de nossas iniciativas ambientais 
sobre os negócios. 4,91 4,62 4,03 4,27 4,49 0,88 
Medimos o impacto social de nossas iniciativas sociais. 4,83 4,29 3,94 4,24 4,37 0,89 
Relatamos ao público as questões de sustentabilidade. 5,17 4,61 4,33 4,64 4,48 0,84 
Liderança 
O CEO lidera a agenda da sustentabilidade dentro da 
empresa. 4,83 4,41 4,09 4,56 4,69 0,74 
Nosso conselho analisa e aprova nosso programa de 
sustentabilidade. 4,74 4,26 4,05 4,15 4,14 0,69
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 4 
Esse gráfico exemplifica, claramente, como a percepção 
dos respondentes varia significativamente ao longo 
de sua carreira. Abaixo, os pontos mais críticos 
apresentados na pesquisa são destacados. Como é 
possível perceber no gráfico que se segue, as maiores 
variações entre os respondentes estão em quatro pontos 
relevantes: 
•• Na percepção da inclusão da sustentabilidade 
como parte da estratégica e do planejamento 
corporativo. 
•• Quanto à existência de uma equipe que se 
responsabiliza pelos desafios da sustentabilidade. 
•• Quanto ao investimento de recursos para 
pesquisas e desenvolvimento de novas soluções 
e inovações. 
•• Quanto à remuneração dos colaboradores que 
apresentam novas ideias e soluções para as 
questões de sustentabilidade.
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 5 
Além desses resultados, é possível observar a 
mesma tendência de percepções mais fortes sobre 
a sustentabilidade empresarial em profissionais em 
começo e fim de carreira em outros pontos. Ao se 
avaliarem as questões específicas, destacam-se os 
seguintes resultados: 
Profissionais com até 25 anos são os mais críticos da 
amostra ao discordarem de que muitas empresas fazem 
muito mais por suas comunidades do que se comenta, 
e também concordarem com a afirmação de que a 
sustentabilidade é promovida por muitas empresas que 
não estão verdadeiramente engajadas com a causa. 
Profissionais com até 25 anos são os que mais acreditam 
que suas empresas possuem práticas, políticas, metas 
e indicadores para a sustentabilidade. Além disso, 
apontam que o CEO e o conselho de suas empresas 
estão à frente dos esforços para a sustentabilidade 
em níveis ainda mais altos que os próprios líderes 
(geralmente profissionais a partir de 46 anos). 
A partir dessas constatações, é possível agora realizar 
algumas discussões acerca das hipóteses apresentadas 
na introdução, o que é feito a seguir. 
PRINCIPAIS CONCLUSÕES 
A primeira hipótese que consideramos em nossa 
avaliação é a de que os profissionais em início de 
carreira possuem uma percepção fraca com relação 
à sustentabilidade corporativa, pelo fato de que ainda 
não apresentam experiência profunda com a gestão 
empresarial e os diversos processos e ações que, em 
geral, os líderes estimulam e se envolvem. 
Ao analisar os resultados, contudo, o que se observa 
é exatamente o contrário: profissionais em início de 
carreira possuem forte percepção da sustentabilidade 
corporativa de forma geral e em suas organizações. 
Esse resultado mostra que não é preciso estar à frente 
dos processos gerenciais para a sustentabilidade para 
entender que os mesmos são parte importante da 
estratégia empresarial. 
Por que os jovens possuem essa visão? Essa pergunta 
é muito complexa para ser respondida neste Caderno 
de Ideias, mas gera discussões interessantes. Uma 
possível explicação para esses resultados é o contexto 
em que esses jovens foram educados e criados. A 
sustentabilidade é um tema que ganha força no cenário 
internacional no final da década de 80. Desde então, 
as discussões se multiplicam em ritmo exponencial, 
invadindo diversas esferas de nossa sociedade. A 
geração mais nova considerada na avaliação cresce 
nesse cenário e, portanto, entra no mercado de trabalho 
com altas expectativas e sensibilidade para o tema. 
Qual a relevância desses pontos para o RH? Com a 
percepção forte da geração mais nova na empresa, 
esse público é mais aberto a ser engajado em 
iniciativas corporativas de sustentabilidade. Ao 
mesmo tempo é mais crítico, demandando, muitas 
vezes, que os valores da empresa estejam alinhados 
com seus valores pessoais. Dessa maneira, a 
empresa precisa apresentar ações nas quais esses 
profissionais consigam reconhecer que as atividades 
não são puramente filantrópicas, mas sim que o 
tema sustentabilidade esteja inserido no centro da 
estratégia das empresas. Esse estímulo a um ambiente 
organizacional voltado para a sustentabilidade se 
torna, então, papel fundamental do RH, como forma de 
engajamento e retenção de seus novos colaboradores 
(IDEIA SUSTENTÁVEL, 2014). 
A segunda hipótese trabalhada nesse material é a 
de que a percepção da sustentabilidade corporativa 
nas empresas aumenta de acordo com a evolução na 
faixa etária e cargos ocupados, na medida em que os 
profissionais começam a se envolver com a gestão, 
de maneira geral. Como observado nos resultados, 
essa hipótese também foi refutada: na verdade, com 
o avançar da idade e experiência, a percepção da 
sustentabilidade corporativa em suas empresas 
apresenta declínio, para depois novamente 
aumentar, quando esses profissionais ocupam 
cargos de liderança. 
Uma explicação para esse resultado é a de que, após a 
euforia do início de carreira, os profissionais percebem 
que colocar o discurso da sustentabilidade na prática 
da gestão empresarial não é uma tarefa fácil, e se 
tornam mais críticos e céticos quanto ao tema. Outra 
possibilidade é que a questão, na verdade, não seriam 
esses profissionais que possuem uma percepção 
muito fraca sobre a sustentabilidade corporativa, 
mas sim os jovens com suas fortes percepções e a 
liderança, incentivadora dos processos e práticas 
voltadas ao tema. É preciso, contudo, realizar estudos 
qualitativos para observar esse fenômeno e entender 
o comportamento desses profissionais. 
Voltando para o RH, esse resultado apresenta 
oportunidades para o treinamento, engajamento e 
capacitação dos funcionários no meio da carreira no 
tema de sustentabilidade. Eles podem incentivar ou 
desincentivar a nova geração a participar em iniciativas 
corporativas, com novas ideias de produtos ou serviços 
mais sustentáveis. A falta de engajamento da meia 
liderança pode causar estratégias mal implementadas e 
também aumenta o risco de uma rotatividade voluntária 
maior com as gerações mais novas. Para isso, é preciso 
pensar em novas maneiras de se incentivar e engajar 
esses profissionais, de forma a torná-los ativos nas 
questões de sustentabilidade (IDEIA SUSTENTÁVEL, 
2014).
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 6 
Por fim, a última hipótese considerada é a de que líderes 
possuem percepção da sustentabilidade corporativa 
muito forte, por serem eles os responsáveis pela 
existência e estímulo de processos voltados ao tema 
dentro das organizações. Essa situação se mostrou 
verdadeira, e as respostas de profissionais acima de 
55 anos, majoritariamente diretores e presidentes 
das organizações, se mostraram muito positivas, se 
igualando ou ultrapassando, em alguns casos, com as 
respostas de profissionais em início de carreira. 
Isso é um resultado motivador e pode significar que a 
alta liderança entende o conceito de sustentabilidade 
e sua relevância para o negócio. O RH pode apoiá-los 
a transmitir essa mensagem para a meia gerência 
e criar espaços de engajamento para disseminar a 
sustentabilidade em toda a empresa. 
Colocadas essas discussões, é possível pensar em 
alguns desdobramentos desses resultados para 
gestão empresarial e entender quais são os caminhos 
para que as organizações avancem na gestão para a 
sustentabilidade no Brasil. O que os achados dessa 
avaliação nos mostram sobre a gestão empresarial 
para a sustentabilidade no Brasil? Os resultados 
apontam que há um desequilíbrio que pode atrapalhar 
o desenvolvimento da sustentabilidade internamente. 
Em uma situação ideal, os profissionais de todos os 
setores, todas as áreas, idades e cargos das organizações 
devem estar alinhados quanto à sustentabilidade e ao 
que ela representa para os negócios. Somente com esse 
alinhamento a empresa como um todo estará ciente de 
riscos e oportunidades socioambientais, desenvolverá 
estratégias adequadas e conseguirá implementar as 
diretrizes estratégicas. Outra situação que poderia ser 
encarada como positiva é a de que os profissionais 
entram nas organizações com uma percepção baixa, 
mas com o envolvimento em cargos gerenciais há uma 
evolução nesse quadro. Nenhuma das duas situações 
é observada na avaliação realizada aqui. 
A baixa percepção da sustentabilidade de profissionais 
entre 36 e 45 anos compromete o desenvolvimento do 
tema na organização. O que esses resultados sugerem é 
que os profissionais que estão começando suas carreiras 
possuem uma visão muito positiva do tema, mas, para 
que ele perdure ao longo do tempo e se transforme 
em ações concretas nas empresas, é preciso que haja 
suporte e espaço para que essas questões cheguem 
aos líderes das organizações. Sem o “meio de campo” 
realizado pelos superiores diretos desses jovens, o que 
pode acontecer é uma frustração desses profissionais, 
e comprometer a estratégia da sustentabilidade das 
organizações no médio e longo prazo. 
Como as organizações podem avançar nesse sentido? 
O primeiro passo é entender a realidade das equipes 
de cada empresa. Por mais que os resultados apontem 
tendências gerais das organizações brasileiras, cada 
empresa possui um contexto diferente. Dessa forma, 
é preciso verificar se realmente, na organização 
específica, os profissionais em cargos de coordenação, 
analistas plenos ou mesmo gerentes, possuem a 
mesma percepção da sustentabilidade que o restante 
da organização. 
Caso essa situação seja verídica na organização, é 
preciso capacitar esses profissionais para lidar com os 
temas que a sustentabilidade envolve, e também para 
prepará-los para estimular os jovens profissionais a se 
envolverem e desenvolverem o tema internamente. 
A sustentabilidade é uma estratégia que, se bem 
utilizada, pode render bons frutos para a organização. 
Mas, assim como qualquer outra estratégia, se não for 
bem executada, pode ser um fracasso. Para que o tema 
seja, de fato, sustentável na organização ao longo do 
tempo, é preciso “espalhá-lo” por toda a organização, 
envolvendo o máximo possível de áreas, repartições e 
profissionais. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este Caderno de Ideias trabalhou apenas a variação 
da percepção da sustentabilidade nas organizações 
brasileiras considerando a idade e experiência dos 
profissionais avaliados na pesquisa “Estado da Gestão 
para a Sustentabilidade no Brasil – 2013”. Além disso, 
apresentaram-se algumas implicações que os achados 
da pesquisa podem ter para os profissionais de RH. 
A avaliação é relevante na medida em que se considera 
que o tema deve ser transversal dentro das organizações, 
envolvendo múltiplos atores e faixas etárias. No contexto 
brasileiro, observa-se que os profissionais entram nas 
empresas brasileiras com forte percepção do tema, 
o que se perde com o passar da idade, para, depois, 
novamente ganhar força nos últimos anos no ambiente 
corporativo. 
Foram apresentadas aqui algumas discussões que 
podem e devem ser trabalhadas profundamente em 
avaliações posteriores. Além disso, a avaliação aqui 
realizada não pode ser tomada como uma verdade 
absoluta, mas sim como tendências. As organizações 
devem avaliar até que ponto as hipóteses apontadas 
são verdadeiras, de acordo com suas realidades e 
contextos.
Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 7 
REFERÊNCIAS 
BCCC. Weathering the storm: the state of corporate 
citizenship in the united States 2009, 2010. Disponível em: 
<http://www.bcccc.net/index.cfm?fuseaction=document. 
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6 set. 2013. 
ESQUER-PERALTA, Javier; VELAZQUEZ, Luis; 
MUNGUIA, Nora. Perceptions of Core Elements for 
Sustainability. In: Management Decision, vol. 46, 2008. 
p.1027-1038. 
HILL, Manuela Magalhães; HILL, Andrew. Investigação 
por Questionário. 2009. 
IDEIA SUSTENTÁVEL. Especial: 10 Tendências de 
Sustentabilidade para RH. 2014. Disponível em: < 
http://www.ideiasustentavel.com.br/2014/05/1%C2%AA-tendencia- 
de-sustentabilidade-para-rh/> Acesso em: 5 
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LAURIANO, L.A; CARVALHAES, E.; OLIVEIRA, 
R.T. Estágio da Sustentabilidade das Empresas 
Brasileiras. 2012. Disponível em: <http://www.fdc.org.br/ 
professoresepesquisa/publicacoes/Paginas/publicacao-detalhe. 
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LAURIANO, L.A. As Empresas Brasileiras possuem 
Capacidades Internas para Responder aos Desafios da 
Sustentabilidade? 2013. Disponível em: <http://www. 
fdc.org.br/professoresepesquisa/publicacoes/Paginas/ 
publicacao-detalhe.aspx?publicacao=16139> Acesso 
em: 6 set. 2013. 
LAURIANO, L.A. Rumo à integração da Sustentabilidade 
no Sistema de Gestão Empresarial. 2012. Disponível 
em: <http://www.fdc.org.br/professoresepesquisa/ 
p u b l i c a c o e s / P a g i n a s / p u b l i c a c a o - d e t a l h e . 
aspx?publicacao=16067> Acesso em: 6 set. 2013. 
MIRVIS, P.H; GOOGINS, B. Stages of Corporate 
Citizenship. 2006. California Management Review. Vol. 
48, Nº2, p.104-126 
REA, Louis M.; PARKER, Richard A. Designing and 
Conducting Survey Research: A Comprehensive Guide. 
1997.

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As Gerações de Profissionais e sua Percepção sobre Sustentabilidade Corporativa

  • 1. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 1 CI1405 AS GERAÇÕES DE PROFISSIONAIS E SUA PERCEPÇÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA Lucas Amaral Lauriano, João Henrique Dutra Bueno e Heiko Spitzeck INTRODUÇÃO Em 2014 o Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral lançou a segunda edição da pesquisa Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da sustentabilidade corporativa no país. O estudo foi realizado através de um questionário quantitativo online, disponibilizado entre os meses de abril e maio de 2013. As perguntas feitas aos respondentes se dividem em sete diferentes blocos de questões, aglomeradas de acordo com o propósito de cada questionamento. A seguir é possível observar os sete grandes assuntos considerados na avaliação. A pesquisa contou com a participação de 602 profissionais de mais de 400 empresas de todas as regiões brasileiras e setores da economia. Nas respostas dos profissionais notamos diferenças significativas na percepção da sustentabilidade de acordo com sua idade e nível hierárquico. Para a análise parte-se do pressuposto de que a preocupação com o tema de sustentabilidade aumenta ao longo da carreira. Desta forma, supõe-se que: •• Profissionais jovens e em início de carreira possuem níveis mais baixos de percepção da sustentabilidade corporativa, devido ao fato de, geralmente, estarem mais distantes dos processos gerenciais. •• A percepção da sustentabilidade corporativa nas empresas aumenta de acordo com a evolução na faixa etária e cargos ocupados, na medida em que os profissionais começam a se envolver com a gestão, de maneira geral.
  • 2. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 2 •• Líderes possuem percepção da sustentabilidade corporativa muito forte, por serem eles os responsáveis pela existência e estímulo de processos voltados ao tema dentro das organizações. 1 Os respondentes deveriam apontar sua idade e seu cargo dentro da empresa. Com o objetivo de verificar as hipóteses supracitadas, a amostra foi subdividida em categorias, de acordo com a idade e nível hierárquico, como demonstrado abaixo:1 Idade (anos) Até 25 26-35 36-45 46-55 Acima de 55 Quantidade de respondentes 35 160 163 153 91 Cargos ocupados Estagiário e cargos de nível júnior. Transição entre cargos de nível júnior e pleno. Majoritariamente cargos de nível pleno. Transição entre cargos de nível pleno e sênior. Majoritariamente cargos de nível sênior. Total: 602 A partir dessa divisão da amostra, cada um dos grupos de perguntas utilizados na pesquisa Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil foi analisado de forma a verificar as diferenças e similaridades nas respostas de acordo com a idade e nível hierárquico. Essa avaliação é o principal insumo deste caderno de ideias. Na próxima seção, os principais resultados encontrados serão apresentados, para que, em seguida, algumas conclusões sejam apontadas, e as hipóteses aqui colocadas sejam avaliadas. Por fim, algumas implicações para a gestão empresarial serão discutidas, e os próximos passos e oportunidades de estudo comentados. AVALIAÇÃO POR IDADE Ao considerar os sete grandes blocos de perguntas utilizadas e separar a amostra de acordo com a idade dos profissionais respondentes, obtêm-se as seguintes médias: Bloco de pergunta Média Até 25 Média 26 - 35 Média 36- 45 Média 46-55 Média acima de 55 Conceito de sustentabilidade 5,97 5,96 5,89 6,01 6,02 Intenção estratégica 5,44 5,51 5,23 5,63 5,75 Estrutura 4,76 4,32 3,92 4,39 4,59 Capacidade de resposta 5,2 5,11 4,75 5,01 5,12 Relacionamento com stakeholders 4,58 4,38 4,37 4,46 4,53 Transparência 4,89 4,45 4,06 4,3 4,41 Liderança 4,79 4,34 4,07 4,35 4,42 Avaliação global 5,21 5,04 4,83 5,08 5,18 Nota mínima possível: 1 Nota máxima possível: 7
  • 3. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 3 Por essa tabela é possível observar as seguintes tendências: •• Os profissionais com mais de 55 anos se destacam na avaliação de todos os aspectos, sendo que aqueles voltados ao discurso para a sustentabilidade, como o conceito que a empresa possui, e o que a sustentabilidade representa para a empresa, são os mais fortes. •• Profissionais com até 25 anos, em início de carreira, possuem a percepção mais forte para a sustentabilidade corporativa nos aspectos voltados à aplicação da sustentabilidade nos negócios. Esses aspectos avaliam como as questões de sustentabilidade são geridas pelas organizações. •• Profissionais entre 36 e 45 anos de idade, que em geral ocupam cargos de nível pleno nas organizações, possuem as médias mais baixas quando comparadas com o restante da amostra em todos os aspectos avaliados. Por ora, esses pontos serão apenas colocados, para que na próxima seção alguns desdobramentos desses resultados sejam discutidos. Outra análise possível de ser realizada é a avaliação de perguntas específicas relacionadas a cada um dos aspectos, o que é feito na tabela seguinte. Bloco de pergunta Perguntas Média Até 25 Média 26 - 35 Média 36- 45 Média 46-55 Média Acima de 55 Variação Conceito de sustentabili-dade Muitas empresas fazem muito mais por suas comunidades do que se sabe ou se comenta. 3,89 4,34 4,49 4,72 4,70 0,83 A sustentabilidade deveria ser totalmente voluntária – não deveria ser regida por leis/regulações 3,31 3,41 3,28 3,63 3,75 0,47 A sustentabilidade faz uma contribuição tangível para o resultado líquido da empresa 5,57 5,53 5,33 5,40 5,49 0,24 A maioria das empresas promove a sustentabilidade, porém não está verdadeiramente engajada nela. 5,66 4,95 4,79 4,96 4,79 0,87 Intenção estraté-gica Faz parte das tradições e valores de nossa empresa. 5,43 5,48 5,01 5,51 5,77 0,76 Faz parte de nossa estratégia de negócios. 5,37 5,63 5,32 5,76 5,88 0,56 Permite-nos participar do debate sobre políticas públicas. 5,43 5,33 4,83 5,33 5,48 0,65 Estrutura A sustentabilidade é parte integrante do nosso processo de planejamento empresarial. 5,51 5,01 4,49 5,15 5,44 1,02 Temos uma pessoa ou uma equipe responsável por questões de sustentabilidade. 5,69 5,23 4,53 5,05 4,98 1,16 Temos políticas e regulamentos sobre sustentabilidade. 5,14 4,82 4,36 4,80 4,88 0,78 Capacida-de de resposta Acompanhamos o que nossos competidores estão fazendo com relação a produtos e oferta de serviços sustentáveis. 5,03 4,91 4,38 4,75 4,71 0,65 Investimos recursos em P&D em novos produtos e serviços sustentáveis. 4,89 4,26 3,73 4,01 4,45 1,16 Relacionamento com stakeholders Discutimos com os colaboradores a sustentabilidade na empresa. 4,77 4,8 4,31 4,60 5,02 0,71 Discutimos a sustentabilidade fora da empresa, com as partes interessadas (e.g., fornecedores, clientes, reguladores, ONGs etc.). 4,74 4,72 4,38 4,67 4,74 0,36 Apoiamos práticas de equilíbrio da vida profissional com a vida privada para todos os colaboradores, incluindo os tercerizados. 4,63 4,93 4,60 5,03 4,97 0,43 Remuneramos e/ou reconhecemos os colaboradores por ideias que resultam em benefícios econômicos, sociais e ambientais. 5,51 4,33 4,41 4,58 4,86 1,18 Transpa-rência Medimos o impacto de nossas iniciativas sociais sobre os negócios. 4,66 4,29 3,96 4,04 4,31 0,70 Medimos o impacto de nossas iniciativas ambientais sobre os negócios. 4,91 4,62 4,03 4,27 4,49 0,88 Medimos o impacto social de nossas iniciativas sociais. 4,83 4,29 3,94 4,24 4,37 0,89 Relatamos ao público as questões de sustentabilidade. 5,17 4,61 4,33 4,64 4,48 0,84 Liderança O CEO lidera a agenda da sustentabilidade dentro da empresa. 4,83 4,41 4,09 4,56 4,69 0,74 Nosso conselho analisa e aprova nosso programa de sustentabilidade. 4,74 4,26 4,05 4,15 4,14 0,69
  • 4. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 4 Esse gráfico exemplifica, claramente, como a percepção dos respondentes varia significativamente ao longo de sua carreira. Abaixo, os pontos mais críticos apresentados na pesquisa são destacados. Como é possível perceber no gráfico que se segue, as maiores variações entre os respondentes estão em quatro pontos relevantes: •• Na percepção da inclusão da sustentabilidade como parte da estratégica e do planejamento corporativo. •• Quanto à existência de uma equipe que se responsabiliza pelos desafios da sustentabilidade. •• Quanto ao investimento de recursos para pesquisas e desenvolvimento de novas soluções e inovações. •• Quanto à remuneração dos colaboradores que apresentam novas ideias e soluções para as questões de sustentabilidade.
  • 5. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 5 Além desses resultados, é possível observar a mesma tendência de percepções mais fortes sobre a sustentabilidade empresarial em profissionais em começo e fim de carreira em outros pontos. Ao se avaliarem as questões específicas, destacam-se os seguintes resultados: Profissionais com até 25 anos são os mais críticos da amostra ao discordarem de que muitas empresas fazem muito mais por suas comunidades do que se comenta, e também concordarem com a afirmação de que a sustentabilidade é promovida por muitas empresas que não estão verdadeiramente engajadas com a causa. Profissionais com até 25 anos são os que mais acreditam que suas empresas possuem práticas, políticas, metas e indicadores para a sustentabilidade. Além disso, apontam que o CEO e o conselho de suas empresas estão à frente dos esforços para a sustentabilidade em níveis ainda mais altos que os próprios líderes (geralmente profissionais a partir de 46 anos). A partir dessas constatações, é possível agora realizar algumas discussões acerca das hipóteses apresentadas na introdução, o que é feito a seguir. PRINCIPAIS CONCLUSÕES A primeira hipótese que consideramos em nossa avaliação é a de que os profissionais em início de carreira possuem uma percepção fraca com relação à sustentabilidade corporativa, pelo fato de que ainda não apresentam experiência profunda com a gestão empresarial e os diversos processos e ações que, em geral, os líderes estimulam e se envolvem. Ao analisar os resultados, contudo, o que se observa é exatamente o contrário: profissionais em início de carreira possuem forte percepção da sustentabilidade corporativa de forma geral e em suas organizações. Esse resultado mostra que não é preciso estar à frente dos processos gerenciais para a sustentabilidade para entender que os mesmos são parte importante da estratégia empresarial. Por que os jovens possuem essa visão? Essa pergunta é muito complexa para ser respondida neste Caderno de Ideias, mas gera discussões interessantes. Uma possível explicação para esses resultados é o contexto em que esses jovens foram educados e criados. A sustentabilidade é um tema que ganha força no cenário internacional no final da década de 80. Desde então, as discussões se multiplicam em ritmo exponencial, invadindo diversas esferas de nossa sociedade. A geração mais nova considerada na avaliação cresce nesse cenário e, portanto, entra no mercado de trabalho com altas expectativas e sensibilidade para o tema. Qual a relevância desses pontos para o RH? Com a percepção forte da geração mais nova na empresa, esse público é mais aberto a ser engajado em iniciativas corporativas de sustentabilidade. Ao mesmo tempo é mais crítico, demandando, muitas vezes, que os valores da empresa estejam alinhados com seus valores pessoais. Dessa maneira, a empresa precisa apresentar ações nas quais esses profissionais consigam reconhecer que as atividades não são puramente filantrópicas, mas sim que o tema sustentabilidade esteja inserido no centro da estratégia das empresas. Esse estímulo a um ambiente organizacional voltado para a sustentabilidade se torna, então, papel fundamental do RH, como forma de engajamento e retenção de seus novos colaboradores (IDEIA SUSTENTÁVEL, 2014). A segunda hipótese trabalhada nesse material é a de que a percepção da sustentabilidade corporativa nas empresas aumenta de acordo com a evolução na faixa etária e cargos ocupados, na medida em que os profissionais começam a se envolver com a gestão, de maneira geral. Como observado nos resultados, essa hipótese também foi refutada: na verdade, com o avançar da idade e experiência, a percepção da sustentabilidade corporativa em suas empresas apresenta declínio, para depois novamente aumentar, quando esses profissionais ocupam cargos de liderança. Uma explicação para esse resultado é a de que, após a euforia do início de carreira, os profissionais percebem que colocar o discurso da sustentabilidade na prática da gestão empresarial não é uma tarefa fácil, e se tornam mais críticos e céticos quanto ao tema. Outra possibilidade é que a questão, na verdade, não seriam esses profissionais que possuem uma percepção muito fraca sobre a sustentabilidade corporativa, mas sim os jovens com suas fortes percepções e a liderança, incentivadora dos processos e práticas voltadas ao tema. É preciso, contudo, realizar estudos qualitativos para observar esse fenômeno e entender o comportamento desses profissionais. Voltando para o RH, esse resultado apresenta oportunidades para o treinamento, engajamento e capacitação dos funcionários no meio da carreira no tema de sustentabilidade. Eles podem incentivar ou desincentivar a nova geração a participar em iniciativas corporativas, com novas ideias de produtos ou serviços mais sustentáveis. A falta de engajamento da meia liderança pode causar estratégias mal implementadas e também aumenta o risco de uma rotatividade voluntária maior com as gerações mais novas. Para isso, é preciso pensar em novas maneiras de se incentivar e engajar esses profissionais, de forma a torná-los ativos nas questões de sustentabilidade (IDEIA SUSTENTÁVEL, 2014).
  • 6. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1405 6 Por fim, a última hipótese considerada é a de que líderes possuem percepção da sustentabilidade corporativa muito forte, por serem eles os responsáveis pela existência e estímulo de processos voltados ao tema dentro das organizações. Essa situação se mostrou verdadeira, e as respostas de profissionais acima de 55 anos, majoritariamente diretores e presidentes das organizações, se mostraram muito positivas, se igualando ou ultrapassando, em alguns casos, com as respostas de profissionais em início de carreira. Isso é um resultado motivador e pode significar que a alta liderança entende o conceito de sustentabilidade e sua relevância para o negócio. O RH pode apoiá-los a transmitir essa mensagem para a meia gerência e criar espaços de engajamento para disseminar a sustentabilidade em toda a empresa. Colocadas essas discussões, é possível pensar em alguns desdobramentos desses resultados para gestão empresarial e entender quais são os caminhos para que as organizações avancem na gestão para a sustentabilidade no Brasil. O que os achados dessa avaliação nos mostram sobre a gestão empresarial para a sustentabilidade no Brasil? Os resultados apontam que há um desequilíbrio que pode atrapalhar o desenvolvimento da sustentabilidade internamente. Em uma situação ideal, os profissionais de todos os setores, todas as áreas, idades e cargos das organizações devem estar alinhados quanto à sustentabilidade e ao que ela representa para os negócios. Somente com esse alinhamento a empresa como um todo estará ciente de riscos e oportunidades socioambientais, desenvolverá estratégias adequadas e conseguirá implementar as diretrizes estratégicas. Outra situação que poderia ser encarada como positiva é a de que os profissionais entram nas organizações com uma percepção baixa, mas com o envolvimento em cargos gerenciais há uma evolução nesse quadro. Nenhuma das duas situações é observada na avaliação realizada aqui. A baixa percepção da sustentabilidade de profissionais entre 36 e 45 anos compromete o desenvolvimento do tema na organização. O que esses resultados sugerem é que os profissionais que estão começando suas carreiras possuem uma visão muito positiva do tema, mas, para que ele perdure ao longo do tempo e se transforme em ações concretas nas empresas, é preciso que haja suporte e espaço para que essas questões cheguem aos líderes das organizações. Sem o “meio de campo” realizado pelos superiores diretos desses jovens, o que pode acontecer é uma frustração desses profissionais, e comprometer a estratégia da sustentabilidade das organizações no médio e longo prazo. Como as organizações podem avançar nesse sentido? O primeiro passo é entender a realidade das equipes de cada empresa. Por mais que os resultados apontem tendências gerais das organizações brasileiras, cada empresa possui um contexto diferente. Dessa forma, é preciso verificar se realmente, na organização específica, os profissionais em cargos de coordenação, analistas plenos ou mesmo gerentes, possuem a mesma percepção da sustentabilidade que o restante da organização. Caso essa situação seja verídica na organização, é preciso capacitar esses profissionais para lidar com os temas que a sustentabilidade envolve, e também para prepará-los para estimular os jovens profissionais a se envolverem e desenvolverem o tema internamente. A sustentabilidade é uma estratégia que, se bem utilizada, pode render bons frutos para a organização. Mas, assim como qualquer outra estratégia, se não for bem executada, pode ser um fracasso. Para que o tema seja, de fato, sustentável na organização ao longo do tempo, é preciso “espalhá-lo” por toda a organização, envolvendo o máximo possível de áreas, repartições e profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este Caderno de Ideias trabalhou apenas a variação da percepção da sustentabilidade nas organizações brasileiras considerando a idade e experiência dos profissionais avaliados na pesquisa “Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil – 2013”. Além disso, apresentaram-se algumas implicações que os achados da pesquisa podem ter para os profissionais de RH. A avaliação é relevante na medida em que se considera que o tema deve ser transversal dentro das organizações, envolvendo múltiplos atores e faixas etárias. No contexto brasileiro, observa-se que os profissionais entram nas empresas brasileiras com forte percepção do tema, o que se perde com o passar da idade, para, depois, novamente ganhar força nos últimos anos no ambiente corporativo. Foram apresentadas aqui algumas discussões que podem e devem ser trabalhadas profundamente em avaliações posteriores. Além disso, a avaliação aqui realizada não pode ser tomada como uma verdade absoluta, mas sim como tendências. As organizações devem avaliar até que ponto as hipóteses apontadas são verdadeiras, de acordo com suas realidades e contextos.
  • 7. Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 -CI 1405 7 REFERÊNCIAS BCCC. Weathering the storm: the state of corporate citizenship in the united States 2009, 2010. Disponível em: <http://www.bcccc.net/index.cfm?fuseaction=document. showDocumentByID&DocumentID=1333> Acesso em: 6 set. 2013. ESQUER-PERALTA, Javier; VELAZQUEZ, Luis; MUNGUIA, Nora. Perceptions of Core Elements for Sustainability. In: Management Decision, vol. 46, 2008. p.1027-1038. HILL, Manuela Magalhães; HILL, Andrew. Investigação por Questionário. 2009. IDEIA SUSTENTÁVEL. Especial: 10 Tendências de Sustentabilidade para RH. 2014. Disponível em: < http://www.ideiasustentavel.com.br/2014/05/1%C2%AA-tendencia- de-sustentabilidade-para-rh/> Acesso em: 5 ago. 2014. LAURIANO, L.A; CARVALHAES, E.; OLIVEIRA, R.T. Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras. 2012. Disponível em: <http://www.fdc.org.br/ professoresepesquisa/publicacoes/Paginas/publicacao-detalhe. aspx?publicacao=16135> Acesso em: 6 set. 2013. LAURIANO, L.A. As Empresas Brasileiras possuem Capacidades Internas para Responder aos Desafios da Sustentabilidade? 2013. Disponível em: <http://www. fdc.org.br/professoresepesquisa/publicacoes/Paginas/ publicacao-detalhe.aspx?publicacao=16139> Acesso em: 6 set. 2013. LAURIANO, L.A. Rumo à integração da Sustentabilidade no Sistema de Gestão Empresarial. 2012. Disponível em: <http://www.fdc.org.br/professoresepesquisa/ p u b l i c a c o e s / P a g i n a s / p u b l i c a c a o - d e t a l h e . aspx?publicacao=16067> Acesso em: 6 set. 2013. MIRVIS, P.H; GOOGINS, B. Stages of Corporate Citizenship. 2006. California Management Review. Vol. 48, Nº2, p.104-126 REA, Louis M.; PARKER, Richard A. Designing and Conducting Survey Research: A Comprehensive Guide. 1997.