O documento discute como os princípios da física, como a inércia, força e efeito magnus, são aplicados em jogadas de futebol como dribles, chutes e defesas de goleiro. Ele explica como a massa e aceleração afetam dribles e como o efeito magnus causa curvas em cobranças de falta. Também discute a área indefensável de um pênalti e como goleiros tentam defender.
2. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Acompanhe o Ciência em Jogo para
enxergar o outro lado dos esportes, o
lado científico. Aqui a física vai além da
educação física.
3. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Esporte não é apenas correr, pedalar, nadar,
escalar ou jogar. Esporte também é química,
física, biologia, matemática, sociologia.
Esporte é ciência. As Leis da Física estão
presentes em cada partida e em cada
movimento.
4. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Drible: Driblar um adversário requer o princípio da
inércia (formulada por nosso patrono Galileu e
confirmada por Newton): todo corpo em
movimento tende a permanecer em movimento.
Outro artifício da física presente na finta é a Força,
que é o resultado da massa x aceleração (F = m x a).
Portanto, quanto mais pesado for o jogador ou a
bola, maior a aceleração aplicada para realizar um
drible e um maior consumo energético.
5. Física e futebol: ciência aplicada
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Por isso jogadores leves, com menos de 70 kg,
como Neymar (64 kg) e Messi (67 kg), passam
facilmente por zagueiros mais pesados. E
fortes, uma bola oficial de futebol pesa entre
410g e 450g, mas já chegou a pesar quase 2
quilos nos tempos da deficiência tecnológica,
uma época difícil para os dribla dores.
6. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Neymar -64 kg Messi - 67 kg
7. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Dribles: Isso explica porque jogadores que
ganharam peso perdem agilidade. O que
acontece, na verdade, é que eles ganham
massa e precisam aplicar mais força para
terem velocidade - o que acaba não
acontecendo. Caso de Ronaldinho Gaucho e
Ronaldo fenômeno e Walter ex-Flu
atualmente no Atlético Paranaense.
8. Física e futebol: ciência aplicada
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Atletas fora dos padrões de média %G
Imagens: web
9. Física e futebol: ciência aplicada
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Defesa de pênalti: Aqui a matemática entra em jogo:
um gol oficial mede 7,32 metros de largura e 2,44
metros de altura, o que significa 17,86m² de área
total.
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Ficha técnica:
Nome: Nelson de Jesus Silva(Dida)
Nascimento: 07/10/1973 (Irará-BA)
Altura: 1,96m
Manuel Neuer, goleiro campeão do mundo pela
Alemanha, mede 1,93. Com essa altura, para chegar
ao lado extremo da baliza, ele levaria em média 0,7
segundo. Goleiro com baixa estatura, aumenta o
grau de dificuldade para realizar a defesa no chute,
pênalti, faltas e saídas com bolas alçadas na área.
11. Física e futebol: ciência aplicada
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Cobrança de falta-Defesa: Faltas com barreira são as
mais difíceis de serem contornadas literalmente
falando. Para isso, o cobrador terá que aplicar Força
para alterar o vetor velocidade da bola e desviá-la
da barreira rumo ao gol. Aplicando o princípio de
inércia, perceberemos que a bola em movimento
tende a continuar em movimento retilíneo
uniforme.
12. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Cobrança de falta com a Defesa do Goleiro
Imagens: web
13. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Para realizar um chute com curva, o cobrador
deve pegar de raspão na bola com a parte
interna do pé, exercendo a maior Força possível.
Quem não se lembra do gol incrível do
Roberto Carlos contra a França, em 1997?link
acim Nesse caso, devemos considerar a distância
da falta. A bola atingiu 127 km/h durante os 35
metros percorridos até o gol, isso fez a bola sair
em linha reta, perder energia cinética ao longo
do percurso e ficar mais lenta, o que causou o
Efeito Magnus.
14. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
NESSE LINK, VOÇE PODE VER COM PRECISÃO
https://www.youtube.com/watch?feature=play
[SOCCER VIDEO] Roberto Carlos [AMAZING] free
kick, Roberto Carlos contra a França, em 1997
15. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Especialistas em cobranças de falta
também são equilibristas. Um bom
batedor de falta nunca cobrará com os
dois braços colados no corpo. O
movimento do braço inverso ao pé do
chute para o alto fornece o equilíbrio
necessário para o chute perfeito.
16. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Faltas Certeiras: Chutar a bola nessa velocidade
já é um difícil, direcionar o chute é ainda mais
desafiador. Porém, se o cobrador conseguir
colocar a bola onde a coruja dorme é feito pra
poucos.
17. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Esse efeito acontece quando um objeto
cilíndrico (nesse caso a bola) gira enquanto
está em movimento. Isso faz com que o fluxo
de ar seja mais rápido na direção de giro da
bola, e mais lento na direção contrária,
gerando o efeito da curva.
18. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Chutes de Longas Distancias:
A força gravitacional também entra em jogo quando falamos
de chutes de longa distância. Ela é responsável por puxar a
bola para baixo, fazendo o chute formar um arco. Chutes
com curva são explicados a partir do Efeito Magnus,
descoberto pelo físico alemão Heinrich Gustavo Magnus.
Esse efeito acontece quando um objeto cilíndrico (nesse
caso a bola) gira enquanto está em movimento. Isso faz
com que o fluxo de ar seja mais rápido na direção de giro
da bola, e mais lento na direção contrária, gerando o efeito
19. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
A BOLA COM EFEITO GIRATÓRIO, DURANTE
O CHUTE DE LONGAS DISTÂNCIAS OU
FALTAS.
20. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
PÊNALTI: Ken Bray, professor de física da
Universidade de Bath, calculou o alcance do goleiro
diante um pênalti e descobriu a zona indefensável:
"Pouco mais de 80% dos chutes a gol, cerca de
quatro em cada cinco, lançados nesta área foram
bem-sucedidos".
21. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
A partir de um pênalti, a 11 metros do gol, a
bola pode chegar ao gol em menos de 0,5
segundo. Ou seja, os goleiros especialistas em
penalidades máximas devem escolher um
canto, se antecipar ao cobrador e pular antes
mesmo da bola ser chutada - tudo isso em
frações de segundos.
22. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
O pênalti com paradinha foi proibido
exatamente por conta disso: se o jogador faz
que vai chutar a bola e não chuta, o goleiro
salta mesmo sem chute. Outro modo de bater
na bola é a “cavadinha”, que não é proibida e
acaba sendo muito eficiente, pois desloca o
goleiro da mesma maneira.
Obs: Em algumas situações, o chute pode ser
despretensioso: Luciano Sousa
23. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
O curioso é que um estudo, de 2005, revelou que a
maneira mais eficiente de defender uma
penalidade máxima é ficar parado. Foram
analisados 286 cobranças das maiores ligas
européias e constataram que permanecer no centro
do gol é a forma mais segura de agarrar. Mas os
goleiros escolhem saltar para direita ou para
esquerda, pois preferem agir e errar do que não
defender - vale lembrar que permanecer em inércia
no centro do gol também é uma ação e uma
24. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Cobrança de pênalti
Cobrar um pênalti com perfeição e precisão,
também envolve ciência. A penalidade
indefensável é no ângulo (cerca de meio
metro do travessão e da trave), numa
velocidade de 104 km/h. Escrevendo e lendo
parece fácil, mas não é.
25. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
Vidal, do Juventus-ITA, Chute certeiro
26. Física e futebol: ciência aplicada
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GOL: ÀREA DE ZONA IDEFENSÁVEL
Chutar a bola nessa velocidade já é um difícil, direcionar
o chute é ainda mais desafiador. Porém, se o cobrador
conseguir colocar a bola onde a coruja dorme (como
Vidal, do Juventus-ITA, no gif acima pode ficar
tranqüilo, é impossível para qualquer goleiro alcançar
esse local do gol - até mesmo para Diego Alves, Dida...
Ken Bray, professor de física da Universidade de Bath,
calculou o alcance do goleiro diante um pênalti e
descobriu a zona indefensável: "Pouco mais de 80%
dos chutes a gol, cerca de quatro em cada cinco,
lançados nesta área foram bem-sucedidos".
27. GOL: ÁREA DE ZONA IDEFENSÁVEL DURANTE A
PENALIDADE
(Foto: Reprodução/University of Bath/Ken Bray)
28. Física e futebol: ciência aplicada nos dribles,
chutes e defesas
GOL: ÁREA DE ZONA IDEFENSÁVEL
• GOL: AREA DE ZONA IDEFENSAVEL
ADAPTAÇÃO ILUSTRATIVA: LUCIANO SOUSA
29. Física e futebol: ciência aplicada
nos dribles, chutes e defesas
SOCRATES( MAGRÃO),JOGADOR DO CORINTIANS E DA
SELEÇÃO BRASILEIRA EM 1986. ERA ESPECIALISTA
EM COBRANÇA DE PÊNALTI.