1. Da 1ª Guerra Mundial à democracia
Depois da 1ª Guerra Mundial, alguns factores, levaram à implantação de regimes autoritários,
como o Fascismo, o Nazismo e o Salazarismo. Esses factores foram:
- as dificuldades económicas, que foi enormemente agravada pela depressão dos anos
30, que levou à pobreza mundial.
- o tratado de Versalhes, que deixou alguns países como a Alemanha e Itália
descontentes com as disposições impostas
- o receio do avanço, de cada país, para um regime socialista ou um regime comunista,
levando a maior parte da população a apoiar a ditadura (partidos de extrema-direita).
Itália – Fascismo
Em Itália a situação socioeconómica e política, depois da 1ª guerra mundial, era
negativa. O país encontrava-se descontente com o tratado de Versalhes, tinham sido mortos 1
milhão de pessoas, tinha ocorrido um aumento da inflação e daí a desvalorização da moeda e
um aumento dos preços, a taxa de desemprego era elevadíssima e a crise de 1929 agravou
todos os aspectos referidos. A posição em que se encontrava, levou à desacreditação do povo,
em relação à forma governamental da altura, levando assim Itália, para um regime Autoritário,
o Fascismo, liderado por Benito Mussolini.
Os princípios fundamentais deste regime são:
- o totalitarismo, o poder supremo de um chefe, (poderes da lei legislativa, executiva e
judicial, aplicadas a um só Homem) neste caso, Benito Mussolini;
- a censura, do rádio da imprensa;
- a criação de uma polícia política, a OVRA (Organização de Vigilância e Repressão ao
Antifascismo);
- a existência de um partido único;
- a proibição de greves, sindicatos e revoluções, substituídas por corporações;
- a criação dos camisas negras, um exército armado;
- a luta contra o socialismo, o comunismo e o parlamentarismo;
- o nacionalismo, que coloca a pátria acima de qualquer outra coisa, deixando na
mente da população uma obrigação defensora da mesma;
- o imperialismo;
- o militarismo, relacionado com a criação dos camisas negras;
2. - o corporativismo, que unia trabalhadores, para evitar uma luta entre classes,
entregando valor ao Estado;
- a violência, que impunha o regime;
- a propaganda, que aliciava a população para o Regime Autoritário.
- o controlo da educação.
Alemanha – Nazismo
Na Alemanha, a população estava descontente, depois da 1ª Guerra Mundial, o país
encontrava-se numa posição totalmente oposta à esperada. A assinatura do Tratado de
Versalhes tinha deixado o país sem poder. A guerra tinha deixado um rasto de destruição,
indemnizações e um aumento na inflação. A sociedade estava descontente e para além destes
factores, a crise dos anos 30, tinha agravado ainda mais a situação. A população deixou que, o
Regime Autoritário se apoderasse do país, desta vez com Adolfo Hitler ao poder.
Os princípios fundamentais do Nazismo são:
- o totalitarismo, o poder supremo de um chefe, (poderes da lei legislativa, executiva e
judicial, aplicadas a um só Homem) neste caso, Adolfo Hitler;
- a censura, do rádio da imprensa;
- a criação de uma polícia política, a GESTAPO (Geheime Staatspolizei);
- a existência de um partido único;
- a proibição de greves, sindicatos e revoluções;
- a criação da S.A., secção de assalto;
- a criação da S.S., a secção de segurança;
- a luta contra o socialismo, o comunismo e o parlamentarismo;
- o culto do chefe;
- o nacionalismo, que coloca a pátria acima de qualquer outra coisa, deixando na
mente da população uma obrigação defensora da mesma;
- o imperialismo;
- o racismo, ideia de superioridade da raça Ariana;
- a violência, que impunha o regime;
- a propaganda, que aliciava a população para o Regime Autoritário.
- o controlo da educação.
3. Portugal – Salazarismo
Também em Portugal foi implementado um regime Autoritário, neste caso, com
António Oliveira de Salazar ao poder. Inspirando-se nos princípios Italianos, o país entrou
numa ditadura.
Os princípios fundamentais do Salazarismo são:
- o antiliberalismo, contra a democracia, o parlamentarismo e o marxismo;
- a conservação, virando as atenções da população, inteiramente para Deus, a pátria e
a família;
- o nacionalismo, que coloca a pátria acima de qualquer outra coisa, deixando na
mente da população uma obrigação defensora da mesma;
- o autoritarismo, que deixava os poderes legislativo, judicial e executivo, nas mãos do
chefe do Governo;
- o colonialismo, as colónias faziam parte do território português.
Comentário do filme
Para mim, o filme foi esclarecedor. Consegui, ficar a perceber qual a mentalidade da
população Alemã, tanto em classes superiores, como em classes inferiores. O povo era
constantemente monopolizado, durante o período da guerra. Para a população junto ao
presidente, os civis eram meros servos deles próprios, Hitler chegou a proferir: “Se formos
derrotados, os civis não terão importância.” Isto durante a invasão russa na cidade de Berlim,
onde centenas de pessoas se escondiam dentro das suas casas, ou edifícios abandonados,
enquanto que a gente de alta sociedade, e comandantes, se protegiam, no subsolo, com toda
a segurança. Essas pessoas, que se encontravam em perigo constante, foram mais tarde,
castigadas e enforcadas ou baleadas, por não terem contribuído e não terem lutado pela
pátria.
A invasão Russa, na capital Alemã, (acontecimento em que o filme refere), foi um
período de alta tensão, em que milhares de pessoas morreram, a lutar e muitas delas por
suicídio. Suicídio foi um dos temas recorrentes no filme, nunca me tinha apercebido de tal
possibilidade, mas consegui perceber que o faziam por duas razões, por terem medo de serem
mortos pelos russos e por não quererem cair nas mãos dos russos, visto que deviam honrar a
pátria.
Eu adorei o filme projectado, é brilhante, aterrorizador, triste, realista e elucidativo.
Consegui ficar a conhecer melhor a mentalidade da altura, do próprio presidente e da
população em geral. Foi uma óptima forma de ficar a conhecer este período histórico.
Beatriz Silva-9ºC