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Antropocénico
                 A Era do Homem




   Docentes:
   Índice
Introdução       _______________________________   3-4
Antropocénico           _______________________________              5-7
O Mundo depois de Nós   _______________________________              8-9
Conclusão               _______________________________              10
Bibliografia            _______________________________              11




                         Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   2
Introdução
Vivemos num mundo no qual a humanidade tem vindo a deixar marcas
profundas, o homem tornou-se num fenómeno capaz de transformar a
paisagem terrestre e com isso tornamo-nos numa força geológica. Para que
essas marcas não tragam com ela a destruição do próprio Homem, é necessário
que utilizemos a inteligência para adaptarmos as sociedades a um estilo de vida
harmonioso com a natureza. Ou corremos o risco de esgotar os recursos que
nos sustentam.

Para melhor se entender a Terra, os cientistas dividiram a idade do Planeta em
Tempo Geológico. A escala do tempo geológico representa a linha do tempo
desde o presente até à formação da Terra (cerca de quatro mil e seiscentos
milhões de anos) (Kolbert 2011), essa escala divide-se em éons, eras, períodos
e épocas (wikipedia s.d.), que se baseiam nos grandes eventos geológicos da
história do planeta.

As alterações atmosféricas, geológicas, químicas, biológicas, grandes erupções,
grandes extinções e outros acontecimentos do passado podem ser lidos nos
chamados testemunhos geológicos, camadas de sedimentos que guardam a
história das modificações planetárias (estudadas pela estratigrafia). (Martini
2011, 39)

A época antes da que eu me proponho analisar neste trabalho era o
Holocénico, que se tinha iniciado na última glaciação, mas a opinião quase
unânime dos cientistas é que realmente o homem interferiu de tal modo no
planeta que se entrou numa nova época, o “Antropocénico”, ou a Era do
Homem.

O termo “Antropocénico” foi utilizado pela primeira vez há cerca de uma década
pelo holandês Prémio Nobel da Química Paul Crutzen, desde esse dia, muitos
outros cientistas o adoptaram e tem sido aceite por quase toda a classe
científica. Algumas dúvidas ainda se levantam, mas em relação ao começo do
Antropocénico e ao fim do Holocénico, e não à época em si. Há quem defenda
                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   3
o inicio desta nova época com o surgimento da Revolução Industrial, outros
defendem que o homem ao fixar-se à terra e mesmo com uma agricultura
rudimentar já tinha deixado marcas profundas no planeta, outros ainda
defendem que o Antropocénico só começou na era nuclear. Esta discussão está
longe de gerar consensos, mas por si só é reveladora da extensão de estragos
no planeta que desde muito cedo os humanos têm infligido à Terra.

Podemos perguntar, porquê fazer uma análise sobre uma época geológica num
curso de sociologia? Ou o porquê de uma preocupação ambiental por parte dos
sociólogos? Não serão estes assuntos da responsabilidade de ciências como a
biologia, a física, ou de outras ciências vocacionadas para estudar esta
temática? A resposta pode ser sim, mas a verdade é que as indústrias e as
tecnologias que poluem o planeta desenvolveram-se ligadas a instituições
sociais específicas. Logo as origens do nosso impacto no ambiente são sociais e
muitas das suas consequências também o são. Portanto minimizar o impacto
humano no planeta passa por mudanças quer sociais quer tecnológicas.
(Giddens 2010)

Neste trabalho, vou ainda tentar, sem fazer futurologia, antecipar, o que
aconteceria às nossas cidades e a toda uma civilização que os Homens
construíram, se um dia, de uma só vez ou mesmo que faseadamente os
Humanos desaparecessem da Terra.




                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   4
Antropocénico
O Homem foi, desde sempre, um poderoso factor de alteração do meio. A
primeira demonstração dessa capacidade terá consistido na destruição de
grandes áreas de floresta, com recurso ao fogo, para garantir áreas de
pastagem e para a prática da agricultura. Sabemos que as queimadas libertam
CO2, e que os terrenos sem árvores ou outro tipo de vegetação, estão muito
mais expostos à erosão, “Algumas paisagens que hoje pensamos serem
naturais, como as zonas rochosas e inóspitas do sudoeste da Grécia, são
resultado da erosão do solo provocada pelos agricultores de há cinco mil anos.”
(Giddens 2010, 611). Defende ainda o paleoclimatologista William Ruddiman,
da Universidade da Virgínia, que a invenção da agricultura há cerca de 8 mil
anos, e a “desflorestação dela resultante provocaram um aumento significativo
de CO2 na atmosfera suficiente para travar aquilo que, de outro modo, teria
sido o princípio de uma nova glaciação: no seu entender, os seres humanos
têm sido a força dominante no planeta praticamente desde o início do
Holocénico”. (Kolbert 2011, 39)

Mas se não há dúvidas quanto ao efeito que erosão provocada pelo homem, e
que se traduz em alterações profundas no planeta, tão profundas, que são
capazes de deixar uma marca geológica para o futuro, no entanto e
“provavelmente a alteração mais importante de um ponto de vista geológico,
não é visível ao olhar: a mudança na composição química da atmosfera. As
emissões de dióxido de carbono são incolores, inodoras e, num sentido
imediato, inofensivas.” (Kolbert 2011, 35) Por outro lado, e com a
desflorestação, provocamos extinções em massa, de tal forma que acontecem
hoje a um ritmo centenas de vezes mais rápida do que nos últimos 500 milhões
de anos. Mas pior, é que se não fizermos nada para estancar estas extinções, e
se mantivermos esta tendência, esse ritmo pode acelerar para dezenas de
milhares de vezes superior. (Kolbert 2011) O secretário da Convenção sobre a
Diversidade Biológica da Organização das Nações unida (ONU), Oliver Hillel,
afirma que até 2030 cerca de 75% das espécies animais e vegetais poderão


                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   5
estar ameaçadas de extinção. Alguns cientistas consideram esse fenómeno
como a sexta grande extinção do planeta. (Martini 2011, 41)

O efeito de estufa é um fenómeno natural, e essencial para à vida na terra, é
ele o responsável pela temperatura ideal para que seja possível a nossa
existência, mas o aquecimento global é provocado pelo homem. As emissões de
gases poluentes como CO2, CH4 ou o óxido nitroso para a atmosfera, por parte
da queima de combustíveis fósseis, como o carvão, petróleo, ou a madeira, só
para dar alguns exemplos, são responsáveis pela subida das temperaturas
médias do planeta. É quase certo que a actividade desenvolvida pelas
sociedades humanas foi responsável pelo aquecimento registado ao longo do
último século, como se pode ler no relatório fundamental apresentado em 2001
pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), das
nações Unidas. (Appenzeller 2004) O aquecimento global poderá ainda elevar o
nível dos mares em alguns metros, através do degelo dos pólos, e de glaciares
espalhados por todo o planeta. Levando a um êxodo maciço das populações
que vivem no litoral mais para o interior dos continentes. Com esse êxodo, e
com a destruição de muitos habitats, ao mesmo tempo que se destroem os
meios de subsistência dessas populações, como zonas de pesca, campos
agrícolas entre outros, possivelmente condenaremos à fome e mesmo à morte
muitos milhões de seres humanos. (Giddens 2010, 624)

Sem dúvida que a industrialização e acção directa dos humanos contribuíram
para a transformação química da atmosfera, de tal maneira que se no final do
século XVIII, “quando começou a Revolução Industrial, a concentração de
dióxido de carbono no ar era de 280 partes por milhão (ppm). Em 2005,
chegou a 379 partes por milhão. E, até ao final do século XXI, na pior das
hipóteses esses níveis duplicaram em relação aos níveis pré-industriais. Nunca
nos últimos 650 mil anos e provavelmente no último milhão de anos o dióxido
de carbono havia superado as 300 partes por milhão na atmosfera.”
(Walisiewicz 2008, 30) No entanto a libertação desses gases não alteram
apenas a composição química da atmosfera e provocam aquecimento global,
“também se infiltram nos oceanos, acidificando-os a um tal ponto que os corais
                           Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   6
deixarão de ser capazes de construir recifes o que ficará inscrito no registo
geológico como uma ausência de recifes.” (Kolbert 2011, 39) Também aqui,
como na desflorestação, as implicações para a extinção de uma enorme
quantidade de vida acontece. Sabemos que a vida acontece num frágil
equilíbrio, e que esse equilíbrio uma vez desfeito, provoca um efeito de bola de
neve, os recifes de coral, são o berço de muita da vida dos oceanos, ao
desaparecerem podem desencadear extinções em massa. A escala de
acontecimentos actualmente em curso nos oceanos nunca foi igualada desde a
época em que há 65 milhões de anos houve o impacto de um asteróide, na
península de Yucatan no México e que provocou a extinção dos dinossauros.
“Para os geólogos do futuro, o nosso impacte poderá parecer tão súbito e
profundo como o de um asteróide.” (Kolbert 2011, 39)

A fome das nossas sociedades por energia parece inesgotável, consumiu-se
mais energia no século XX do que em qualquer outra época na história da
humanidade, e não parece haver uma tendência para se inverter esta situação,
se tivermos em conta que num século a população mundial passou de um bilião
de almas para 6 biliões e que hoje já se ultrapassou os 7 biliões, com este
crescimento exponencial, dificilmente se vai harmonizar a procura de fontes de
energia à capacidade de resposta por parte dos recursos, até porque teremos
que duplicar a produção só para se manter os mesmos níveis de consumo.

O homem através das suas acções, modificou directamente entre 40% a 50%
das paisagens do planeta, e a sua influência estende-se a mais de 83% da
superfície da terra. (Martini 2011, 41) Estas alterações decorrem da construção
de cidades, e de outras infra-estruturas destinadas a manterem a nossa
qualidade de vida, mas esta qualidade tem um preço, o preço é o aumento da
taxa de transporte de sedimentos 10 vezes mais do que o natural, e as
consequências são a erosão e o empobrecimento dos solos. (Martini 2011, 42)

Acrescentando a tudo isto, o nosso consumo desenfreado leva-nos a produzir
cada vez mais resíduos sólidos, e todo o tipo de lixo, a capacidade do planeta
para absorver essa agressão está a chegar ao seu limite.

                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   7
O mundo de pois de nós
“Os humanos acabarão por se extinguir. Tudo se extinguiu, até agora. É como
a morte: não há razão para pensarmos que somos diferentes. Mas a vida irá
continuar. Poderá ser vida microbiana, a princípio. Ou centípedes a andarem
por aí. Depois, a vida melhorará e continuará…” (Weisman 2008, 252)

A acreditar no histórico do planeta, extinções em massa ocorrem, felizmente
não com uma grande regularidade, mas pelo menos cinco foram detectadas
nos últimos 500 milhões de anos, as razões para que aconteçam são a queda
de asteróides e outras catástrofes. (Kolbert 2011, 33) Alguns cientistas
acreditam que estamos perto da sexta, e que a causa será o homem.

Se essa extinção nos incluir, e acreditando no que nos diz Alan Weisman no seu
livro “O Mundo sem Nós”, todas as construções do homem tem o seu destino
traçado, podem levar mais ou menos anos, mas todas serão apagadas da
superfície da terra.

 “Nem os orgulhosos construtores do mundo antigo, que tinha sete maravilhas,
sonhavam que, num período de tempo bastante menor do que a eternidade, só
uma delas – a pirâmide de Kéops, no Egipto – ficaria de pé. Tal como as velhas
florestas cuja frondosa copa acaba por cair, Kéops diminuiu cerca de nove
metros nos últimos 4500 anos.”, “A pedra calcária exposta está agora a
dissolver-se como qualquer outra colina, e daqui a mais uns milhões de anos já
não parecerá de todo piramidal”. (Weisman 2008, 190)

A verdade, é que os materiais que o homem fabrica, têm pouca durabilidade
expostos ao meio, mesmo os plásticos que com a sua enorme resistência e
durabilidade acabam por ser absorvidos pela natureza “terão inevitavelmente
de se biodegradar, mas a um ritmo tão lento que tem muito poucas
consequências práticas. Contudo, podem fotodegradar-se num espaço de
tempo significativo.”, “Quando os hidrocarbonatos se biodegradam, as suas
moléculas de polímero separam-se nas partes que originalmente se
combinaram para as criar: dióxido de carbono e água. Quando se
fotodegradam, a radiação solar ultravioleta enfraquece a força tênsil do
plástico, quebrando as suas longas moléculas de polímero em forma de cadeia
em segmentos mais pequenos. Uma vez que a resistência dos plásticos
depende do comprimento das suas cadeias interligadas de polímeros, quando


                           Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   8
os raios UV incidem nelas, o plástico começa a decompor-se”. (Weisman 2008,
139)

Pegando no exemplo que Alan Weisman nos dá no seu livro, a cidade de Nova
Iorque, em 36 horas sem humanos estaria completamente inundada, nessa
altura a água começaria a desgastar o solo e o pavimento. Passado pouco
tempo as ruas começariam a ceder com o desabamento dos tectos dos túneis
do metro. Em 20 anos, as colunas de aço mergulhadas em água que suportam
as ruas, enferrujariam e quebra-se-iam. Abatendo as ruas transformando-se em
rios. Muito antes disso acontecer, já grande parte das ruas estariam em
dificuldade, com o congelamento e descongelamento constante, os materiais
acabariam por ceder. Ao mesmo tempo que o pavimento se abre, sementes
penetram nessas fissuras, que se abrem ainda mais. Com o entupimento dos
esgotos, a lama acumula-se nas sarjetas e aos poucos todo o chão está coberto
de terra, onde as plantas podem germinar à vontade. Nos primeiros anos sem
calor, os canos rebentam por toda a cidade, muito por culpa do congelamento-
descongelamento. Os edifícios começam a degradar-se rapidamente, as
infiltrações acabam por enferrujar tudo o q é metálico, os pára-raios
começaram a partir-se, criando um cenário ideal para que raios provoquem
incêndios. Os edifícios por essa altura já estarão coberto de heras e outras
plantas. “Mesmo os edifícios ancorados no xisto duro de Manhattam, como a
moaioria dos arranha-céus de Nova Iorque, não foram concebidos para terem
os seus alicerces de aço mergulhados na água” (Weisman 2008, 40). “Esgotos
furados, túneis inundados e ruas transformadas em rios irão conspirar para
minar os alicerces e destabilizar as suas enormes cargas. … os ventos fortes
ameaçarão as estruturas altas e instáveis. Algumas delas cairão, atirando outras
abaixo.”, “Gradualmente, a selva de asfalto dará lugar a uma verdadeira.”
(Weisman 2008, 40).

Se uma cidade como Nova Iorque pode cair às mãos dos elementos, podemos
então imaginar que a Terra acabaria por se vingar, apagando todos os nossos
registos e respiraria de alívio com a nossa partida.




                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   9
Conclusão
Se, de facto, entrámos numa nova época, quando começou ela ao certo?
Quando é que os impactes humanos atingiram um nível com importância
geológica?
Será o crescimento demográfico a causa principal?
Ou será o aumento do rendimento, que gera mais consumo?
Ou a tecnologia, que proporciona novas ferramentas de exploração?
Estas perguntas ficam sem resposta, quer da parte do meu trabalho quer por
parte da ciência.
Mas se não é o homem que provoca as alterações no planeta, se tudo o que
acontece tem a ver com ritmos naturais, uma coisa é certa, e parece haver
consenso quanto a isso, o carácter global das transformações e a velocidade
que lhe tem sido imposta, é obra do homem. A actividade humana no meio-
ambiente tem-se manifestado numa relação directamente proporcional ao
crescimento económico.


A verdade é que o homem tem mudado o planeta, e não o temos mudado
apenas para o nosso bem. De facto, temos tornado esta nossa casa cada vez
mais hostil a outras formas de vida mas inclusive também à nossa.
Se a humanidade quer continuar a viver neste planeta, terá que mudar em
muito o seu comportamento, desde logo tentar não continuar a deixar marcas
geológicas, e passar a viver com a natureza de uma forma mais harmoniosa,
mais que não seja por pensar em benefício próprio.


Faz então todo o sentido, que todos demos um passo para que a sociedade
evolua no respeito pela natureza, pelos ecossistemas, pela biodiversidade, e
que caminhe em direcção ao desenvolvimento sustentável, só assim, se pode
viver hoje, pensar nas futuras gerações e preservar um planeta único entre os
seus pares. A conduta do Homem para com a Natureza terá obrigatoriamente
que ser de mutualismo, simbiose e cooperação.



                           Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   10
Bibliografia
 Appenzeller, Tim. “Sinais da Terra.” National Geographic Portugal, Setembro
 de 2004: Edição Especial.
 Giddens, Anthony. Sociologia. 8ª Edição. Lisboa: Fundação Calouste
 Gulbenkian, 2010.
 Kolbert, Elizabeth. “Eis o Antropocénico A Era do Homem.” National
 Geographic Portugal, 11 de 2011: 24-47.
 Martini, Bruno. Ciência Hoje, Julho de 2011: 39-43.
 Walisiewicz, Marek. “Energia Alternativa: solar, eólica, hidrelétrica e de
 biocombustiveis.” São Paulo: Publifolha, 2008.
 Weisman, Alan. O Mundo sem Nós. 2ª Edição. Cruz Quebrada: Estrela Polar -
 Oficina do Livro, 2008.
 wikipedia. wikipedia.
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_tempo_geol%C3%B3gico (acedido
 em 15 de 12 de 2011).




                            Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade   11

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A Era Antropocénica: O Impacto Humano no Planeta

  • 1. Antropocénico A Era do Homem Docentes: Índice Introdução _______________________________ 3-4
  • 2. Antropocénico _______________________________ 5-7 O Mundo depois de Nós _______________________________ 8-9 Conclusão _______________________________ 10 Bibliografia _______________________________ 11 Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 2
  • 3. Introdução Vivemos num mundo no qual a humanidade tem vindo a deixar marcas profundas, o homem tornou-se num fenómeno capaz de transformar a paisagem terrestre e com isso tornamo-nos numa força geológica. Para que essas marcas não tragam com ela a destruição do próprio Homem, é necessário que utilizemos a inteligência para adaptarmos as sociedades a um estilo de vida harmonioso com a natureza. Ou corremos o risco de esgotar os recursos que nos sustentam. Para melhor se entender a Terra, os cientistas dividiram a idade do Planeta em Tempo Geológico. A escala do tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até à formação da Terra (cerca de quatro mil e seiscentos milhões de anos) (Kolbert 2011), essa escala divide-se em éons, eras, períodos e épocas (wikipedia s.d.), que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. As alterações atmosféricas, geológicas, químicas, biológicas, grandes erupções, grandes extinções e outros acontecimentos do passado podem ser lidos nos chamados testemunhos geológicos, camadas de sedimentos que guardam a história das modificações planetárias (estudadas pela estratigrafia). (Martini 2011, 39) A época antes da que eu me proponho analisar neste trabalho era o Holocénico, que se tinha iniciado na última glaciação, mas a opinião quase unânime dos cientistas é que realmente o homem interferiu de tal modo no planeta que se entrou numa nova época, o “Antropocénico”, ou a Era do Homem. O termo “Antropocénico” foi utilizado pela primeira vez há cerca de uma década pelo holandês Prémio Nobel da Química Paul Crutzen, desde esse dia, muitos outros cientistas o adoptaram e tem sido aceite por quase toda a classe científica. Algumas dúvidas ainda se levantam, mas em relação ao começo do Antropocénico e ao fim do Holocénico, e não à época em si. Há quem defenda Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 3
  • 4. o inicio desta nova época com o surgimento da Revolução Industrial, outros defendem que o homem ao fixar-se à terra e mesmo com uma agricultura rudimentar já tinha deixado marcas profundas no planeta, outros ainda defendem que o Antropocénico só começou na era nuclear. Esta discussão está longe de gerar consensos, mas por si só é reveladora da extensão de estragos no planeta que desde muito cedo os humanos têm infligido à Terra. Podemos perguntar, porquê fazer uma análise sobre uma época geológica num curso de sociologia? Ou o porquê de uma preocupação ambiental por parte dos sociólogos? Não serão estes assuntos da responsabilidade de ciências como a biologia, a física, ou de outras ciências vocacionadas para estudar esta temática? A resposta pode ser sim, mas a verdade é que as indústrias e as tecnologias que poluem o planeta desenvolveram-se ligadas a instituições sociais específicas. Logo as origens do nosso impacto no ambiente são sociais e muitas das suas consequências também o são. Portanto minimizar o impacto humano no planeta passa por mudanças quer sociais quer tecnológicas. (Giddens 2010) Neste trabalho, vou ainda tentar, sem fazer futurologia, antecipar, o que aconteceria às nossas cidades e a toda uma civilização que os Homens construíram, se um dia, de uma só vez ou mesmo que faseadamente os Humanos desaparecessem da Terra. Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 4
  • 5. Antropocénico O Homem foi, desde sempre, um poderoso factor de alteração do meio. A primeira demonstração dessa capacidade terá consistido na destruição de grandes áreas de floresta, com recurso ao fogo, para garantir áreas de pastagem e para a prática da agricultura. Sabemos que as queimadas libertam CO2, e que os terrenos sem árvores ou outro tipo de vegetação, estão muito mais expostos à erosão, “Algumas paisagens que hoje pensamos serem naturais, como as zonas rochosas e inóspitas do sudoeste da Grécia, são resultado da erosão do solo provocada pelos agricultores de há cinco mil anos.” (Giddens 2010, 611). Defende ainda o paleoclimatologista William Ruddiman, da Universidade da Virgínia, que a invenção da agricultura há cerca de 8 mil anos, e a “desflorestação dela resultante provocaram um aumento significativo de CO2 na atmosfera suficiente para travar aquilo que, de outro modo, teria sido o princípio de uma nova glaciação: no seu entender, os seres humanos têm sido a força dominante no planeta praticamente desde o início do Holocénico”. (Kolbert 2011, 39) Mas se não há dúvidas quanto ao efeito que erosão provocada pelo homem, e que se traduz em alterações profundas no planeta, tão profundas, que são capazes de deixar uma marca geológica para o futuro, no entanto e “provavelmente a alteração mais importante de um ponto de vista geológico, não é visível ao olhar: a mudança na composição química da atmosfera. As emissões de dióxido de carbono são incolores, inodoras e, num sentido imediato, inofensivas.” (Kolbert 2011, 35) Por outro lado, e com a desflorestação, provocamos extinções em massa, de tal forma que acontecem hoje a um ritmo centenas de vezes mais rápida do que nos últimos 500 milhões de anos. Mas pior, é que se não fizermos nada para estancar estas extinções, e se mantivermos esta tendência, esse ritmo pode acelerar para dezenas de milhares de vezes superior. (Kolbert 2011) O secretário da Convenção sobre a Diversidade Biológica da Organização das Nações unida (ONU), Oliver Hillel, afirma que até 2030 cerca de 75% das espécies animais e vegetais poderão Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 5
  • 6. estar ameaçadas de extinção. Alguns cientistas consideram esse fenómeno como a sexta grande extinção do planeta. (Martini 2011, 41) O efeito de estufa é um fenómeno natural, e essencial para à vida na terra, é ele o responsável pela temperatura ideal para que seja possível a nossa existência, mas o aquecimento global é provocado pelo homem. As emissões de gases poluentes como CO2, CH4 ou o óxido nitroso para a atmosfera, por parte da queima de combustíveis fósseis, como o carvão, petróleo, ou a madeira, só para dar alguns exemplos, são responsáveis pela subida das temperaturas médias do planeta. É quase certo que a actividade desenvolvida pelas sociedades humanas foi responsável pelo aquecimento registado ao longo do último século, como se pode ler no relatório fundamental apresentado em 2001 pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), das nações Unidas. (Appenzeller 2004) O aquecimento global poderá ainda elevar o nível dos mares em alguns metros, através do degelo dos pólos, e de glaciares espalhados por todo o planeta. Levando a um êxodo maciço das populações que vivem no litoral mais para o interior dos continentes. Com esse êxodo, e com a destruição de muitos habitats, ao mesmo tempo que se destroem os meios de subsistência dessas populações, como zonas de pesca, campos agrícolas entre outros, possivelmente condenaremos à fome e mesmo à morte muitos milhões de seres humanos. (Giddens 2010, 624) Sem dúvida que a industrialização e acção directa dos humanos contribuíram para a transformação química da atmosfera, de tal maneira que se no final do século XVIII, “quando começou a Revolução Industrial, a concentração de dióxido de carbono no ar era de 280 partes por milhão (ppm). Em 2005, chegou a 379 partes por milhão. E, até ao final do século XXI, na pior das hipóteses esses níveis duplicaram em relação aos níveis pré-industriais. Nunca nos últimos 650 mil anos e provavelmente no último milhão de anos o dióxido de carbono havia superado as 300 partes por milhão na atmosfera.” (Walisiewicz 2008, 30) No entanto a libertação desses gases não alteram apenas a composição química da atmosfera e provocam aquecimento global, “também se infiltram nos oceanos, acidificando-os a um tal ponto que os corais Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 6
  • 7. deixarão de ser capazes de construir recifes o que ficará inscrito no registo geológico como uma ausência de recifes.” (Kolbert 2011, 39) Também aqui, como na desflorestação, as implicações para a extinção de uma enorme quantidade de vida acontece. Sabemos que a vida acontece num frágil equilíbrio, e que esse equilíbrio uma vez desfeito, provoca um efeito de bola de neve, os recifes de coral, são o berço de muita da vida dos oceanos, ao desaparecerem podem desencadear extinções em massa. A escala de acontecimentos actualmente em curso nos oceanos nunca foi igualada desde a época em que há 65 milhões de anos houve o impacto de um asteróide, na península de Yucatan no México e que provocou a extinção dos dinossauros. “Para os geólogos do futuro, o nosso impacte poderá parecer tão súbito e profundo como o de um asteróide.” (Kolbert 2011, 39) A fome das nossas sociedades por energia parece inesgotável, consumiu-se mais energia no século XX do que em qualquer outra época na história da humanidade, e não parece haver uma tendência para se inverter esta situação, se tivermos em conta que num século a população mundial passou de um bilião de almas para 6 biliões e que hoje já se ultrapassou os 7 biliões, com este crescimento exponencial, dificilmente se vai harmonizar a procura de fontes de energia à capacidade de resposta por parte dos recursos, até porque teremos que duplicar a produção só para se manter os mesmos níveis de consumo. O homem através das suas acções, modificou directamente entre 40% a 50% das paisagens do planeta, e a sua influência estende-se a mais de 83% da superfície da terra. (Martini 2011, 41) Estas alterações decorrem da construção de cidades, e de outras infra-estruturas destinadas a manterem a nossa qualidade de vida, mas esta qualidade tem um preço, o preço é o aumento da taxa de transporte de sedimentos 10 vezes mais do que o natural, e as consequências são a erosão e o empobrecimento dos solos. (Martini 2011, 42) Acrescentando a tudo isto, o nosso consumo desenfreado leva-nos a produzir cada vez mais resíduos sólidos, e todo o tipo de lixo, a capacidade do planeta para absorver essa agressão está a chegar ao seu limite. Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 7
  • 8. O mundo de pois de nós “Os humanos acabarão por se extinguir. Tudo se extinguiu, até agora. É como a morte: não há razão para pensarmos que somos diferentes. Mas a vida irá continuar. Poderá ser vida microbiana, a princípio. Ou centípedes a andarem por aí. Depois, a vida melhorará e continuará…” (Weisman 2008, 252) A acreditar no histórico do planeta, extinções em massa ocorrem, felizmente não com uma grande regularidade, mas pelo menos cinco foram detectadas nos últimos 500 milhões de anos, as razões para que aconteçam são a queda de asteróides e outras catástrofes. (Kolbert 2011, 33) Alguns cientistas acreditam que estamos perto da sexta, e que a causa será o homem. Se essa extinção nos incluir, e acreditando no que nos diz Alan Weisman no seu livro “O Mundo sem Nós”, todas as construções do homem tem o seu destino traçado, podem levar mais ou menos anos, mas todas serão apagadas da superfície da terra. “Nem os orgulhosos construtores do mundo antigo, que tinha sete maravilhas, sonhavam que, num período de tempo bastante menor do que a eternidade, só uma delas – a pirâmide de Kéops, no Egipto – ficaria de pé. Tal como as velhas florestas cuja frondosa copa acaba por cair, Kéops diminuiu cerca de nove metros nos últimos 4500 anos.”, “A pedra calcária exposta está agora a dissolver-se como qualquer outra colina, e daqui a mais uns milhões de anos já não parecerá de todo piramidal”. (Weisman 2008, 190) A verdade, é que os materiais que o homem fabrica, têm pouca durabilidade expostos ao meio, mesmo os plásticos que com a sua enorme resistência e durabilidade acabam por ser absorvidos pela natureza “terão inevitavelmente de se biodegradar, mas a um ritmo tão lento que tem muito poucas consequências práticas. Contudo, podem fotodegradar-se num espaço de tempo significativo.”, “Quando os hidrocarbonatos se biodegradam, as suas moléculas de polímero separam-se nas partes que originalmente se combinaram para as criar: dióxido de carbono e água. Quando se fotodegradam, a radiação solar ultravioleta enfraquece a força tênsil do plástico, quebrando as suas longas moléculas de polímero em forma de cadeia em segmentos mais pequenos. Uma vez que a resistência dos plásticos depende do comprimento das suas cadeias interligadas de polímeros, quando Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 8
  • 9. os raios UV incidem nelas, o plástico começa a decompor-se”. (Weisman 2008, 139) Pegando no exemplo que Alan Weisman nos dá no seu livro, a cidade de Nova Iorque, em 36 horas sem humanos estaria completamente inundada, nessa altura a água começaria a desgastar o solo e o pavimento. Passado pouco tempo as ruas começariam a ceder com o desabamento dos tectos dos túneis do metro. Em 20 anos, as colunas de aço mergulhadas em água que suportam as ruas, enferrujariam e quebra-se-iam. Abatendo as ruas transformando-se em rios. Muito antes disso acontecer, já grande parte das ruas estariam em dificuldade, com o congelamento e descongelamento constante, os materiais acabariam por ceder. Ao mesmo tempo que o pavimento se abre, sementes penetram nessas fissuras, que se abrem ainda mais. Com o entupimento dos esgotos, a lama acumula-se nas sarjetas e aos poucos todo o chão está coberto de terra, onde as plantas podem germinar à vontade. Nos primeiros anos sem calor, os canos rebentam por toda a cidade, muito por culpa do congelamento- descongelamento. Os edifícios começam a degradar-se rapidamente, as infiltrações acabam por enferrujar tudo o q é metálico, os pára-raios começaram a partir-se, criando um cenário ideal para que raios provoquem incêndios. Os edifícios por essa altura já estarão coberto de heras e outras plantas. “Mesmo os edifícios ancorados no xisto duro de Manhattam, como a moaioria dos arranha-céus de Nova Iorque, não foram concebidos para terem os seus alicerces de aço mergulhados na água” (Weisman 2008, 40). “Esgotos furados, túneis inundados e ruas transformadas em rios irão conspirar para minar os alicerces e destabilizar as suas enormes cargas. … os ventos fortes ameaçarão as estruturas altas e instáveis. Algumas delas cairão, atirando outras abaixo.”, “Gradualmente, a selva de asfalto dará lugar a uma verdadeira.” (Weisman 2008, 40). Se uma cidade como Nova Iorque pode cair às mãos dos elementos, podemos então imaginar que a Terra acabaria por se vingar, apagando todos os nossos registos e respiraria de alívio com a nossa partida. Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 9
  • 10. Conclusão Se, de facto, entrámos numa nova época, quando começou ela ao certo? Quando é que os impactes humanos atingiram um nível com importância geológica? Será o crescimento demográfico a causa principal? Ou será o aumento do rendimento, que gera mais consumo? Ou a tecnologia, que proporciona novas ferramentas de exploração? Estas perguntas ficam sem resposta, quer da parte do meu trabalho quer por parte da ciência. Mas se não é o homem que provoca as alterações no planeta, se tudo o que acontece tem a ver com ritmos naturais, uma coisa é certa, e parece haver consenso quanto a isso, o carácter global das transformações e a velocidade que lhe tem sido imposta, é obra do homem. A actividade humana no meio- ambiente tem-se manifestado numa relação directamente proporcional ao crescimento económico. A verdade é que o homem tem mudado o planeta, e não o temos mudado apenas para o nosso bem. De facto, temos tornado esta nossa casa cada vez mais hostil a outras formas de vida mas inclusive também à nossa. Se a humanidade quer continuar a viver neste planeta, terá que mudar em muito o seu comportamento, desde logo tentar não continuar a deixar marcas geológicas, e passar a viver com a natureza de uma forma mais harmoniosa, mais que não seja por pensar em benefício próprio. Faz então todo o sentido, que todos demos um passo para que a sociedade evolua no respeito pela natureza, pelos ecossistemas, pela biodiversidade, e que caminhe em direcção ao desenvolvimento sustentável, só assim, se pode viver hoje, pensar nas futuras gerações e preservar um planeta único entre os seus pares. A conduta do Homem para com a Natureza terá obrigatoriamente que ser de mutualismo, simbiose e cooperação. Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 10
  • 11. Bibliografia Appenzeller, Tim. “Sinais da Terra.” National Geographic Portugal, Setembro de 2004: Edição Especial. Giddens, Anthony. Sociologia. 8ª Edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. Kolbert, Elizabeth. “Eis o Antropocénico A Era do Homem.” National Geographic Portugal, 11 de 2011: 24-47. Martini, Bruno. Ciência Hoje, Julho de 2011: 39-43. Walisiewicz, Marek. “Energia Alternativa: solar, eólica, hidrelétrica e de biocombustiveis.” São Paulo: Publifolha, 2008. Weisman, Alan. O Mundo sem Nós. 2ª Edição. Cruz Quebrada: Estrela Polar - Oficina do Livro, 2008. wikipedia. wikipedia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_tempo_geol%C3%B3gico (acedido em 15 de 12 de 2011). Sociologia do Desenvolvimento e Sustentabilidade 11