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MARÇO ‘11 | EDIÇÃO 31
                               ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO ‘SOL’ (ANGOLA, MOÇAMBIQUE E CABO VERDE)




CERTIFICAÇÃO: A
SUA IMPORTÂNCIA
NA ACTUALIDADE
EMPRESARIAL


INSPECÇÕES DE GÁS:
SEGURANÇA EM
PRIMEIRO LUGAR

                                                                                                                           “A escola está, cada vez mais, a assumir o papel da
                                                                                                                           família. Para além de dar instrução, acaba por ter uma missão
                                                                                                                           preponderante na educação, pois, muitas vezes, tem de substituir
                                                                                                                           os pais que não sabem ser pais”,
                                                                                                                           sublinha ANTÓNIO TEIXEIRA, Director da Escola Secundária António Sérgio
>>    RQ31 // CERTIFICAÇÃO: CERTIFICAÇÃO FLORESTAL




      BUREAU VERITAS

CERTIFICAÇÃO FLORESTAL: UM
DESAFIO PELA GESTÃO RESPONSÁVEL
A promoção do desenvolvimento sustentável do património florestal, numa lógica integrada de boas práticas de gestão, é uma aposta que
tem vindo a ser seguida um pouco por todo o mundo ocidental. A proposta de valor apresentada pela Bureau Veritas Certification assenta
em certificações de reconhecimento internacional e constitui a base de uma aposta neste sector estruturante da Economia, como nos revela
Ana Paula Pereira, Directora desta divisão da multinacional francesa.

                                                                                          da gestão florestal, quer para a cer-    demonstre capacidade para dar res-
                                                                                          tificação da cadeia de responsabili-     posta a este novo cenário e desenvol-
                                                                                          dade”, explica Ana Paula Pereira. O      va um processo de mudança de ati-
                                                                                          que distingue, na prática, estes dois    tudes de gestão e melhoria contínua.
                                                                                          modelos, é que o FSC teve origem         “É preciso melhorar a organização,
                                                                                          nos Estados Unidos da América, na        aumentar a produtividade, reduzir
                                                                                          Califórnia, e o PEFC nasceu na Eu-       custos e adoptar políticas de gestão
                                                                                          ropa. Numa base de complementari-        sustentável. A certificação pode ser
                                                                                          dade, a Directora da Bureau Veritas      a melhor via para alcançar estes ob-
                                                                                          Certification revela que foi desenvol-   jectivos e promover esta mudança
                                                                                          vida uma norma de certificação por-      que o mercado global exige”, afirma
                                                                                          tuguesa, a NP 4406 – Sistemas de         Ana Paula Pereira, valorizando a
                                                                                          Gestão Florestal Sustentável, com        tese de que “o objectivo da certifica-
                                                                                          contributos das normas ISO 9001          ção florestal é promover uma gestão
                                                                                          – Sistemas de Gestão da Qualidade        responsável, garantindo a salvaguar-
                                                                                          e ISO 14001 – Sistemas de Gestão         da das questões ambientais, sociais
                                                                                          Ambiental.                               e económicas relacionadas com as
                                                                                          A Bureau Veritas Certification apre-     áreas florestais”. Por um lado con-
                                                                                          senta, igualmente, serviços de certi-    tribui para aumentar a consciência
                                                                                          ficação transversais, disponibilizan-    da sociedade em geral para os aspec-
                                                                                          do, para além das normas ISO 9001        tos ambientais e modificar os seus
                                                                                          e ISO 14001, já referidas, a Certifi-    comportamentos, por outro preten-
                                                                                          cação OHSAS 18001 – Sistemas de          de contribuir para a melhoria do
                                                                                          Gestão da Saúde e Segurança. A           ambiente e racionalizar a utilização
                                                                                          oferta integrada no âmbito genérico      dos recursos florestais.
                                                                                          da Certificação Florestal abrange,       O sector florestal tem, hoje, uma
                                                                                          ainda, Serviços de Auditoria In-         importância económica a ter em
                                                                                          terna, Formação e Apoio Técnico.         conta, assegurando cerca de 2,5 por
                                                                                          No sector da cortiça, onde Portugal      cento do Produto Interno Bruto e 3
                                                                                          assume a liderança mundial das ex-       por cento do emprego. Esta realida-
                                                                                          portações, a Bureau Veritas Certifi-     de exige, consequentemente, uma
                                                                                          cation é a entidade auditora para um     estratégia concertada ao nível de
                                                                                          referencial específico desenvolvido      orientações políticas e estratégicas,
                                                                                          pela C. E. Liège – a Confederação        uma realidade que tem caminhado
                                                                                          Europeia da Cortiça, na base de um       a par dos apoios financeiros e com a
  Ana Paula Pereira, Directora da Bureau Veritas Certification
                                                                                          contrato internacional. “Certifica-      importância crescente do associati-
       oi sob o signo da sustentabi-              (Programa para o Reconhecimento         mos, por ano, cerca de 280 empresas      vismo. Neste campo, a Directora da

F      lidade que a Bureau Veritas
       Certification, detentora de
largos pergaminhos na área da Cer-
                                                  de Sistemas de Certificação Flores-
                                                  tal). Estas certificações, aplicáveis
                                                  a organizações ou agentes com res-
                                                                                          do ramo, em Portugal. Todo o traba-
                                                                                          lho que seja feito em matéria de cer-
                                                                                          tificação é positivo. É uma das nos-
                                                                                                                                   Bureau Veritas Certification enfati-
                                                                                                                                   za que actualmente estão registadas,
                                                                                                                                   como activas, 182 Organizações de
tificação, investiu na Certificação               ponsabilidade na gestão de áreas        sas grandes referências, uma vez que     Produtores Florestais, que se podem
Florestal, uma área com potencial                 florestais, aportam toda a Cadeia de    Portugal regista o maior número de       assumir como um parceiro no domí-
de crescimento, que se veio juntar                Responsabilidade, na qual se enqua-     auditorias”, concretiza a Directora.     nio da Certificação Florestal.
ao seu vasto portfolio corporativo,               dram as indústrias ou agentes que                                                A Certificação Florestal assume-se
a nível internacional. Nasceram, as-              transformam, processam e/ou ven-        Importância, objectivos                  hoje como uma das melhores for-
sim, no seio da empresa, dois Servi-              dem produtos florestais, instituindo    e investimento                           mas de combater a exploração des-
ços de Certificação distintos, a partir           um sistema de controlo. “Neste sen-     A conjuntura internacional torna-se      medida das florestas e, ao mesmo
de referenciais que já existiam – o               tido, em termos de objectivos gerais,   cada vez mais exigente e competi-        tempo, de valorizar os produtos da
FSC – Forest Stewardship Council                  ambos os serviços concorrem pelo        tiva e surgem novas necessidades e       fileira, essencialmente porque tem
e o PEFC – Programe for the En-                   mesmo resultado final e estão vo-       oportunidades para o sector flores-      por objectivo promover uma gestão
dorsement of Forest Certification                 cacionados quer para a certificação     tal. É imprescindível que este sector    sustentável dos recursos na lógica



 18
RQ31 // CERTIFICAÇÃO: CERTIFICAÇÃO FLORESTAL             >>




de uma cadeia de valor,                                                                                                    realidade legislada, mas verifica-
a montante e a jusante da                                                                                                  se um distanciamento em termos
entidade certificada. “Os                                                                                                   teóricos e práticos. As certifica-
referenciais de certificação                                                                                                ções levam ao cumprimento da
foram desenvolvidos tendo                                                                                                    legislação, assumindo objecti-
em vista o cumprimento dos                                                                                                   vos comuns, em termos de ino-
requisitos legais aplicáveis,                                                                                                 vação e de competitividade,
o respeito pelos direitos dos                                                                                                 por exemplo, ao nível de pro-
trabalhadores, a redução do                                                                                                    jectos de I&D”, destaca. Em
impacto ambiental das ac-                                                                                                       jeito de mensagem final, Ana
tividades desenvolvidas por                                                                                                      Paula Pereira é peremptória:
cada organização, bem como                                                                                                       “Não podemos esquecer que
a identificação e a gestão ade-                                                                                                   a floresta ocupa 37 por cen-
quada das áreas florestais”,                                                                                                      to do território nacional e,
explica Ana Paula Pereira. Um                                                                                                      por isso, constitui um dos
ponto fulcral, apontado pela Di-                                                                                                   nossos recursos naturais
rectora, é que a Certificação Flo-                                                                                                  mais importantes e que é
restal, confere aos titulares uma                                                                                                  fundamental preservar. O
garantia de conformidade com                                                                   sensibilização     da   desenvolvimento tecnológico e a
os referenciais aplicáveis, promo-                               junto dos     gestão sustentável das florestas e da   industrialização levaram à destrui-
vendo desta forma uma imagem            mercados externos, tendo em vis-       sua certificação, como ferramenta       ção de grande parte do património
de credibilidade, conferida por uma     ta o incremento das exportações”,      de valorização a prazo. “O futuro       florestal e é urgente a inversão desta
entidade externa independente. “A       destaca.                               passa pela união, na óptica do as-      tendência. Todas as acções que pos-
certificação assume-se, assim, como     No Ano Internacional das Florestas,    sociativismo. Sem uma abordagem         sam ser promovidas neste sentido
uma estratégia de afirmação de uma      que vivemos em 2011, a Directora       organizada e concertada não pode        serão fundamentais para alertar a
imagem renovada e altamente quali-      da Bureau Veritas Certification con-   haver resultados globais, porque a      consciência da sociedade e mudar
ficada do sector florestal português,   sidera que é fundamental apostar na    responsabilidade ambiental é uma        atitudes”.




                                                                                                                                                         19
RQ31 // CERTIFICAÇÃO: EMPRESAS CERTIFICADAS                      >>




    CONTACT


CONTACTOS QUE O LIGAM AO SUCESSO
Nascida no ano 2000 como spin-off de um departamento de telemarketing do Banco Espírito Santo, a CONTACT capitalizou na sua estrutura interna
o investimento que havia sido anteriormente concretizado em recursos humanos e técnicos, assumindo a revenda de serviços especializados para o
mercado genérico. João Ruas, Director do Departamento de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade, conta-nos os desafios de uma empresa de
sucesso que foi certificada no ano passado segundo a norma NP EN ISO 9001:2008 e tem projectos inovadores no horizonte.


           uando a CONTACT surgiu no                                                                                                          termos organizativos, o conhecimento

Q          mercado, há cerca de 11 anos,
           começou por operar com clientes
internos do Grupo Banco Espírito Santo,
                                                                                                                                              e as práticas adquiridas ao longo de dez
                                                                                                                                              anos de existência”, como revela João
                                                                                                                                              Ruas. “O processo de certificação
que constitui ainda hoje a sua estrutura                                                                                                      trouxe-nos a possibilidade de criar
accionista. “A nossa ambição natural foi                                                                                                      um Sistema de Gestão da Qualida-
ir conseguindo crescer, angariar novo ne-                                                                                                     de que no fundo consubstanciasse
gócio e novos clientes fora do Grupo BES.                                                                                                     e estruturasse formalmente aquilo
Neste momento, estamos a cumprir esse                                                                                                         que já fazíamos, as nossas práti-
objectivo e o crescimento tem sido muito                                                                                                      cas habituais. No entanto, sempre
significativo. Registámos, no ano passa-                                                                                                      estivemos cientes que tínhamos de
do, cerca de 80 por cento do volume de                                                                                                        manter a nossa agilidade, como
negócios fora do Grupo BES, fazendo o                                                                                                         sinónimo de competitividade”,
turn-around entre o peso dos nossos clien-                                                                                                    acrescenta, enunciando como objecti-
tes ‘internos’ versus os clientes externos”,                                                                                                  vos chave da certificação a satisfação e
evoca João Ruas, naturalmente satisfeito                                                                                                      fidelização dos clientes, proporcionar
pelo facto de a CONTACT trabalhar de                                                                                                          uma maior notoriedade da imagem da
uma forma transversal com praticamente                                                                                                        CONTACT, a diversificação do negócio
todas as áreas de actividade que se supor-                                                                                                    em termos de âmbito e presença, bem
tam em serviços de Call e Contact Center,                                                                                                     como garantir uma confiança acrescida
com a Banca e área Seguradora a ocupar                                                                                                        nos processos produtivos, de planeamen-
inicialmente um lugar de destaque. “Alar-                                                                                                     to e fornecimento do serviço. À criação de
gámos depois o negócio às actividades            João Ruas, Director do Departamento de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade
                                                                                                                                              uma equipa multidisciplinar de auditores
mais tradicionais, como as TELCO e as                                                                                                         internos, composta por colaboradores de
Utilities, bem como ao Estado, uma área        dos especialistas na venda telefónica de         operacional e a oferta de funcionalidades e   várias áreas da empresa, a CONTACT
com um enorme potencial de crescimen-          produtos e serviços”, congratula-se João         serviços. Olhamos muito a inovação para       alargou igualmente a sua certificação
to”, acrescenta o director da CONTACT.         Ruas, apontando o segredo do sucesso:            dentro, como algo que nos instiga a revisi-   junto da ENAC – Entidad Nacional de
“Paralelamente, conseguimos cativar e          “Uma forma de nos termos imposto no              tar os nossos próprios processos internos e   Acreditación, que tutela as acreditações
começar a captar outros clientes nas áre-      mercado teve muito que ver com a capa-           a nossa organização”, afirma João Ruas,       em Espanha, assumindo uma vocação
as financeira e seguradora e esse era um       cidade herdada do BES no dinamismo               ciente de que “é sempre possível evoluir      internacional.
enorme desafio, enquanto empresa mar-          da acção comercial, da venda”. A oferta          ainda mais, mas caminhando a par da           “Os projectos futuros passam por crescer,
cadamente identificada com o universo          de serviços da CONTACT alargou-se,               evolução da tecnologia, que tem disponi-      solidificando e sustentando o Sistema de
accionista GBES. Conseguimo-lo, uma            assim, de uma vertente tradicional (servi-       bilizado ferramentas determinantes para o     Gestão da Qualidade per si, que não é es-
vez que demonstrámos inequivocamen-            cing, telemarketing e inquéritos) – para áreas   sucesso desta actividade ao longo dos últi-   tanque, e criando melhorias contínuas no
te ao mercado a nossa total integridade,       de vendas, de back-office e tratamento de        mos 20 anos. É uma actividade em cons-        serviço prestado”, reitera, a finalizar, João
transparência, independência e confiden-       dados, configurando um tipo de serviço           tante mudança, mas é inquestionável que       Ruas, antevendo que “num futuro mais
cialidade na gestão dessas operações”,         ‘chave na mão’, que pode agregar, por            está sempre associada à componente tec-       ou menos próximo, na medida em que as
reitera.                                       exemplo, a logística para recolha e gestão       nológica, que nos orienta as tendências e     novas áreas de negócio forem ganhando
A CONTACT presta serviços core, com-           de documentos, pronta a responder a um           nos encaminha para as necessidades dos        mercado, as grandes apostas em termos
postos pelas áreas tradicionais da Gestão      vasto portfolio de diferentes necessidades       próprios clientes”.                           de Qualidade passam pela certificação
de Vendas (acções comerciais) e Gestão         dos cerca de 70 actuais clientes.                                                              dos serviços de venda de formação com-
de Clientes (servicing), aos quais se juntam   Questionado sobre o posicionamento da            Desafios da Certificação                        portamental, na qual somos especialistas,
a Consultoria e Auditoria – uma área que       CONTACT em termos de inovação tec-               A CONTACT, certificada no ano pas-            e de venda de software as a Service (SaaS),
se assume como um importante meio de           nológica, essencial ao desenvolvimento           sado segundo a norma NP EN ISO                neste caso segundo a norma ISO 27001
diagnóstico de necessidades. Presente em       deste ramo de negócio, o director do de-         9001:2008, num tempo recorde de nove          - Sistema de Gestão da Segurança da In-
três sites operacionais – Lisboa, Caldas da    partamento de Desenvolvimento Organi-            meses, cumpriu os objectivos da certi-        formação”.
Rainha e Porto, a CONTACT emprega              zacional e Qualidade considera que a tec-        ficação, respondendo a dois aspectos
mais de 2000 colaboradores, metade dos         nologia depende sobretudo dos parceiros/         essenciais da sua área de negócio: “Por
quais só na capital. “Somos uma empre-         fornecedores e do próprio estado da arte.        um lado, garantir, através da obtenção
sa com valores muito presentes – Integri-      “Privilegiamos as parcerias com os nossos        do selo de qualidade, a participação em
dade, Transparência, Acção, Sucesso e          fornecedores, comunicamos as tendências          todos os concursos públicos ou privados
Responsabilidade Social – e assumimo-          identificadas, ao nível dos sistemas e do        e, por outro, a excelente oportunidade e
nos como um dos mais bem prepara-              mercado, no sentido de melhorar a gestão         mais-valia de capitalizar e estruturar, em


                                                                                                                                                                                      21
RQ31 // INSPECÇÕES PERIÓDICAS ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS                    >>
 37
INSPECÇÕES DE GÁS



                       GASMED

                    DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE EM NOME DA SEGURANÇA
                    Corolário de toda uma vida ligada ao sector do gás, a área da inspecção, corporizada na GASMED, é para José Eliseu, sócio-gerente e nosso
                    entrevistado, para além de um mercado emergente, uma evolução na hierarquia da qualidade, depois da vasta experiência profissional
                    conquistada nos domínios técnico e comercial.
                                                          amadores e que culminou em 1999
                                                          com a criação do estatuto das Enti-            INSPECÇÕES A
                                                          dades Inspectoras, complementada
                                                          pela Portaria 362/2000, que define
                                                                                                         INSTALAÇÕES DE GÁS
                                                          os procedimentos aplicáveis às ins-
                                                                                                         De acordo com a Portaria 362/2000 as instalações de gás devem ser
                                                                                                         inspeccionadas sempre que ocorra uma das seguintes situações:
                                                          pecções das instalações de gás. No             a) Alterações no traçado, na secção ou na natureza da tubagem, nas partes
                                                          entanto, José Eliseu aponta que o              comuns ou no interior dos fogos;
                                                          sector tem sofrido com a falta de              b) Fuga de gás combustível;
                                                          acção fiscalizadora. “Quando não               c) Novo contrato de fornecimento de gás combustível.
                                                          há fiscalização, por muito boa le-
                                                                                                         As inspecções periódicas devem ser feitas de acordo com o disposto no
                                                          gislação que exista, e nós neste mo-           artigo 13.º do DL 521/99, com a seguinte periodicidade:
                     José Eliseu, Sócio-Gerente           mento, temo-la mas as pessoas não              Dois anos para as instalações de gás afectas à indústria turística e de
                                                          cumprem. Só passou a haver uma                 restauração, a escolas, a hospitais e outros serviços de saúde, a quartéis
                            ma oportunidade de negó-      actividade fiscalizadora, no sector            e a quaisquer estabelecimentos públicos ou particulares com capacidade

                    U       cio e um desafio nascido
                            em 1999, à luz de um mer-
                    cado muito recente e competitivo, a
                                                          terciário, desde o aparecimento da
                                                          ASAE – Autoridade de Segurança
                                                          Alimentar e Económica, em 2005”,
                                                                                                         superior a 250 pessoas;
                                                                                                         Três anos, para instalações industriais com consumos anuais superiores
                                                                                                         a 50 mil metros cúbicos de gás natural, ou equivalente noutro gás com-
                                                                                                         bustível;
                    GASMED é uma empresa de ins-          refere.                                        Cinco anos, para instalações de gás executadas há mais de 20 anos e que
                    pecções de gás, que opera em todos
                                                                                                         não tenham sido objecto de remodelação.
                    os segmentos, em prol da seguran-     Particularidades de                            CONCEITO DE DEFEITOS CRÍTICOS E NÃO-CRÍTICOS
                    ça dos consumidores. Idealizada       um mercado tripartido                          Defeitos Críticos – Aqueles que exigem reparação imediata e suspensão
                    na base de um profundo conheci-       O mercado está dividido nos sec-               do fornecimento de gás.
                    mento dos seus sócios na área dos     tores doméstico, industrial (sector            Defeitos Não-críticos – Defeitos que não põem em causa a segurança ime-
                                                                                                         diata do consumidor e que têm um prazo de 90 dias para ser reparados.
                    combustíveis gasosos e líquidos, “a   terciário - serviços) e fabril e a legis-
                    GASMED tem a particularidade          lação define, claramente, quando
                    de, comparativamente com outras       é que as inspecções têm de ser re-          ção, falta de cuidado na utilização        ma. Acreditamos que tenha capaci-
                    empresas, admitir no seu quadro       alizadas (ver caixa). O processo de         e desconhecimento do consumidor,           dade para o fazer. É desejável que
                    de pessoal apenas pessoas oriun-      nascimento e de vida útil de uma            José Eliseu garante que os técnicos        a DGEG se aproxime dos agentes
                    das da área da instalação”, afirma    instalação de gás tem de ser sempre         da GASMED assumem um papel                 do sector com isenção, avalie e re-
                    José Eliseu, considerando que, por    acompanhado, sob um plano de                pedagógico junto dos consumido-            conheça a qualidade das Empresas
                    analogia com os automóveis, o         manutenção preconizado nas ins-             res, com carácter preventivo.              por si tuteladas, reflicta sobre a
                    perfil ideal de um inspector de um    pecções iniciais e periódicas. Uma                                                     legislação e corrija as distorções e
                    centro de inspecção automóvel é o     das graves omissões da legislação           “Fazer o que ainda                         erros que existem. Este mercado,
                    de um bom mecânico. Foi ao lon-       - apesar de exigente e muito rigo-          não foi feito”                             para além de complicado por na-
                    go dos últimos 20 anos da História    rosa - é que incide apenas no gás           A finalizar, o sócio-gerente da            tureza, está a viver tempos difíceis,
                    do gás, que tem sido publicado a      canalizado, natural e propano, não          GASMED, José Eliseu, considera             por isso pretendemos continuar a
                    maior parte do articulado legal e     contemplando o uso de garrafas de           que “é desejável que o Director-           marcar a diferença, potenciar a nos-
                    regulamentar do sector, com consi-    gás nos consumos domésticos, fac-           Geral de Energia, José Perdigoto,          sa competitividade, angariar novos
                    deráveis melhorias desde a criação    to que certamente tem potenciado            faça o que os seus antecessores, nos       clientes, mantendo fidelizados os
                    da figura da entidade instaladora     muitos acidentes. Sabendo que a             últimos dez anos, não fizeram, ou          existentes”.
                    que, à época, pretendeu separar as    origem dos principais problemas se          seja, contribua de forma decisiva
                    águas entre os profissionais e os     prende com a carência de manuten-           para a solução e não para o proble-        LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM




                                                                                                                                                                                 37
>>    RQ31 // INSPECÇÕES PERIÓDICAS ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS




      SETINSP


UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA
Nascida há sete anos em Setúbal, sob o signo da Independência, do Rigor e da
Objectividade, a SETINSP é uma empresa da área das inspecções de gás, que be-
neficiou largamente da experiência profissional do seu fundador e sócio-gerente,
Carlos Ferreira, no domínio das instalações deste sector dos combustíveis.


          rabalhava há alguns            revelar como uma mais-valia para

“T        anos nesta área e fui ad-
          quirindo a experiência
e os conhecimentos necessários,
                                         a SETINSP e para o consumidor”,
                                         revela Carlos Ferreira, fazendo um
                                         balanço muito positivo dos sete
avaliando onde podia chegar e de         anos de actividade. O crescimento
que forma, materializando a cria-        sustentado, na base da qualidade do
ção da SETINSP em 2004”, evoca           serviço, tem colocado a SETINSP
Carlos Ferreira. O sócio-gerente da      nas rotas do Sul, fazendo com que
SETINSP realça um importante             a empresa se desdobre da sede em            Carlos Ferreira, Sócio-Gerente da SETINSP
aspecto que esteve na base do seu        Setúbal para o Algarve e de Lisboa
empreendimento - o facto de co-          para o Alentejo, uma realidade
nhecer todos os colaboradores que        para que muito têm contribuído a          os colaboradores, que são fantásti-           acompanhamento mais rigoroso, que
constituíram desde logo o grupo de       filial lisboeta, no Prior Velho, e a      cos”, assegura o sócio-gerente.               incida, nomeadamente, nos técnicos que
trabalho inicial e uma grande par-       algarvia, em Boliqueime. “Como            Norteada, à semelhança de todos os or-        estão na rua, para garantir o cumprimen-
te das que haveriam de se juntar à       somos uma empresa familiar, deci-         ganismos análogos da inspecção de gás,        to dos procedimentos normalizados”,
equipa. “Havia uma primazia, em          dimos que, para já, não queremos          pela acreditação do IPAC – Instituto Por-     acrescenta Carlos Ferreira.
termos de potencialidades e de con-      crescer mais. Tenho uma grande            tuguês de Acreditação, bem como pela          Sobre a possibilidade de a Lei passar a
fiança mútua, que se tem vindo a         responsabilidade social sobre todos       DGEG – Direcção-Geral de Energia e            obrigar o segmento residencial a fazer
                                                                                   Geologia, a SETINSP presta serviços           inspecções em intervalos de cinco anos,
                                                                                   em toda a linha, no mercado residen-          independentemente da idade do edifício,
                                                                                   cial, no industrial (serviços) e no fabril    o que, actualmente, só se aplica cumpri-
                                                                                   (indústria transformadora). “Somos um         dos 20 anos de utilização inicial ininter-
                                                                                   das entidades inspectoras com menos re-       rupta e sem intervenções, o sócio-gerente
                                                                                   clamações na DGEG. Vamos continuar            da SETINSP considera que é uma área
                                                                                                                                                 ,
                                                                                   a seguir o nosso rumo, norteados pelo         sensível e aguarda decisões legislativas. O
                                                                                   rigor e na atitude de prevenção que de-       sector terciário, esse, é fiscalizado em lar-
                                                                                   senvolvemos desde a abordagem inicial”,       ga escala pela ASAE e é obrigado a ter o
                                                                                   congratula-se Carlos Ferreira, apontando      certificado de inspecção actualizado. No
                                                                                   que a fidelização dos clientes tem sido a     entanto, Carlos Ferreira aponta o exem-
                                                                                   chave do sucesso da SETINSP na base
                                                                                                                    ,            plo dos consumidores mais informados
                                                                                   de uma cadeia integrada de serviços. O        tomarem a iniciativa do pedido de ins-
                                                                                   sócio-gerente considera que a legislação e    pecção periódica: “Hoje as pessoas já nos
                                                                                   as normas são adequadas ao exercício da       procuram para a inspecção, até porque
                                                                                   actividade, o que tem permitido, inclusi-     esse é um procedimento que vai entrando
                                                                                   vamente, reduzir o número de acidentes,       na rotina, na base do seguimento admi-
                                                                                   mas ressalva que há sempre situações que      nistrativo dos processos. O nosso sistema
                                                                                   podem ser aprimoradas, apesar dos avan-       informático emite, inclusivamente, a nota
                                                                                   ços verificados ao longo dos últimos anos.    de inspecção, cerca de três meses antes da
                                                                                   “Até 2003, por exemplo, não era exigível      data limite regulamentar, que é encami-
                                                                                   a inspecção à ventilação e às condutas de     nhada para o endereço dos clientes, aju-
                                                                                   exaustão, o que hoje já acontece, a bem       dando-os a estabelecer o agendamento”.
                                                                                   da verificação da existência de monóxido      Um dos projectos a cumprir, previsto no
                                                                                   de carbono. Hoje, tudo o que é importan-      objecto social da empresa, é a aposta no
                                                                                   te numa inspecção é verificado, embora        domínio da fiscalização, ao nível do acom-
                                                                                   em termos de procedimentos ainda haja         panhamento de obras. “Temos algumas
                                                                                   margem para melhorar”, refere, anotan-        parcerias para potenciar, ainda este ano,
                                                                                   do a falta de fiscalização como um aspec-     embora o core-business da SETINSP este-
                                                                                   to negativo de um sector que tem de se        ja centrado nas inspecções de gás, onde
                                                                                   legitimar constantemente pela segurança.      desejamos continuar a apostar na base da
                                                                                   “Apesar de a legislação existir, sentimos     qualidade, da segurança e da inovação”,
                                                                                   que hoje as entidades precisam de um          reitera, a finalizar, Carlos Ferreira.



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 48 RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL
         “No vinho está a
         verdade” afirmou
         Plínio, ilustre
VINHOS

         naturalista
                                   SIVIPA – Sociedade Vinícola De Palmela, S.A.
         romano, nos
         primeiros anos
         da era cristã. E a
         verdade é que se       A FORÇA E O PODER DA INOVAÇÃO
         Plínio conhecesse
         os distintos vin-
         hos que aqui nar-
         ramos, sentiria
         uma paixão tão
         verdadeira como
         a que evocou - o
         prazer de os
         beber.




                                     Herdeira de uma longa tradição de engarrafamento, iniciada em 1964 pela mão de experientes
                                     vitivinicultores, a SIVIPA esteve à frente no seu tempo, ao ter voltado a página do advento dos
                                     vinhos a barril e dos engarrafonados, há quase cinquenta anos. É esta História de vanguarda
                                     que nos relata Filipe Cardoso, Administrador e Enólogo da empresa.




                                   Filipe Cardoso, Administrador e Enólogo


                                      oi sob inspiração cooperati-           hectares, uma homogeneidade dos        “Renovámos quase todas as mar-

                                F     vista, mas revestindo a forma
                                      de uma sociedade por quotas,
                                que a SIVIPA nasceu no ano de
                                                                             vinhos, em termos globais. Virou-se
                                                                             uma página na vida da empresa e,
                                                                             a partir daí, a SIVIPA começou a
                                                                                                                    cas de vinho já existentes e criámos
                                                                                                                    novas insígnias. A linha Ameias,
                                                                                                                    composta por monovarietais – Ara-
                                1964, para proporcionar o engar-             entrar no mercado dos vinhos de        gonês, Cabernet-Sauvignon, Syrah
                                rafamento em escala das colheitas            qualidade, com gamas transversais      e Touriga Nacional - foi criada no
                                dos seus fundadores. Dependendo              de vinhos - Certificados, Regionais,   ano passado e teve muito sucesso,
                                da quantidade que cada um pro-               D.O. (Denominação de Origem) e         conquistando quinze medalhas no
                                duzisse, eram atribuídas quotas              Moscatéis de Setúbal, entre outros.    espaço de um ano, de entre elas
                                proporcionais na sociedade, um               “Começámos a apostar numa reno-        quatro de Ouro. O Ameias Syrah
                                modelo de sucesso que perdurou               vação completa da linha de vinhos      é um vinho de grande qualidade
                                durante vários anos. “Nessa época            e da imagem, a concorrer aos con-      que, no ano passado, ganhou três
                                foi vendido muito vinho, mas a em-           cursos e, dentro dos vinhos de qua-    medalhas de ouro, uma de prata, e
                                presa foi mudando, e, no início da           lidade, a ter vinhos premium, de       várias recomendações de compra,
                                década de 1990, a SIVIPA transfor-           uma qualidade mais alta, capaz de      não só na imprensa nacional, mas
                                mou-se numa sociedade anónima,               competir com os melhores vinhos        também na estrangeira”, congra-
                                transformando o modelo produti-              do mundo”, revela Filipe Cardoso,      tula-se Filipe Cardoso, não só pelo
                                vo que nem sempre permitia uma               administrador e enólogo da SIVI-       reconhecimento, mas também pela
                                homogeneização dos lotes. Entrou             PA há três anos, ciente de que a       criatividade do design estampado
                                para o capital social da empresa             inovação foi um aspecto fundamen-      nas garrafas de Ameias, que não
                                uma família que está ligada à pro-           tal na afirmação da identidade cor-    têm rótulo. “No ano passado certi-
                                dução de uvas e de vinhos em Pal-            porativa junto dos mercados. No        ficámo-nos pela norma ISO 22000,
                                mela, há muitas gerações, a Casa             último ano, a empresa intensificou     que referencia o Sistema de Gestão
                                Cardoso, da qual eu sou um dos               a aposta na internacionalização,       da Segurança Alimentar, aportan-
                                descendentes”, evoca Filipe Cardo-           exportando, neste momento, para a      do confiança para o consumidor,
                                so, explicando que a produtora fa-           Suíça, Alemanha, Bélgica, França,      ao monitorizar todos os pontos crí-
                                miliar assegurou, com os seus 400            Inglaterra, Holanda e Brasil.          ticos desde a vinha até à garrafa”,



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RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL                          >>




acrescenta o administrador e enólo-   muita personalidade?                  Adega do Piloto, quer na Adega                        gem para potenciar sinergias entre
go da SIVIPA, na óptica da melho-     Chama-se Personalidades do Ano        da Serra, onde está centrada a                        os nossos vinhos e as marcas dis-
ria contínua da qualidade.            2000 a iniciativa que a SIVIPA        produção dos vinhos que engarra-                      tintivas de uma região que está no
A SIVIPA detém alguns produtos        criou em finais da década de 1990,    famos. Cada vez mais as pessoas                       bom caminho e tem tudo para dar
que são um autêntico cartão-de-       associando o prestígio de vinhos      procuram a produção local e as                        certo”, deseja, a finalizar, o nosso
visita, principalmente o Moscatel     de carácter a diversas figuras pú-    criações típicas, o que nos dá mar-                   entrevistado.
de Setúbal. A empresa começou         blicas. Envelhecidas até hoje numa
a crescer há três anos, muito ala-    barrica que pode ser vista na sede
vancada pela aposta estratégica no    da SIVIPA, as garrafas conservam,
Moscatel de Setúbal, onde ganhou      religiosamente, a tira com o autó-       Medalhas Ganhas no Ano de 2010
muita quota de mercado na grande      grafo dos signatários.
distribuição, juntamente com ou-
tros vinhos. “O sucesso assentou      Enoturismo
não só no Moscatel de Setúbal,        e projectos futuros
mas também no Moscatel Roxo,          Integrada na Rota dos Vinhos da
um produto mais raro e distintivo.    Península de Setúbal e benefician-
No ano passado ganhámos cinco         do do dinamismo da Casa Mãe,
medalhas de ouro com o Moscatel       ao nível logístico e de divulgação,
Roxo, em Bordéus, Paris, Londres,     a SIVIPA nasceu, segundo o seu
no concurso internacional Muscats     administrador e enólogo, Filipe
du Monde, a par com o Moscatel de     Cardoso, numa “região abençoa-
Setúbal DOC 2007, e no concurso       da”, entre duas cidades grandes,
de vinhos da região”, afirma Filipe   Lisboa e Setúbal, garante 70 por
Cardoso.                              cento do consumo anual da pro-
                                      dução. “Temos algumas estraté-
Sabia que…                            gias de futuro para desenvolver
                                                                            * De salientar que as medalhas de ouro ganhas no concurso Muscats du Monde, consideraram os dois moscatéis
… a SIVIPA tem um tesouro com         a componente turística, quer na        da SIVIPA (Roxo 2007 e Moscatel de Setúbal 2007) entre os 30 melhores moscatéis do mundo.




                                                                                                                                                                              49
>>    RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL




      ADEGA COOPERATIVA DE PALMELA


REINVENTANDO A TRADIÇÃO
Aliar o melhor da produção própria à rica gastronomia regional da Península de Setúbal é um convite irresistível que a Adega Cooperativa
de Palmela lança aos melhores apreciadores. Os que já conhecem as virtuosidades de um tão feliz casamento e os que hão-de se apaixonar
pela fusão dos vinhos com os sabores de uma terra abençoada.

                                             litros de vinho. “Esta realidade permite-   a imagem ao perfil do vinho, passando
                                             nos obter alguma escala de produção, no     pela filosofia subjacente à produção do
                                             sentido de obtermos um melhor preço e       vinho. Este ajuste permite ter vinhos
                                                                                                                                      OS VINHOS
                                             melhores condições negociais, visto que     mais adequados, mais próximos do             DA ADEGA
                                             no perfil dos nossos associados domina      consumidor e mais apetecíveis. Só dessa
                                                                                                                                      - Entrada de Gama – Muito polivalente
                                             a pequena propriedade”, destaca Luís        forma conseguimos dar o salto”, assegu-
                                                                                                                                      Pedras Negras
                                             Miguel da Silva, enólogo e gerente. Ca-     ra. Ao assumir a particularidade de se       - Regional Terras do Sado
                                             pitalizando uma grande importância          apresentar no mercado com uma boa            Vale dos Barris - Branco (Moscatel),
  Luís Miguel da Silva, Enólogo-Gerente, e   na região, pelos sócios e suas famílias,    relação qualidade/preço, na opinião do       Tinto (Castelão), Rosé, Syrah
Américo de Sousa, Director Comercial                                                                                                  - D.O. Palmela
                                             pelos colaboradores e pelo carácter em-     enólogo e gerente, a Região da Península
      undada em 1955, com 50 associa-        blemático da produção vitivinícola que      de Setúbal tem, a seu ver, uma série de      Tinto (Castelão – Selecção das melhores


F     dos e com uma produção de um
      milhão de quilos, a Adega Coo-
perativa de Palmela tem vindo a crescer,
                                             gera, a Adega Cooperativa de Palmela
                                             é um agente económico incontornável
                                             da Península de Setúbal, uma região
                                                                                         atractivos em termos naturais e culturais,
                                                                                         onde pontua a gastronomia, uma arte
                                                                                         que bem se conjuga com os vinhos pro-
                                                                                                                                      uvas) e Branco (Fernão Pires)
                                                                                                                                      Lançamento até ao final do ano de 2011
                                                                                                                                      de um topo de gama – Palmela Reserva.
                                                                                                                                      - D.O. Setúbal
paulatinamente, mas com a confiança          conotada com a produção de vinhos           duzidos. “Trabalhamos, diariamente,          Moscatel corrente (2008), Moscatel
de quem sabe o que faz, acolhendo, no        de qualidade. “Nós, enquanto Adega          no sentido de juntar o melhor de vários      Reserva
presente, perto de 300 associados e mil      Cooperativa de Palmela, também que-         mundos, numa base de reinvenção e de         (1981)
                                                                                                                                      Lançamento: Moscatel da colheita de
hectares de vinhas, que garantem, anu-       remos ter esse lugar e estamos a fazer      sustentabilidade. Temos uma filosofia
                                                                                                                                      2005
almente, de entre oito a dez milhões de      por isso. Começámos, recentemente, a        muito bem definida. Sabemos o que            - Licoroso Abafado
quilos de uvas e cerca de sete milhões de    reestruturar uma série de marcas, desde     queremos de cada vinho e o que é que         Pedras Negras
                                                                                         queremos alcançar. Temos de ter numa         - Aguardentes
                                                                                         mesa o vinho mais consensual possível.       Bagaceira
                                                                                         O que se procura é que o vinho seja fácil,   Vínica Envelhecida
                                                                                         que seja uma boa companhia da iguaria
                                                                                         e que não haja sobreposições”, atesta        va de Palmela se iniciou há relativamen-
                                                                                         Luís Miguel da Silva. “Temos apostado        te pouco tempo. A Direcção e o técnico
                                                                                         muito na qualidade, desde a gama de          anterior saíram quase em simultâneo
                                                                                         entrada à gama de topo, principalmente       e passaram o testemunho aos actuais
                                                                                         a partir do Vale dos Barris, centrada num    titulares. “Iniciei a minha actividade na
                                                                                         padrão de qualidade muito constante”,        adega como Presidente da direcção e
                                                                                         acrescenta o enólogo e gerente.              depois, pela impossibilidade estatutária
                                                                                         Defendendo que “o grande investimen-         de acumular os cargos, passei a ser Enó-
                                                                                         to é emocional”, Luís Miguel da Silva        logo e Gerente”, explica Luís Miguel da
                                                                                         defende que a estratégia de afirmação        Silva, acrescentando: “A equipa é nova e
                                                                                         das marcas no mercado nacional e no          a motivação é contagiante, o que é um
                                                                                         internacional passa pela retenção e fide-    excelente sinal perante os desafios que
                                                                                         lização de consumidores. “A grande dis-      se nos colocam. Todos nós acreditamos
                                                                                         tribuição é uma ferramenta imprescindí-      muito neste projecto, crendo que vamos
                                                                                         vel nos dias de hoje para podermos fazer     no sentido certo. Esta juventude dá-nos
                                                                                         chegar o nosso vinho ao consumidor.          força para ter dinamismo. Somos um
                                                                                         Neste campo, o indicador qualidade/          grupo coeso e muito participativo, que
                                                                                         preço tem sido o grande trunfo da nossa      aporta ideias de vários quadrantes”.
                                                                                         região”, assegura Américo de Sousa, di-      Ciente de que o turismo é uma excelente
                                                                                         rector comercial, numa opinião corrobo-      ferramenta de promoção dos vinhos da
                                                                                         rada pelo enólogo e gerente, que marca       Adega Cooperativa de Palmela, Luís
                                                                                         um olhar sobre o mercado nacional. A         Miguel da Silva, defende a continuida-
                                                                                         aposta nos mercados externos tem vin-        de da articulação com a Rota dos Vi-
                                                                                         do a crescer. A Alemanha ocupa o lugar       nhos da Península de Setúbal, porque,
                                                                                         cimeiro das exportações, seguida de In-      tal como refere, “as pessoas gostam de
                                                                                         glaterra, Brasil e Holanda.                  nos visitar pela História e, ao sabermos
                                                                                                                                      receber, brindando-as com uma prova
                                                                                         Um marco de mudança                          dos nossos produtos no final, elas saem
                                                                                         Luís Miguel da Silva conta que o actual      daqui satisfeitas, que é o mais importan-
                                                                                         ciclo de renovação da Adega Cooperati-       te”.


 50
RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL                 >>




   CASA AGRÍCOLA HORÁCIO SIMÕES


UM LEGADO DE HISTÓRIA E TRADIÇÃO
        o longínquo ano da imple-

D
                                                                                        Fomos à Quinta do Anjo, às portas de Palmela, conhecer a Casa Agrícola
        mentação da República veio                                                      Horácio Simões, onde estivemos à conversa com Pedro Simões, gerente,
        o sonho e a visão de um ho-                                                     e Luís Simões, enólogo, dois irmãos que corporizam a quarta geração da
mem, José Carvalho Simões, de                                                           centenária adega, criada pelo bisavô, José Carvalho Simões, em 1910.
empreender um projecto ligado aos
vinhos, num tempo em que o néctar
era, sobretudo, vendido a granel.                                                           AS MARCAS DA CASA
Na linha das sucessivas heranças,
evoca Pedro Simões, o legado foi         Luís Simões, Enólogo e Pedro Simões, Gerente       Edições Limitadas
                                                                                            - Quintessence - Aguardente de Vinho Velha
seguido pelo avô, que continua a                                                            - Excellent – Moscatel Roxo, muito raro, que resulta dos 1500 litros dos
dar o seu contributo, e, hoje em dia,   de-visita de uma região que já ocupa                melhores anos da década de 90 e das melhores barricas.
é com o irmão Luís Simões e com         o terceiro lugar de vendas a nível                  Ex-líbris
o pai que o gerente orienta os des-     nacional, o Moscatel de Setúbal é                   - Moscatel Roxo datado
tinos da Casa Agrícola Horácio Si-      visto, segundo o enólogo como um                    - Moscatel de Setúbal - 10 Anos Superior (1999)
                                                                                            -Moscatel de Setúbal datado
mões. “Há cerca de 15 anos come-        produto distintivo, que adquire ca-
                                                                                            D.O. Palmela
çámos a engarrafar, aproveitando o      racterísticas próprias na zona onde                 - Vinha Val’ dos Alhos Tinto
facto de estarmos quase a terminar      a Casa Agrícola Horácio Simões                      - Vinha Val’ dos Alhos Branco (Lançamento em 2011)
os nossos estudos na área agríco-       está inserida. “Os Moscatéis produ-                 Vinhos Regionais Terras do Sado
la, numa época em que decidimos         zidos nos terrenos argilo-calcários                 - Branco, Tinto e Rosé
continuar o projecto da família”,       diferenciam-se da produção dos                      Vinhos de Mesa -Bag-in-box
recorda. Luís Simões, formado em        solos arenosos. Defendemos que o
Beja, terminou o curso de Enologia      verdadeiro Moscatel se produz no                regionais. Era uma ideia que estava         O Reserva Tinto foi, igualmente, re-
em Itália e o Mestrado, na mesma        eixo Palmela – Azeitão, com as in-              na nossa mente há algum tempo,              conhecido como O Melhor da Re-
área, em Évora. “É bom conhecer         fluências da Serra da Arrábida e das            porque notámos que havia uma                gião e O Melhor Vinho Tinto da Re-
outras realidades, nomeadamente         vertentes voltadas para Norte, que              certa dificuldade, por parte dos pro-       gião, respectivamente. Pedro Simões
em Espanha, França e Itália”, afir-     lhe conferem mais frescura, mais                dutores, em produzirem e promove-           destaca ainda o facto de o vinho da
ma o enólogo, defendendo a impor-       compostos aromáticos e mais con-                rem de forma independente os seus           marca Vinha Val’ dos Alhos (D.O.
tância do dinamismo e da formação       centração”, enuncia.                            produtos”, afirma Pedro Simões.             Palmela) ter sido considerado o me-
num sector tão competitivo como o                                                                                                   lhor da região pela revista DECO
vinícola.                               Os desafios do                                   O reconhecimento                            Proteste, o que trouxe mais-valias na
“Começámos com os Vinhos Regio-         enoturismo                                      da qualidade                                divulgação junto dos consumidores.
nais e com a Denominação de Ori-        A Casa Agrícola Horácio Simões                  Luís Simões, mostra-se notoriamen-          “Em termos internacionais, alcançá-
gem (D.O.) Setúbal, o Moscatel de       criou, há cinco anos, a Loja Afini-             te satisfeito pela crítica dos melhores     mos em Londres, no ano passado,
Setúbal. Posteriormente, apareceu o     dades, que alia o melhor do vinho               apreciadores, quer em Portugal, quer        três Medalhas de Ouro”, congratula-
Moscatel Roxo, que foi uma grande       ao melhor da produção gastronó-                 no Estrangeiro. A Aguardente de             se o enólogo, referindo que a parti-
aposta nossa. Seguiram-se todos os      mica local - pão tradicional, vendi-            Vinho Velha Quintessence foi consi-         cipação em concursos internacionais
Vinhos D.O. que apareceram e que        do ao final do dia, a que se juntam             derada A Melhor de 2010 segundo a           se centra no Reino Unido e em Fran-
vão surgindo, passo a passo, porque     queijos, doces iguarias e outros re-            Revista de Vinhos. Também no ano            ça, mercados onde a empresa está
a casa é pequena e os desafios não      galos. “Transformámos a zona das                passado, o Moscatel de Setúbal foi          presente.
podem ser todos lançados de uma         caldeiras num espaço dedicado ao                agraciado com o título de Melhor
só vez”, revela Luís Simões. Cartão-    enoturismo e à venda de produtos                Moscatel e Melhor Vinho da Região.          LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM




                                                                                                                                                                          51
>>    RQ31 // CENTENÁRIO DO CRÉDITO AGRÍCOLA




      Crédito Agrícola de Alcanhões


«JUNTOS, SOMOS MAIS»
Foi em 1911 que foi dado o primeiro passo rumo a uma história repleta de sucessos, com altos e baixos, como qualquer outra história de vida. Cem anos de Crédito
Agrícola, cem anos a acompanhar os seus clientes, tratando pelo nome próprio cada um deles.
       róximo de si. É desta forma que       comunidades locais que acabam, com                                                         zer que o Crédito Agrícola, ao longos dos

P      identifico o Crédito Agrícola,
       como um banco próximo das pes-
soas, como banco que responde às neces-
                                             este apoio e parceria, levar a cabo activi-
                                             dades que dinamizem as populações e
                                             façam desenvolver toda a localidade”.
                                                                                                                                        seus cem anos de história, acompanhou
                                                                                                                                        o próprio desenvolvimento da sociedade,
                                                                                                                                        apoiando-a nos seus sonhos e estendendo
sidades concretas de regiões outrora es-                                                                                                a mão nos seus pesadelos. Alcanhões não
quecidas por outras entidades bancárias.     Cem anos                                                                                   foi excepção e, no momento em que esta
Nuno Fazenda, presidente do Crédito          A História do Crédito Agrícola é impar                                                     localidade passou de extremamente rural
Agrícola de Alcanhões, responde direc-       e repleta de estórias. “A nossa história                                                   para um pouco desenvolvida, com o apa-
tamente a este meu ideal, mostrando que      orgulha-nos e, ao longo destes cem anos,                                                   recimento de alguma indústria e serviços,
a proximidade é, sem dúvida, a essência      tivemos um percurso emotivo, complica-                                                     o Crédito Agrícola instalou-se, apoiando
do Crédito Agrícola. “Esta instituição       do por vezes, mas nunca abandonamos                                                        a evolução desta localidade.
nasceu no seio do povo. Nasceu no in-        a nossa filosofia”. Para Nuno Fazenda,                                                     Apesar de continuar a apoiar o sector
terior e nas zonas mais rurais e só depois   o Crédito Agrícola passou por três fases                                                   agrícola, hoje este sector representa ape-
cresceu para as zonas urbanas. Estamos       distintas ao longo da sua história: de 1911-                                               nas 25 por cento das receitas globais do
onde outros nunca estiveram porque não       1930, 1930-1974 e a fase pós 1974. E foi                                                   Grupo. Hoje, esta insituição adaptou-se,
                                                                                              Nuno Fazenda, CA de Alcanhões
conseguem imaginar a sua actividade          no período do estado Novo, com a repres-                                                   reorganizaou-se e sentiu-se à vontade para
sem rentabilidade”. Assim, a Responsa-       são dos movimentos corporativos e asso-                                                    apresentar produtos e serviços ambicio-
bilidade Social, no Crédito Agrícola, não    ciativos, que esta instituição sentiu mais     O que importa recordar é que o Crédito      sos e inovadores, indo de encontro ao que
é apenas uma bandeira, é uma realidade.      dificuldades, “abrandando inclusive o seu      Agrícola foi surgindo, nas localidades,     o mercado, actualmente, necessita. Hoje,
“Orgulhamo-nos em manter parcerias           crescimento”. Mas o que importa lembrar        como resposta às necessidades específicas   e desde há cem anos, o Crédito Agrícola
com diversos agentes dinamizadores das       não são as dificuldades, são os sucessos.      dessa comunidade. Assim, podemos di-        é, verdadeiramente, o seu parceiro.




      Crédito Agrícola | Centenário 1911-2011


O ADMIRÁVEL MUNDO DO COOPERATIVISMO
        ascido no advento da Repú-           protagonizados por inúmeros agricul-           ção do portfolio de produtos financeiros    O Centenário, comemorado este ano,

N       blica, em 1911, sob inspiração
        das tradições mutualistas ini-
ciadas pela Rainha D. Leonor, havia
                                             tores, nos anos anteriores, o Crédito
                                             Agrícola perdeu massa crítica, passan-
                                             do para a tutela do Estado, através da
                                                                                            nos anos 90, passando pela imple-
                                                                                            mentação da Caixa Central, no ano
                                                                                            de 1984, o Crédito Agrícola reforçou
                                                                                                                                        a 1 de Março, marca a História inde-
                                                                                                                                        lével de uma instituição que atravessou
                                                                                                                                        o desafiante Século XX, assumindo-se
mais de 400 anos, o Crédito Agrícola         Caixa Geral de Depósitos. A missão             a imagem de uma instituição sólida e        como um pilar de apoio ao desenvolvi-
brotou na sociedade como uma insti-          do Crédito Agrícola beneficiou no pe-          unificada. Fiel às origens, mas ciente      mento socioeconómico do nosso país
tuição solidária, voltada, por vocação,      ríodo posterior ao 25 de Abril de 1974         de que o futuro passa pela diversifica-     e às actividades diárias de milhares de
para a dinamização do sector primário        de um movimento de autonomia e ex-             ção da oferta, o Crédito Agrícola, assu-    empreendedores que, de outra forma,
da Economia. Às portas dos Anos 20,          pansão, à semelhança do que já havia           miu, desde há cinco anos, um novo po-       não teriam acesso ao crédito. É esta
a sua orgânica foi regulamentada, lan-       acontecido às congéneres europeias,            sicionamento no mercado. Agregou, à         característica única que, norteada pelos
çando as bases das Caixas de Crédito         que tem vindo a projectar a imagem da          matriz iminentemente rural, uma nova        princípios motivacionais da Sustentabi-
Agrícola Mútuo.                              instituição até ao presente.                   realidade urbana, no sentido de captar      lidade, Coesão e da Responsabilidade
Na sequência da crise económica e            Da criação da FENACAM – Federa-                novos clientes, e adoptou uma nova as-      Social, faz do Crédito Agrícola muito
financeira que abriu a década de 30 e        ção Nacional das Caixas de Crédito             sinatura corporativa – “Juntos Somos        mais do que um banco - um catalisador
apesar dos esforços de alargamento           Agrícola Mútuo, em 1978, à valoriza-           Mais”.                                      da vontade de mudança.




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  • 1. MARÇO ‘11 | EDIÇÃO 31 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO ‘SOL’ (ANGOLA, MOÇAMBIQUE E CABO VERDE) CERTIFICAÇÃO: A SUA IMPORTÂNCIA NA ACTUALIDADE EMPRESARIAL INSPECÇÕES DE GÁS: SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR “A escola está, cada vez mais, a assumir o papel da família. Para além de dar instrução, acaba por ter uma missão preponderante na educação, pois, muitas vezes, tem de substituir os pais que não sabem ser pais”, sublinha ANTÓNIO TEIXEIRA, Director da Escola Secundária António Sérgio
  • 2. >> RQ31 // CERTIFICAÇÃO: CERTIFICAÇÃO FLORESTAL BUREAU VERITAS CERTIFICAÇÃO FLORESTAL: UM DESAFIO PELA GESTÃO RESPONSÁVEL A promoção do desenvolvimento sustentável do património florestal, numa lógica integrada de boas práticas de gestão, é uma aposta que tem vindo a ser seguida um pouco por todo o mundo ocidental. A proposta de valor apresentada pela Bureau Veritas Certification assenta em certificações de reconhecimento internacional e constitui a base de uma aposta neste sector estruturante da Economia, como nos revela Ana Paula Pereira, Directora desta divisão da multinacional francesa. da gestão florestal, quer para a cer- demonstre capacidade para dar res- tificação da cadeia de responsabili- posta a este novo cenário e desenvol- dade”, explica Ana Paula Pereira. O va um processo de mudança de ati- que distingue, na prática, estes dois tudes de gestão e melhoria contínua. modelos, é que o FSC teve origem “É preciso melhorar a organização, nos Estados Unidos da América, na aumentar a produtividade, reduzir Califórnia, e o PEFC nasceu na Eu- custos e adoptar políticas de gestão ropa. Numa base de complementari- sustentável. A certificação pode ser dade, a Directora da Bureau Veritas a melhor via para alcançar estes ob- Certification revela que foi desenvol- jectivos e promover esta mudança vida uma norma de certificação por- que o mercado global exige”, afirma tuguesa, a NP 4406 – Sistemas de Ana Paula Pereira, valorizando a Gestão Florestal Sustentável, com tese de que “o objectivo da certifica- contributos das normas ISO 9001 ção florestal é promover uma gestão – Sistemas de Gestão da Qualidade responsável, garantindo a salvaguar- e ISO 14001 – Sistemas de Gestão da das questões ambientais, sociais Ambiental. e económicas relacionadas com as A Bureau Veritas Certification apre- áreas florestais”. Por um lado con- senta, igualmente, serviços de certi- tribui para aumentar a consciência ficação transversais, disponibilizan- da sociedade em geral para os aspec- do, para além das normas ISO 9001 tos ambientais e modificar os seus e ISO 14001, já referidas, a Certifi- comportamentos, por outro preten- cação OHSAS 18001 – Sistemas de de contribuir para a melhoria do Gestão da Saúde e Segurança. A ambiente e racionalizar a utilização oferta integrada no âmbito genérico dos recursos florestais. da Certificação Florestal abrange, O sector florestal tem, hoje, uma ainda, Serviços de Auditoria In- importância económica a ter em terna, Formação e Apoio Técnico. conta, assegurando cerca de 2,5 por No sector da cortiça, onde Portugal cento do Produto Interno Bruto e 3 assume a liderança mundial das ex- por cento do emprego. Esta realida- portações, a Bureau Veritas Certifi- de exige, consequentemente, uma cation é a entidade auditora para um estratégia concertada ao nível de referencial específico desenvolvido orientações políticas e estratégicas, pela C. E. Liège – a Confederação uma realidade que tem caminhado Europeia da Cortiça, na base de um a par dos apoios financeiros e com a Ana Paula Pereira, Directora da Bureau Veritas Certification contrato internacional. “Certifica- importância crescente do associati- oi sob o signo da sustentabi- (Programa para o Reconhecimento mos, por ano, cerca de 280 empresas vismo. Neste campo, a Directora da F lidade que a Bureau Veritas Certification, detentora de largos pergaminhos na área da Cer- de Sistemas de Certificação Flores- tal). Estas certificações, aplicáveis a organizações ou agentes com res- do ramo, em Portugal. Todo o traba- lho que seja feito em matéria de cer- tificação é positivo. É uma das nos- Bureau Veritas Certification enfati- za que actualmente estão registadas, como activas, 182 Organizações de tificação, investiu na Certificação ponsabilidade na gestão de áreas sas grandes referências, uma vez que Produtores Florestais, que se podem Florestal, uma área com potencial florestais, aportam toda a Cadeia de Portugal regista o maior número de assumir como um parceiro no domí- de crescimento, que se veio juntar Responsabilidade, na qual se enqua- auditorias”, concretiza a Directora. nio da Certificação Florestal. ao seu vasto portfolio corporativo, dram as indústrias ou agentes que A Certificação Florestal assume-se a nível internacional. Nasceram, as- transformam, processam e/ou ven- Importância, objectivos hoje como uma das melhores for- sim, no seio da empresa, dois Servi- dem produtos florestais, instituindo e investimento mas de combater a exploração des- ços de Certificação distintos, a partir um sistema de controlo. “Neste sen- A conjuntura internacional torna-se medida das florestas e, ao mesmo de referenciais que já existiam – o tido, em termos de objectivos gerais, cada vez mais exigente e competi- tempo, de valorizar os produtos da FSC – Forest Stewardship Council ambos os serviços concorrem pelo tiva e surgem novas necessidades e fileira, essencialmente porque tem e o PEFC – Programe for the En- mesmo resultado final e estão vo- oportunidades para o sector flores- por objectivo promover uma gestão dorsement of Forest Certification cacionados quer para a certificação tal. É imprescindível que este sector sustentável dos recursos na lógica 18
  • 3. RQ31 // CERTIFICAÇÃO: CERTIFICAÇÃO FLORESTAL >> de uma cadeia de valor, realidade legislada, mas verifica- a montante e a jusante da se um distanciamento em termos entidade certificada. “Os teóricos e práticos. As certifica- referenciais de certificação ções levam ao cumprimento da foram desenvolvidos tendo legislação, assumindo objecti- em vista o cumprimento dos vos comuns, em termos de ino- requisitos legais aplicáveis, vação e de competitividade, o respeito pelos direitos dos por exemplo, ao nível de pro- trabalhadores, a redução do jectos de I&D”, destaca. Em impacto ambiental das ac- jeito de mensagem final, Ana tividades desenvolvidas por Paula Pereira é peremptória: cada organização, bem como “Não podemos esquecer que a identificação e a gestão ade- a floresta ocupa 37 por cen- quada das áreas florestais”, to do território nacional e, explica Ana Paula Pereira. Um por isso, constitui um dos ponto fulcral, apontado pela Di- nossos recursos naturais rectora, é que a Certificação Flo- mais importantes e que é restal, confere aos titulares uma fundamental preservar. O garantia de conformidade com sensibilização da desenvolvimento tecnológico e a os referenciais aplicáveis, promo- junto dos gestão sustentável das florestas e da industrialização levaram à destrui- vendo desta forma uma imagem mercados externos, tendo em vis- sua certificação, como ferramenta ção de grande parte do património de credibilidade, conferida por uma ta o incremento das exportações”, de valorização a prazo. “O futuro florestal e é urgente a inversão desta entidade externa independente. “A destaca. passa pela união, na óptica do as- tendência. Todas as acções que pos- certificação assume-se, assim, como No Ano Internacional das Florestas, sociativismo. Sem uma abordagem sam ser promovidas neste sentido uma estratégia de afirmação de uma que vivemos em 2011, a Directora organizada e concertada não pode serão fundamentais para alertar a imagem renovada e altamente quali- da Bureau Veritas Certification con- haver resultados globais, porque a consciência da sociedade e mudar ficada do sector florestal português, sidera que é fundamental apostar na responsabilidade ambiental é uma atitudes”. 19
  • 4. RQ31 // CERTIFICAÇÃO: EMPRESAS CERTIFICADAS >> CONTACT CONTACTOS QUE O LIGAM AO SUCESSO Nascida no ano 2000 como spin-off de um departamento de telemarketing do Banco Espírito Santo, a CONTACT capitalizou na sua estrutura interna o investimento que havia sido anteriormente concretizado em recursos humanos e técnicos, assumindo a revenda de serviços especializados para o mercado genérico. João Ruas, Director do Departamento de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade, conta-nos os desafios de uma empresa de sucesso que foi certificada no ano passado segundo a norma NP EN ISO 9001:2008 e tem projectos inovadores no horizonte. uando a CONTACT surgiu no termos organizativos, o conhecimento Q mercado, há cerca de 11 anos, começou por operar com clientes internos do Grupo Banco Espírito Santo, e as práticas adquiridas ao longo de dez anos de existência”, como revela João Ruas. “O processo de certificação que constitui ainda hoje a sua estrutura trouxe-nos a possibilidade de criar accionista. “A nossa ambição natural foi um Sistema de Gestão da Qualida- ir conseguindo crescer, angariar novo ne- de que no fundo consubstanciasse gócio e novos clientes fora do Grupo BES. e estruturasse formalmente aquilo Neste momento, estamos a cumprir esse que já fazíamos, as nossas práti- objectivo e o crescimento tem sido muito cas habituais. No entanto, sempre significativo. Registámos, no ano passa- estivemos cientes que tínhamos de do, cerca de 80 por cento do volume de manter a nossa agilidade, como negócios fora do Grupo BES, fazendo o sinónimo de competitividade”, turn-around entre o peso dos nossos clien- acrescenta, enunciando como objecti- tes ‘internos’ versus os clientes externos”, vos chave da certificação a satisfação e evoca João Ruas, naturalmente satisfeito fidelização dos clientes, proporcionar pelo facto de a CONTACT trabalhar de uma maior notoriedade da imagem da uma forma transversal com praticamente CONTACT, a diversificação do negócio todas as áreas de actividade que se supor- em termos de âmbito e presença, bem tam em serviços de Call e Contact Center, como garantir uma confiança acrescida com a Banca e área Seguradora a ocupar nos processos produtivos, de planeamen- inicialmente um lugar de destaque. “Alar- to e fornecimento do serviço. À criação de gámos depois o negócio às actividades João Ruas, Director do Departamento de Desenvolvimento Organizacional e Qualidade uma equipa multidisciplinar de auditores mais tradicionais, como as TELCO e as internos, composta por colaboradores de Utilities, bem como ao Estado, uma área dos especialistas na venda telefónica de operacional e a oferta de funcionalidades e várias áreas da empresa, a CONTACT com um enorme potencial de crescimen- produtos e serviços”, congratula-se João serviços. Olhamos muito a inovação para alargou igualmente a sua certificação to”, acrescenta o director da CONTACT. Ruas, apontando o segredo do sucesso: dentro, como algo que nos instiga a revisi- junto da ENAC – Entidad Nacional de “Paralelamente, conseguimos cativar e “Uma forma de nos termos imposto no tar os nossos próprios processos internos e Acreditación, que tutela as acreditações começar a captar outros clientes nas áre- mercado teve muito que ver com a capa- a nossa organização”, afirma João Ruas, em Espanha, assumindo uma vocação as financeira e seguradora e esse era um cidade herdada do BES no dinamismo ciente de que “é sempre possível evoluir internacional. enorme desafio, enquanto empresa mar- da acção comercial, da venda”. A oferta ainda mais, mas caminhando a par da “Os projectos futuros passam por crescer, cadamente identificada com o universo de serviços da CONTACT alargou-se, evolução da tecnologia, que tem disponi- solidificando e sustentando o Sistema de accionista GBES. Conseguimo-lo, uma assim, de uma vertente tradicional (servi- bilizado ferramentas determinantes para o Gestão da Qualidade per si, que não é es- vez que demonstrámos inequivocamen- cing, telemarketing e inquéritos) – para áreas sucesso desta actividade ao longo dos últi- tanque, e criando melhorias contínuas no te ao mercado a nossa total integridade, de vendas, de back-office e tratamento de mos 20 anos. É uma actividade em cons- serviço prestado”, reitera, a finalizar, João transparência, independência e confiden- dados, configurando um tipo de serviço tante mudança, mas é inquestionável que Ruas, antevendo que “num futuro mais cialidade na gestão dessas operações”, ‘chave na mão’, que pode agregar, por está sempre associada à componente tec- ou menos próximo, na medida em que as reitera. exemplo, a logística para recolha e gestão nológica, que nos orienta as tendências e novas áreas de negócio forem ganhando A CONTACT presta serviços core, com- de documentos, pronta a responder a um nos encaminha para as necessidades dos mercado, as grandes apostas em termos postos pelas áreas tradicionais da Gestão vasto portfolio de diferentes necessidades próprios clientes”. de Qualidade passam pela certificação de Vendas (acções comerciais) e Gestão dos cerca de 70 actuais clientes. dos serviços de venda de formação com- de Clientes (servicing), aos quais se juntam Questionado sobre o posicionamento da Desafios da Certificação portamental, na qual somos especialistas, a Consultoria e Auditoria – uma área que CONTACT em termos de inovação tec- A CONTACT, certificada no ano pas- e de venda de software as a Service (SaaS), se assume como um importante meio de nológica, essencial ao desenvolvimento sado segundo a norma NP EN ISO neste caso segundo a norma ISO 27001 diagnóstico de necessidades. Presente em deste ramo de negócio, o director do de- 9001:2008, num tempo recorde de nove - Sistema de Gestão da Segurança da In- três sites operacionais – Lisboa, Caldas da partamento de Desenvolvimento Organi- meses, cumpriu os objectivos da certi- formação”. Rainha e Porto, a CONTACT emprega zacional e Qualidade considera que a tec- ficação, respondendo a dois aspectos mais de 2000 colaboradores, metade dos nologia depende sobretudo dos parceiros/ essenciais da sua área de negócio: “Por quais só na capital. “Somos uma empre- fornecedores e do próprio estado da arte. um lado, garantir, através da obtenção sa com valores muito presentes – Integri- “Privilegiamos as parcerias com os nossos do selo de qualidade, a participação em dade, Transparência, Acção, Sucesso e fornecedores, comunicamos as tendências todos os concursos públicos ou privados Responsabilidade Social – e assumimo- identificadas, ao nível dos sistemas e do e, por outro, a excelente oportunidade e nos como um dos mais bem prepara- mercado, no sentido de melhorar a gestão mais-valia de capitalizar e estruturar, em 21
  • 5. RQ31 // INSPECÇÕES PERIÓDICAS ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS >> 37 INSPECÇÕES DE GÁS GASMED DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE EM NOME DA SEGURANÇA Corolário de toda uma vida ligada ao sector do gás, a área da inspecção, corporizada na GASMED, é para José Eliseu, sócio-gerente e nosso entrevistado, para além de um mercado emergente, uma evolução na hierarquia da qualidade, depois da vasta experiência profissional conquistada nos domínios técnico e comercial. amadores e que culminou em 1999 com a criação do estatuto das Enti- INSPECÇÕES A dades Inspectoras, complementada pela Portaria 362/2000, que define INSTALAÇÕES DE GÁS os procedimentos aplicáveis às ins- De acordo com a Portaria 362/2000 as instalações de gás devem ser inspeccionadas sempre que ocorra uma das seguintes situações: pecções das instalações de gás. No a) Alterações no traçado, na secção ou na natureza da tubagem, nas partes entanto, José Eliseu aponta que o comuns ou no interior dos fogos; sector tem sofrido com a falta de b) Fuga de gás combustível; acção fiscalizadora. “Quando não c) Novo contrato de fornecimento de gás combustível. há fiscalização, por muito boa le- As inspecções periódicas devem ser feitas de acordo com o disposto no gislação que exista, e nós neste mo- artigo 13.º do DL 521/99, com a seguinte periodicidade: José Eliseu, Sócio-Gerente mento, temo-la mas as pessoas não Dois anos para as instalações de gás afectas à indústria turística e de cumprem. Só passou a haver uma restauração, a escolas, a hospitais e outros serviços de saúde, a quartéis ma oportunidade de negó- actividade fiscalizadora, no sector e a quaisquer estabelecimentos públicos ou particulares com capacidade U cio e um desafio nascido em 1999, à luz de um mer- cado muito recente e competitivo, a terciário, desde o aparecimento da ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, em 2005”, superior a 250 pessoas; Três anos, para instalações industriais com consumos anuais superiores a 50 mil metros cúbicos de gás natural, ou equivalente noutro gás com- bustível; GASMED é uma empresa de ins- refere. Cinco anos, para instalações de gás executadas há mais de 20 anos e que pecções de gás, que opera em todos não tenham sido objecto de remodelação. os segmentos, em prol da seguran- Particularidades de CONCEITO DE DEFEITOS CRÍTICOS E NÃO-CRÍTICOS ça dos consumidores. Idealizada um mercado tripartido Defeitos Críticos – Aqueles que exigem reparação imediata e suspensão na base de um profundo conheci- O mercado está dividido nos sec- do fornecimento de gás. mento dos seus sócios na área dos tores doméstico, industrial (sector Defeitos Não-críticos – Defeitos que não põem em causa a segurança ime- diata do consumidor e que têm um prazo de 90 dias para ser reparados. combustíveis gasosos e líquidos, “a terciário - serviços) e fabril e a legis- GASMED tem a particularidade lação define, claramente, quando de, comparativamente com outras é que as inspecções têm de ser re- ção, falta de cuidado na utilização ma. Acreditamos que tenha capaci- empresas, admitir no seu quadro alizadas (ver caixa). O processo de e desconhecimento do consumidor, dade para o fazer. É desejável que de pessoal apenas pessoas oriun- nascimento e de vida útil de uma José Eliseu garante que os técnicos a DGEG se aproxime dos agentes das da área da instalação”, afirma instalação de gás tem de ser sempre da GASMED assumem um papel do sector com isenção, avalie e re- José Eliseu, considerando que, por acompanhado, sob um plano de pedagógico junto dos consumido- conheça a qualidade das Empresas analogia com os automóveis, o manutenção preconizado nas ins- res, com carácter preventivo. por si tuteladas, reflicta sobre a perfil ideal de um inspector de um pecções iniciais e periódicas. Uma legislação e corrija as distorções e centro de inspecção automóvel é o das graves omissões da legislação “Fazer o que ainda erros que existem. Este mercado, de um bom mecânico. Foi ao lon- - apesar de exigente e muito rigo- não foi feito” para além de complicado por na- go dos últimos 20 anos da História rosa - é que incide apenas no gás A finalizar, o sócio-gerente da tureza, está a viver tempos difíceis, do gás, que tem sido publicado a canalizado, natural e propano, não GASMED, José Eliseu, considera por isso pretendemos continuar a maior parte do articulado legal e contemplando o uso de garrafas de que “é desejável que o Director- marcar a diferença, potenciar a nos- regulamentar do sector, com consi- gás nos consumos domésticos, fac- Geral de Energia, José Perdigoto, sa competitividade, angariar novos deráveis melhorias desde a criação to que certamente tem potenciado faça o que os seus antecessores, nos clientes, mantendo fidelizados os da figura da entidade instaladora muitos acidentes. Sabendo que a últimos dez anos, não fizeram, ou existentes”. que, à época, pretendeu separar as origem dos principais problemas se seja, contribua de forma decisiva águas entre os profissionais e os prende com a carência de manuten- para a solução e não para o proble- LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM 37
  • 6. >> RQ31 // INSPECÇÕES PERIÓDICAS ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS SETINSP UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA Nascida há sete anos em Setúbal, sob o signo da Independência, do Rigor e da Objectividade, a SETINSP é uma empresa da área das inspecções de gás, que be- neficiou largamente da experiência profissional do seu fundador e sócio-gerente, Carlos Ferreira, no domínio das instalações deste sector dos combustíveis. rabalhava há alguns revelar como uma mais-valia para “T anos nesta área e fui ad- quirindo a experiência e os conhecimentos necessários, a SETINSP e para o consumidor”, revela Carlos Ferreira, fazendo um balanço muito positivo dos sete avaliando onde podia chegar e de anos de actividade. O crescimento que forma, materializando a cria- sustentado, na base da qualidade do ção da SETINSP em 2004”, evoca serviço, tem colocado a SETINSP Carlos Ferreira. O sócio-gerente da nas rotas do Sul, fazendo com que SETINSP realça um importante a empresa se desdobre da sede em Carlos Ferreira, Sócio-Gerente da SETINSP aspecto que esteve na base do seu Setúbal para o Algarve e de Lisboa empreendimento - o facto de co- para o Alentejo, uma realidade nhecer todos os colaboradores que para que muito têm contribuído a os colaboradores, que são fantásti- acompanhamento mais rigoroso, que constituíram desde logo o grupo de filial lisboeta, no Prior Velho, e a cos”, assegura o sócio-gerente. incida, nomeadamente, nos técnicos que trabalho inicial e uma grande par- algarvia, em Boliqueime. “Como Norteada, à semelhança de todos os or- estão na rua, para garantir o cumprimen- te das que haveriam de se juntar à somos uma empresa familiar, deci- ganismos análogos da inspecção de gás, to dos procedimentos normalizados”, equipa. “Havia uma primazia, em dimos que, para já, não queremos pela acreditação do IPAC – Instituto Por- acrescenta Carlos Ferreira. termos de potencialidades e de con- crescer mais. Tenho uma grande tuguês de Acreditação, bem como pela Sobre a possibilidade de a Lei passar a fiança mútua, que se tem vindo a responsabilidade social sobre todos DGEG – Direcção-Geral de Energia e obrigar o segmento residencial a fazer Geologia, a SETINSP presta serviços inspecções em intervalos de cinco anos, em toda a linha, no mercado residen- independentemente da idade do edifício, cial, no industrial (serviços) e no fabril o que, actualmente, só se aplica cumpri- (indústria transformadora). “Somos um dos 20 anos de utilização inicial ininter- das entidades inspectoras com menos re- rupta e sem intervenções, o sócio-gerente clamações na DGEG. Vamos continuar da SETINSP considera que é uma área , a seguir o nosso rumo, norteados pelo sensível e aguarda decisões legislativas. O rigor e na atitude de prevenção que de- sector terciário, esse, é fiscalizado em lar- senvolvemos desde a abordagem inicial”, ga escala pela ASAE e é obrigado a ter o congratula-se Carlos Ferreira, apontando certificado de inspecção actualizado. No que a fidelização dos clientes tem sido a entanto, Carlos Ferreira aponta o exem- chave do sucesso da SETINSP na base , plo dos consumidores mais informados de uma cadeia integrada de serviços. O tomarem a iniciativa do pedido de ins- sócio-gerente considera que a legislação e pecção periódica: “Hoje as pessoas já nos as normas são adequadas ao exercício da procuram para a inspecção, até porque actividade, o que tem permitido, inclusi- esse é um procedimento que vai entrando vamente, reduzir o número de acidentes, na rotina, na base do seguimento admi- mas ressalva que há sempre situações que nistrativo dos processos. O nosso sistema podem ser aprimoradas, apesar dos avan- informático emite, inclusivamente, a nota ços verificados ao longo dos últimos anos. de inspecção, cerca de três meses antes da “Até 2003, por exemplo, não era exigível data limite regulamentar, que é encami- a inspecção à ventilação e às condutas de nhada para o endereço dos clientes, aju- exaustão, o que hoje já acontece, a bem dando-os a estabelecer o agendamento”. da verificação da existência de monóxido Um dos projectos a cumprir, previsto no de carbono. Hoje, tudo o que é importan- objecto social da empresa, é a aposta no te numa inspecção é verificado, embora domínio da fiscalização, ao nível do acom- em termos de procedimentos ainda haja panhamento de obras. “Temos algumas margem para melhorar”, refere, anotan- parcerias para potenciar, ainda este ano, do a falta de fiscalização como um aspec- embora o core-business da SETINSP este- to negativo de um sector que tem de se ja centrado nas inspecções de gás, onde legitimar constantemente pela segurança. desejamos continuar a apostar na base da “Apesar de a legislação existir, sentimos qualidade, da segurança e da inovação”, que hoje as entidades precisam de um reitera, a finalizar, Carlos Ferreira. 38
  • 7. >> 48 RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL “No vinho está a verdade” afirmou Plínio, ilustre VINHOS naturalista SIVIPA – Sociedade Vinícola De Palmela, S.A. romano, nos primeiros anos da era cristã. E a verdade é que se A FORÇA E O PODER DA INOVAÇÃO Plínio conhecesse os distintos vin- hos que aqui nar- ramos, sentiria uma paixão tão verdadeira como a que evocou - o prazer de os beber. Herdeira de uma longa tradição de engarrafamento, iniciada em 1964 pela mão de experientes vitivinicultores, a SIVIPA esteve à frente no seu tempo, ao ter voltado a página do advento dos vinhos a barril e dos engarrafonados, há quase cinquenta anos. É esta História de vanguarda que nos relata Filipe Cardoso, Administrador e Enólogo da empresa. Filipe Cardoso, Administrador e Enólogo oi sob inspiração cooperati- hectares, uma homogeneidade dos “Renovámos quase todas as mar- F vista, mas revestindo a forma de uma sociedade por quotas, que a SIVIPA nasceu no ano de vinhos, em termos globais. Virou-se uma página na vida da empresa e, a partir daí, a SIVIPA começou a cas de vinho já existentes e criámos novas insígnias. A linha Ameias, composta por monovarietais – Ara- 1964, para proporcionar o engar- entrar no mercado dos vinhos de gonês, Cabernet-Sauvignon, Syrah rafamento em escala das colheitas qualidade, com gamas transversais e Touriga Nacional - foi criada no dos seus fundadores. Dependendo de vinhos - Certificados, Regionais, ano passado e teve muito sucesso, da quantidade que cada um pro- D.O. (Denominação de Origem) e conquistando quinze medalhas no duzisse, eram atribuídas quotas Moscatéis de Setúbal, entre outros. espaço de um ano, de entre elas proporcionais na sociedade, um “Começámos a apostar numa reno- quatro de Ouro. O Ameias Syrah modelo de sucesso que perdurou vação completa da linha de vinhos é um vinho de grande qualidade durante vários anos. “Nessa época e da imagem, a concorrer aos con- que, no ano passado, ganhou três foi vendido muito vinho, mas a em- cursos e, dentro dos vinhos de qua- medalhas de ouro, uma de prata, e presa foi mudando, e, no início da lidade, a ter vinhos premium, de várias recomendações de compra, década de 1990, a SIVIPA transfor- uma qualidade mais alta, capaz de não só na imprensa nacional, mas mou-se numa sociedade anónima, competir com os melhores vinhos também na estrangeira”, congra- transformando o modelo produti- do mundo”, revela Filipe Cardoso, tula-se Filipe Cardoso, não só pelo vo que nem sempre permitia uma administrador e enólogo da SIVI- reconhecimento, mas também pela homogeneização dos lotes. Entrou PA há três anos, ciente de que a criatividade do design estampado para o capital social da empresa inovação foi um aspecto fundamen- nas garrafas de Ameias, que não uma família que está ligada à pro- tal na afirmação da identidade cor- têm rótulo. “No ano passado certi- dução de uvas e de vinhos em Pal- porativa junto dos mercados. No ficámo-nos pela norma ISO 22000, mela, há muitas gerações, a Casa último ano, a empresa intensificou que referencia o Sistema de Gestão Cardoso, da qual eu sou um dos a aposta na internacionalização, da Segurança Alimentar, aportan- descendentes”, evoca Filipe Cardo- exportando, neste momento, para a do confiança para o consumidor, so, explicando que a produtora fa- Suíça, Alemanha, Bélgica, França, ao monitorizar todos os pontos crí- miliar assegurou, com os seus 400 Inglaterra, Holanda e Brasil. ticos desde a vinha até à garrafa”, 48
  • 8. RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL >> acrescenta o administrador e enólo- muita personalidade? Adega do Piloto, quer na Adega gem para potenciar sinergias entre go da SIVIPA, na óptica da melho- Chama-se Personalidades do Ano da Serra, onde está centrada a os nossos vinhos e as marcas dis- ria contínua da qualidade. 2000 a iniciativa que a SIVIPA produção dos vinhos que engarra- tintivas de uma região que está no A SIVIPA detém alguns produtos criou em finais da década de 1990, famos. Cada vez mais as pessoas bom caminho e tem tudo para dar que são um autêntico cartão-de- associando o prestígio de vinhos procuram a produção local e as certo”, deseja, a finalizar, o nosso visita, principalmente o Moscatel de carácter a diversas figuras pú- criações típicas, o que nos dá mar- entrevistado. de Setúbal. A empresa começou blicas. Envelhecidas até hoje numa a crescer há três anos, muito ala- barrica que pode ser vista na sede vancada pela aposta estratégica no da SIVIPA, as garrafas conservam, Moscatel de Setúbal, onde ganhou religiosamente, a tira com o autó- Medalhas Ganhas no Ano de 2010 muita quota de mercado na grande grafo dos signatários. distribuição, juntamente com ou- tros vinhos. “O sucesso assentou Enoturismo não só no Moscatel de Setúbal, e projectos futuros mas também no Moscatel Roxo, Integrada na Rota dos Vinhos da um produto mais raro e distintivo. Península de Setúbal e benefician- No ano passado ganhámos cinco do do dinamismo da Casa Mãe, medalhas de ouro com o Moscatel ao nível logístico e de divulgação, Roxo, em Bordéus, Paris, Londres, a SIVIPA nasceu, segundo o seu no concurso internacional Muscats administrador e enólogo, Filipe du Monde, a par com o Moscatel de Cardoso, numa “região abençoa- Setúbal DOC 2007, e no concurso da”, entre duas cidades grandes, de vinhos da região”, afirma Filipe Lisboa e Setúbal, garante 70 por Cardoso. cento do consumo anual da pro- dução. “Temos algumas estraté- Sabia que… gias de futuro para desenvolver * De salientar que as medalhas de ouro ganhas no concurso Muscats du Monde, consideraram os dois moscatéis … a SIVIPA tem um tesouro com a componente turística, quer na da SIVIPA (Roxo 2007 e Moscatel de Setúbal 2007) entre os 30 melhores moscatéis do mundo. 49
  • 9. >> RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL ADEGA COOPERATIVA DE PALMELA REINVENTANDO A TRADIÇÃO Aliar o melhor da produção própria à rica gastronomia regional da Península de Setúbal é um convite irresistível que a Adega Cooperativa de Palmela lança aos melhores apreciadores. Os que já conhecem as virtuosidades de um tão feliz casamento e os que hão-de se apaixonar pela fusão dos vinhos com os sabores de uma terra abençoada. litros de vinho. “Esta realidade permite- a imagem ao perfil do vinho, passando nos obter alguma escala de produção, no pela filosofia subjacente à produção do sentido de obtermos um melhor preço e vinho. Este ajuste permite ter vinhos OS VINHOS melhores condições negociais, visto que mais adequados, mais próximos do DA ADEGA no perfil dos nossos associados domina consumidor e mais apetecíveis. Só dessa - Entrada de Gama – Muito polivalente a pequena propriedade”, destaca Luís forma conseguimos dar o salto”, assegu- Pedras Negras Miguel da Silva, enólogo e gerente. Ca- ra. Ao assumir a particularidade de se - Regional Terras do Sado pitalizando uma grande importância apresentar no mercado com uma boa Vale dos Barris - Branco (Moscatel), Luís Miguel da Silva, Enólogo-Gerente, e na região, pelos sócios e suas famílias, relação qualidade/preço, na opinião do Tinto (Castelão), Rosé, Syrah Américo de Sousa, Director Comercial - D.O. Palmela pelos colaboradores e pelo carácter em- enólogo e gerente, a Região da Península undada em 1955, com 50 associa- blemático da produção vitivinícola que de Setúbal tem, a seu ver, uma série de Tinto (Castelão – Selecção das melhores F dos e com uma produção de um milhão de quilos, a Adega Coo- perativa de Palmela tem vindo a crescer, gera, a Adega Cooperativa de Palmela é um agente económico incontornável da Península de Setúbal, uma região atractivos em termos naturais e culturais, onde pontua a gastronomia, uma arte que bem se conjuga com os vinhos pro- uvas) e Branco (Fernão Pires) Lançamento até ao final do ano de 2011 de um topo de gama – Palmela Reserva. - D.O. Setúbal paulatinamente, mas com a confiança conotada com a produção de vinhos duzidos. “Trabalhamos, diariamente, Moscatel corrente (2008), Moscatel de quem sabe o que faz, acolhendo, no de qualidade. “Nós, enquanto Adega no sentido de juntar o melhor de vários Reserva presente, perto de 300 associados e mil Cooperativa de Palmela, também que- mundos, numa base de reinvenção e de (1981) Lançamento: Moscatel da colheita de hectares de vinhas, que garantem, anu- remos ter esse lugar e estamos a fazer sustentabilidade. Temos uma filosofia 2005 almente, de entre oito a dez milhões de por isso. Começámos, recentemente, a muito bem definida. Sabemos o que - Licoroso Abafado quilos de uvas e cerca de sete milhões de reestruturar uma série de marcas, desde queremos de cada vinho e o que é que Pedras Negras queremos alcançar. Temos de ter numa - Aguardentes mesa o vinho mais consensual possível. Bagaceira O que se procura é que o vinho seja fácil, Vínica Envelhecida que seja uma boa companhia da iguaria e que não haja sobreposições”, atesta va de Palmela se iniciou há relativamen- Luís Miguel da Silva. “Temos apostado te pouco tempo. A Direcção e o técnico muito na qualidade, desde a gama de anterior saíram quase em simultâneo entrada à gama de topo, principalmente e passaram o testemunho aos actuais a partir do Vale dos Barris, centrada num titulares. “Iniciei a minha actividade na padrão de qualidade muito constante”, adega como Presidente da direcção e acrescenta o enólogo e gerente. depois, pela impossibilidade estatutária Defendendo que “o grande investimen- de acumular os cargos, passei a ser Enó- to é emocional”, Luís Miguel da Silva logo e Gerente”, explica Luís Miguel da defende que a estratégia de afirmação Silva, acrescentando: “A equipa é nova e das marcas no mercado nacional e no a motivação é contagiante, o que é um internacional passa pela retenção e fide- excelente sinal perante os desafios que lização de consumidores. “A grande dis- se nos colocam. Todos nós acreditamos tribuição é uma ferramenta imprescindí- muito neste projecto, crendo que vamos vel nos dias de hoje para podermos fazer no sentido certo. Esta juventude dá-nos chegar o nosso vinho ao consumidor. força para ter dinamismo. Somos um Neste campo, o indicador qualidade/ grupo coeso e muito participativo, que preço tem sido o grande trunfo da nossa aporta ideias de vários quadrantes”. região”, assegura Américo de Sousa, di- Ciente de que o turismo é uma excelente rector comercial, numa opinião corrobo- ferramenta de promoção dos vinhos da rada pelo enólogo e gerente, que marca Adega Cooperativa de Palmela, Luís um olhar sobre o mercado nacional. A Miguel da Silva, defende a continuida- aposta nos mercados externos tem vin- de da articulação com a Rota dos Vi- do a crescer. A Alemanha ocupa o lugar nhos da Península de Setúbal, porque, cimeiro das exportações, seguida de In- tal como refere, “as pessoas gostam de glaterra, Brasil e Holanda. nos visitar pela História e, ao sabermos receber, brindando-as com uma prova Um marco de mudança dos nossos produtos no final, elas saem Luís Miguel da Silva conta que o actual daqui satisfeitas, que é o mais importan- ciclo de renovação da Adega Cooperati- te”. 50
  • 10. RQ31 // SECTOR VINÍCOLA EM PORTUGAL >> CASA AGRÍCOLA HORÁCIO SIMÕES UM LEGADO DE HISTÓRIA E TRADIÇÃO o longínquo ano da imple- D Fomos à Quinta do Anjo, às portas de Palmela, conhecer a Casa Agrícola mentação da República veio Horácio Simões, onde estivemos à conversa com Pedro Simões, gerente, o sonho e a visão de um ho- e Luís Simões, enólogo, dois irmãos que corporizam a quarta geração da mem, José Carvalho Simões, de centenária adega, criada pelo bisavô, José Carvalho Simões, em 1910. empreender um projecto ligado aos vinhos, num tempo em que o néctar era, sobretudo, vendido a granel. AS MARCAS DA CASA Na linha das sucessivas heranças, evoca Pedro Simões, o legado foi Luís Simões, Enólogo e Pedro Simões, Gerente Edições Limitadas - Quintessence - Aguardente de Vinho Velha seguido pelo avô, que continua a - Excellent – Moscatel Roxo, muito raro, que resulta dos 1500 litros dos dar o seu contributo, e, hoje em dia, de-visita de uma região que já ocupa melhores anos da década de 90 e das melhores barricas. é com o irmão Luís Simões e com o terceiro lugar de vendas a nível Ex-líbris o pai que o gerente orienta os des- nacional, o Moscatel de Setúbal é - Moscatel Roxo datado tinos da Casa Agrícola Horácio Si- visto, segundo o enólogo como um - Moscatel de Setúbal - 10 Anos Superior (1999) -Moscatel de Setúbal datado mões. “Há cerca de 15 anos come- produto distintivo, que adquire ca- D.O. Palmela çámos a engarrafar, aproveitando o racterísticas próprias na zona onde - Vinha Val’ dos Alhos Tinto facto de estarmos quase a terminar a Casa Agrícola Horácio Simões - Vinha Val’ dos Alhos Branco (Lançamento em 2011) os nossos estudos na área agríco- está inserida. “Os Moscatéis produ- Vinhos Regionais Terras do Sado la, numa época em que decidimos zidos nos terrenos argilo-calcários - Branco, Tinto e Rosé continuar o projecto da família”, diferenciam-se da produção dos Vinhos de Mesa -Bag-in-box recorda. Luís Simões, formado em solos arenosos. Defendemos que o Beja, terminou o curso de Enologia verdadeiro Moscatel se produz no regionais. Era uma ideia que estava O Reserva Tinto foi, igualmente, re- em Itália e o Mestrado, na mesma eixo Palmela – Azeitão, com as in- na nossa mente há algum tempo, conhecido como O Melhor da Re- área, em Évora. “É bom conhecer fluências da Serra da Arrábida e das porque notámos que havia uma gião e O Melhor Vinho Tinto da Re- outras realidades, nomeadamente vertentes voltadas para Norte, que certa dificuldade, por parte dos pro- gião, respectivamente. Pedro Simões em Espanha, França e Itália”, afir- lhe conferem mais frescura, mais dutores, em produzirem e promove- destaca ainda o facto de o vinho da ma o enólogo, defendendo a impor- compostos aromáticos e mais con- rem de forma independente os seus marca Vinha Val’ dos Alhos (D.O. tância do dinamismo e da formação centração”, enuncia. produtos”, afirma Pedro Simões. Palmela) ter sido considerado o me- num sector tão competitivo como o lhor da região pela revista DECO vinícola. Os desafios do O reconhecimento Proteste, o que trouxe mais-valias na “Começámos com os Vinhos Regio- enoturismo da qualidade divulgação junto dos consumidores. nais e com a Denominação de Ori- A Casa Agrícola Horácio Simões Luís Simões, mostra-se notoriamen- “Em termos internacionais, alcançá- gem (D.O.) Setúbal, o Moscatel de criou, há cinco anos, a Loja Afini- te satisfeito pela crítica dos melhores mos em Londres, no ano passado, Setúbal. Posteriormente, apareceu o dades, que alia o melhor do vinho apreciadores, quer em Portugal, quer três Medalhas de Ouro”, congratula- Moscatel Roxo, que foi uma grande ao melhor da produção gastronó- no Estrangeiro. A Aguardente de se o enólogo, referindo que a parti- aposta nossa. Seguiram-se todos os mica local - pão tradicional, vendi- Vinho Velha Quintessence foi consi- cipação em concursos internacionais Vinhos D.O. que apareceram e que do ao final do dia, a que se juntam derada A Melhor de 2010 segundo a se centra no Reino Unido e em Fran- vão surgindo, passo a passo, porque queijos, doces iguarias e outros re- Revista de Vinhos. Também no ano ça, mercados onde a empresa está a casa é pequena e os desafios não galos. “Transformámos a zona das passado, o Moscatel de Setúbal foi presente. podem ser todos lançados de uma caldeiras num espaço dedicado ao agraciado com o título de Melhor só vez”, revela Luís Simões. Cartão- enoturismo e à venda de produtos Moscatel e Melhor Vinho da Região. LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM 51
  • 11. >> RQ31 // CENTENÁRIO DO CRÉDITO AGRÍCOLA Crédito Agrícola de Alcanhões «JUNTOS, SOMOS MAIS» Foi em 1911 que foi dado o primeiro passo rumo a uma história repleta de sucessos, com altos e baixos, como qualquer outra história de vida. Cem anos de Crédito Agrícola, cem anos a acompanhar os seus clientes, tratando pelo nome próprio cada um deles. róximo de si. É desta forma que comunidades locais que acabam, com zer que o Crédito Agrícola, ao longos dos P identifico o Crédito Agrícola, como um banco próximo das pes- soas, como banco que responde às neces- este apoio e parceria, levar a cabo activi- dades que dinamizem as populações e façam desenvolver toda a localidade”. seus cem anos de história, acompanhou o próprio desenvolvimento da sociedade, apoiando-a nos seus sonhos e estendendo sidades concretas de regiões outrora es- a mão nos seus pesadelos. Alcanhões não quecidas por outras entidades bancárias. Cem anos foi excepção e, no momento em que esta Nuno Fazenda, presidente do Crédito A História do Crédito Agrícola é impar localidade passou de extremamente rural Agrícola de Alcanhões, responde direc- e repleta de estórias. “A nossa história para um pouco desenvolvida, com o apa- tamente a este meu ideal, mostrando que orgulha-nos e, ao longo destes cem anos, recimento de alguma indústria e serviços, a proximidade é, sem dúvida, a essência tivemos um percurso emotivo, complica- o Crédito Agrícola instalou-se, apoiando do Crédito Agrícola. “Esta instituição do por vezes, mas nunca abandonamos a evolução desta localidade. nasceu no seio do povo. Nasceu no in- a nossa filosofia”. Para Nuno Fazenda, Apesar de continuar a apoiar o sector terior e nas zonas mais rurais e só depois o Crédito Agrícola passou por três fases agrícola, hoje este sector representa ape- cresceu para as zonas urbanas. Estamos distintas ao longo da sua história: de 1911- nas 25 por cento das receitas globais do onde outros nunca estiveram porque não 1930, 1930-1974 e a fase pós 1974. E foi Grupo. Hoje, esta insituição adaptou-se, Nuno Fazenda, CA de Alcanhões conseguem imaginar a sua actividade no período do estado Novo, com a repres- reorganizaou-se e sentiu-se à vontade para sem rentabilidade”. Assim, a Responsa- são dos movimentos corporativos e asso- apresentar produtos e serviços ambicio- bilidade Social, no Crédito Agrícola, não ciativos, que esta instituição sentiu mais O que importa recordar é que o Crédito sos e inovadores, indo de encontro ao que é apenas uma bandeira, é uma realidade. dificuldades, “abrandando inclusive o seu Agrícola foi surgindo, nas localidades, o mercado, actualmente, necessita. Hoje, “Orgulhamo-nos em manter parcerias crescimento”. Mas o que importa lembrar como resposta às necessidades específicas e desde há cem anos, o Crédito Agrícola com diversos agentes dinamizadores das não são as dificuldades, são os sucessos. dessa comunidade. Assim, podemos di- é, verdadeiramente, o seu parceiro. Crédito Agrícola | Centenário 1911-2011 O ADMIRÁVEL MUNDO DO COOPERATIVISMO ascido no advento da Repú- protagonizados por inúmeros agricul- ção do portfolio de produtos financeiros O Centenário, comemorado este ano, N blica, em 1911, sob inspiração das tradições mutualistas ini- ciadas pela Rainha D. Leonor, havia tores, nos anos anteriores, o Crédito Agrícola perdeu massa crítica, passan- do para a tutela do Estado, através da nos anos 90, passando pela imple- mentação da Caixa Central, no ano de 1984, o Crédito Agrícola reforçou a 1 de Março, marca a História inde- lével de uma instituição que atravessou o desafiante Século XX, assumindo-se mais de 400 anos, o Crédito Agrícola Caixa Geral de Depósitos. A missão a imagem de uma instituição sólida e como um pilar de apoio ao desenvolvi- brotou na sociedade como uma insti- do Crédito Agrícola beneficiou no pe- unificada. Fiel às origens, mas ciente mento socioeconómico do nosso país tuição solidária, voltada, por vocação, ríodo posterior ao 25 de Abril de 1974 de que o futuro passa pela diversifica- e às actividades diárias de milhares de para a dinamização do sector primário de um movimento de autonomia e ex- ção da oferta, o Crédito Agrícola, assu- empreendedores que, de outra forma, da Economia. Às portas dos Anos 20, pansão, à semelhança do que já havia miu, desde há cinco anos, um novo po- não teriam acesso ao crédito. É esta a sua orgânica foi regulamentada, lan- acontecido às congéneres europeias, sicionamento no mercado. Agregou, à característica única que, norteada pelos çando as bases das Caixas de Crédito que tem vindo a projectar a imagem da matriz iminentemente rural, uma nova princípios motivacionais da Sustentabi- Agrícola Mútuo. instituição até ao presente. realidade urbana, no sentido de captar lidade, Coesão e da Responsabilidade Na sequência da crise económica e Da criação da FENACAM – Federa- novos clientes, e adoptou uma nova as- Social, faz do Crédito Agrícola muito financeira que abriu a década de 30 e ção Nacional das Caixas de Crédito sinatura corporativa – “Juntos Somos mais do que um banco - um catalisador apesar dos esforços de alargamento Agrícola Mútuo, em 1978, à valoriza- Mais”. da vontade de mudança. 60